O profissional ensina sobre a instalação do sistema econômico e versátil para aplicação em obras dos mais diversos perfis

Dividir ambientes economizando espaço, evitar quebra-quebra ou criar um espaço com isolamento acústico são algumas possibilidades que o drywall oferece.

Não por acaso, o sistema, que é composto por perfis metálicos com fechamento de chapas de gesso, se torna cada vez mais difundido no Brasil como uma alternativa à alvenaria tradicional. “Por ser um método que não utiliza água e que gera poucos resíduos, tanto na produção quanto na obra, o drywall torna a construção mais limpa, rápida, barata e leve. É um sistema usado em larga escala no exterior e que tem conquistado o seu espaço nas edificações realizadas em nosso país”, conta o arquiteto Pietro Terlizzi, à frente do escritório Pietro Terlizzi Arquitetura.

Além de ser uma tecnologia limpa, o drywall também é indicado em alguns casos específicos. Quando a estrutura existente não permite a construção de uma nova parede de alvenaria, a especificação de paredes com chapa de gesso torna-se a resposta para a situação.

O sistema ainda colabora para o aproveitamento de espaço, sendo um grande aliado para plantas com pequena área útil. Com espessura de cerca de 10 cm – que pode variar em função da estrutura metálica, especificada conforme a altura do pé-direito –, a parede de drywall é mais fina que a tradicional de alvenaria, que chega a ocupar de 15 a 25 cm.

As paredes de drywall geralmente são instaladas para dividir ambientes secos, como salas e quartos. Com a chapa na cor verde, indicada pelo fabricante, é possível estender o seu uso para áreas úmidas como banheiro, cozinha e área de serviço. “O drywall é um sistema de vedação que assegura performances até superiores ao sistema tradicional. No entanto, sempre ressalto sua impossibilidade de usá-lo como sistema estrutural”, alerta o profissional.

A indústria classifica as chapas por cores. As brancas (Standard – ST) são empregadas em ambientes secos. As verdes (Resistente à Umidade – RU) possuem adição de elementos que as tornam mais resistentes à umidade para instalação em áreas úmidas, como banheiros, cozinhas e lavanderias. Já as chapas rosas (Resistente ao Fogo – RF) são empregadas em situações em que a norma requisita proteção ao fogo, como escadas de emergência.

Com a instalação correta, o drywall é livre de patologias. Mas é necessário conferir as especificações das paredes para cada tipo de ambiente, levando em conta a situação e a altura, além de acompanhamento de profissional e mão de obra especializada”, explica o arquiteto.

Um ponto para ficar atento na hora da instalação é que o drywall exige a presença de juntas de dilatação próximas às lajes, pois sua variação causada pela dilatação térmica é diferente do concreto. Também é necessário um cuidado maior para fixar objetos como prateleiras e painéis de TV diretamente no drywall. “Previsto em projeto, chapas de aço galvanizadas são fixadas entre os montantes, antes do aparafusamento da chapa de gesso. As fabricantes oferecem todas as informações normativas para uma obra sem erros”, acrescenta Pietro.

É essencial seguir a indicação do fabricante e usar a peça correta, que varia de acordo com o tipo e o peso dos objetos. Pietro ainda pontua outra ressalva: drywall deve ser usado apenas em ambientes internos.

Projeto: Pietro Terlizzi Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci