Em São Paulo, 259 alunos da EMEF Dilermando Dias dos Santos e mais cerca de 120 professores da DRE Pirituba-Jaraguá terão aulas com profissionais do Instituto Catalisador, por meio do programa Educar para Transformar

O ano letivo na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dilermando Dias dos Santos, na região da Vila Leopoldina, em São Paulo, começa neste mês de fevereiro com uma novidade especial aos 259 alunos das turmas do 6º, 7º, 8º e 9º anos.

Eles passarão a ter oficinas de Letramento Digital na grade curricular de ensino. As aulas serão custeadas com recursos privados, repassados pelo Instituto MRV, por meio do projeto Educar para Transformar (detalhes abaixo).

Os encontros ocorrerão semanalmente, com uma equipe multidisciplinar do Instituto Catalisador — entidade sem fins lucrativos que idealiza e implementa ações na área de Educação, com Tecnologia e Criatividade.

Até o final de 2023, esse grupo de educadores atuará de forma integrada ao corpo docente da escola, desenvolvendo estratégias de ensino focadas no desenvolvimento do potencial criativo dos estudantes, a partir de conteúdos que reúnem materiais convencionais e novas tecnologias já presentes na escola.

O trabalho também incluirá a formação de cerca de 120 professores da Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Pirituba e Jaraguá, que reúne 90 escolas localizadas nessa região periférica do noroeste da capital paulista.

“O desafio é tornar a aprendizagem mais visível. Além da teoria, trabalhar a aplicabilidade; ajudar os estudantes a desvendar o universo da programação, a partir do uso de linguagens digitais para expressar ideias e sonhos”, resume a pedagoga Simone Lederman, uma das educadoras responsáveis pela execução do projeto na EMEF.

Ela conta que parte da equipe fez formação no Massachusetts Institute of Technology (MIT), um dos principais centros de estudo e pesquisa em ciências, engenharia e tecnologia do mundo, e a metodologia que direciona os trabalhos é a da ‘Aprendizagem Criativa’, que se caracteriza pelo estímulo de práticas pedagógicas mais dinâmicas e voltadas para o desenvolvimento do conhecimento de forma mais abrangente, permitindo que o aluno seja também responsável pelo que aprende.

“É um trabalho que agrega os conteúdos tradicionais ensinados em sala de aula à experimentação, a partir da robótica, da programação de games e animações, além de outras ferramentas tecnológicas que já estão disponíveis em muitas escolas, como cortadoras laser ou de vinil, assim como impressoras digitais, que muitas vezes são subutilizadas justamente por falta de uma capacitação mais aprofundada”, explica.

Custeio

Todo custeio da iniciativa ficará a cargo do Instituto MRV, que repassará um total de R$ 200 mil para a realização das oficinas em 2022 e 2023. A verba resulta do programa Educar para Transformar, que anualmente seleciona projetos sociais ligados à educação com forte impacto na sociedade, capitaneadas por entidades não governamentais de todo o país.

A cada ano, a MRV repassa R$ 1 milhão para dar suporte às ações realizadas por essas organizações. A seleção é feita por meio de chamamento público, e as entidades que se habilitam apresentam propostas de trabalho que também passam pelo crivo popular. Ou seja, além de atender a critérios estabelecidos pelo Instituto MRV, ainda são avaliadas pelo público. A última seleção, ocorrida no final de 2021, teve a participação de 5.536 votantes.

De doze cases finalistas, cinco foram escolhidos pelo público — entre eles, o projeto de Letramento Digital, do Instituto Catalisador, batizado de Trilha Tech. Foi a terceira vez, desde 2016, que a entidade conquistou a premiação organizada pelo Instituto MRV. “Em cada uma dessas premiações, uma diferente escola foi beneficiada. Já são mais 1.500 pessoas atendidas e, agora, em 2022, teremos mais 259 alunos e cerca de 120 professores”, contabiliza Simone Lederman.

Outros premiados

Além do projeto Trilha Tech, foram selecionados: o projeto Escola Verde com Afeto, de Salvador (BA), que propõe a continuidade do engajamento comunitário para a melhoria ambiental da escola; o projeto InteliGENTES, de Maracanaú (CE), que integra o aprendizado socioemocional aos demais aprendizados vividos na Escola; o projeto Juventude Code, de Recife (PE), que consiste na criação de clubes de programação para desenvolvimento de habilidades conjuntas, focadas no aprendizado e apoio à Comunidade do Pilar; e o projeto Educando e Transformando com a Horta, de São José (SC), que utiliza a horta como ferramenta pedagógica de aprendizagem.

Sobre o Instituto MRV

O Instituto MRV acredita que os primeiros passos para trilhar um futuro com mais oportunidades estão diretamente ligados ao poder transformador da educação. Por isso, desde 2014, o braço social da MRV&CO desenvolve e apoia importantes programas e projetos, que têm como essência oferecer possibilidades ainda maiores na área da educação. Com 1% do lucro líquido da companhia destinado para essas ações, já foi possível proporcionar oportunidades de um futuro melhor para mais de 1 milhão de pessoas em seis anos.