Não há dúvidas que a pandemia trouxe grandes mudanças, principalmente, na tecnologia. Para a empresa que dispunha de um departamento estruturado de tecnologia, foi mais fácil, se assim podemos dizer, minimizar os impactos da pandemia. Mas aquelas que sempre adiaram os investimentos em segurança e inteligência de dados, tiveram que se adaptar da noite para o dia. O Covid-19 fez acelerar qualquer processo neste segmento.

De acordo com dados divulgados recentemente, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo (Sindpd), a oferta de vagas no setor deve aumentar em 14,5% mesmo com esta pandemia. Atualmente, TI já representa cerca de 7% do Produto Interno Bruto do Brasil (2018) e emprega mais de 1 milhão de profissionais. Infelizmente, não só no Brasil, mas há uma grande falta de mão de obra qualificada. O que torna uma grande oportunidade para os profissionais disponíveis e, ao mesmo tempo, uma preocupação para as empresas.

Com o novo normal, o profissional de TI deixará de ter a característica técnica, de manutenção, para ser um líder de negócios. Sua missão hoje dentro das corporações mudou drasticamente, sendo considerado essencial para a continuidade dos negócios e do andamento da empresa, uma vez que boa parte dos funcionários da empresa continua em regime de home office ou modelo híbrido.

O grande desafio da vez será levar este novo modelo de uma TI mais conectada aos negócios a empresas de médio e grande porte, que antes da pandemia consideravam a TI como uma área de suporte e não um caminho de inovação e transformação para a sustentabilidade dos negócios.

O conceito, em alguns casos do “menino da TI”, vai mudar e serão vistos como “líderes de TI”. Estarão cada vez mais em reuniões estratégicas, oferecendo suporte com novas tecnologias e serviços como: novos sistemas redundantes, plataformas de comunicação e trabalho em grupo, mais proteção com serviços de segurança para a mobilidade e ambientes mais estáveis e performáticos.

O novo normal será disruptivo do ponto de vista tecnológico e o que era simples deverá ser seguro e muito mais funcional. Esta profissão já era promissora, mas agora é essencial para qualquer empresa, seja qual for seu tamanho.

Carlos Macedo, executivo de TI da innovativa executivos associados