Diversas companhias aéreas no Brasil e no exterior tem liberado o transporte de animais domésticos na cabine do avião, juntos aos passageiros. Os pets devem ser acomodados embaixo da poltrona da frente ao proprietário e precisam obedecer algumas regras internacionais de saúde e também específicas de cada companhia.

 

“Além das regras de voo, em especial ao peso e caixa de transporte, é necessário estar com as vacinas em dia, como a da raiva que deve ser aplicada pelo menos 30 dias antes do embarque, além do atestado de sanidade sanitário, emitido pelo profissional veterinário”, comenta o Dr. Roberto Migliano Monteleone.

 

Para viagens internacionais, o processo é ainda mais burocrático, pois é necessário apresentar o CZI – Certificado Zoosanitário Internacional, documento que comprova que seu animal tem todas as condições sanitárias exigidas para o trânsito internacional até o país de destino.

 

“O processo para gerar o documento leva em torno de quatro a cinco meses, e é emitido pelo Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, com base no atestado de saúde e carteira de vacinação”, explica Monteleone. Para a União Européia, além da documentação, é necessário implantar no bichinho um microchip, que funciona como uma carteira de identidade.

 

“O processo todo custa um pouco caro, além de demorado, pois além do certificado é necessário realizar diversos procedimentos: check-up do bichinho no veterinário, incluindo exames; remédios para emergências; caixa de transporte; aplicação de microchip; sorologia (exames de sangue); vacinação; e certificado de saúde emitido por veterinário”, explica o médico.

 

ANIMAIS NO AVIÃO

A caixa de transporte apropriada para seu animal de estimação voar na cabine é um item obrigatório, e seu peso deve ser somado ao do animal para compor o limite permitido de embarque. “As normas internacionais apontam que o pet deve se sentir confortável na caixa de transporte e ter espaço suficiente para o animal dar uma volta completa em torno do próprio corpo”, comenta Dr. Roberto.

 

Segundo o médico veterinário, que atende no bairro da Aclimação, em São Paulo, a alimentação também é importante: recomenda-se estar em jejum alimentar de seis a oito horas antes do embarque, pois isso evita vômitos e enjoos durante o voo. Água pode ser oferecida até 3 horas antes.

 

Cães com focinho curto, como Pug, Buldogue e Shih Tzu, ou gatos de raças como o Persa, devem ter cuidados especiais devido às dificuldades de respiração.