Redução é gerada por sistema de cobrança por unidade, que gera também maior conscientização e sustentabilidade

 

A Agência Nacional de Águas (ANA) estima que 55% das cidades brasileiras terão problemas com o abastecimento de água em 2015. Com este cenário, torna-se cada vez mais urgente a adoção de medidas de uso consciente dos recursos hídricos. Utilizado há décadas na Europa, onde é obrigatório, e em países como Japão e Colômbia, o sistema de medição individual do uso de água em condomínios é uma excelente solução, mas ainda é pouco difundido no Brasil.

“A falta de legislação adequada e informação ainda impedem que o modelo de consumo que resulta em economia e preservação do mais importante recurso natural da Terra  se dissemine no Brasil”, explica Eduardo Lacerda, diretor geral da multinacional alemã Techem, líder global do mercado de soluções para individualização do consumo de água e gás. Não há números oficiais, mas estima-se que apenas em São Paulo haja 28 mil condomínios e que os medidores individuais de água sejam utilizados em no máximo 15% deste universo, chegando a apenas 220 mil unidades residenciais, aproximadamente.

“Por falta de informação, muitos acreditam que instalar um sistema de cobrança individual de água é muito caro. O investimento varia em razão das conexões a serem utilizadas e o tempo de instalação do medidor (interno, externo) e se o prédio é preparado ou não para receber um medidor individualizado. Para um condomínio preparado, o investimento por medidor de água é de cerca de R$ 350,00. Já para um prédio antigo e não preparado, R$ 420,00”, esclarece Lacerda.

CASO EM SÃO PAULO – “A conta de água individual foi a melhor coisa no nosso condomínio”, comemora Eliane Britto Salles, síndica do Spazio Bonfiglioli, no Jardim Bonfiglioli, em Jundiaí, São Paulo. Os hidrômetros individuais foram instalados há três anos. Nessa época, a conta de água do condomínio com 30% de ocupação era mais cara do que hoje com 90%. “Pagamos em dezembro de 2011 cerca de R$ 13 mil. Em julho, pagamos R$ 8 mil, ou seja, uma redução de 40% com muito mais moradores no prédio”, lembra explica Eliane.

Além das finanças, a síndica se preocupa com o uso racional da água. “Certamente, hoje a maioria dos moradores faz a economia dentro de sua unidade de forma consciente, evitando o desperdício, inclusive policiando as áreas comuns. Todos os dias a administração do condomínio faz a leitura no cavalete central para acompanhar o consumo. Se detectamos algum consumo elevado, tomamos as medidas necessárias”, finaliza.

 

Fonte

Eduardo Lacerda – diretor geral da Techem no Brasil