A volatilidade acentuada do mercado financeiro no período eleitoral dificulta quem pretendem assumir um compromisso com base na moeda estrangeira”, explica Direto de Câmbio da FB Capital.

Não é apenas aqueles que se encontram com a viagem marcada para o exterior que sentem e temem as variações do dólar. O câmbio está diretamente ligado com a inflação, portanto, não são apenas os produtos importados que sofrem variação, mesmo que algum item seja fabricado no Brasil ele pode ter componentes de fora do país e o valor destes produtos podem ser repassados para o preço final. O setor alimentício também é atingido em situações assim, muitos dos alimentos que o brasileiro consome ou são importados ou utilizam algo de importação em sua composição.

É uma consequência natural e esperada que a alta do dólar resulte em pressão sobre a taxa de inflação da nossa moeda, o real. “A volatilidade acentuada do mercado financeiro no período eleitoral dificulta aqueles que pretendem assumir um compromisso com base na moeda estrangeira, este cenário irá se manter durante essas três semanas que antecedem o segundo turno”, explica Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital. A gradual alta da moeda americana e a guerra comercial com a China, deixam a cotação ainda mais volátil. A indefinição do cenário eleitoral fará com que o dólar se mantenha em oscilações até as próximas semanas.

As recentes pesquisas eleitorais mostram que a corrida continuará acirrada, inclusive neste segundo turno, para o mercado financeiro isso mostra que pode afetar o preço dos ativos, como o juros e câmbio. “O dólar já foi para o plano positivo e depois para o negativo, confirmando essa volatilidade que é resultado da falta de um governo definido. Só será possível enxergar uma direção mais clara na véspera deste outro turno ou com os resultados finais”, diz Bergallo.