Foram arrecadados mais de R$ 12,8 bilhões. Esta é a quinta alta consecutiva desde abril, mês que registrou o pior resultado do ano

O turismo segue dando sinais positivos de retomada nos últimos meses. Dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Cielo, mostram que o setor faturou R$ 12,8 bilhões em setembro, alta de 28% em relação a agosto.

Quando comparado a abril, pior mês para o segmento no ano de 2020, o número é três vezes maior do que o registrado no período (R$ 4,07 bilhões). Mais da metade do faturamento no mês vieram dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.


Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o número é animador e mostra que as ações coordenadas pelo Pasta junto aos demais segmentos estão no caminho certo. “Ficamos muito satisfeitos com essa retomada gradual, positiva e significativa de maneira gradual e responsável. Estamos mostrando, mais uma vez, que a importância do turismo para a recuperação econômica de nosso país.

Continuaremos com o nosso trabalho, de colocar o turismo brasileiro de volta aos antigos patamares, gerando emprego e renda para toda a nossa população”, disse. 
Quando analisados por segmento, os empreendimentos da área de Hospedagem e Alimentação registraram o maior volume de vendas em setembro, totalizando R$ 8,533 bilhões. O destaque foi para os restaurantes que movimentaram R$ 6,63 bilhões. O transporte de passageiros também registrou parcela significativa no montante total. Em setembro, o setor faturou R$ 2,76 bilhões, representando 21% de tudo o que foi arrecadado em setembro. 


O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o aumentou no faturamento pode ser resultado de inúmeros fatores. “A partir de maio, o faturamento do setor passou por um processo de recuperação mês a mês, devido a inúmeros fatores, como o maior número de pessoas nas ruas, o aumento da confiança dos consumidores, além das estratégias digitais adotadas pelas empresas”, afirma Tadros.


Desde março, quando foi decretado estado de calamidade pública devido à pandemia do novo coronavírus, o Ministério do Turismo tem trabalhado em diversas ações para dar sobrevida ao setor. Entre elas, estão a criação da lei 14.046, que propõe regras de cancelamentos/remarcações para serviços turísticos e culturais; a MP 963, que liberou R$ 5 bilhões para o setor em linha de crédito e contribuiu para a formulação da MP 936, que manteve milhares de empregos no país.