Esta semana, a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido com gás de cozinha. Desde junho, esse é o sexto aumento. O botijão de  até 13 kg, envasado pelas distribuidoras, vem sendo reajustado mensalmente, principalmente, em função da alta das cotações do produto nos mercados internacionais, chegando a um acumulado de quase 70%.  Segundo o professor de economia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Marcelo Anache, trata-se de um dos itens que mais pesa no orçamento da família brasileira.

“Esse ciclo de alta recente em tão pouco tempo está tendo um impacto grande no dia a dia das pessoas e desequilibrando o orçamento das famílias, principalmente, as mais pobres. Dessa forma, o gás de cozinha está tomando um espaço cada vez maior nos gastos e se tornando um vilão no orçamento doméstico. Como não tem como economizar muito no gás de cozinha, as pessoas estão tendo que fazer malabarismo e abrir mão de outras coisas para não ficar sem cozinhar. Somando os aumentos recentes nas tarifas de energia elétrica e combustível, o aumento do gás gera um peso extra na conta do fim do mês”, analisa.