Associação teve o teste censurado, a pedido do fabricante Tradição, em abril deste ano

Neste mês a PROTESTE – Associação de Consumidores – conquistou na justiça o direito de voltar a divulgar os resultados do teste do azeite, realizado este ano. Em abril a associação foi acionada judicialmente pela marca Tradição, uma das marcas testadas, e foi reprovada, pelos resultados mostrarem que o produto estava adicionado de outros óleos de sementes oleaginosas. Através de uma decisão liminar, e antes de apresentarmos qualquer defesa, o fabricante conseguiu com que todos os resultados do teste fossem retirados do site da associação.

Diante desse cenário, a PROTESTE não se intimidou e lançou a campanha “Consumidor Contra a Censura” nas redes sociais e em sua página oficial, com o objetivo de mostrar aos consumidores que com a censura ao teste do azeite, estão censurando o direito deles em saberem o que estão consumindo.
O teste de azeites já foi realizado outras 5 vezes pela PROTESTE. Todos por laboratórios credenciados pelo MAPA (Ministério da Agricultura) e pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), portanto seguem, rigorosamente, as metodologias e os parâmetros estabelecidos pela legislação aplicável.

As marcas testadas este ano foram: Andorinha, Borges, Beirão, Broto Legal Báltico, Carrefour Discount, Carbonell, Cardeal, Cocinero, Figueira da Foz, Filippo Berio, Galo, La Española, La Violetera, Lisboa, O-Live, Pramesa, Qualitá, Renata, Serrata, Taeq, Tradição e Torre de Quintela.
Os produtos da Tradição, Figueira da Foz, Torre de Quintela, Pramesa e Lisboa foram considerados fraudados, porque foram adicionados outros óleos de sementes oleaginosas aos produtos, o que não é permitido por lei.

Para descobrir a classificação de um azeite, a PROTESTE contou com a expertise de três grupos de profissionais treinados e qualificados por órgãos reguladores. Eles fizeram a análise sensorial – ferramenta que determina a classificação do produto – na qual são avaliados aromas e sabores complexos, por meio do olfato, paladar e tato. Além da análise sensorial, foram realizados os testes físico-químicos seguindo os parâmetros da legislação.
Nesta 6ª edição do teste a PROTESTE foi censurada com base no argumento, da Tradição, de que o teste estava rendendo “prejuízos à marca”. No entanto, de acordo com a decisão da Justiça proferida este mês, “como se trata de relevante informação destinada ao público consumidor e até mesmo à saúde pública, prevalece aqui o interesse público na divulgação dos resultados dos testes realizados”, em outras palavras: o consumidor conquistou essa vitória e teve os seus direitos assegurados.
A PROTESTE preza pela transparência em todos os seus testes e continuará lutando para que os consumidores saibam o que estão consumindo e para que a verdade possa sempre prevalecer! O teste do azeite já está, novamente, disponível no site: https://www.proteste.org.br/