Em sua primeira entrevista coletiva de 2016, realizada nessa quinta-feira (07), no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff defendeu a reforma da Previdência, justificando a sua necessidade ao dizer que “não é possível que a idade média de aposentadoria das pessoas no País seja de 55 anos”. A presidente defendeu a adoção de mecanismos para elevar a idade da aposentadoria, sugerindo que essa medida pode ser tomada pela fixação de uma nova idade mínima ou mesmo utilizando um instrumento que misture idade com tempo de contribuição, como ocorre com a fórmula do Fator Previdenciário 85/95 móvel (soma da idade com tempo de contribuição para mulheres e homens).

Para o presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários) e da seccional paulista da União Geral dos Trabalhadores (UGT-SP), Luiz Carlos Motta, essa atitude é inaceitável e deve ser combatida pelas Centrais Sindicais. “A crise financeira na qual o Brasil se encontra não é dos trabalhadores. Não aceitaremos que tentem imputar a nós essa conta, muito menos mexendo no direto que homens e mulheres têm de descansar após uma vida de trabalho”, afirma.

Sobre a Fecomerciários

Antiga Fecesp, a Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo (Fecomerciários) representa mais de 2,7 milhões de trabalhadores e 68 sindicatos filiados. Presidida pelo líder sindical Luiz Carlos Motta, coordena os interesses da categoria como um todo, com atuação decisiva na estruturação de seu movimento sindical.