segunda-feira

16 junho 2025 Vol 19

Cardiologista do HCor explica que atividade física pode reduzir efeitos do sal na hipertensão

De acordo com um estudo da Escola Paulista de Saúde Pública e Medicina Tropical da Universidade Tulane, de Nova Orleans, a atividade física pode diminuir o impacto negativo da alimentação rica em sódio sobre a pressão arterial. Segundo os pesquisadores, quanto maior a quantidade de exercícios, menor o aumento de pressão arterial em resposta à alimentação rica em sódio. A pesquisa revelou que praticantes ativos de atividades físicas têm risco 38% menos de desenvolver hipertensão.

Para o Dr. Celso Amodeo, cardiologista do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, a atividade física é capaz de regular e reduzir a pressão arterial por meio de exercícios no mínimo três vezes por semana, durante 30 minutos, que podem ser realizados tanto de forma contínua quanto acumulada, em intensidade leve a moderada.

“Essa redução é similar à queda apresentada com o uso de medicamentos anti-hipertensivos. Apenas este dado já valida à recomendação da atividade física como complemento no tratamento para quem precisa controlar a pressão”, esclarece o cardiologista que reforça que quem realiza pouca atividade física terá um maior aumento de pressão arterial se a ingestão de sódio também for aumentada.

A hipertensão arterial é uma doença crônica de maior prevalência no mundo, sendo uma das principais causas do AVC. Em indivíduos com predisposição genética e estilo de vida inadequado (sedentarismo, dieta hipersódica, hipercalórica e hipergordurosa) a doença se dá mais precocemente e com características de maior resistência ao tratamento. Havendo um acompanhamento médico e uma dieta adequada pode-se prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença.

Segundo o cardiologista do HCor, devido à associação entre sal e hipertensão recomenda-se o consumo inferior a 1.500 mg diários de sódio. “O ideal é diminuir a ingestão de sódio e aumentar a atividade física. Aqueles que não podem aumentar a quantidade de exercícios físicos, talvez devido à idade, devem ser estimulados a seguir uma alimentação com baixo teor de sódio”, pondera Dr. Amodeo.

Dicas do cardiologista do HCor para o controle de sal na alimentação:

Segundo Dr. Amodeo, é importante evitar os alimentos enlatados (ervilhas, milho, atum, sardinha, massa de tomate, etc), embutidos (salame, salsicha, presunto entre outros), envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral), queijos e pães. Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão deles faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sanguínea e causar a hipertensão – responsável pelo infarto e acidente vascular cerebral -, além de afetar os rins.

Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas por dia. “No tratamento não medicamentoso, as medidas comprovadamente eficazes no controle da hipertensão são: atividade física, dieta com pouco sal, dietas ricas em potássio, eliminação de álcool e tabaco, além do controle do peso”, finaliza Dr. Amodeo.

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