Especialista em medicina chinesa alerta para a importância de verificarmos o pH da água que bebemos e checarmos também se ela apresenta metais pesados tóxicos 

O dia mundial da água foi instituído para que se tenha a consciência de que ela é um recurso imprescindível à vida e que pode se extinguir caso a população mundial não aprenda a valoriza-la como ela merece e exige, e a manejá-la de forma racional e sustentável, a fim de que ela continue mantendo a vida e a saúde no nosso planeta com qualidade e em quantidade.

Porém, em relação à qualidade da água fala-se mais em termos de potabilidade, esquecendo-se de que, para a saúde humana e animal, a água não pode ser ácida e nem conter metais pesados, como Bário, Chumbo, Mercurio, Cadmio, Arsenico, Aluminio e outros menos comuns.

Segundo Márcio Luna, que é especialista em Acupuntura há 33 anos, apesar de cientificamente bem conhecida a importância do grau de acidez (pH) da água para a saúde humana e animal, esse dado ainda não é divulgado suficientemente bem ao ponto da população brasileira, em geral, já ter assimilado esse conhecimento e procurar normalmente nos contra rótulos (atrás do rótulo) das águas minerais nos supermercados, o valor expresso do pH de cada marca que está sendo vendida.

“Infelizmente a maioria esmagadora das águas minerais brasileiras comercializadas nas grandes redes de supermercados é ácida” afirma o Dr. Luna.

E como sabermos se uma água é ácida ? “Simples”, ensina Luna: “Se for uma água mineral, o valor do pH está no contra rotulo e se for água da bica ou qualquer outra, teremos que comprar uma fita ou tira medidora de pH, para se colocar em contato com o líquido a ser medido, que é barata e encontra-se em qualquer loja que venda suprimentos químicos. Se o valor do pH no contra rótulo ou medido pelas fitas ou tiras medidoras for abaixo de 7,0 –  o pH é ácido ! Se for acima de 7,0, é alcalino (ou básico)”.

Porém não basta somente ser acima de 7,0, o pH. Para ser de fato um auxiliar da saúde, o pH deve ser maior que 7,45. E se tiver de 8,5 até 10,0, é melhor ainda, sendo nesse caso classificado como água ultra-alcalina.

“O nosso sangue mantem, em condições normais, um pH estável entre 7,35 (para o sangue venoso) e 7,45 (para o sangue arterial), mantido às custas de um sistema regulador (tampão) da acidez do nosso organismo, que é majoritariamente regido pelos nossos Rins, responsáveis por esse delicado equilíbrio chamado de hidroeletrolítico (de líquidos e minerais orgânicos). Portanto, qualquer água ou liquido ingerido com pH abaixo desses números fará os Rins trabalharem mais para tamponar (neutralizar a acidez) essa acidez. E quanto mais ácida a água ou o liquido ingerido for (como por exemplo: a água da torneira e os refrigerantes são hiper ácidos), mais trabalho os Rins terão. E uma sobrecarga dessa ininterrupta, ao longo de décadas, pode acabar levando a doença renal crônica e a falência dos Rins. E não é coincidência o aumento exponencial de doença renal crônica no Brasil e no mundo, em paralelo com o aumento do consumo de líquidos e alimentos ácidos”, alerta o Dr. Luna.

E como se não bastasse termos que nos preocupar com a acidez da água que bebemos, temos também que ficar atentos para o teor de metais pesados que a água ingerida apresenta, e que frequentemente não aparecem listados nos contra rotulos.

“Não há níveis seguros de ingestão desses metais pesados, pois são cumulativos, não saem do organismo sem tratamento especifico e são tóxicos a médio e longo prazo, levando a perturbações no funcionamento de todos os órgãos e gerando sinais e sintomas atípicos que muito frequentemente não são diagnosticados como intoxicações silenciosas que precisam de tratamento. O Bário, por exemplo, é um desses metais pesados tóxicos| que levam a demências, endurecem as artérias e está presente em uma das marcas mais vendidas de água mineral no mercado nacional. Mesmo sendo essa água alcalina, eu detectei altíssimos teores de Bário no exame de cabelo (o hair test), que eu envio para a Alemanha, dos meus pacientes que consumiam essa marca de água mineral e tive que trata-los pois já apresentavam sinais e sintomas importantes, mas sem uma doença detectável e diagnosticada medicamente”, esclarece Dr. Luna.