Sintomas incluem disfunção sexual, dor articular, fraqueza, alterações na coloração da pele, lesão hepática (cirrose), insuficiência cardíaca e até diabetes mellitus

São Paulo, julho de 2015 – Sabe-se que um adulto saudável possui de 40 a 160 microgramas de ferro no sangue. No entanto, há quem acumule o mineral em quantidade superior à necessária, fazendo com que o excesso de ferro se torne um problema. É o caso dos portadores de hemocromatose, uma alteração genética na qual o organismo absorve o ferro em grandes quantidades e não realize sua eliminação de forma adequada.

Normalmente, os sinais aparecem após os 40 anos. “Eles incluem disfunção sexual, dor articular, fraqueza, alterações na coloração da pele, lesão hepática (cirrose), insuficiência cardíaca, diabetes mellitus e, raramente, disfunção tireoidiana ou câncer hepático”, afirma Dra. Audrey Zeinad, hematologista que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica.

Segundo a médica, os familiares de pessoas com hemocromatose devem ser avaliados, uma vez que podem não apresentar sintomas. “Aproximadamente 10% da população americana de ascendência caucasiana apresenta uma das anomalias genéticas associadas à hemocromatose, mas grande parte destas pessoas são assintomáticas”, revela a médica.

A mensuração do nível de ferritinina, proteína que reflete os estoques de ferro no organismo, é um exame bastante solicitado para avaliações clínicas anuais. A hemocromatose é hereditária e pode levar a um quadro inflamatório agudo ou crônico, com a possibilidade de ser aumentada em doenças inflamatórias infecciosas e até neoplásica. Ela também pode ser aumentada em hepatites e na síndrome metabólica (obesidade abdominal, dislipidemia, resistência à insulina).

“O tratamento da hemocromatose, realizado por meio das coletas de sangue periódicas, auxilia na prevenção das complicações e até reverte algumas complicações já instaladas”, finaliza Dra. Audrey.