A capital mineira recebe neste sábado (6) a terceira edição da Festa Sem Fronteiras, um evento que celebra a cultura de diversas partes do mundo com música, dança, artesanato e gastronomia. A festa acontece no Parque Primeiro de Maio (rua Joana D’Arc, 190, no bairro Primeiro de Maio), na região Norte da cidade, de 10h às 19h, com entrada gratuita.

A programação é um convite para mergulhar na diversidade cultural internacional que hoje faz parte do cotidiano de Belo Horizonte. A trilha sonora ficará por conta da explosão da cumbia latino-americana da banda Me Gustas Tú, que sobe ao palco às 18h. Antes disso, a pista será comandada pelos DJs Rizo (Nicarágua), com seu mix de salsa e reggaeton, e Amaranta (Chile), que une raízes latinas a batidas eletrônicas. Para quem quiser entrar no ritmo, haverá uma aula de dança gratuita com Denise Fantini às 15h.

O coração do evento é a feira de gastronomia e artesanato, que dá protagonismo e gera renda para empreendedores migrantes. O público poderá provar sabores da Venezuela, Colômbia, República Dominicana, Chile, Peru e República Democrática do Congo. O artesanato trará peças do Peru, Ucrânia, Haiti, Chile e outros países.

Além da festa, o evento que é realizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, vai oferecer um importante serviço de Orientação Social para Migrantes, com informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e cadastros em serviços públicos (das 10h às 12h e das 14h às 17h). As crianças também têm diversão garantida no Espaço Kids.

A força por trás da festa

Criado em 2016, o Coletivo Cio da Terra nasceu da necessidade de criar uma rede de proteção e empoderamento para quem escolheu o Brasil como destino. É uma família multicultural que atua desde o ensino de português até a assistência emergencial, sempre com o olhar voltado para a dignidade humana.

“Nosso trabalho é feito com muito cuidado, afeto e em coletivo. Mais do que tudo, a gente defende que migrar é um direito”, explica Denise Fantini, argentina e coordenadora do coletivo. “Toda pessoa migrante, refugiada ou apátrida é, sim, uma pessoa que tem direitos, com voz, com potência, com história”, diz.

A festa surge como uma das estratégias mais eficazes do coletivo para combater a xenofobia, gerar renda para suas integrantes e promover a integração. Ao ocupar o espaço público com suas culturas, essas pessoas não apenas se tornam visíveis, mas também educam a sociedade local sobre a riqueza da diversidade.

SERVIÇO ____________________________________
3ª Festa Sem Fronteiras
Local:Parque Primeiro de Maio (Rua Joana D’Arc, 190 – Bairro Primeiro de Maio)
Data:Neste sábado, 6 de setembro, das 10h às 19h
Apoio: Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte
Entrada Gratuita