Bolão de SC leva prêmio de R$ 117,5 milhões da Mega-Sena

Um bolão com 42 cotas feito em Blumenau (SC) acertou as seis dezenas do Concurso 2.486 da Mega-Sena nesta quarta-feira (4) e vai receber R$ 117,5 milhões. O sorteio ocorreu na noite de hoje (31) no Espaço Loterias CAIXA, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. As dezenas sorteadas foram: 08 – 09 – 17 – 19 – 33 – 56. 

A aposta ganhadora, com oito números, foi feita na Loterica da Velha.

A quina teve 231 apostas ganhadoras e cada uma vai levar R$ 27.876,31 e a quadra teve 15.582 apostas ganhadoras, com prêmios de R$ 590,37.

No próximo concurso, com sorteio na quinta-feira (2), o prêmio estimado é de R$ 3 milhões.

As apostas para os concursos podem ser feitas até as 19h nas casas lotéricas, no portal Loterias CAIXA e no app Loterias CAIXA. Clientes do banco podem usar o Internet Banking CAIXA. 

O valor de uma aposta simples na Mega-Sena é de R$ 4,50.

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Seleção feminina estreia com vitória na Liga das Nações

A seleção brasileira feminina de vôlei iniciou a disputa da edição 2022 da Liga das Nações com uma vitória de 3 sets a 1 (parciais 29/27, 23/25, 27/25 e 25/21) sobre a Alemanha em Shreveport-Bossier City (Estados Unidos).

É VITÓRIA NA ESTREIA! 🏐

A seleção feminina começou com tudo na Liga das Nações de @volei

🇧🇷 3 x 1 🇩🇪
(29/27, 23/25, 27/25 e 25/21)

E que jogo da Julia Bergmann! 😍 pic.twitter.com/5UHgINCu44

— Time Brasil (@timebrasil) June 1, 2022

Com este resultado a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães ocupa a terceira posição da fase preliminar, atrás de Turquia e Tailândia, que venceram seus respectivos confrontos por 3 sets a 0. O próximo compromisso do selecionado brasileiro é contra a Polônia, na quinta-feira (2) a partir das 16h (horário de Brasília).

Na renovada equipe do Brasil o grande destaque foi a ponteira Julia Bergmann, a maior pontuadora do time brasileiro com 19 pontos.

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Eletronuclear desconecta Angra 1 do Sistema Interligado Nacional

A Eletronuclear anunciou, nesta terça-feira (31), que desconectou a usina nuclear Angra 1 do Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com a estatal, a ação foi necessária para permitir uma troca preventiva da válvula de um pressurizador, no circuito principal da usina.

“No domingo (29), à 0h12, a Eletronuclear desconectou a usina nuclear Angra 1 do Sistema Interligado Nacional para realizar a troca preventiva da válvula de um pressurizador, equipamento localizado no circuito principal da unidade. Trata-se de uma parada programada, em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com duração prevista de 10 dias”, informou a empresa em nota.

As usinas Angra 1 e 2 geram energia equivalente a aproximadamente 3% da eletricidade consumida no país e 40% do consumo do estado do Rio de Janeiro. Angra 1 tem capacidade de 640 megawatts (MW) e Angra 2, 1.350 MW.

Em 2021, ambas geraram juntas 14,7 milhões de megawatts-hora (MWh). Esse total é capaz de atender cerca de 5,8 milhões de habitantes ou toda a iluminação pública do Brasil durante um ano inteiro.

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Caso Gabriel Monteiro: testemunha acusa parlamentar de assédio

A ex-funcionária do vereador Gabriel Monteiro (PL), Luiza Caroline Bezerra Batista, 26 anos, prestou depoimento hoje (31) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro em processo ético disciplinar que investiga o vereador, ex-policial militar e youtuber por quebra de decoro parlamentar.

“A testemunha relatou diversos casos de assédio moral no início, que foram aumentando até um assédio sexual. Ela não trouxe nenhum fato novo em relação ao que já tinha sido contado anteriormente em depoimento à polícia, relacionando tudo aquilo que era feito”, disse o presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Isquierdo (União). 

Isquierdo também destacou a atuação imparcial do Conselho de Ética ao longo do processo. “Em momento algum a defesa tem sido cerceada em nada. Este conselho tem sido totalmente responsável, imparcial, e tem garantido a ampla defesa ao vereador Gabriel Monteiro, sem ter nenhum tipo de corporativismo”, declarou. 

Sobre ameaças que estariam sendo feitas às testemunhas, o parlamentar disse que a Casa tem oferecido apoio para interceder junto às instituições de segurança e garantir a proteção aos depoentes. Isquierdo anunciou que o conselho vai solicitar à Polícia Civil acesso ao inquérito instaurado para apurar as causas da morte do ex-assessor Vinícius Hayden, vítima de um acidente de carro na estrada que liga Teresópolis a Nova Friburgo, na região serrana do Rio, no sábado (28).

A Polícia Civil do Rio informou neste domingo (29), em nota, que “tudo indica que Vinícius Hayden perdeu a direção ao entrar em uma curva na rodovia”. O ex-assessor foi quem denunciou Monteiro pela prática de assédio moral e sexual. Hayden ao prestar depoimento na semana passada ao Conselho de Ética estava vestindo um casaco preto e um colete à prova de bala por baixo.

Próximos passos

O Conselho de Ética volta a se reunir nesta quinta-feira (2) para iniciar os depoimentos de testemunhas de defesa de Gabriel Monteiro. A previsão é que as oitivas ocorram nos dias 7, 8, 9 e 14 de junho.

Apresentada a defesa, tem início a fase de instrução do processo, pelo prazo de até 30 dias, prorrogáveis por mais 15 dias. Finalizada a instrução, o relator dá parecer em até cinco dias úteis, concluindo pela procedência da representação ou pelo seu arquivamento. Caso o parecer seja pela procedência da denúncia, é aberto prazo de cinco dias para apresentação de alegações finais pela defesa do acusado. 

O parecer do relator é submetido à deliberação do Conselho de Ética em até cinco dias úteis, considerando-se aprovado se obtiver a maioria absoluta dos votos dos seus integrantes. Concluída a tramitação no conselho, com parecer favorável à denúncia, o processo é encaminhado à Mesa Diretora e incluído na Ordem do Dia.

A punição é deliberada em votação aberta no plenário, com direito a fala dos parlamentares e da defesa durante a sessão, decidida por dois terços dos vereadores (34 votos) em caso de cassação ou maioria absoluta em caso de suspensão.

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Votação da reforma tributária na CCJ do Senado é adiada

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado hoje (31) para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária foi adiada por falta de quórum e de consenso. Devido à falta de senadores suficientes para deliberações na comissão, o presidente da comissão, Davi Alcolumbre (União-AP), cancelou a reunião marcada para votar o relatório do senador Roberto Rocha (PTB-MA).

Em entrevista coletiva, Pacheco afirmou ter uma posição convergente com o texto da PEC 110/2019, mas reconheceu não ser uma posição compartilhada por todos os colegas. Para ser aprovada em plenário, uma PEC precisa ter a aprovação de três quintos do Senado, ou seja, 49 senadores. 

“Eu tenho uma posição sobre a PEC 110 depois de todo o exaurimento da discussão, de toda a sociedade ouvida, dos segmentos produtivos, que é a unificação tributária. Tal como estabelecido na PEC, é a saída para a simplificação, para a desburocratização do sistema tributário brasileiro”, disse o presidente. “Mas nem todos os senadores pensam dessa forma e para votar uma PEC precisamos de um quórum qualificado de 49 senadores. O que se percebe, pelo quórum da CCJ, é que não há esse consenso no Senado”.

Para Pacheco, há uma discordância em relação à forma e sobre qual o conteúdo de uma reforma tributária. 

Apesar de afirmar que seu relatório foi o que mais avançou com o tema, Roberto Rocha não escondeu sua frustração com o ocorrido na CCJ. “Eu só quero dizer ao povo brasileiro que eu me dediquei para poder construir o melhor relatório possível. E eu gostaria que esse relatório fosse debatido, sobretudo no plenário do Senado. Porque não estamos falando de uma comissão terminativa. Estamos falando do primeiro passo de uma caminhada longa”.

Senadores

O senador Carlos Viana (PL-MG) defendeu a votação da reforma, em um discurso mais otimista que o do próprio relator. “Em ano eleitoral ou não o Parlamento precisa dar uma resposta para facilitar a vida de quem gera emprego e renda e, principalmente, a questão dos combustíveis, que hoje está pesando muito no salário dos trabalhadores”, disse. “Hoje tivemos um problema na CCJ, a falta que quórum, que evidencia que não há acordo. Mas eu tenho confiança que nos próximos dias teremos uma definição”.

Omar Aziz (PSD-AM), por sua vez, foi claro em sua posição contrária à votação da reforma tributária. “Eu não creio que a gente vote qualquer matéria sobre reforma tributária este ano”, disse. Para ele, esse tipo de proposta deva ser aprovada no início de um ciclo eleitoral, para haver compromisso do parlamento em votar as leis complementares ao longo dos quatro anos de mandato.

A proposta

A PEC 110 tem como diretriz principal a instituição de um modelo dual do Imposto de Valor Agregado (IVA). O IVA Subnacional será composto pelo Imposto de Bens e Serviços (IBS), resultado da fusão do ICMS (imposto estadual) e do ISS (imposto municipal), para estados e municípios. 

Em outra frente, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) unifica tributos federais (IPI, Cofins e Cofins-Importação, PIS e Cide-Combustíveis) arrecadados pela União e formará o IVA Federal. A matéria já recebeu 252 emendas, das quais quase 70 foram acatadas, mas nem isso trouxe o consenso necessário para fazer a PEC avançar no Senado.

* Com informações Agência Senado

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Covid-19: Brasil tem 41 mil novos casos e 160 mortes em 24 horas

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 666.676 mortes por de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (31) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 31.019.038.

Em 24 horas, foram registrados 41.377 casos. No mesmo período, foram confirmadas 160 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 30.011.391 pessoas se recuperaram da doença e 340.971 casos estão em acompanhamento.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza as informações sobre a pandemia de covid-19 no país. – Ministério da Saúde

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Estados

São Paulo lidera o número de casos, com 5,51 milhões, seguido por Minas Gerais (3,41 milhões) e Paraná (2,52 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (125,1 mil). Em seguida, aparece Roraima (155,7 mil) e Amapá (160,4 mil).

Em relação às mortes, São Paulo apresenta o maior número (169.284), seguido de Rio de Janeiro (73.830) e Minas Gerais (61.566). O menor número de mortes está no Acre (2.002), Amapá (2.134) e Roraima (2.152).

Vacinação

Até hoje, haviam sido aplicadas 434,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 177 milhões com a primeira dose e 159 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,8 milhões de pessoas. Outras 85,7 milhões já receberam a dose de reforço.

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Presidente sanciona MP que reduz imposto sobre arrendamento de aviões

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a medida provisória (MP) que prevê a redução das alíquotas do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nas operações de arrendamento (leasing) de aeronaves e motores. A MP, editada pelo governo em janeiro deste ano, é voltada para as empresas do setor de transporte aéreo regular de passageiros ou de cargas. Foi aprovada há duas semanas pelo Senado Federal, em tramitação definitiva. 

A redução de imposto terá a duração máxima de cinco anos. O texto prevê que a alíquota será reduzida de 15% a zero nos próximos dois anos, retroativamente à janeiro deste ano até dezembro de 2023. A partir de 2024 as alíquotas terão um acréscimo gradual de 1% ao ano. Ou seja, será de 1% em 2024, 2% em 2025 e, finalmente, 3% em 2026.

O leasing aeronáutico funciona como um aluguel feito por bancos, financeiras e empresas a companhias aéreas. Os donos das aeronaves as alugam para operadoras aéreas, que pagam um valor mensal para uso do bem e ficam responsáveis pela operação e manutenção. Grande parte dessas empresas no Brasil e no mundo opera com aviões arrendados. 

“A medida é relevante porque ameniza o alto custo operacional das companhias aéreas, e pode contribuir com a retomada do setor de transporte aéreo brasileiro na pós-pandemia de covid-19. Sob esse aspecto, ressalta-se que a alíquota majorada eleva o custo operacional das empresas aéreas com o arrendamento mercantil de aeronaves e motores, o que também representa mais um componente a pressionar o preço das passagens aéreas e diminuir o potencial de crescimento do setor”, argumentou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota enviada à imprensa para divulgar a sanção, que será publicada em edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (1º).

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União Brasil lança pré-candidatura de Luciano Bivar à Presidência

O União Brasil lançou oficialmente nesta terça-feira (31) a pré-candidatura de Luciano Bivar à Presidência da República. O evento ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e reuniu políticos e lideranças do partido, como o ex-governador do Rio Grande do Norte e ex-senador, José Agripino, o líder do União na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), a senadora Soraya Thronicke (MS) e o líder do União Brasil no Senado, Davi Alcolumbre (AP).

Durante o lançamento, após a composição da mesa, houve um minuto de silêncio em respeito às vítimas das chuvas de Pernambuco.

O presidente nacional do União Brasil e pré-candidato do partido à Presidência, Luciano Brasil, disse que seria um choque muito grande que um partido do tamanho do União não ter um candidato a presidente. O partido surgiu da fusão entre o DEM e o PSL. “Só assim vamos acabar com a polarização que se instaurou no Brasil”, disse.

Bivar disse que a principal bandeira de sua pré-campanha será a instituição de um imposto único federal. “Nossa reforma tributária trará a substituição de 11 impostos federais em apenas um. O Imposto Único vem para diminuir a mordida do leão. Será um imposto só, menor, e todo mundo vai sair ganhando”. O pré-candidato garante que, com esse imposto único, produtos e serviços ficarão mais baratos .

Luciano Bivar é bacharel em direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de janeiro, com pós-graduação em educação financeira pela Northwestern University (EUA) e em direito comparado pela Unicap (Recife). Ele é empresário e deputado federal por Pernambuco em sua quarta gestão.

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MPF diz que mineração na Serra do Curral sem aval do Ibama é ilegal

O Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública para obrigar a mineradora Tamisa a solicitar anuência prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) antes de realizar qualquer supressão vegetal na Serra do Curral, considerada cartão postal de Belo Horizonte. De acordo com os procuradores à frente do processo, por se tratar de área de Mata Atlântica, o desmatamento é ilegal caso ocorra sem a avaliação e o aval do órgão ambiental federal.

“O complexo, com previsão total de supressão vegetal de 101,24 hectares, está integralmente inserido no bioma Mata Atlântica, no ecótono com a vegetação de Cerrado, na Serra do Curral, monumento natural integrante da Reserva da Biosfera Serra do Espinhaço. Nas regiões a serem suprimidas, foram identificadas diversas espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção”, registra a ação, divulgada hoje (31) pelo MPF.

A implantação de um complexo minerário da Tamisa na Serra do Curral tem sido alvo de diferentes contestações judiciais. A prefeitura de Belo Horizonte reclama que deveria ter sido consultada. Embora esteja próximo ao limite com a capital mineira, o empreendimento será instalado na cidade de Nova Lima, que atestou a conformidade do projeto em fevereiro desse ano. Esse aval dado pelo município vizinho é inclusive foco de questionamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que vê desrespeito da legislação urbanística. O argumento, no entanto, não foi acolhido em decisões preliminares.

Uma outra ação movida pelo MPMG aponta vícios de legalidade no processo de licenciamento do complexo minerário, entre eles, a ausência de consulta efetiva às comunidades do entorno, a falta de pesquisas essenciais à segurança hídrica e ambiental e a inexistência de estudos relacionados à Política Estadual de Segurança de Barragens. Há ainda processos movidos pelo partido Rede Sustentabilidade e por pessoas físicas.

O licenciamento do complexo foi concedido no fim do mês passado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), órgão colegiado consultivo e deliberativo vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad). O placar final terminou em 8 a 4 pela liberação do empreendimento. Todos os quatro representantes de órgãos vinculados ao governo mineiro, incluindo a Semad, se manifestaram de forma favorável à mineradora. Por sua vez, os seis conselheiros indicados por entidades da sociedade civil se dividiram.

Também não houve consenso entre os representantes dos órgãos federais com assento no Copam. A Agência Nacional de Mineração (ANM), que responde pela fiscalização do setor no país, votou pela concessão do licenciamento. Já o Ibama, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, manifestou-se contra.

Danos irreparáveis

A ação movida pelo MPF aponta violação do Decreto nº 6.660/2008, que dispõe sobre a proteção da Mata Atlântica. O artigo 19º fixa a necessidade de autorização do Ibama em algumas situações onde houver supressão de vegetação primária ou secundária em estágio médio do avançado de regeneração. O aval do órgão ambiental federal, em geral, é necessário quando 50 hectares for removido. Mas em regiões metropolitanas, deve-se pedir anuência para a supressão de 3 hectares ou mais.

Antes de mover a ação, o MPF chegou a emitir, no início do mês, uma recomendação para que a Tamisa solicitasse a anuência prévia do Ibama. Em resposta recebida no dia 16 de maio, a mineradora informou discordância com a demanda apresentada, afirmando ter cumprido as obrigações ambientais e as medidas exigidas pelos órgãos estaduais.

A Mata Atlântica é um bioma presente em 17 estados brasileiros. Atualmente, restam apenas 12,4% da vegetação que existia originalmente no país segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica, organização não governamental que atua em defesa do meio ambiente desde 1986.

De acordo com o MPF, o empreendimento da Tamisa provocaria danos irreparáveis pois afetaria principalmente a formação de Mata Atlântica denominada de campo rupestre, que é de difícil recuperação e abriga espécies que não se encontram fora de Minas Gerais. Além disso, segundo os procuradores, o estudo de impacto ambiental anexado ao processo de licenciamento prevê supressão de nascentes e repercussões para a fauna, a flora, os corpos d’água, a qualidade do ar, o nível de ruído e as propriedades do solo.

Antes mesmo de o projeto entrar na pauta do Copam, ambientalistas realizaram diferentes protestos em Belo Horizonte. No dia em que o licenciamento foi aprovado, o assunto se tornou um dos mais discutidos nas redes sociais.

Pesquisadores do projeto Manuelzão, vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e integrantes do movimento Tira o Pé da Minha Serra temem que a atividade minerária cause graves danos ao bioma local, impacte a disponibilidade hídrica e libere partículas de poeira capazes de afetar a qualidade do ar na região centro-sul da capital mineira.

A Semad tem sustentado que o processo de licenciamento envolveu amplos estudos técnicos e que a empresa terá que cumprir compensações ambientais e florestais. Procurada pela Agência Brasil para comentar o processo movido pelo MPF, o órgão respondeu que “o governo de Minas não comenta ações judiciais e se manifesta nos autos do processo”.

A Tamisa também foi contatada, mas não deu retorno. A mineradora mantém um vídeo de três minutos em seu site onde afirma que informações distorcidas vêm sendo disseminadas sobre o seu projeto e alega que o perfil da Serra do Curral não será afetado.

“A interferência nos recursos hídricos será mínima, sem rebaixamento do lençol freático e sem afetar a vazão das três nascentes envolvidas. O projeto não terá barragem de rejeitos e sua implantação se dará em harmonia e equilíbrio com a fauna e a flora, contando com robustos programas de manejo e conservação de espécies ameaçadas. Os efeitos de poeira, ruído e vibração ficarão restritos à área do projeto”, diz o vídeo.

Patrimônio

Além de abrigar grande diversidade de espécies de fauna e flora, a Serra do Curral também é referência histórica e geográfica de Belo Horizonte. Em sua encosta, há vestígios arqueológicos remanescentes do antigo arraial de Curral Del Rei, que foi escolhido para dar lugar a Belo Horizonte no final do século 19. A decisão levou em conta a beleza natural da região, a condição climática e a riqueza hídrica.

Em 1995, a Serra do Curral foi escolhida símbolo da capital mineira em um plebiscito organizado pela prefeitura, superando a Igreja São Francisco de Assis, a Lagoa da Pampulha, a Praça da Liberdade e outras referências da cidade. Para estimular o ecoturismo na região, foi criado em 2012 o Parque da Serra do Curral. Abrangendo uma área de 400 mil metros quadrados, ele atrai interessados em fazer trilhas e conta com 10 mirantes.

Desde 1960, a Serra do Curral é considerada patrimônio histórico e artístico nacional. No entanto, apenas um trecho foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – tendo como eixo central a Avenida Afonso Pena, o trecho se estende 900 metros à esquerda e à direita. Na prática, protegeu-se apenas a vista a partir de Belo Horizonte. Essa proteção foi reiterada em 1991, com o tombamento, pela prefeitura de Belo Horizonte, de toda a porção inserida nos limites da capital.

Mas a preservação das porções situadas em municípios vizinhos como Nova Lima e Sabará depende de um tombamento pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha). Um processo com esse objetivo teve início em 2018 e o dossiê final já foi concluído, mas ainda resta pendente de apreciação pelo Conep (Conselho Estadual do Patrimônio Cultural).

Com base nesse processo, o MPMG já havia, em maio do ano passado, contestado o avanço da avaliação do licenciamento do projeto da Tamisa.

Para os promotores, a Serra do Curral deveria estar resguardada até a conclusão da votação que poderá selar seu reconhecimento definitivo como patrimônio de Minas Gerais. Além disso, eles apontaram que, desde 1960, outras incursões minerárias de menor porte já deixaram suas marcas. “A Serra do Curral já ostenta gigantescas cicatrizes da mineração, que impactam negativamente a beleza cênica da paisagem e compromete a integridade do conjunto histórico e arqueológico”, registra a ação.

O empreendimento da Tamisa não é o único na região que vem sendo questionado judicialmente por afetar o patrimônio. Ontem (30), a Justiça deu prazo de 72 horas para que o governo mineiro e a mineradora Gute Sicht expliquem a exploração na Mina Boa Vista. Segundo ação movida pela prefeitura de Belo Horizonte, a atividade não foi licenciada e ocorre em área da Serra do Curral tombada pela capital mineira.

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Defesa Civil: mais de 40 cidades de Pernambuco estão em emergência

Mais de 40 cidades de Pernambuco decretaram ou estão em processo de decretar situação de emergência por conta das chuvas que atingem a Região Nordeste do país. Há ainda municípios em situação similar em Alagoas e no Rio Grande do Norte. O relato é do secretário Nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas Alves.

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, ele avaliou que a situação em Pernambuco ainda é crítica, já que há desaparecidos em meio aos mais de 100 mortos confirmados. “Ainda chove aqui na região e isso traz um problema tanto para as forças de segurança que estão nas ações de busca e resgate como nas demais ações de socorro, assistência e resposta ao desastre”.

O secretário lembrou que, para que o governo federal possa liberar recursos diretamente aos estados e municípios atingidos por eventos climáticos importantes, é necessário que o ente federativo decrete situação de emergência, delimite a área do desastre e levante os danos. A Defesa Civil Nacional, então, analisa a documentação e publica o reconhecimento federal.

“A partir desse documento, os ministérios podem atuar em apoio aos municípios e todo o sistema federal pode mudar os processos administrativos para agilizar o atendimento aos afetados”, explicou.

Sistema de alertas

O coronel destacou que o sistema de alertas da Defesa Civil Nacional configura o principal instrumento pra evitar mortes em situações como a registrada em Pernambuco. Segundo ele, qualquer brasileiro pode enviar um SMS para o número 40199 e informar o CEP residencial para receber alertas do governo federal, estadual e municipal no celular. 

“Recebendo alertas de chuva forte ou de evento climático importante, também virão junto ações de autoproteção e de proteção comunitária que, junto com as ações de proteção públicas, podem e muito impedir mortes como as que estamos vivendo no Nordeste”, disse.

“Para o Nordeste, é importante lembrar que ainda temos 60 dias de chuvas pela frente. É um período que está começando agora, um período crítico. Muita chuva ainda pode cair. É importante que toda a população dessa região cadastre o seu celular no 40199, receba os alertas, esteja atenta às orientações da defesa civil e, principalmente, tenha a percepção do risco e adote medidas de autoproteção.”

Assista à entrevista em A Voz do Brasil:

Fonte Agência Brasil – Read More