Brasil tem dívida de R$ 5 bi com órgãos internacionais, diz transição

O governo brasileiro deve R$ 5 bilhões a organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). A informação foi dada hoje (6) pelo ex-senador Aloizio Mercadante (PT), coordenador do Gabinete de Transição.

Segundo Mercadante, não há espaço no Orçamento de 2023 para pagar todas as dívidas. O futuro governo definirá prioridades, organizará um fluxo de parcelas e diminuirá aos poucos o estoque dos débitos. Terão preferência o pagamento a organismos dos quais o Brasil pode perder direito a voto e ser excluído por inadimplência. “O Brasil será excluído de vários fóruns. É uma dívida pesada, que também não tem previsão orçamentária pro ano que vem”, disse.

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No Senado, CCJ discute a PEC da Transição.Transição diz que 50% das obras de saneamento estão paradas.Integrante do grupo de trabalho de Planejamento e Orçamento da equipe de transição, a economista e ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck disse que uma das situações mais urgentes diz respeito à OMC, onde o Brasil está para perder o direito a voto caso não quite as dívidas.

“Vamos ver aqueles que estão na iminência de [o Brasil] perder [o direito a voto] e, depois, como pagar esse passivo que não vai ser possível no primeiro ano. Olhar onde é mais urgente, coisas que são pequenas, mas simbólicas, meio ambiente, e agricultura. Resolver o que está mais urgente”, afirmou Esther Dweck. Ela ressaltou que o passivo tem se acumulado ao longo dos últimos anos, mas nem tudo no atual governo.

Também integrante do grupo de Planejamento e Orçamento, o economista Antonio Corrêa de Lacerda afirmou que as dívidas e o risco de exclusão do Brasil representam um obstáculo aos planos do governo eleito de recuperar o reconhecimento do Brasil no cenário internacional.

“Isso vai na contramão de um projeto de inserção internacional, porque o básico que você tem que fazer é cumprir esses compromissos junto a esses órgãos internacionais. A participação do Brasil nesses órgãos internacionais é muito importante para essa nova visão de Estado, visão do planejamento e do próprio desenvolvimento nacional”, declarou.

No caso da ONU, se um país dever dois ou mais anos de contribuições regulares, pode perder o direito ao voto. Para evitar essa situação, o Brasil tem pagado algumas parcelas, como no fim de 2020, quando o governo fez um crédito suplementar (remanejamento) de R$ 3,3 bilhões para pagar obrigações com a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Governo digital

Integrante do grupo de trabalho de Planejamento e Orçamento da equipe de transição Esther Dweck – Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

Segundo o grupo de Planejamento e Orçamento da equipe de transição, o país também enfrenta problemas para manter em funcionamento o governo digital, serviços públicos prestados pela internet. Esther Dweck estimou em R$ 60 milhões a insuficiência de recursos no Orçamento de 2023 para tecnologia da informação, essencial para o setor.

“Em algumas áreas, uma delas o governo digital, o orçamento não acompanhou. O [Portal] Gov.br tem uma série de serviços prestados à população, mas o orçamento não acompanhou a demanda crescente”, declarou.

Segundo Mercadante, o governo digital é uma forma de aumentar eficiência, melhorar a qualidade do serviço para sociedade. Ele informou que está em estudo a possibilidade de ceder algumas funções do antigo Ministério do Planejamento, como o governo digital, para o Ministério do Desenvolvimento, pasta que será recriada no novo governo, para estimular a inovação no serviço público.

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Portugal goleia Suíça por 6 a 1 e está nas quartas da Copa do Catar

Portugal se tornou a última seleção classificada às quartas de final da Copa do Catar. Os ibéricos golearam a Suíça por 6 a 1, na tarde desta terça-feira (6) no Estádio de Lusail. Com este resultado, Portugal enfrenta Marrocos, a partir das 12h (horário de Brasília) do próximo sábado (10), no Estádio Al Thumama em busca de uma vaga nas semifinais da competição.

A perfect night for Portugal!

The Round of 16 comes to a close. It’s time for the Quarter-Finals 👀 #FIFAWorldCup | @adidasfootball

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Goleiro do Sevilla brilha nos pênaltis e Marrocos elimina Espanha.Gabriel Jesus opera joelho direito após ser cortado da seleção.Seleção realiza atividade após goleada sobre a Coreia do Sul.Antes de a bola rolar, o grande destaque era a presença do astro Cristiano Ronaldo no banco de reservas. Na versão do técnico português Fernando Santos, a escolha foi por questões técnicas, negando a versão da imprensa europeia de que haviam desentendimentos entre o comandante e o craque. Essa foi a primeira vez em 21 jogos que CR7 apareceu como opção no banco para Portugal em um Mundial de seleções.

Depois que a bola rolou, os holofotes se voltaram para Gonçalo Ramos, que substituiu Cristiano Ronaldo. Logo aos 16 minutos, quando a partida começava a ficar arrastada, o camisa 26 de Portugal recebeu dentro da área e girou de perna esquerda, mandando um chutaço no ângulo do goleiro Sommer para abrir o placar.

Em desvantagem no marcador, a Suíça foi obrigada a sair de trás. E até conseguiu criar uma oportunidade, em bela cobrança de falta de Shaqiri. Mas a tentativa de reação durou pouco. Aos 32, o experiente zagueiro Pepe, de 39 anos, aproveitou uma cobrança de escanteio para concluir de cabeça e fazer 2 a 0.

Aos 37, a Suíça não descontou por muito pouco. Freuler aproveitou o rebote do goleiro Diogo Costa e cabeceou. A bola estava entrando, mas Dalot salvou praticamente em cima da linha. A próxima grande chance foi portuguesa. Aos 42, Bruno Fernandes achou um passe espetacular para Gonçalo Ramos. O centroavante ficou de frente para o goleiro Sommer, concluiu e o defensor suíço evitou o terceiro.

O gol que não saiu no finalzinho da primeira etapa surgiu logo nos primeiros minutos do segundo tempo. Dallot cruzou da direita, aos cinco minutos, e o próprio Gonçalo Ramos se antecipou à zaga para bater por baixo do goleiro.

The boy with the world at his feet 🌏 #FIFAWorldCup | #Qatar2022 pic.twitter.com/MGacSyoi5Y

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O quarto gol veio cinco minutos depois. Raphael Guerreiro, após boa jogada pela esquerda, bateu forte para estufar a rede suíça.

Mesmo em situação extremamente complicada, a Suíça seguiu tentando e foi premiada com o gol de honra aos 12 minutos. Após cobrança de escanteio da direita, a bola foi desviada na primeira trave e Akanji finalizou com liberdade para superar Diogo Costa.

Mas o dia não era realmente da Suíça. Em um lindo contra-ataque, João Felix passou para Gonçalo Ramos, que, de cavadinha, marcou pela terceira vez na partida. 5 a 1 para a equipe da Península Ibérica.

Com o placar e a classificação já garantidos, o técnico Fernando Santos atendeu os diversos pedidos da torcida no Estádio de Lusail e colocou em campo o craque Cristiano Ronaldo.

The Quarter-Finals are calling 📞 #FIFAWorldCup | #Qatar2022 pic.twitter.com/0DWWETtvJN

— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) December 6, 2022

O astro até tentou marcar e se igualar a Eusébio como o maior artilheiro da equipe em Copas. Mas quem fechou o placar para os portugueses foi Rafael Leão, já nos acréscimos com um chute cruzado.

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Governo eleito fará nova reforma administrativa, informa transição

O governo eleito pretende descartar a atual proposta de reforma administrativa e trocá-la por outra, informou hoje (6) o Gabinete de Transição. Segundo o grupo de trabalho de Planejamento, Orçamento e Gestão, os reajustes aos servidores públicos serão graduais, porque o Orçamento de 2023 não tem espaço para uma recomposição total das perdas salariais acumuladas em sete anos.

Em relação à reforma administrativa, a economista e ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, integrante do grupo de trabalho, informou que o Congresso precisará aprovar a retirada da tramitação do texto atual. Isso porque a Proposta de Emenda à Constituição 32 (PEC 32) chegou a ser aprovada em algumas comissões da Câmara dos Deputados.

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Brasil tem dívida de R$ 5 bi com órgãos internacionais, diz transição.Saúde precisa de recomposição orçamentária, diz transição.Segundo Esther, a proposta atual será substituída por um texto “com nova visão”. “Os dois GTs [grupos técnicos], de Planejamento e de Trabalho, entendem que essa [retirada da proposta atual] é uma demanda justa, dado que a PEC 32 começou com uma visão de Estado completamente diferente do que a gente entende que seria o Estado brasileiro necessário para cumprir tudo aquilo que o presidente [eleito] Lula gostaria de fazer”, disse.

“No nosso entendimento, dos GTs, essa é uma pauta justa. Entendendo que já passou por uma comissão, então, mesmo que o presidente [eleito Luiz Inácio Lula da Silva] concorde com a gente, ele não tem poder de retirar a proposta atual”, acrescentou.

Esther disse que o grupo de trabalho recebeu representantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate) há alguns dias. Segundo ela, os servidores pediram que o governo eleito retirasse a reforma administrativa em tramitação e rediscutisse o tema.

Reajustes

Em relação à recomposição salarial do funcionalismo público, o ex-senador e ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador do Gabinete de Transição, informou ser impossível repor todas as perdas salariais em 2023. “No caso do Executivo, vamos ter que pensar nessa reposição de perdas como processo gradual. Não há como fazer um movimento de reparação desses sete anos nos primeiros dias do próximo governo. Não haverá condições para isso. Temos de ser transparentes”, afirmou.

O reajuste aos servidores, informou Mercadante, só será debatido após a aprovação do Orçamento de 2023. Segundo ele, isso é necessário porque o governo eleito não sabe o espaço fiscal que terá para conceder aumentos ao funcionalismo. “Vamos aguardar a aprovação do Orçamento e ver qual será a margem que vamos ter em relação ao reajuste de servidores”, justificou.

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Economia: Poupança tem retirada líquida de R$ 7,42 bilhões em novembro

Mesmo voltando a render mais que a inflação, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros continua a enfrentar a fuga de recursos. Em novembro, os brasileiros sacaram R$ 7,42 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou hoje (6) o Banco Central (BC).

A retirada líquida (saques menos depósitos) é a segunda maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Só perde para novembro do ano passado, quando os correntistas retiraram R$ 12,38 bilhões a mais do que depositaram.

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Poupança tem retirada líquida de R$ 11,01 bi em outubro.Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,2% ao ano em outubro.Atividade econômica tem queda de 1,13% em agosto, diz Banco Central.Com o desempenho de novembro, a poupança acumula retirada líquida de R$ 109,47 bilhões no acumulado do ano. Essa também é a maior retirada acumulada para o período desde 1995.

Em 2022, a caderneta registrou captação líquida (mais depósitos que saques) apenas em abril, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,51 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, num cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa são mais atraentes que a poupança.

Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia da covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

No ano passado, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros. A retirada líquida – diferença entre saques e depósitos – só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilhões) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a forte crise econômica levou os brasileiros a sacarem recursos da aplicação.

Rendimento

Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez em dois anos.

Nos 12 meses terminados em novembro, a aplicação rendeu 7,67%, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 6,17%. O IPCA cheio de novembro será divulgado na próxima sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Pelé tem melhora progressiva do estado geral, informa boletim médico

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O ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, segue evoluindo com melhora progressiva do estado geral, em especial da infecção respiratória, informou o boletim médico divulgada na tarde desta terça-feira (6). “Permanece em quarto comum, com sinais vitais estáveis, consciente e sem novas intercorrências”, informou o boletim.

Pelé foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 29 de novembro para uma reavaliação da terapia quimioterápica do tumor de cólon, identificado em setembro de 2021.

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Torcendo do hospital, Pelé posta foto de sua primeira Copa.Torcedores vão a hospital prestar solidariedade a Pelé.Pelé responde ao tratamento contra infecção respiratória.A retirada do tumor ocorreu em 4 de setembro de 2021. Desde então, Pelé é submetido a um tratamento de quimioterapia, com idas regulares ao hospital.

O boletim médico desta terça-feira assinado pelos médicos Fabio Nasri, geriatra e endocrinologista; Rene Gansl, oncologista, e Miguel Cendoroglo Neto, diretor-superintendente Médico e Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein.

Agência Brasil –

CIEE prevê abertura de 61 mil vagas de estágios até janeiro de 2023

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Mais de 61 mil vagas para estágio e aprendizagem serão abertas entre outubro de 2022 e janeiro de 2023 pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). O número é 11,9% maior do que o disponibilizado no mesmo período do ano passado e as vagas de estágios representam 83% das oportunidades enquanto as de aprendizagem são 17%. Segundo o CIEE, esta é a época do ano na qual é oferecido um maior volume de oportunidades, além de ser o momento em que muitos contratos chegam ao final ou a graduação é concluída.

Segundo o presidente do CIEE, Humberto Casagrande, a projeção mostra sinais de empregabilidade depois da queda ocorrida durante a pandemia de covid-19. “O número voltou a atingir os mesmos patamares de 2019, o que é uma boa notícia para os jovens e adolescentes que estão buscando entrar no mundo do trabalho”, afirmou. De acordo com Casagrande, o aumento das vagas voltadas para a aprendizagem será determinado pelo resultado da votação do Estatuto do Aprendiz marcado para amanhã na Câmara Federal.

“O novo estatuto do aprendiz será importante porque vem para simplificar o processo das cotas que é muito complexo. Em cada lugar é interpretado de um jeito e há inconsistências. Vem ainda dar ao processo um marco regulatório mais consistente para o programa, porque há insegurança jurídica para todos os envolvidos. O novo estatuto vai dar um impulso significativo para o crescimento de vagas”, disse.

Cadastro

Para participar dos processos seletivos é necessário realizar o cadastro no Portal CIEE, colocando informações atualizadas e corretas de CEP, e-mail e número de contato. Na plataforma o usuário ainda contará com cursos e poderá enriquecer seu perfil por meio de vídeo apresentação, redação online e teste de perfil comportamental. Todas as ferramentas são disponibilizadas gratuitamente.

Os interessados podem tirar suas dúvidas na central de atendimento do CIEE por meio do Whatsapp no número (11) 3003-2433, com o uso do DDD 11. Outro canal disponibilizado pela instituição é a Central de Atendimento com o mesmo número, não é necessário o DDD 11 (o custo é de uma ligação local em qualquer região do País, mesmo que solicite o código de área do estado).

Agência Brasil –

Censo 2022 entrevistou quase 80% da população estimada do Brasil

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O Censo 2022 entrevistou, de 1º de agosto até ontem (5), 78,73% da população estimada do país, que representam 168.018.345 pessoas, em 59.192.875 domicílios no país. Do total de pessoas recenseadas, 51,6% eram mulheres e 48,4%, homens, 39,54% são do Sudeste, 29,43% do Nordeste, 14,76% no Sul, 8,79% no Norte e 7,44% no Centro-Oeste. 

“É uma operação que a gente está imprimindo uma qualidade incrível como nunca foi feita em nenhum outro Censo. É a primeira vez que a gente está em campo com um dispositivo móvel de coleta que transmite em tempo real a operação”, observou o diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, durante a apresentação virtual do quarto balanço da coleta do Censo Demográfico 2022. O instituto espera concluir mais 10% das entrevistas até o dia 20.

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MP autoriza o IBGE a contratar sem processo seletivo para o censo.Censo 2022 entrevistou 136 milhões de pessoas, diz IBGE.Segundo o IBGE, o estado com maior proporção de pessoas recenseadas na comparação com a população estimada é o Piauí, que atingiu 96,2%. Em segundo lugar, a unidade da federação mais adiantada é Sergipe, com 91,2%, seguida do Rio Grande do Norte, com 89,8%. Os mais atrasados são o Mato Grosso (65,9%), Amapá (66,9%) e Espírito Santo (70,67%).

O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, disse que os dados dos estados do Piauí e de Sergipe correspondem à totalidade de domicílios percorridos em todos os endereços de setores censitários, que coincidem com a primeira etapa do Censo.

“Nos domicílios que estão fechados, eles [recenseadores] vão revisitar para tentar abrir porque se entende que ali mora gente e se tiver morador vai tentar recensear. Naqueles que as pessoas recusaram, a gente vai usar recenseadores com mais expertise para quebrar o quadro de recusa”, revelou acrescentando que esta é a segunda etapa do processo.

Nesta fase, as pessoas desses dois estados que ainda não foram ouvidas podem também fazer uma comunicação ao Disque-Censo, que é um serviço de ligação gratuita, pelo número 137, das 8h às 21h30.

O gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, informou que o IBGE irá verificar a condição de recenseamento dessas pessoas e será agendada a entrevista para aplicação do questionário.

Ainda segundo ele, o trabalho continuará durante o mês de janeiro.

“Para que a gente possa entregar para a sociedade um produto realmente de qualidade, não só da população, mas com todo o conteúdo dos questionários do Censo, que é bastante robusta”, afirmou, assegurando que não haverá impactos na distribuição dos valores do Fundo de Participação dos Municípios.

Aglomerados subnormais

Até o momento, o Censo 2022 identificou 12.337.295 pessoas vivendo em aglomerados subnormais o que corresponde a 7% da população recenseada.

Essa é a primeira vez que o IBGE divulga o total de população recenseada nessas localidades, definidas como as ocupações irregulares de terrenos para fins de habitação em áreas urbanas e que, em geral, são caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos básicos e localização em áreas restritas à ocupação.

Além disso, já foram recenseados 1.489.003 indígenas e 1.208.702 quilombolas.

O IBGE vai entregar dados preliminares do Censo 2022 ao Tribunal de Contas da União no dia 26 de dezembro, mas, por causa do atraso na coleta das informações, os trabalhos vão se estender até janeiro do ano que vem. Segundo Cimar Azeredo, serão apresentados ao órgão de controle externo do governo federal as informações equivalentes a cerca de 90% da população do Brasil.

“Com certeza a gente vai ter quase 90% da população toda coberta. Então, para esses 90% da população, o quantitativo de municípios, a gente ainda não sabe ao certo quantos serão, mas basicamente será a maioria”, revelou, destacando que o IBGE ainda vai definir a forma para a parcela que não for entregue em dezembro.

Taxa de recusa

Um dos problemas enfrentados para a conclusão do Censo 2022 é a taxa de recusa em responder aos questionários, que atingiu cerca de 2,59% dos domicílios, percentual que o diretor de Pesquisas tem intenção de reduzir até o fim da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.

De acordo com Azeredo, houve muita recusa em áreas com rendas mais alta e foi preciso fazer um trabalho junto aos síndicos para facilitar o trabalho dos recenseadores.

Contratação

Outra dificuldade enfrentada para a realização do Censo é a contratação de recenseadores, especialmente, segundo o diretor, nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mesmo com o aumento da remuneração, considerada baixa no início dos trabalhos, o problema continuou. Cimar Azeredo comentou que foi necessária a edição de medidas provisórias alterando inclusive os critérios de possibilidades de contratações.

“Tivemos que fazer medida provisória para fazer com que pessoas com MEI, microempreendedor individual, pudessem atuar no Censo, [e também] funcionários públicos aposentados. Esse Censo mostra que o IBGE vai caminhar para uma mudança de paradigma no processo de contratação de recenseadores”, apontou.

O IBGE também está fazendo a transferência de recenseadores de um estado para outro para conseguir cobrir a operação onde há falta. Em todo o país, entre 28 de novembro e o último domingo (4), o IBGE contava com 60.611 recenseadores em ação e 33,1% do total de vagas disponíveis.

Luciano Duarte destacou a parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que está capacitando agentes comunitário de Saúde para atuarem como recenseadores. “A parceria está sendo fundamental nesta reta final da coleta na capital carioca”, indicou.

Questionários

Cerca de 89,4% dos domicílios ou 52.948.134 responderam ao questionário básico e 11,6% ou 6.796.163 responderam ao ampliado. No básico, o tempo médio de preenchimento tem sido de 5 minutos e de 14 minutos para o ampliado.

Segundo o IBGE, 99,3% dos questionários foram respondidos de forma presencial, sendo que 204.151 domicílios optaram por responder pela internet e 233.894 pelo telefone.

O instituto lembrou que os recenseadores se apresentam sempre uniformizados com o colete do órgão, boné do Censo, crachá de identificação e o dispositivo móvel de coleta (DMC). É possível confirmar a identidade do agente no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181. “

Agência Brasil –

Afegãos em aeroporto de Guarulhos testam positivo para covid-19

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Dois imigrantes afegãos, uma senhora de 64 anos e um homem de 21, foram diagnosticados com covid-19 no último domingo (4) na Unidade de Pronto Atendimento a Saúde (UPA) Cumbica, informou a Prefeitura de Guarulhos (SP). Os refugiados estavam acampados no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, onde aguardam vagas em abrigos em São Paulo.

Segundo a prefeitura de Guarulhos, os dois afegãos permanecem em isolamento na UPA Cumbica até a retaguarda de acolhimento ser autorizada. A responsabilidade de acompanhamento é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que o aeroporto internacional é de concessão federal. “O órgão já foi acionado, assim como os ministérios da Saúde e da Cidadania”, informou em nota a prefeitura da cidade.

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Mais de 100 afegãos continuam acampados no Aeroporto de Guarulhos.Segundo a prefeitura, semanalmente a Secretaria de Saúde de Guarulhos realiza ações de saúde com os refugiados que estão abrigados no aeroporto, como vacinação, consultas médicas, além de orientações gerais sobre saúde. “No momento, são 72 afegãos aguardando acolhimento no local. Eles já receberam máscaras e orientações sobre saúde”, completou a nota.

Anvisa

Segundo a Anvisa, a situação de refugiados afegãos que estão acampados no aeroporto de Guarulhos é de conhecimento do órgão, “que acompanha desde que os primeiros grupos passaram a aguardar, naquele espaço público, o encaminhamento para localidades de destino. Trata-se de situação atípica, pois o aeroporto não é projetado para estadia de pessoas nessas condições”, informou a nota a agência. 

De acordo com informações da agência, a partir da observação do crescimento do grupo e do tempo de permanência, a Anvisa informou oficialmente, em 11 de outubro de 2022 ao Ministério da Saúde, relativo aos riscos à Saúde de tal situação; e o Comitê Nacional Para Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça, relativo à situação de um acolhimento para os acampados. 

A agência informou ainda que, conforme Lei 9782/99, a Anvisa executa atividades de Vigilância Epidemiológica sob orientação técnica e normativa do Ministério da Saúde.

“O Ministério da Saúde respondeu à comunicação oficial da agência indicando a atuação da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, como órgão que faria a oferta de vacinas, a coleta de amostras de casos suspeitos e o apoio na mitigação do risco de transmissão de doenças infectocontagiosas.  Considerando os casos positivos para Sars-CoV-2 de refugiados identificados neste domingo (4) pela Unidade de Pronto Atendimento de Cumbica, a Anvisa já comunicou o CVE/SP e reforçou a indicação do uso de máscaras, disponibilizando-as para todo o grupo de refugiados. Caso novos refugiados apresentem sintomas é indicada a testagem nas unidades de saúde do município e isolamento em local fora do aeroporto”, informou a nota da Anvisa.

Visto humanitário

O Afeganistão está em guerra desde o ano passado, quando o grupo armado Talibã retomou o controle do país. O Governo Brasileiro, desde setembro de 2021, concede visto para fins de acolhida humanitária para pessoas afetadas pela situação no Afeganistão.

Após emitido o visto humanitário, o beneficiário tem até 180 dias para ingressar no Brasil. A maioria dos voos internacionais chega ao Brasil por meio do Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo.

Os afegãos que chegam ao Brasil e não têm recursos são encaminhados para centros de acolhimento. No entanto, as vagas nesses espaços são  insuficientes, e os afegãos passaram a se aglomerar no aeroporto desde agosto deste ano.

O Coletivo Frente Afegã tem feita a assistência inicial dos refugiados afegãos que desembarcam no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A voluntária Laura Carneiro Antonio, que atua diretamente com os afegãos no aeroporto, afirma que o  coletivo tem atuado em diversas áreas, desde entrega de marmitas até a distribuição de colchões.

“Muitas vezes eles chegam sem nada, sem cobertas nem travesseiros. Então damos essa assistência, tentamos conseguir barracas e colchões infláveis para que tenham onde dormir, e vamos dando outras assistências enquanto eles esperam por abrigo, eles querem muito ir embora para os abrigos e poder trabalhar”, explicou.

A questão da saúde dos refugiados é preocupante, avalia a voluntária. “Os dois casos confirmados de covid-19 entre refugiados foram casos assintomáticos, foi descoberto por uma ação na saúde em que vieram realizar essa assistência para eles, que foram encaminhamos [à UPA] por problemas aleatórios. Agora nós estamos testando todos para que não corra risco de termos outros casos assintomáticos aqui no aeroporto, e não vire um surto”.

Outro desafio é conseguir local e transporte para que os refugiados consigam tomar banho, lamentou Laura. “Temos muito problema como arrumar local para eles tomarem banho, ainda temos algumas parcerias com os hotéis, mas o que complica bastante é o meio de transporte para levá-los nesses lugares que oferecem os banhos”.

Além deste coletivo, outras instituições prestam assistência aos refugiados, completou a voluntária. “A Cáritas e a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e o Posto Humanizado ficam responsáveis pela parte dos abrigos e da documentação deles”, disse Laura.

Segunda a voluntária, a assistência é ininterrupta. “Havia em média 300 pessoas, mas diminuiu bastante porque muitas foram acolhidas nos abrigos da Cáritas e Acnur. Hoje são cerca de 70 pessoas e estamos sempre a postos para o caso de chegar famílias novas. Nós nunca viramos as costas. Um dia pode ter 50 pessoas, mas em questão de minutos pode acontecer de chegar 50 na mesma noite, por isso estamos aqui dia e noite para ajudá-los”.

Enquanto a reportagem fotográfica da Agência Brasil estava no aeroporto, 15 refugiados afegãos desembarcaram, sendo sete deles crianças.

Endividamento atinge 78,9% das famílias brasileiras, revela pesquisa

A parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,9% em novembro deste ano. A taxa é inferior aos 79,2% de outubro, mas superior aos 75,6% de novembro de 2021.

Os dados – divulgados hoje (6) no Rio de Janeiro – são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

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Inadimplência atinge maior taxa anual desde 2016, informa CNC .CNC: intenção de consumo das famílias cresce 1,4% em setembro.As famílias inadimplentes, ou seja, com dívidas em atraso, somavam 30,3% em novembro deste ano, mesmo patamar do mês anterior, mas acima dos 26,1% de novembro de 2021.

Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas subiram para 10,9%, acima dos 10,6% de outubro e dos 10,1% de novembro do ano passado.

A parcela daqueles que se consideram muito endividados aumentou de 14,8% em novembro de 2021 para 17,5% em novembro deste ano. O comprometimento médio da renda com dívidas ficou em 30,4%, acima dos 30,3% de outubro deste ano e de novembro de 2021.

 

 

Fonte Agência Brasil – Read More

Planos de saúde ganham 1,6 milhão de usuários em 12 meses

Os planos de saúde médico-hospitalares já acumulam um aumento de 1,6 milhão de beneficiários nos últimos 12 meses, segundo balanço divulgado hoje (6) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e referente a dados de outubro. 

Depois de ter superado a marca de 50 milhões de usuários em setembro, o número continuou a subir em outubro e somou 50.196.862.

A ANS também contabiliza aumento no número de usuários de planos odontológicos, que segue acima do patamar de 30 milhões.

O balanço mostra que o crescimento no número de beneficiários nos planos médico-hospitalares ocorreu em 25 das 27 unidades da federação, quando outubro de 2022 é comparado com o mesmo mês de 2021.

Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual.

Fonte Agência Brasil – Read More