Condenação internacional a ataques é sinal da importância brasileira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que as manifestações de lideranças mundiais condenando o ataque às instituições democráticas do Brasil são um sinal da importância do país perante a comunidade internacional.

“Desde ontem, tenho recebido manifestações de apoio e de confiança na solidez das instituições democráticas brasileiras por parte de autoridades de todo o mundo”, declarou o chanceler, após se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Hayashi Yoshimasa, hoje (9).

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Argentina, México, Colômbia e Chile condenam ataques em Brasília.Líderes mundiais condenam tentativa de golpe em Brasília. Para Dino, mudança de planejamento do DF possibilitou terrorismo.“À presença recorde de delegações de alto nível na posse do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva], no dia 1º de janeiro, soma-se, agora, a condenação unânime aos atos de violência e vandalismo de ontem, que não ficarão impunes.”, acrescentou Vieira, referindo-se à invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) por grupos que rejeitam o resultado das eleições e fazem uma série de pedidos antidemocráticos, como uma ação militar para impedir Lula de governar.

“Hoje é um dia que exige de todos os democratas clareza e determinação, na defesa do País democrático que soubemos construir”, prosseguiu Vieira, classificando como uma “violência golpista” os atos deste domingo, que resultou na destruição de patrimônio público e no roubo de documentos, objetos de grande valor histórico e artístico e de armas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República.

Em nota divulgada à imprensa, o Itamaraty agradeceu pelas inúmeras manifestações de apoio e solidariedade de vários países e organismos internacionais que, nas palavras do ministério, repudiaram “os atos de terrorismo e vandalismo que chocaram o Brasil e o mundo”.

O Estado brasileiro e suas instituições democráticas saberão, mais uma vez, dar respostas à altura da gravidade dos crimes cometidos. O governo brasileiro e o Itamaraty seguirão, com determinação, defendendo e atuando de acordo com os preceitos da Constituição de 1988, sob a qual o País registra o mais longo período de convivência democrática em sua história republicana.

Reunião de Trabalho

Abrigo da maior população nipodescendente fora do Japão, o Brasil tem interesse em dinamizar a Parceria Estratégica e Global que os dois países estabeleceram em 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, simultaneamente à assinatura de outros cinco acordos governamentais com vistas a incrementar a relação bilateral.

Segundo o Itamaraty, a reunião desta manhã serviu para que o chanceler brasileiro e o ministro japonês discutissem formas de aprofundar a cooperação dos dois países em áreas como ciência, tecnologia e inovação e para promover a segurança energética e alimentar de forma sustentável.

Esta é a primeira visita que Vieira recebe de um ministro estrangeiro desde que assumiu o cargo, no início da semana passada.

Ainda de acordo com o Itamaraty, Vieira e Yoshimasa também trataram das oportunidades de parcerias para a descarbonização – ou seja, a substituição de combustíveis fósseis emissores de carbono por fontes energéticas que liberem menos gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) – e das políticas de vistos.

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Dólar tem pequena alta no dia seguinte a ato terrorista

No dia seguinte ao ato terrorista na capital federal, o mercado financeiro teve reações limitadas. O dólar e a bolsa fecharam em pequena alta após as reações institucionais às depredações às sedes dos Três Poderes.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (9) vendido a R$ 5,258, com alta de R$ 0,021 (+0,41%). A cotação enfrentou momentos de volatilidade, chegando a R$ 5,31 na máxima do dia, por volta das 12h, mas desacelerou ao longo da tarde.

No mercado de ações, o dia também foi marcado por pequenas correções. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.130 pontos, com avanço de 0,15%. O indicador oscilou bastante, alternando altas e baixas, mas conseguiu firmar a alta nos minutos finais de negociação.

Apesar da tensão em Brasília, os investidores entenderam que a reação forte das instituições democráticas e a prisão de cerca de 1,5 mil pessoas que ontem invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal evitaram uma crise política maior. Isso limitou o avanço da moeda norte-americana.

No cenário internacional, a reversão de expectativas ao longo do dia influenciou as bolsas de valores. No início do dia, os investidores acreditavam que números divulgados na semana passada, como a desaceleração na criação de empregos nos Estados Unidos, reduziriam as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) manter os juros altos por longo tempo.

Durante a tarde, no entanto, a percepção se inverteu, fazendo as bolsas norte-americanas caírem. O mercado externo adverso fez a bolsa brasileira desacelerar no fim da tarde e quase anular os ganhos registrados ao longo da sessão.

*Com informações da Reuters

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Em 2022, cesta básica subiu nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

No ano passado, a cesta básica ficou mais cara nas 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica, que é divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese).

Em Goiânia, o preço da cesta subiu 17,89% em 2022 na comparação com o ano anterior, maior alta registrada pela pesquisa. Em seguida, apareceram Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%).

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Brasileiros estão dispostos a pagar mais por alimentos saudáveis.Paulo Teixeira reafirma desafio do governo com erradicação da fome.As menores altas acumuladas no ano passado foram observadas no Recife (6,15%) e em Aracaju (8,99%).

Quando se considera apenas o mês de dezembro, o valor da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais analisadas pela pesquisa, com destaque para Fortaleza (3,70%), Salvador (3,64%) e Natal (3,07%). Só houve queda de preço em Porto Alegre (-2,03%), Curitiba (-1,58%) e Florianópolis (-0,90%).

Em dezembro, a cesta mais cara do país era a de São Paulo, onde saía, em média, por R$ 791,29. Em seguida, estavam as cestas de Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). A mais barata era a de Aracaju, onde custava, em média, R$ 521,05.

Com base no valor da cesta mais cara [que em dezembro foi a de São Paulo] e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou o salário mínimo ideal em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes maior que o valor atual, de R$ 1.212.

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“Sem anistia”: manifestação em SP pede responsabilização de golpistas

Em defesa da democracia e contra atos antidemocráticos ocorridos neste domingo (8) em Brasília, movimentos populares ocupam neste começo de noite a Avenida Paulista, em São Paulo. Eles pedem a punição dos invasores das sedes dos Três Poderes da República — Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). 

Ato na Avenida Paulista contra o vandalismo ocorrido em Brasília – REUTERS/Carla Carniel/Direitos reservados

A principal frase de ordem ouvida no protesto é “sem anistia”, em referência à responsabilização dos que promoveram, incentivaram ou financiaram os atos na capital federal. Natália Szermeta, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e presidente da Fundação Lauro Campos, avaliou como “necessárias e contundentes” as medidas adotadas até o momento pelos representantes dos Três Poderes. Os manifestantes também pedem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Torcidas organizadas querem ir a Brasília em defesa da democracia .Condenação internacional a ataques é sinal da importância brasileira.PT condena atentados e defende mobilização permanente pela democracia.“Mais do que as respostas institucionais, o povo brasileiro, que elegeu Lula, precisa ir às ruas, se manifestar e garantir uma democracia viva e que respeite a liberdade de expressão das pessoas, sejam individualmente ou politicamente, seja de crítica ou de apoio ao governo, mas dentro do que é permitido na democracia brasileira”, disse à Agência Brasil.

As ações terroristas em Brasília levaram à depredação do patrimônio público e destruição de peças de incalculável valor cultural e histórico. Os participantes do ato na capital federal não aceitam o resultado das eleições de outubro, que conferiu a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pedem um golpe militar no país. Muitos deles estavam acampados desde o ano passado em frente a quartéis do Exército.

Os professores Flávio Batista, 41 anos, e Jussara Batista, 40 anos, vieram à Avenida Paulista com as duas filhas adolescentes e a sobrinha. “Precisamos nos posicionar sobre o absurdo que aconteceu ontem, mostrar que a maior parte da sociedade não é a favor daquilo. E mostrar para elas, que são jovens, para entender o valor do Estado Democrático de Direito”, disse Flávio.

Jussara é professora de História e diz não entender como é possível defender um estado ditatorial. “É importante dar referência para os adolescentes. Tudo o que vivemos na ditadura militar aqui no Brasil. Foi tanta luta para a conquista da democracia e ver movimentos que afrontam esse direito, de liberdade, de opinião, de participação política. Foi uma luta árdua e temos que continuar lutando.” 

Entre os participantes do ato, estava a liderança indígena Sônia Ara Mirim, da Terra Indígena Jaraguá, na capital paulista. “Hoje era a posse de Sônia Guajajara, nossa ministra dos Povos Originários e infelizmente aconteceu tudo isso em Brasília. Estar aqui é uma forma de representar esses povos que foram massacrados pelo antigo governo [de Jair Bolsonaro]”, declarou.

Também participam da manifestação representantes de organizações e partidos políticos, parlamentares, movimentos sem-terra, de mulheres, da população negra, estudantil, entre outros. De acordo com os organizadores, o ato deve seguir em direção à Praça Roosevelt pela Rua Augusta.

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Hoje é último dia para justificar ausência no segundo turno

O eleitor que não compareceu às urnas no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições gerais, tem até o fim do dia de hoje (9) para justificar a ausência e assim não ficar em situação irregular junto à Justiça Eleitoral.

Quem não vota e não justifica fica sem poder emitir o certificado de quitação eleitoral e pode ficar impedido de emitir documentos de identidade ou passaporte, entre outras limitações. Isso ocorre porque o voto é obrigatório no Brasil, para quem tem entre 18 e 70 anos de idade.

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Presidente do TSE nega ação do PL que questiona urnas no segundo turno.TCU não encontra irregularidades em urnas no segundo turno.Lula e Alckmin são diplomados no TSE.Para ficar quite com a Justiça Eleitoral é preciso ter votado em todas as eleições passadas ou justificado as ausências. O eleitor também não pode ter deixado de atender aos chamados para trabalhar como mesário. Caso esteja irregular, é necessário regularizar a situação por meio do pagamento de multas, por exemplo.

Cada turno de votação é contabilizado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. No caso do primeiro turno das eleições do ano passado, quem não votou teve até 1º de dezembro para justificar a ausência.

Existem três formas de justificar a ausência às urnas: pelo aplicativo e-Título; pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo o formulário de justificativa eleitoral.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual a pessoa não tenha comparecido por estar fora de seu domicílio eleitoral. Assim, caso tenha deixado de votar no primeiro e no segundo turno da eleição, a obrigação é de justificar a ausência em cada um.

Além de preencher dados e dar o motivo para ter faltado à votação, é aconselhável anexar documentos que comprovem a justificativa, que em todo caso deve ser analisada por um juiz eleitoral, que pode aceitá-la ou não.

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Manifestação na USP pede punição por atos antidemocráticos em Brasília

Sob gritos de “Sem Anistia” e “Não Passarão”, o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, em São Paulo, ficou lotado de estudantes, autoridades, de representantes de movimentos sociais e de pessoas da sociedade civil, em um ato pela democracia, nesta segunda-feira (9).

O ato na faculdade é uma resposta à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes ontem (8) em Brasília, por golpistas apoiadores de Bolsonaro, que não aceitam o resultado das eleições presidenciais de outubro. Para os que estiveram hoje na Faculdade de Direito da USP, o que ocorreu ontem em Brasília foi um atentado contra o estado democrático de direito e uma “tentativa frustrada de golpe de Estado”.

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Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de golpistas.Veja como ficou o STF depois de invasão na tarde deste domingo.Durante o ato de hoje, autoridades, estudantes e a população em geral pediram punição aos responsáveis, inclusive para os que financiaram os atentados e também para as autoridades que se omitiram para coibir os crimes ocorridos ontem. Eles reforçaram que, atentar contra a democracia, é crime previsto na Constituição e deve ser punido.

O ato foi realizado no mesmo local onde, no dia 11 de agosto do ano passado, a instituição promoveu a leitura de uma carta em defesa da democracia. Aquele ato foi considerado um marco da reação da sociedade civil às ameaças contra as eleições e as instituições brasileiras.

“Não há e nem haverá anistia”, disse hoje o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. “A depredação das sedes dos Três Poderes só serviu para cobrir a nossa pátria de vergonha. Estamos aqui para exigir, sem meias palavras, que os responsáveis pelos crimes de barbárie sejam todos eles, seus financiadores e seus agentes, investigados, julgados e punidos na forma da lei”, acrescentou ele, sendo aplaudido pelo público.

“É preciso identificar e punir essas pessoas”, disse hoje (9) a presidenta da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Patricia Vanzolini. “É preciso esclarecer a sociedade que isso [que ocorreu ontem] é crime e não será tolerado”, falou ela.

Durante sua fala, Patrícia defendeu as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinaram, por exemplo, a remoção de perfis bolsonaristas de redes sociais. Segundo ela, as ações do STF estavam sendo consideradas “invasivas demais” ou “antidemocráticas”, inclusive pela comunidade jurídica.

“Olhando em retrospecto, se havia alguma suspeita de que o Supremo estava indo longe demais, agora conseguimos perceber que, se era isso que o Supremo pretendia evitar, se era com essa ameaça que estávamos lidando, essas medidas eram necessárias”, disse ela.

“Violação, depredação, ameaça e golpe não pertencem ao jogo democrático e não podem ser aceitos nesse universo”, disse Patrícia Vanzolini.

Para o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubo, o que aconteceu em Brasília ontem foi orquestrado por “verdadeiras organizações criminosas”.

“Para o Ministério Público de São Paulo, são verdadeiras organizações criminosas que estão procurando subverter a ordem democrática e patrocinar o golpe de estado contra a nossa democracia, que foi duramente conquistada com vidas de estudantes, trabalhadores, advogados e membros da nossa sociedade civil”, disse ele.

Diretórios

Representantes dos diretórios acadêmicos chegaram a pedir a prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, pedido que foi acompanhado por gritos da plateia presente ao movimento pela democracia.

“É urgente e necessário não só a identificação e prisão de bolsonaristas que acampam em suas cidades ou que depredaram Brasília ontem, mas também de quem os financiam e os aparelham. Precisamos desbolsonarizar o Brasil, a começar pela urgente prisão de Jair Bolsonaro e de seus cúmplices”, disse Davi Bonfim, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP.

Entre os presentes ao ato, que durou pouco mais de uma hora, estava o Padre Júlio Lancellotti, que tem um trabalho voltado à população em situação de rua. Para ele, o ato de hoje foi importante por ser um “repúdio a toda forma de terrorismo e toda forma de ataque à democracia e à liberdade do nosso povo. Quem foi atacado foi o povo brasileiro em sua liberdade e sua dignidade”.

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Rio mantém policiamento reforçado para evitar ações antidemocráticas

O policiamento no estado do Rio de Janeiro permanecerá reforçado para monitorar eventuais manifestações antidemocráticas no território fluminense. Segundo o governador Cláudio Castro, até o fim da manhã desta segunda-feira (9), a situação era de paz no Rio de Janeiro, e os acampamentos começavam a ser desmontados. Castro disse que comunicou o fato ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, com quem conversou hoje cedo. Moraes determinou ontem (8) o fim dos acampamentos em 24 horas.

“Pelo que se pode perceber, estamos caminhando para um dia tranquilo. Ainda há hoje uma perspectiva de manifestação, e estamos cuidando para que ela ocorra dentro da paz e da tranquilidade e que não tenha atos de violência”, acrescentou o governador. Ele se mostrou preocupado com as dimensões de tal manifestação, prevista para as 20h de hoje, no centro da capital.

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Interventor e Exército não permitirão volta de acampamento em QG.SP: acampamentos golpistas serão retirados com diálogo, diz secretário.DF: exonerado da Segurança, Torres nega conivência com atos violentos.Castro informou que mantém contato frequente com o Comando Militar do Leste (CML), sediado no centro do Rio. Em frente à unidade do Exército na região, formou-se, depois do resultado do segundo turno da eleição de 2022, um acampamento com manifestantes que defendem ações antidemocráticas. De acordo com o governador, a desocupação do local está sendo negociada pelo CML diretamente com os acampados. Desde ontem, Castro conversa com o comandante do CML, general André Luis Novaes Miranda, que coordena a negociação para saída dos manifestantes.

“A Polícia Militar está em contato direto com ele [general] dando o suporte necessário. Eles [acampados] deixaram bem claro para nós que, até o final do dia, vão cumprir a decisão [do ministro]. A Polícia Militar está toda de sobreaviso, já que eles garantiram que têm condição de fazer acordo sem precisar de nenhuma cena de violência, de força”, acrescentou o governador. Castro também conversou com o prefeito Eduardo Paes, que colocou a Guarda Municipal à disposição, se for preciso ampliar o esquema de segurança, caso não seja cumprida pacificamente a decisão do STF.

Para Castro, a determinação do ministro Alexandre de Moraes tem duas etapas. A primeira é a desocupação e, se não for cumprida, haverá prisão de manifestantes. “A prisão acontecerá se não saírem. Desocupando, eles estão cumprindo a decisão. Partiremos para a parte da prisão, se a primeira parte não for cumprida. Como ele fala, primeiramente, em desocupação, quem cumprir a primeira parte e não fizer nenhum ato de violência, não é preso. Esta é a nossa interpretação, e é assim que será tocada pelo Rio de Janeiro colaborativamente com todos os poderes”, afirmou.

Segundo Castro, o governo do estado somente entrará, caso o CML não tenha condição de fazer sozinho. “Se conseguirem, como estão conseguindo, não tem razão de nenhum uso de força.”

Grupo de trabalho

O governador fez as declarações em entrevista coletiva após reunião, no Palácio Guanabara, com a cúpula de poderes do estado. No encontro, foi criado um grupo de trabalho composto por representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário para monitorar, em tempo real, vias e prédios públicos e privados. As informações serão compartilhadas e, até o fim do dia, será divulgada nota conjunta sobre o que ocorreu nesta segunda-feira e com posicionamento do Rio de Janeiro, e não de cada poder constituído em separado.

“O Rio de Janeiro [não] só defende a democracia e o estado democrático de direito, defende a humanidade e o direito de ir e vir de qualquer cidadão. Este é o Rio e o Brasil que nós queremos. Estamos aqui unidos, irmanados para garantir à população que a vida no Rio de Janeiro continue sendo tocada normalmente”, disse.

O governador parabenizou a Polícia Militar, pelo esquema preparado “para não haver confusão” e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Civil nas questões de inteligência. Castro mencionou ainda o papel do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, na intermediação direta com o governo federal.

Prédios públicos

O policiamento foi reforçado em prédios públicos como o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Tribunal Regional Eleitoral, a Assembleia Legislativa e o Palácio Guanabara. A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, na Baixada Fluminense, está sendo guardada pelo Batalhão de Choque e pelo Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar “[Todos os prédios públicos] que corriam risco estão sendo 100% reforçados e vão continuar com recurso grande por 24, 48 horas. Depois, até o fim da semana, [haverá] ainda mais um reforço para que a gente garanta a paz.”

De acordo com Castro, o monitoramento dos serviços de inteligência não indica possibilidade de manifestações, além da que está prevista para a noite de hoje. Ele disse que os órgãos que compõem o grupo multidisciplinar criado para acompanhar possíveis manifestações vão compartilhar todas as informações obtidas pelos respectivos serviços de inteligência.

Castro participa, ainda hoje em Brasília, da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com governadores. Inicialmente, ele tinha dito que não compareceria, porque não poderia se afastar do estado ante a possibilidade de haver manifestação nesta segunda-feira na cidade, mas acabou mudando a decisão pouco tempo depois. “

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Líder diz que parlamentares que participaram de atos serão denunciados

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse hoje (9) que parlamentares que apoiaram os atos terroristas praticados na Esplanada dos Ministérios serão denunciados.

O senador não citou os nomes de quem deve ser denunciado. “No dia de hoje, iremos oferecer denúncia contra parlamentares que, ontem, participaram dos atos. Parlamentares que se compliciaram com o terror e o ataque feroz à nossa democracia serão responsabilizados”, afirmou.

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Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de golpistas.Presos no QG do Exército chegam a 1,2 mil; 204 foram detidos domingo  .Ministro da Secom diz que ações terroristas não vão paralisar governo.O senador também defendeu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os responsáveis pelos atos terroristas.

“Eu creio que nós temos as assinaturas para abertura da CPI. Se for possível a suspensão do recesso e, de imediato, a instalação da CPI, eu creio que assim deve-se processar”, disse.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou extraordinariamente o Congresso Nacional para apreciar o decreto de intervenção federal no Distrito Federal, assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Três poderes do estado do Rio de Janeiro repudiam atos violentos

Os três poderes do estado do Rio de Janeiro divulgaram hoje (9) nota conjunta na qual repudiam os atos violentos contra o regime democrático ocorridos neste domingo (8) em Brasília. No documento, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário do estado afirmam que vão combater iniciativas antidemocráticas.

“A liberdade de expressão das diversas correntes políticas deve ocorrer sem recurso à violência ou ameaças que ponham em risco a coexistência pacífica dos diferentes segmentos da nossa sociedade. A luta pela democracia é pacífica, e a manifestação da vontade popular, vertida no resultado de eleições diretas, livres e secretas, é o sinal máximo da autoridade do povo brasileiro em nosso sistema representativo”, diz o texto.

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Manifestação na USP pede punição por atos antidemocráticos em Brasília.Rio mantém policiamento reforçado para evitar ações antidemocráticas.Em nota, presidentes dos Três Poderes chamam atos de golpistas.Assinam a carta o governador do estado, Cláudio Castro; o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Henrique Figueira; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, André Ceciliano; o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Guilherme Calmon; o procurador-Geral de Justiça do Ministério Público, Luciano Mattos; e a defensora pública geral do estado, Patrícia Cardoso.

O texto, divulgado nesta tarde, destaca que o respeito aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário é princípio basilar do estado democrático de direito, “essencial à preservação dos direitos e garantias fundamentais”, e acrescenta: “O Estado do Rio de Janeiro, símbolo do respeito à pluralidade e da união dos defensores do regime democrático, reforça o seu compromisso com a Constituição da República de 1988 e rechaça qualquer tentativa de agressão às suas instituições”.

Na manhã desta segunda-feira, a cúpula dos poderes do estado reuniu-se no Palácio Guanabara, sede oficial do governo do Rio de Janeiro. No encontro, foi criado um grupo de trabalho composto por representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário para monitorar, em tempo real, vias e prédios públicos e privados. Segundo o governador, o policiamento no estado do Rio de Janeiro permanecerá reforçado para monitorar eventuais manifestações antidemocráticas no território fluminense.

O governador também se reuniu hoje com secretários estaduais no Centro Integrado de Comando e Controle, e determinou às forças de segurança que continuem com intenso monitoramento para impedir qualquer ação contra o patrimônio público e privado do estado do Rio de Janeiro. Castro afirmou que as cenas ocorridas em Brasília não serão permitidas no estado.

Íntegra

“Nota conjunta dos poderes do estado do Rio de Janeiro

As autoridades abaixo subscritas, representantes dos três poderes da República, manifestam publicamente seu repúdio aos violentos atos cometidos contra o regime democrático brasileiro no dia 8 de janeiro. O respeito aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário é princípio basilar do Estado Democrático de Direito, essencial à preservação dos direitos e garantias fundamentais.

A liberdade de expressão das diversas correntes políticas deve ocorrer sem recurso à violência ou ameaças que ponham em risco a coexistência pacífica dos diferentes segmentos da nossa sociedade. A luta pela democracia é pacífica e a manifestação da vontade popular, vertida no resultado de eleições diretas, livres e secretas, é o sinal máximo da autoridade do povo brasileiro em nosso sistema representativo.

O Estado do Rio de Janeiro, símbolo do respeito à pluralidade e da união dos defensores do regime democrático, reforça o seu compromisso com a Constituição da República de 1988 e rechaça qualquer tentativa de agressão às suas instituições.

Os signatários reiteram seu empenho no combate a qualquer iniciativa que possa ameaçar o Estado Democrático de Direito e afirmam que a democracia encontrará um bastião seguro para sua defesa no Estado do Rio de Janeiro.

Cláudio Castro

Governador do Estado do Rio de Janeiro

Henrique Figueira

Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

André Ceciliano

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Guilherme Calmon

Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região

Luciano Mattos

Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público

Patrícia Cardoso

Defensora Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro.”

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Fãs de Roberto Dinamite se despedem do craque vascaíno em São Januário

Milhares de torcedores prestam as últimas homenagens ao craque e ídolo vascaíno Roberto Dinamite, cujo corpo é velado no Estádio de São Januário, sede do clube em São Cristóvão, zona norte do Rio, desde as 10h15 de hoje (9). O ex-jogador, de 68 anos, morreu no domingo (8), após mais de um ano de tratamento contra um câncer de intestino. 

Cobertura do velório de Roberto Dinamite, o #MaiorDeTodos, na VascoTV.

➡️ https://t.co/NHq87XqJha#DinamiteEterno#VascoDaGama pic.twitter.com/cYnYF1Mc0S

— Vasco da Gama (@VascodaGama) January 9, 2023

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Fluminense, Flamengo e Botafogo lamentam morte de Dinamite.CBF, ex-jogadores e políticos prestam última homenagem a Dinamite.CBF condena uso da amarelinha em atos antidemocráticos e de vandalismo.Antes de os portões serem abertos, a fila de fãs com faixas e cartazes já dobrava o quarteirão de São Januário do lado de fora do estádio. Pela manhã, Edmundo, ex-atacante do Cruzmaltino, compareceu à cerimônia e não conteve as lágrimas diante do caixão.

“É muito difícil falar de quem a gente ama, idolatra, admira e convive. Eu entrei aqui em São Januário, com cinco ou seis anos para treinar futsal e o Roberto estava treinando em campo e eu quase perdi a hora porque fiquei agarrado à grade assistindo. Vindo de casa para cá esse filme me passou pela cabeça, e ao chegar aqui essa tristeza de vê-lo numa posição que a gente não gostaria de ver. Mas o que conforta é que ele vai descansar e a multidão de apaixonados aqui [presente], desabafou Edmundo.

Quem também se despediu do craque cruzmaltino foi Zico, ídolo rubro-negro.  Adversários dentro de campo, fora dele os dois jogadores tornaram-se amigos.  

“Tivemos tantos momentos de vitórias e de derrotas, mas a amizade sempre foi pautada pelo respeito, pelo carinho e tive oportunidade de conviver por muitos e muitos anos com ele. Foram praticamente 50 anos de amizade e grandes momentos vividos. Na seleção brasileira nós nunca fomos derrotados jogando juntos. É lógico que é uma perda muito grande pro nosso futebol, uma perda muito grande pro nosso país por tudo aquilo que ele representou no futebol brasileiro”, afirmou Zico, recebido com aplausos no velório do amigo.  

Campeão mundial em 1994 com a seleção brasileira, o ex-lateral Branco esteve em São Januário para dar o último adeus a Dinamite. Foram muitos confrontos em que os dois ficarm em lados opostos do campo: Branco no Fluminense, e Dinamite no Vasco.

“O Roberto foi e sempre será uma grande referência como atleta, jogador de futebol e acima de tudo como homem, uma pessoa espetacular, uma humildade inacreditável. Mas com certeza ficará na nossa memória e no nosso coração pro resto da vida”, disse o lateral.

A cerimônia segue aberta ao público em São Januário até às 19h (horário de Brasília) de hoje (9). Na terça-feira (10), apenas familiares e convidados prestarão as últimas homenagens ao craque cruzmatino,  das 9h às 10h. Na sequência, às 10h30, o corpo de Roberto Dinamite será levado em cortejo por veículo do Corpo de Bombeiros até o Cemitério Nossa Senhora de Belém, em Duque de Caxias (RJ), onde será sepultado ao lado dos pais.

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário), sob supervisão de Verônica Dalcanal

Fonte Agência Brasil – Read More