Polícia faz ações em três conjuntos de favelas do Rio com mil agentes

Mil policiais fazem nesta segunda-feira (9) ações em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro. Os agentes das forças de segurança do estado atuam na Vila Cruzeiro (Complexo da Penha), Complexo da Maré e Cidade de Deus.

As ações fazem parte da Operação Maré, anunciada no fim de setembro pelo governo fluminense, em parceria com o governo federal. 

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Mil policiais atuarão em operação conjunta com forças federais na Maré.Operação Escola Segura registra 400 prisões e apreensões no país.Inmetro inicia operação Criança Segura, baseada em produtos infantis.A operação foi desencadeada depois de investigações policiais mostrarem que criminosos da Maré, na zona norte da cidade, usavam um espaço público de lazer para treinar seus homens em táticas de guerrilha.

O governo fluminense já havia anunciado que ações poderiam ser realizadas também em outras comunidades.  

Tanto a Cidade de Deus, na zona oeste, quanto o Complexo da Penha, na zona norte, são controlados pelo Comando Vermelho, facção criminosa cujos integrantes, segundo a polícia, estariam envolvidos na morte dos três médicos na semana passada, na Barra da Tijuca. 

Ainda não há informações sobre os objetivos específicos das ações desta segunda-feira. Não há participação de forças de segurança federais.

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Saiba o que pode eliminar o candidato nas provas do Enem

Para ter sucesso na realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é preciso, além de estudo, prestar atenção às exigências e proibições estabelecidas pelo edital para não correr o risco de ser eliminado no dia da prova. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estabelece todos os anos uma série de regras a serem cumpridas pelos candidatos no dia da avaliação. 

Como ocorre desde 2017, o exame será realizado em dois domingos consecutivos – antes, era aplicado em um único fim de semana, sábado e domingo. Em 2023, será nos dias 5 e 12 de novembro. 

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Saiba orientações para a prova e exemplos de redações do Enem.A um mês do Enem, professores dão dicas de preparação na reta final.O que você precisa saber para fazer o Enem 2023.Será eliminado do Enem o participante que se comunicar de qualquer forma com qualquer pessoa que não seja o aplicador da prova ou utilizar livros, notas, papéis ou impressos durante a aplicação do exame. Também não pode registrar ou divulgar, por imagem ou som, a realização da prova ou qualquer material utilizado no exame.

Sair da sala de provas a partir das 13h sem o acompanhamento de um fiscal ou ir embora do local antes de ter passado duas horas do início das provas também podem eliminar o candidato. O mesmo vale para quem iniciar as provas antes das 13h30 ou da autorização do aplicador.

Ao ingressar na sala de provas, o candidato deverá guardar no envelope porta-objetos todos os seus pertences, como óculos escuros, chapéu, caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos, livros, chaves e qualquer equipamento eletrônico (que deverá estar desligado). Quem não seguir essa regra também pode ser eliminado da prova. Se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque ou alarme, o participante será eliminado.

No dia da prova, os candidatos serão submetidos à revista eletrônica e os objetos e lanches também serão vistoriados. A recusa sem justificativas dessas vistorias pode ser motivo de eliminação. Também é preciso prestar atenção aos documentos exigidos, pois a permanência no local de prova sem documento de identificação válido pode eliminar o candidato. 

No primeiro dia de prova, os participantes fazem as questões de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e redação. No segundo dia, de Ciências da Natureza e Matemática. 

Nos dois dias, a abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h, pelo horário de Brasília. O início da prova está marcado para as 13h30 nos dois dias de prova, mas o horário de término é diferente: no dia 5 de novembro, as provas terminam às 19h e no dia 12 de novembro, às 18h30.

Todas as informações sobre a realização do Enem estão na página do Inep.

arte dicas preparação Enem 2023 – Arte/Agência Brasil

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Ações em favelas do Rio buscam cumprir 100 mandados de prisão 

A operação policial feita na manhã desta segunda-feira (9) em três conjuntos de favelas do Rio de Janeiro busca cumprir 100 mandados de prisão. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Polícia Civil fluminense, José Renato Torres, em entrevista.

As ações fazem parte da Operação Maré, anunciada no fim de setembro pelo governo fluminense. Os policiais estão atuando nas comunidades da Cidade de Deus, Vila Cruzeiro (no Complexo da Penha), de Nova Holanda e do Parque União (ambas no Complexo da Maré). 

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Polícia do Rio investiga se médicos foram mortos por engano.Operação Escola Segura registra 400 prisões e apreensões no país.Rio anuncia operação conjunta com governo federal contra crime na Maré.As comunidades são controladas pelo Comando Vermelho, facção criminosa cujos integrantes, segundo a polícia, estariam envolvidos na morte dos três médicos na semana passada, na Barra da Tijuca.

“Todos os integrantes dessa facção criminosa que têm mandados de prisão são alvos da operação”, explicou Torres. “Hoje, especificamente, queremos atacar essa facção criminosa que está tentando expandir seu território e gerando conflito com outras organizações, trazendo certa instabilidade na nossa segurança”. 

A Operação Maré foi anunciada como resposta a criminosos da Maré, na zona norte da cidade, que usavam um espaço público de lazer para treinar seus homens em táticas de guerrilha. 

Segundo Torres, a operação desta terça-feira foi expandida para a Penha, também na zona norte, e para a Cidade de Deus, na zona oeste, porque há informações de que lideranças criminosas da Maré buscaram refúgio nesses outros locais. 

O secretário de Polícia Civil afirmou que, até a hora da coletiva, por volta das 7h, não havia ninguém ferido nas ações. Dois helicópteros da polícia, no entanto, foram atingidos e tiveram que pousar para verificar possíveis danos. 

Rio de Janeiro, Operação Maré – Centro Integrado de Comando e Controle – Foto Rafael Campos

Apesar de a Operação Maré ter sido anunciada como ação conjunta com o governo federal, nas ações desta terça-feira não há a participação de agentes federais. 

O secretário estadual de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, afirmou que, mesmo sem a participação da Força Nacional de Segurança, cujo envio foi adiado pelo governo federal, a Polícia Militar está conseguindo atuar nas três comunidades simultaneamente.

“Todo reforço é importante, não só para o Rio de Janeiro, como para todos os estados do Brasil, mas nós temos capacidade e estamos atuando nas três comunidades. Essa questão está sendo resolvida entre o governo do estado e o governo federal”, disse. 

Segundo Pires, todos os policiais militares estão usando câmeras corporais no Complexo da Maré. Também estão sendo usados drones com capacidade de fazer reconhecimento facial e leituras de placas de automóveis. As imagens estão sendo transmitidas, em tempo real, ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), do governo do estado. 

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Várias companhias aéreas suspendem voos após ataque a Israel

Várias companhias aéreas internacionais suspenderam ou restringiram os serviços de voo de ou para Tel Aviv após o ataque surpresa de militantes do Hamas contra Israel. Eles dizem que estão esperando que as condições de segurança melhorem.

Os combatentes do grupo islâmico mataram 700 israelenses e sequestraram dezenas de pessoas nos ataques de sábado (7), a incursão mais letal em décadas, o que levou Israel a retaliar com ataques ao enclave palestino de Gaza.

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Cerca de mil brasileiros em Israel e Palestina querem voltar ao Brasil.Avião da FAB fará repatriação de brasileiros em Israel.Reunião no Itamaraty analisa conflitos em Israel e na Palestina.Os órgãos reguladores, incluindo a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia e a autoridade de aviação de Israel, pediram às companhias aéreas que fossem cautelosas no espaço aéreo da região, mas não chegaram a suspender os voos.

A autoridade de aviação civil de Israel pediu às companhias aéreas que “revisem as informações atuais sobre segurança e ameaças” em meio ao conflito, e alterou algumas rotas de tráfego aéreo. Ela observou que são esperados atrasos e aconselhou as companhias aéreas a transportar combustível extra.

Nesse domingo (8), as companhias aéreas norte-americanas United Airlines, Delta Airlines e American Airlines suspenderam os voos diretos após os avisos de precaução da FAA.

As companhias aéreas dos EUA normalmente operam serviços diretos a partir de grandes cidades, como Nova York, Chicago, Washington, DC e Miami.

A United informou que fez dois voos programados para os Estados Unidos a partir de Israel, no final do sábado e no início do domingo, mas depois suspendeu os serviços. Os representantes da Delta disseram que os voos desta semana foram cancelados e que a situação está sendo monitorada.

Na Europa, a Air France e a Finnair da Finlândia suspenderam os voos diretos.

A britânica easyJet suspendeu os voos para Tel Aviv no domingo e nesta segunda-feira, e disse que ajustaria os horários nos próximos dias.

A transportadora húngara Wizz Air cancelou os voos de e para Tel Aviv até segunda ordem.

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Especialista em disparidade de gênero ganha Nobel de Economia

A historiadora econômica norte-americana Claudia Goldin ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 2023 por seu trabalho sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres, informou a Academia Real de Ciências da Suécia nesta segunda-feira (9).

Formalmente conhecido como Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, o prêmio é o último da safra de prêmios Nobel deste ano e vale 11 milhões de coroas suecas, ou pouco menos de US$ 1 milhão.

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Ativista iraniana Narges Mohammadi recebe o Nobel da Paz .Brasil tem lições a ensinar ao mundo, diz Nobel de Economia.Nobel da Literatura é atribuído a Jon Fosse.“A laureada deste ano em Ciências Econômicas, Claudia Goldin, forneceu o primeiro relato abrangente dos ganhos e da participação das mulheres no mercado de trabalho ao longo dos séculos”, disse a academia em comunicado.

“Sua pesquisa revela as causas da mudança, bem como as principais fontes da disparidade de gênero remanescente”, acrescentou.

O prêmio de economia é o último da safra deste ano, que agraciou descobridores de vacinas contra a covid-19, instantâneos atômicos e pontos quânticos, bem como um dramaturgo norueguês e uma ativista iraniana.

Goldin, que em 1990 se tornou a primeira mulher titular do Departamento de Economia de Harvard, é apenas a terceira a ganhar o Nobel de Economia.

“Ela ficou surpresa e muito, muito feliz”, disse Hans Ellegren, secretário-geral da Academia Real Sueca de Ciências.

O livro de Goldin de 1990, Understanding the Gender Gap: An Economic History of American Women (Entendendo a Disparidade de Gênero: Uma História Econômica das Mulheres Norte-Americanas, em tradução livre), foi um exame extremamente influente das raízes da desigualdade salarial.

Em seguida, ela realizou estudos sobre o impacto da pílula anticoncepcional nas decisões de carreira e casamento das mulheres, sobre o sobrenome das mulheres após o casamento como indicador social e sobre os motivos pelos quais as mulheres são hoje a maioria dos estudantes de graduação.

“As descobertas de Claudia Goldin têm vastas implicações sociais”, disse Randi Hjalmarsson, membro do comitê do Prêmio de Economia. “Ao entender o problema e chamá-lo pelo nome certo, poderemos pavimentar um caminho melhor para o futuro.”

O Nobel de Economia não é um dos prêmios originais de ciências, literatura e paz criados pelo testamento do inventor da dinamite e empresário Alfred Nobel, mas uma adição posterior estabelecida e financiada pelo Banco Central da Suécia em 1968.

O primeiro prêmio de Economia foi concedido no ano seguinte, e os vencedores anteriores incluem uma série de pensadores e acadêmicos influentes, como Friedrich August von Hayek, Milton Friedman e, mais recentemente, o economista norte-americano Paul Krugman.

No ano passado, um trio de economistas norte-americanos, incluindo o ex-presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, ganhou o prêmio por suas pesquisas sobre como a regulamentação dos bancos e o apoio a credores falidos com dinheiro público podem evitar uma crise econômica ainda mais profunda, como a Grande Depressão da década de 1930.

Assim como nos outros prêmios Nobel, a grande maioria dos de economia foi concedida a homens. Apenas duas mulheres receberam um prêmio anteriormente — Elinor Ostrom, em 2009, e Esther Duflo, uma década depois.

(Reportagem adicional de Mark John, Niklas Pollard e Terje Solsvik)

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Ampliação da defesa na fronteira da Amazônia Legal será avaliada

Um grupo de trabalho para analisar a viabilidade e os possíveis mecanismos para o emprego das Forças Armadas em 250 quilômetros de fronteira terrestre, nos estados da Amazônia Legal, foi criado nesta segunda-feira (9) pelo governo federal.

A medida – que estuda ampliar em 100 quilômetros a área de defesa atual – foi publicada hoje (9) no Diário Oficial da União  e as conclusões deverão ser apresentadas em 30 dias.

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Governo vai investir R$ 2 bilhões para segurança na Amazônia Legal.Amazônia Legal terá recursos para projetos de bioeconomia.PF forma 241 novos policiais que serão lotados na Amazônia Legal.A Constituição prevê a atuação das Forças Armadas em uma faixa de 150 quilômetros dos limites territoriais para dentro do país, mas a ideia que será discutida objetiva ampliar as ações de defesa em mais 100 quilômetros nas fronteiras com outros países nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Crimes transfronteiriços

De acordo com a publicação do Ministério da Defesa, a proposta visa ampliar as ações preventivas e repressivas contra crimes transfronteiriços e ambientais e somaria esforços com ações previstas no Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas), instituído pelo governo federal em julho deste ano.

Com investimento de R$ 2 bilhões, o Amas prevê a instalação de 34 bases integradas da Polícia Federal com as polícias estaduais, centros de comando e de cooperação internacional, além de um centro de operações da Força Nacional, todos distribuídos pelo território da Amazônia Legal.

O grupo de trabalho que analisará a atuação das Forças Armadas será coordenado pelo subchefe de operações da Chefia de Operações Conjuntas (CHOC), do Ministério da Defesa, que terá mais quatro representantes, além de dois representantes de cada um dos comandos da Aeronáutica, Exército e Marinha, somando 11 integrantes titulares, com suplentes para casos de ausência.

As reuniões semanais serão na sede do Ministério da Defesa, em Brasília, e por videoconferência para os membros que estiverem em outros locais. E, por decisão da coordenação, especialistas militares ou civis de outros ministérios, instituições ou órgãos poderão ser convidados para contribuir com trabalhos.

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Estimativas do mercado para inflação e PIB permanecem estáveis

Pela segunda semana seguida, as previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2023 ficaram estáveis, de acordo com a edição do Boletim Focus desta segunda-feira (9). A pesquisa – realizada com economistas – é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia permaneceu em 2,92%. Já para 2025, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – deve ficar em 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

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Mercado financeiro eleva projeção de crescimento para 2,19% em 2023.Superando as projeções, no segundo trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%.

O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

Inflação

A previsão para este ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – permaneceu em 4,86% nesta edição do Focus. Para 2024, a estimativa de inflação subiu de 3,87% para 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em agosto, influenciado pelo aumento do custo da energia elétrica, o IPCA foi de 0,23%, segundo o IBGE. O índice é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada deflação (queda de preços) de 0,36%.

O IPCA acumula 3,23% no ano e 4,61% em 12 meses. Os dados da inflação de setembro serão divulgados na quarta-feira (11) pelo IBGE.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Ainda assim, em ata divulgada na terça-feira (26), o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,02.

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Ministério diz que indígenas estão desassistidos em Santa Catarina

O Ministério dos Povos Indígenas disse neste domingo (8) que o governo de Santa Catarina não cumpriu as contrapartidas pactuadas com lideranças da população Xokleng, em meio ao imbróglio envolvendo a Barragem Norte, no município de José Boiteaux (SC). Na manhã de hoje, agentes do estado foram mobilizados para fechar as comportas da estrutura. Os indígenas reagiram buscando bloquear os acessos e houve confrontos.

O governo catarinense afirma que o fechamento das comportas é uma medida necessária para responder às fortes chuvas que caem sobre o estado nos últimos dias. Duas pessoas morreram e 82 municípios estão em situação de emergência. Não há ainda um balanço oficial do total de desabrigados. O povo Xokleng, no entanto, teme que o fechamento das comportas gere alagamento  nas aldeias, atingindo residências e acessos.

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Santa Catarina decreta fechamento de barragens após duas mortes.Indígenas em SC temem que fechamento de barragem inunde aldeia.O Ministério dos Povos Indígenas diz que monitora a situação. Segundo nota divulgada, representantes da pasta e da Advocacia-Geral da União (AGU) estão a caminho de José Boiteaux para acompanhar os desdobramentos de perto e garantir a resolução do conflito sem novos confrontos. A Polícia Federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também foram acionados.

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, a decisão do governo catarinense foi tomada sem respaldo de um laudo técnico que estime as reais consequências. A pasta afirma também que negociações entre representantes do estado e indígenas foram levadas em conta em uma decisão da Justiça Federal que autorizou o fechamento das comportas. 

“A contrapartida do governo seria a disponibilização de botes e outras medidas de segurança para que a comunidade indígena pudesse se proteger no caso de alagamento em decorrência das fortes chuvas que atingem a região”.

Mas, segundo a nota, as promessas não foram cumpridas, deixando a terra indígena desassistida e motivando os protestos da comunidade Xokleng. “Estamos em contato com o governo do estado e demais órgãos responsáveis para se fazer cumprir os direitos do Povo Xokleng e para que a situação seja resolvida da melhor maneira possível”, acrescenta o Ministério dos Povos Indígenas. Procurada pela Agência Brasil, o governo catarinense não se manifestou.

Em nota, o governo estadual afirma que todos os itens da pauta de reivindicação foram e serão atendidos. Conforme o texto, foram enviadas mais de 900 cestas básicas até uma ambulância, e investimentos em melhorias de infraestrutura pedidas pela comunidade há mais de 20 anos serão realizados. A nota também traz uma declaração do governador Jorginho Mello confirmando o fechamento das comportas.

“Conseguimos concluir com sucesso a operação. Esta ação vai diminuir o nível do Rio Itajaí-Açu, em Blumenau, minimizando o impacto das cheias. Seguimos monitorando o nível de chuvas na região e em todo o estado”, ressaltou ele. Fortemente atingidas pelas precipitações, Blumenau anunciou o cancelamento da Oktoberfest, evento que tradicionalmente ocorre em outubro.

A Polícia Militar de Santa Catarina confirmou ter ocorrido um confronto com indígenas que ocuparam a barragem para evitar o cumprimento da decisão de fechamento das comportas. Na versão da corporação, havia um acordo entre o governo e um cacique e que, inicialmente, a desocupação transcorreu pacificamente. O conflito teria ocorrido porque um pequeno grupo de indígenas, concentrado na casa de máquinas, se negou a deixar o local.

A barragem se localiza em terra indígena no Vale do Itajaí. Planejada para controle de cheias, suas obras foram iniciadas em 1976 pelo governo militar. As operações tiveram início apenas em 1992, mas a estrutura está sem uso desde 2014. Ela foi construída no rio Hercílio, que deságua no rio Itajaí-Açu. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também divulgou uma nota denunciando o abandono da barragem há quase uma década e alertando que o fechamento das comportas pode elevar o risco de rompimento.

Decisão Judicial

A decisão judicial mencionada na nota divulgada pelo Ministério dos Povos Indígenas foi assinada na noite de sábado (7) pelo juiz federal de plantão Vitor Hugo Anderle. Ele autorizou o fechamento das comportas, ponderando que o governo deveria “velar para a adoção das medidas necessárias de salvaguarda para a proteção de todos os envolvidos, ouvidos os respectivos agentes de seu corpo técnico”.

Às 23h51, Vitor Hugo proferiu uma segunda decisão. Ele informou ter recebido do Ministério Público Federal (MPF) a notícia da celebração de um acordo entre lideranças indígenas, a prefeitura de José Boiteaux e o governo estadual.

O magistrado homologou as medidas que teriam sido pactuadas: desobstrução e melhoria das estradas, equipe de atendimento de saúde em postos 24 horas, disponibilização de três barcos para atendimento da comunidade, ônibus para permitir o deslocamento dos moradores até a cidade, garantia de água potável na aldeia e fornecimento de cestas básicas. Também definiu que deverão ser construídos novos imóveis, em local seguro, para famílias que ficarem com suas casas submersas.

De acordo com lideranças indígenas, a reunião com representantes do estado com o objetivo de discutir medidas para a comunidade de fato aconteceu. No entanto, dizem ter sido pegos de surpresa sobre a decisão do fechamento das comportas.

“Tratamos de benfeitorias que seriam feitas para a comunidade como água potável, moradia, transporte e moradia de emergência para quem ficou desabrigado durante a cheia, durante esta chuva que estamos enfrentando. Momentos após a reunião, o governador Jorginho Mello postou em suas redes sociais que enviaria a polícia para fechar a Barragem Norte”, disse o indígena Italo Silas, em vídeo postado nas redes sociais.

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Reggae: ritmo jamaicano sofreu preconceito até ter reconhecimento

A cidade de São Luís tem motivos para comemorar: aos 411 anos, a capital maranhense foi agraciada com o título de capital nacional do reggae, concedida por lei. Mas o caminho que o ritmo e seus admiradores, a chamada massa regueira, percorreu ao longo dos mais de 40 anos em que aportou na Jamaica brasileira, um dos epítetos de São Luís, foi marcado por preconceito, discriminação e até racismo. Da estigmatização, a aceitação e reconhecimento, é um pouco dessa trajetória que a Agência Brasil vem contar.

Não se sabe ao certo como o reggae chegou ao Maranhão, mas o fato é que o ritmo jamaicano já está presente, desde meados de 1970, nas festas da cultura popular, em bailes, com pequenas aparelhagens, as radiolas, nas periferias. Algumas versões apontam que os maranhenses começaram a curtir o rimo ao sintonizar rádios caribenhas de ondas curtas.

Origem

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São Luís do Maranhão recebe o título de Capital Nacional do Reggae.Pesquisadora sobre o gênero, a especialista em Jornalismo Cultural e mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Karla Freire, conta à Agência Brasil que a hipótese mais provável é que o reggae tenha aportado no Maranhão trazido por marinheiros vindos da Guiana e de ilhas do Caribe.

“O que é comprovado é que, sim, alguns ritmos caribenhos eram escutados aqui através das ondas curtas, mas ninguém consegue dizer que o reggae chegou aqui através das ondas curtas do rádio. Então a hipótese mais provável da chegada do reggae aqui no Maranhão é mesmo através dos vinis que vieram pelo mar em navios aí que vinham da Guiana e que vinham de outras ilhas do Caribe. E aí chegavam aqui, aportavam nos portos do Maranhão e os marinheiros chegavam aqui, trocavam esses vinis por fazer um escambo, trocavam por alimento, enfim, por serviço”.

Autora de livro sobre o tema, Karla chama a atenção para o fato de que o ritmo não foi “imposto”, a partir de uma ação da indústria fonográfica, mas sim, caiu no gosto da população ludovicence. Ela aponta para a possibilidade de identificação pela proximidade com ritmos caribenhos, como o bolero, a salsa e o merengue, muito tocados em festas dos povoados negros e rurais do interior do estado, de onde parte da população que habita as periferias da capital São Luís é oriunda.

Karla Freire conta que o ritmo não foi imposto comercialmente, e sim caiu no gosto do maranhense- Arquivo pessoal

“No começo, o reggae era conhecido como música estrangeira lenta. As pessoas nem sabiam de onde vinha, que era da Jamaica, e não entendiam a letra também, porque as pessoas não entendiam a língua inglesa. Mas então a gente pode pensar, como é que as pessoas passaram a gostar tanto de uma música que não se sabia a origem, não se sabia nada sobre ela? É que o reggae conquistou primeiro uma juventude negra da periferia, prioritariamente. Então eram jovens negros que tinham o reggae, adotaram o reggae como um elemento de identificação cultural”, afirma.

Dança

E foi essa população periférica, em sua maioria negra e pobre, que criou as particularidades que o reggae adquiriu no Maranhão, a começar pela forma de dançar. No estado, o reggae é majoritariamente dançado a dois, esse tipo de dança é chamada de agarradinho e, possivelmente foi desenvolvido em referência a forma como os ritmos caribenhos eram dançados.

“Aquela coisa assim: a festa vinha quente, tocava uma lambada, uma salsa, um merengue, aí vinha um reggae para dar uma esfriada. E é por isso, inclusive, que as pessoas dançam reggae agarrado, que é o reggae agarradinho, porque elas já estavam dançando aos pares e elas permaneciam aos pares. Como ninguém sabia o que era reggae, era uma música estrangeira lenta, uma música romântica e as pessoas continuavam dançando em casais”, detalha Karla.

Outra semelhança apontada é em razão do ritmo, da marcação se assemelhar ao de manifestações culturais negras, muito fortes no estado, como o bumba-meu-boi e o tambor de crioula.

“A batida do reggae tem um contratempo, um baixo, um grave bastante acentuado e ela tem uma batida que lembra um pouco a batida do bumba-meu-boi, do tambor de crioula. Por isso que, de alguma forma, é muito fácil você encontrar a mesma pessoas, o mesmo cara, a mesma mulher que vai no bumba-meu-boi, no tambor de crioula. É uma pessoas que é fã do reggae”, relata Karla.

“Eles fizeram uma releitura desse reggae e passaram a sentir. Então, há uma questão da batida das semelhanças musicais do reggae com as nossas tradições locais, que fazem com que o maranhense acabe se identificando. E, se a gente pensar que São Luís e a Jamaica são duas ilhas predominantemente negras, que têm uma ancestralidade africana em comum, muitos ritmos que lá surgiram fazem sentido para a gente. Então, o Reggae conquista primeiro a massa, vamos dizer, que são os regueiros. E muito tempo depois é que ele vai se disseminando pela cidade toda, é que a classe média vai também abraçando esse ritmo, mas no começo o reggae se popularizou de forma muito forte, muito evidente nas periferias”, afirma.

Pedras

Os regueiros do Maranhão também foram responsáveis pelos termos aos quais se refere para definir as músicas consideradas boas, bonitas, que agitam o salão, são as chamadas “pedras de responsa” ou simplesmente “pedradas” ou “pedras”.

Outra especificidade é a forma como são nomeadas as músicas, chamadas de melôs, que geralmente fazem referência ao que se imaginava corresponder ao som de determinado trecho do reggae ou mesmo batizando com nomes de pessoas.

A hipótese mais aceita é que essa forma de batizar as músicas foi uma estratégias que os DJ’s criaram, com objetivo de esconder a verdadeira identidade da música para evitar o acesso da concorrência.

Esses melôs são tocados pelas radiolas, equipamento em que são acopladas caixas de som, formando um “paredão”, similar as sound systems jamaicanas. Um dos mais famosos, o Melô do Caranguejo foi batizado em referência ao que se acreditava significar o refrão da música White Witch, da cantora norte-americana Andread True, que diz “White witch’s gonna get ya?”. Outro caso exemplar é o da música Think Twice, cantada pela canadense Donna Mari e que em São Luís, virou o Mêlo de Poliana ou de “My Mind”, gravada em 1976 por Hugh Mundell, rebatizada como Melô de Valéria e antes conhecida como Melô dos Astros.

Preconceito, discriminação e perseguição

Apesar de toda a criatividade, a relação do ritmo com a cidade não foi tranquila. No começo, o reggae era associado pelos jornais e mídias locais à violência e ao consumo de drogas.

“Quando você encontrava o reggae no jornal, era na página policial. Normalmente era facada no reggae, era operação da polícia, a polícia invadindo, as pessoas sendo presas, As pessoas passando por baixo da policial. O reggae era o local onde aconteciam os crimes. E tudo isso porque o regueiro era marginalizado, tudo isso porque o ritmo era marginalizado, era acusado de ser uma cultura importada, uma aculturação. Então, durante muitos anos, o reggae foi muito marginalizado”, explica Karla.

Outro ponto levantado é o preconceito devido ao fato do ritmo ter vindo de baixo para cima. As classes altas, identificadas com outros epítetos da cidade – “Atenas Brasileira” e “cidade fundada por franceses” – também discriminava o ritmo e seus amantes.

“Durante muito tempo, o reggae foi estigmatizado, foi marginalizado justamente pela sua origem, além da origem que é jamaicana, negra, é uma ilha pobre do Caribe, a origem também das camadas sociais de São Luís, que eram camadas menos privilegiadas, foram essas camadas que abraçaram esse ritmo. Então, a elite aqui de São Luís não viu com bons olhos”, analisa Karla. “A gente tem embates fenomenais na década de 1990 nos jornais. A gente tem artigos de jornais publicados por membros da Academia Maranhense de Letras, onde há toda uma discussão sobre esse título de Jamaica brasileira, achando que é um absurdo: Como é que a gente era Atenas brasileira por conta dos grandes poetas que a gente tinha nos séculos passados e, agora, a gente vira Jamaica negra, pobre, que não tem cultura, que não tem referência”, relata.

Esse cenário começa a mudar, em meados dos anos de 1990, quando o som foi aos poucos conquistando espaço, ocupando clubes, promovendo eventos, shows, novos programas de rádio especializados em reggae foram surgindo, programas televisivos. Isso acabou atraindo aliados, em especial a classe média que passou a frequentar esses clubes.

“À medida que a classe média foi abraçando o ritmo, à medida que a própria mídia foi mudando esse recorte, ao longo da década de 90 para os anos 2000, televisões, jornais, sites começaram a dar muito mais visibilidade à Jamaica brasileira, que identifica o Maranhense, que é orgulho do Maranhense, e aí vários símbolos, você tem as vários ícones, as radiolas, o dançar agarradinho, a figura do regueiro, as cores do reggae, o Bob Marley, você tem várias coisas que identificam a cidade e isso passa a ser muito mais explorado”, disse Karla. “E aí vai diminuindo um pouco o preconceito. Ele acabou? Não. Ele continua. Até porque o racismo não acabou, a elite ainda tem preconceito com as classes sociais menos favorecidas, Então a gente vê, sim, ainda muito preconceito com o reggae, mas isso já foi diminuindo bastante”, conclui.

Mudança de perspectiva

E quem faz parte dessa história ainda está lutando para acabar com a estigmatização e o preconceito. Um bom exemplo é o do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM), fundado em 1986 e que desenvolve trabalhos sociais para crianças e jovens através da arte, cultura e cidadania. Um desses projetos leva o ritmo para crianças, adolescentes e jovens das escolas públicas das periferias da capital.

A iniciativa começou em 2006, com a criação do bloco do reggae, que sai durante o período do Carnaval. O coordenador do GDAM, Cláudio Adão explicou à Agência Brasil que a iniciativa é uma forma de trazer o debate sobre questões como racismo, preconceito, discriminação, de uma forma mais leve.

Cláudio Adão – coordenador do GDAM – Foto: @caosinfinito

“A gente trabalha durante o ano todos nas escolas municipais e estaduais da periferia de São Luís através de palestras, rodas de conversas, oficinas de dança e música, isso tudo direcionado aos amantes da música reggae. A seleção é feita de forma simples, a gente divulga nas rádios comunitárias, nas redes sociais do grupo, nas rádios com programas de reggae. As pessoas interessadas, se forem menores de idade, o pai, mãe ou responsável tem que fazer a inscrição”, explica. “E a gente conseguiu, através da mensagem do reggae, falar de racismo de uma forma muito mais fácil, de preconceito, homofobia, educação, denunciar a forma como a polícia nos trata. Para nós é uma ferramenta muito boa”, pontua.

Adão realça a ligação que a população negra de São Luís tem com a cultura popular e o reggae. “A gente anda junto, porque o reggae é primo irmão de uma expressão muito forte no Maranhão que é o bumba-meu-boi. Na morte do bumba-meu-boi tem barracões do reggae ao lado, do tambor de crioula e também do hip hop e do samba”, conta.

Re(x)istência

Neste sábado, o GDAM vai participar do Festival Re(x)istencia Fest lll, no Parque do Rangedor, em São Luís. Com o tema, Amazônia é Agora, o festival vai chamar atenção para a necessidade de preservação da floresta e de celebrar os povos, a cultura da região. No evento, o GDAM vai realizar o “Chama pra Dançar!”, uma grande aula de reggae ao ar livre.

À Agência Brasil, Adão disse que, mesmo com a discriminação e o preconceito, o reggae foi capaz de criar uma imensa cadeia produtiva, que vai das radiolas e casas de show aos dançarinos e professores de dança que conseguem gerar renda, tendo o ritmo como carro-chefe.

“Infelizmente, durante praticamente 40 anos a gente foi vítima da sociedade branca, racista, vistos como marginais. A massa regueira sofreu muito. Isso diminuiu muito, mas através de estudos a gente foi mostrando que o reggae é o estilo de vida de uma cidade em que 73% da população é negra e que você tem o direito de escolher a música que você quer ouvir no final de semana”, conta. “A gente tem direito de consumir o reggae como uma forma de lazer, de trabalho e também contribuição da cadeia produtiva no Maranhão, através dessa ferramenta que é o reggae, inclusive com esse viés da cultura, do turismo e da economia solidária” defende.

Essa mudança na forma de tratar o ritmo levou à criação do Museu do Reggae do Maranhão. Fundado em 2018, o espaço conta com diversos ambientes, onde homenageia grandes nomes do reggae maranhense que já morreram, tradicionais clubes de reggae de São Luís, como o Clube Pop Som, Clube Toque de Amor, Clube União do BF e Clube Espaço Aberto, algumas delas citadas na música Regueiros Guerreiros da banda maranhense Tribo de Jah. 

O museu também possui fotografias, vídeos e discos raros, além de muitas informações e promove atividades como aulas de dança, rodas de conversa, projeção de filmes. Tem ainda a Quinta do Reggae, atividade que ocorre de julho a dezembro e reúne toda a cadeia produtiva em torno do Movimento (cantores, bandas, DJs, moda reggae, etc).

Adão também conta que após o reggae ter atravessado a ponte que corta a cidade e separa os bairros mais ricos dos mais pobres da capital, o momento é de pensar na promoção de políticas pública voltadas para essa população periférica,

“A gente começou a ganhar alguns espaços políticos, nos partidos, associações, clubes e a mídia teve que dar espaço para nós, através dos programas de rádio e isso facilitou, mas ainda falta muito. É uma conquista, mas tem que estar atento. Estamos discutindo políticas públicas para o povo, independente de ser do reggae ou não, mas o povo preto da cidade de São Luís do Maranhão”, disse.

Fonte Agência Brasil – Read More

Rebeca Andrade é prata no solo, e Flávia Saraiva fica com bronze

O Brasil colocou duas ginastas no pódio das finais do solo do campeonato mundial disputado em Antuérpia (Bélgica). 

Na manhã deste domingo (8), Rebeca Andrade, embalada pela nova coreografia com a música de Beyoncé e Anitta, somou 14.500 pontos e foi a segunda melhor no aparelho. Flávia Saraiva ficou com o bronze com 13.966 pontos. O ouro foi da norte-americana Simone Biles.

Rebeca Andrade conquista prata no solo, e seleção fecha campanha na Bélgica com melhor resultado já conquistado, com seis medalhas. Foto: COB

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Ginasta Rebeca Andrade é bicampeã mundial do salto na Bélgica .Rebeca Andrade conquista prata no Mundial de Ginástica Artística.É a primeira vez na história que a seleção nacional coloca duas representantes no pódio em um mesmo aparelho em campeonatos mundiais.

Também neste domingo, último dia de competições na Europa, Rebeca Andrade alcançou 14.300 pontos nas finais da trave e levou o bronze. Este era o único aparelho que a campeã olímpica não havia conquistado medalhas em Mundiais. Simone Biles foi a melhor com 14.800 e a chinesa Yaqin Zhou ficou logo atrás com 14.700.

Fonte Agência Brasil – Read More