Especialista diz que a terceira dose deverá ser aplicada após seis meses da segunda, quando sua eficácia começa a cai

Na última semana, alguns estados do país como, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro anunciaram a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 em setembro. A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde após estudos científicos comprovarem que a proteção imunizante cai ao longo dos meses, mesmo em pessoas já vacinadas com a segunda dose, tendo em vista a alta de infecções e mortes entre os grupos imunizados.

Estados Unidos, Chile e Israel foram alguns dos países a adotarem a terceira fase de vacinação. No Brasil, o público-alvo da terceira dose, inicialmente, serão os idosos com mais de 70 anos ou pessoas com baixa imunidade, como explica Rubens de Fraga, médico e geriatra da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR): “Com a variante do coronavírus e a diminuição da eficácia de todas as vacinas, o Ministério da Saúde optou por iniciar a dose de reforço para os imunossuprimidos e os idosos que tomaram a vacina há mais de 6 meses”.

Fraga afirma que independentemente do fabricante tomado na primeira e segunda dose, todos serão vacinados novamente: “A terceira dose será dada independentemente da marca da vacina. Nota-se que qualquer vacina da covid não se mostra tão eficaz após 6 meses da aplicação da 2ª dose”.

O especialista reforça a importância de se manter distante de aglomerações, fazer o uso da máscara e higienizar bem as mãos. “Todos devemos continuar com as medidas de proteção preconizadas pela Organização Mundial da Saúde”.

O médico também chama atenção para outro ponto, a nova fase da vacinação não significará que as vacinas não são eficazes, entretanto, após os seis meses há uma redução na formação de anticorpos contra o coronavírus como foi descoberto em pesquisas realizadas em Israel, onde a terceira dose começara a ser aplicada em pessoas acima dos 30 anos.

Sobre a eficácia da terceira dose contra a variante delta, Fraga diz não haver nenhuma pesquisa até o momento: “Sabemos que as vacinas são eficazes contra a variante delta até seis meses da aplicação da segunda dose. Acredita-se que com a terceira dose haverá um reforço imunológico para combater todas as variantes”.r