Dino exige de redes sociais retirada de mensagens de ameaça a escolas

O governo federal vai exigir que plataformas criem canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis, informou nesta segunda-feira (10) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.  

O ministro cobrou ainda monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados. 

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Após ataque, especialistas propõem escuta ativa nas escolas.Operação Escola Segura: Justiça pede exclusão de 270 contas do Twitter.MP reitera pedido para condenar réus por tentar explodir bomba no DF.Quem descumprir a notificação poderá sofrer sanções, como ser alvo de investigação da Polícia Federal e de medidas determinadas pelos ministérios públicos.  

“Estamos vendo pânico sendo instalado no seio das escolas e das famílias e não identificamos ainda a proporcionalidade de reação das plataformas com essa epidemia de violência que ameaçam nossas escolas nesse momento”, disse em entrevista à imprensa. “Deixei claro na reunião que, se a notificação não for atendida, vamos tomar as providências policiais e judiciais contra as plataformas. Obviamente, não desejamos isso. Desejamos que as plataformas nos ajudem.” 

O ministro reuniu-se hoje com representantes das empresas Meta, Kwai, Tik tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp para debater ações de prevenção à violência nas escolas e evitar ataques como o ocorrido em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, na semana passada, que levou à morte de quatro crianças e deixou várias feridas.  

Até o momento, o ministério identificou mais de 511 perfis com divulgação de conteúdo violento contra escolas, identificados nos dias 8 e 9 de abril, somente no Twitter. 

De acordo com o ministro, para não retirar o conteúdo e os perfis, as empresas argumentam respeito aos termos de uso e liberdade de expressão. Dino citou um caso em que foi solicitada a retirada de perfis com nome e fotos de homicidas. A plataforma alegou que somente pode derrubar se o perfil postar alguma mensagem de apologia à violência.  

O ministro ressaltou que os termos de uso “não se sobrepõem à Constituição, à lei, não são maiores que a vida das crianças e adolescentes brasileiros”.  

“Estamos em uma fronteira em que oportunistas vão ensaiar o argumento falso de que nós estamos tentando, de algum modo, limitar a chamada liberdade de expressão. Liberdade de expressão não existe para veicular imagens de adolescentes mutilados. Não existe liberdade de expressão para quem está espalhando pânico e ameaças contra escolas. Não existe liberdade de expressão para quem quer matar crianças nas escolas. Não há termo de uso que consiga, juridicamente, servir de escudo para quem quer se comportar de maneira irresponsável”, afirmou. 

Sobre o funcionamento do algoritmo das redes e o fato de recomendarem a visualização de conteúdos violentos, o ministro ressaltou que as plataformas devem ser responsabilizadas por esse tipo de recomendação. “Não estamos dizendo que as plataformas de tecnologia são as únicas responsáveis pelo discurso de ódio nas escolas. Sabemos que há múltiplas determinações. Porém, não há dúvida de que, no modo como a sociedade contemporânea se estrutura, um nó fundamental, um elo fundamental na cadeia da violência nas escolas está exatamente na propagação desse discurso por intermédio dessas postagens”, disse.  

O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, registrou grande circulação, no Brasil e no exterior, de mensagens com conteúdo de violência referente ao dia 20 de abril. Na entrevista, Flávio Dino descartou risco de ataques na data e ressaltou que a pasta faz monitoramento diário.  

“Não há nenhuma razão, neste momento, para pânico. O que há é necessidade de fortalecimentos dos mecanismos institucionais e é decisivo o comportamento das plataformas de tecnologia para que possamos ter uma prevenção geral”, disse. No dia 20 de abril de 1999, ocorreu o massacre na escola Columbine, nos Estados Unidos. 

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias da Meta (Instagram e o Facebook) e do Google (que controla o YouTube), mas ainda não recebeu manifestação.

A reportagem busca também contato com representantes do Tik Tok e do Twitter. O último não tem mais assessoria de comunicação no Brasil.

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PIB da cultura e indústrias criativas supera o do setor automotivo

Em 2020, a economia da cultura e das indústrias criativas (ECIC) do Brasil movimentou R$ 230,14 bilhões, o que equivale a 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no período. O dado foi divulgado hoje (10) pelo Observatório Itaú Cultural, que desenvolveu uma nova metodologia para mensurar os impactos do setor, com base em microdados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a economia da cultura e das indústrias criativas ultrapassou outros setores muito importantes para a economia brasileira, como o automotivo, que respondeu por 2,1% das riquezas do país em 2020. Ele também ficou pouco abaixo de outro setor muito importante para a economia do país, o de construção, que correspondeu a 4,06% do PIB em 2020.

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Apostas lotéricas ficam R$ 0,50 mais caras a partir do fim de abril.“Além de nos tornamos mais humanos com a arte e com a cultura, também desenvolvemos esse país do ponto de vista econômico”, disse Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú, instituição à qual o Observatório Itaú Cultural está integrado. “O que a gente quer chamar a atenção é a oportunidade de crescimento que tem aí e o quanto isso é gerador de emprego e renda. Quando a gente oferece esta informação sobre o PIB, ele poderia ser ainda maior se a gente pudesse ir além das commodities. As commodities são importantes, mas precisamos de mais e melhores políticas e a consciência da sociedade também a respeito do nosso setor. E esses números trazem isso à tona”, acrescentou.

O setor da economia da cultura e indústrias criativas engloba segmentos como moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.

O primeiro levantamento elaborado por esse Observatório Itaú Cultural demonstrou que, em 2020, o setor empregava mais de 7,4 milhões de trabalhadores e abrigava mais de 130 mil empresas. Ele também foi responsável por 2,4% das exportações líquidas do país.

Outro dado apontado pelo levantamento foi que entre os anos de 2012 e 2020, o PIB da economia da cultura e indústrias criativas cresceu de forma mais acelerada que o total de geração de riquezas do país. Nesse período, o setor dos segmentos criativos avançou 78%, enquanto a economia total do país subiu 55%. “Culturas e indústrias criativas são relevantes e, posso dizer, essenciais para se pensar em estratégias de desenvolvimento econômico no mundo”, disse Leandro Valiati, pesquisador que ajudou a desenvolver a nova metodologia para medição do PIB do setor. “Esse setor econômico é absolutamente relevante sobretudo pelo que o mundo viveu durante a pandemia em termos de transformação dos modos de produzir e de consumir”, disse, durante entrevista coletiva na tarde de hoje na sede do Itaú Cultural, em São Paulo.

“Esses números mostram o potencial econômico dessas atividades e o espaço que essas atividades têm no escopo de fomento público do Brasil. E no escopo de políticas para o desenvolvimento do setor há um descompasso, quer dizer, há necessidade de aprofundamento dessas medidas de maneira proporcional à importância para o PIB”, ressaltou Valiati.

Metodologia

O PIB da economia da cultura e das indústrias criativas do Observatório Itaú Cultural foi elaborado a partir do critério de renda, o que engloba massa salarial, massa de lucros e outros rendimentos auferidos por empresas e indivíduos no país. Para criar essa metodologia, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc/IBGE), da Relação de Informações Sociais (RAIS), do Programa de Avaliação Seriada (PAS) e da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), além das Tabelas de Recursos e Uso do IBGE (TRU) para contabilização dos impostos e o histórico de prestação de contas da Lei Rouanet.

A metodologia foi desenvolvida durante um ano e meio por um grupo de pesquisadores liderado por Leandro Valiati, professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade de Manchester, no Reino Unido. Os dados de 2021 e de 2022 ainda não foram divulgados porque aguardam atualização da base de dados do IBGE.

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MEC disponibiliza lista de espera do Prouni

Os participantes que manifestaram interesse em disputar uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (Prouni) pela lista de espera já podem conferir se foram pré-selecionados para o Programa. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (10) pelo Ministério da Educação (MEC), no ambiente do Prouni, no portal Acesso Único, e ficará disponível para consulta até 19 de abril.

Os pré-selecionados da lista de espera também terão até o dia 19 de abril para comprovar as informações da inscrição diretamente na instituição que escolheram. A primeira edição do Prouni 2023 ofertou mais de 290 mil bolsas.

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Prazo para lista de espera do Prouni termina nesta quinta-feira .MEC encerra nesta quinta-feira prazo da lista de espera do Prouni.O processo seletivo do Prouni ocorre duas vezes ao ano e tem como público-alvo a população que não possui diploma de nível superior.  

Requisitos

Para obter uma bolsa integral, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio; e para a bolsa parcial (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa da família.

O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior que oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior para aqueles que nunca concluíram um curso de graduação.

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Bolívia, Colômbia e Cuba recebem vacinas do Butantan pela primeira vez

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O Instituto Butantan exportou, pela primeira vez, doses da vacina trivalente contra Influenza para a Bolívia, Colômbia e Cuba. A venda de quase 5,4 milhões de doses ocorreu por meio de edital da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O número representa um aumento de 484% em relação às exportações do ano passado, informou a instituição do governo paulista. 

Para a Bolívia serão feitos dois envios, sendo que o primeiro ocorreu nesta segunda-feira (10). Os imunizantes para a Colômbia serão enviados ainda essa semana. As entregas internacionais tiveram início no fim de março. Nicarágua e Uruguai também foram contemplados neste edital.   

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Campanha de vacinação contra gripe começa em todo o país .Em 2021, a vacina contra a gripe do Butantan entrou para a lista de pré-qualificadas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A entrada nesse rol valida as boas práticas do instituto brasileiro em relação aos processos de farmacologia, estudos clínicos, regulação, produção e qualidade envolvidos na fabricação da vacina contra influenza. 

Segundo o Butantan, a atual vacina é composta por dois vírus influenza tipo A (H1N1 do subtipo Sidney e H2N3 do subtipo Darwin) e uma cepa do tipo B, da linhagem Victoria. 

Agência Brasil –

No Ceará, chikungunya matou mais do que dengue em uma década

Atualmente, todos os estados brasileiros registram transmissão da chikungunya, uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por inseto, que causa principalmente dores intensas nas articulações, febre, erupção avermelhada da pele, entre outros sintomas. Não há vacinas ou medicamentos para prevenir ou tratar a infecção, apenas remédios para alívio dos sintomas, que podem durar de cinco a 14 dias na fase aguda e até três meses na fase crônica. Em alguns casos, pode levar à morte.

O Ceará, no Nordeste do Brasil, é a unidade federativa com o maior número de casos de chikungunya (77.418) registrados no país. No estado, o número de mortes pela doença nos últimos dez anos foi superior ao da dengue, que é transmitida pelos mesmos mosquitos das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. Foi registrado 1,3 óbito por mil casos diagnosticados, enquanto a taxa de mortalidade da dengue é de 1,1 por mil.

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Capital paulista intensifica ações de combate à dengue.A conclusão é do maior e mais abrangente estudo epidemiológico sobre o tema, publicado na revista The Lancet Microbe no último dia 6. A partir das análises, os pesquisadores foram capazes ainda de determinar o padrão de disseminação da doença e os fatores de risco que podem servir de base para a elaboração de estratégias efetivas de controle, prevenção e tratamento.

Entre 3 de março de 2013 e 4 de junho de 2022, foram notificados 253.545 casos de chikungunya confirmados em laboratório em 3.316 (59,5%) dos 5.570 municípios, distribuídos principalmente em sete ondas epidêmicas de 2016 a 2022 afetando todos os estados do Brasil. Cada região funcionou como um “pequeno bolsão” da doença e foi afetada de forma diferente em cada momento. O Ceará foi o estado mais afetado, com 77.418 casos durante as três maiores ondas epidêmicas em 2016, 2017 e 2022.

O virologista brasileiro William Marciel de Souza, um dos autores do trabalho e pesquisador do Centro Mundial de Referência de Vírus Emergentes e Arbovírus da University of Texas Medical Branch, nos Estados Unidos, explicou, em entrevista à Agência Brasil, por que o estado foi o mais atingido.

“Com base na análise epidemiológica, identificamos que as recorrências de chikungunya no Ceará, e ainda no Tocantins e Pernambuco, foram limitadas a municípios com poucos ou nenhum caso relatado nas ondas epidêmicas anteriores, sugerindo que a heterogeneidade espacial da disseminação do vírus chikungunya e a imunidade da população explicam o padrão de recorrência no país. Portanto, acreditamos que as populações dos municípios mais afetados pelas ondas epidêmicas de chikungunya apresentaram algum nível de proteção imunológica contra a doença e/ou transmissão que impediu temporariamente a recorrência de surtos explosivos de chikungunya.”

Em contraste, ele completa, as populações de municípios menos expostos a ondas anteriores de chikungunya permaneceram mais suscetíveis. “Desta forma, isso resulta na heterogeneidade geográfica da dinâmica de chikungunya no Brasil. Curiosamente, as métricas de densidade populacional do principal mosquito vetor de vírus chikungunya no Brasil, Aedes aegypti, não foram correlacionados espacialmente com locais de recorrência de chikungunya no Ceará e Tocantins. Ou seja, para ter a transmissão precisa do mosquito, mas um maior número de mosquitos não significa um maior número de casos”, destacou Souza.

Os pesquisadores sequenciaram os genomas de vírus chikungunya que causou a epidemia em 2022 no Ceará. Eles identificaram que a recorrência de chikungunya em 2022 no estado, após um intervalo de quatro anos, foi associada a uma nova introdução de uma linhagem leste-centro-sul-africana, “provavelmente originária de outros estados brasileiros após introdução em 2014”, de acordo com o virologista.

O estudo também estima que nova linhagem de chikungunya foi introduzida no Ceará entre meados de 2021 e o final daquele ano. “Acreditamos que esse padrão de recorrência continuará ocorrer caso não tenha nenhuma intervenção”, alertou Souza.

Prevenção

O estudo mostra que as epidemias de chikungunya provavelmente continuarão a ocorrer se nenhuma intervenção for implementada, causando grandes ondas epidêmicas com milhares de casos e mortes devido à heterogeneidade geográfica associada à disseminação ou recorrência do chikungunya. “Esses resultados serão úteis para informar o setor de saúde pública para antecipar e prevenir futuras ondas epidêmicas de chikungunya no país”, frisou o virologista.

O mapeamento também apontou fatores de risco envolvidos nas infecções sintomáticas, mais prevalentes em mulheres, e nas mortes, mais frequentes em crianças e idosos, que possuem sistemas imunes menos fortalecidos. “Estimamos a taxa de mortalidade por chikungunya de 1,3 morte por mil casos confirmados, o que é maior do que outros arbovírus endêmicos em países tropicais, como dengue e infecções pelo vírus Zika. Essas informações podem fornecer informações para saúde pública no Brasil”, observou Souza.

“A chikungunya afeta desproporcionalmente as mulheres, pois, provavelmente as pessoas se infectam mais em casas. Considerando que uma substancial parte das mulheres fica mais tempo em casa, pode aumentar o risco de exposição. Outro estudo anterior em Bangladesh no sudeste asiático mostra padrão similar e os autores levantaram hipótese semelhante. Sobre maior morte em crianças e idosos, está provavelmente associada à imunidade nesta população que geralmente pode ser menos efetiva que a população adulta jovem”, considera o virologista.

Chikungunya x dengue

Quando o vírus causador da febre chikungunya foi introduzido no Brasil, há quase uma década, especialistas em arboviroses acreditavam que ele repetiria a dinâmica que já havia apresentado em outros países como a Índia, por exemplo: uma ou, no máximo, duas ondas curtas e explosivas, com exposição de grande parte da população, seguidas de um intervalo de anos. Porém, o que se observa são epidemias consecutivas e recorde de casos nas Américas: segundo o estudo, são mais de 1,2 milhão registrados.

Diferentemente da dengue, cujo vírus causador pode apresentar quatro genótipos distintos e, portanto, provocar quatro eventos de contaminação, o vírus CHIKV não deveria causar reinfecções. Para entender as causas do diferenciado padrão americano de disseminação, os pesquisadores estudaram dados de sequenciamento genômico, de distribuição de vetor e informações epidemiológicas de casos confirmados.

O estudo, que contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) por meio de três projetos, foi conduzido por 26 pesquisadores da University of Texas Medical Branch (EUA), do Laboratório de Saúde Pública do Ceará, do Ministério da Saúde, da Universidade de Campinas, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Rondônia e do Imperial College London (Reino Unido).

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Mesatenista quer ser a 1ª do país a disputar Olimpíada e Paralimpíada

A mesatenista Bruna Alexandre tem a meta de ser a primeira atleta do país disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A paulista, de 28 anos, que teve o braço direito amputado aos três meses de vida, devido à uma vacina mal aplicada, está perto da quarta Paralimpíada da carreira, entre 28 de agosto e 8 de setembro de 2024, em Paris. Ela, porém, quer chegar mais cedo à capital francesa e também disputar a Olimpíada, de 26 de julho a 11 de agosto.

Atuar com atletas sem deficiência não é novidade para Bruna, que começou a praticar tênis de mesa aos sete anos e somente aos 12 conheceu o esporte paralímpico. Mesmo assim, não deixou de enfrentar jogadoras do tênis de mesa “convencional”. A paulista disputa o circuito nacional feminino “olímpico” e foi, inclusive, a campeã brasileira do ano passado. Em 2019, a mesatenista obteve vaga, por meio de seletiva, à seleção que disputou os Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru).

“Em maio, jogo um último campeonato para cumprir as exigências [da ITTF] para a Paralimpíada de Paris. Depois, começo em junho [a jogar] os campeonatos olímpicos internacionais”, disse Bruna Alexandre, atual número 3 do mundo na classe 10 – André Soares/CBTM/Direitos Reservados

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Campeão mundial, vôlei sentado feminino faz intercâmbio visando Paris.Bárbara Domingos leva ouro inédito em Grand Prix de ginástica rítmica.Fluminense puxa fila de campeões que mantêm soberania nos Estaduais.“Em 20 anos de carreira, o que me ajudou muito a estar entre as melhores do mundo no paralímpico foi o olímpico. Nele, jogo com pessoas com os dois braços, que não têm nenhuma dificuldade de equilíbrio, então, quando vou ao paralímpico, não sinto essa dificuldade. O paralímpico tem um jogo diferente, mais fechado, enquanto o do olímpico é mais aberto. Estou aprendendo todos os dias [sobre] essas diferenças”, explicou Bruna.

No tênis de mesa paralímpico, os atletas com deficiências de locomoção são divididos em dez classes. Quanto maior o número da categoria, menor o grau do comprometimento físico-motor. Terceira do mundo na classe 10, Bruna está quase classificada à Paralimpíada de Paris pelo ranking mundial da Federação Internacional da modalidade (ITTF, sigla em inglês), mas pode assegurar a vaga já em novembro, sem depender da lista, se for campeã da categoria nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile).

“Em maio, jogo um último campeonato para cumprir as exigências [da ITTF] para a Paralimpíada de Paris. Depois, começo em junho [a jogar] os campeonatos olímpicos internacionais. A partir daí, consigo entrar no ranking mundial olímpico e tentar vaga nos Jogos Pan-Americanos [que também serão em Santiago] e na Olimpíada”, disse a paulista, que tem quatro medalhas paralímpicas (uma prata e três bronzes) e um título mundial nas duplas mistas, no ano passado, em Granada (Espanha), ao lado de Paulo Salmin.

É PRATA! 🥈🥈

Em uma partida disputadíssima, Bruna Alexandre é derrotada pela australiana Qian Yang por 3 sets a 1 e fica com a segunda posição na classe 10. Você jogou MUITO, Bruna! PARABÉNS 💛💚#ParalimpicoEmToquio #JogosParalimpicos pic.twitter.com/WhOlFZbNLJ

— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) August 30, 2021

O caminho olímpico é mais complicado. A seleção feminina, primeiro, precisa se classificar à Paris, o que significaria garantir três vagas ao Brasil. Se isso acontecer e os critérios de convocação forem os mesmos da Olimpíada de Tóquio (Japão), em 2021, dois lugares serão às jogadoras do país mais bem posicionadas no ranking – atualmente, Bruna Takahashi (40ª) e Luca Kumahara (113º) – e um definido por escolha técnica.

A inspiração para acreditar no sonho olímpico vem de uma das grandes rivais de Bruna no paralímpico: Natalia Partyka. Dona de nove medalhas em Paralimpíadas, sendo seis de ouro (quatro no individual), a polonesa, de 33 anos, também competiu em quatro Olimpíadas. Em março deste ano, a brasileira conquistou uma inédita vitória sobre Partyka, na final do Aberto de Lignano (Itália).

“Foi um passo muito grande. Tinha jogado cinco, seis vezes com ela, nunca havia ganhado. Estou muito feliz e motivada. [Na Paralimpíada] Tenho um bronze e uma prata no individual, então, em Paris, quero conseguir o ouro. Nos Jogos Olímpicos, sei que é muito difícil conseguir uma medalha, mas ficaria muito feliz de estar lá, disputando de igual para igual e mostrando que a deficiência não é nada”, concluiu.

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Pix bate recorde e supera 120 milhões de transações em um dia

Sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), o Pix bateu novo recorde na última quinta-feira (6). Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 120 milhões de transações em 24 horas.

Somente no último dia 6, foram feitas 122,4 milhões de transferências via Pix para usuários finais. A alta demanda não comprometeu o funcionamento da funcionalidade. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.

O recorde anterior tinha sido registrado em 20 de dezembro, com 104,1 milhões de transações num único dia. Naquela data, tinha acabado o prazo de pagamento da segunda parcela do décimo terceiro.

Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 146,4 milhões de usuários, dos quais 134,8 milhões pessoas físicas e 11,6 milhões pessoas jurídicas. Em setembro de 2022, o sistema superou a marca de R$ 1 trilhão movimentados por mês.

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Rompimento de barragem alaga 23 casas e deixa 32 desalojados no Ceará

O rompimento de uma barragem particular, causado pelas fortes chuvas que elevaram o nível do Rio Cariús, no sul do Ceará, deixou 23 casas e uma escola inundadas, informou, nesta segunda-feira (10), a Defesa Civil do estado. Há 32 pessoas desalojadas, das quais 17 estão em uma escola municipal e 15 em uma casa cedida por um dos moradores do município de Farias de Brito.

Em nota, a prefeitura informou que já estão em andamento ações emergenciais como suspensão das aulas, disponibilização de aluguel social e alojamento, dependendo do grau de perdas ocasionadas pela enchente, além de um mutirão de limpeza em locais onde se concentraram volumes de terra e objetos carregados pela água, para garantir a desobstrução das vias e o retorno à normalidade.

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Lula viaja ao Maranhão para acompanhar socorro a vítimas de chuvas.Chuvas deixam municípios do Maranhão em estado de emergência.A prefeitura disponibilizou equipes de suporte na retirada de móveis e famílias em locais afetados pela água e faz o monitoramento do nível da água para identificar possíveis áreas de risco e prevenir novas ocorrências.

A Defesa Civil do Ceará informou que outra ocorrência relacionada ao rompimento de duas barragens particulares foi registrada na localidade de Severino, no município de Itapipoca, a 147 quilômetros de Fortaleza. Até o momento, 12 casas sofreram alagamentos e 34 pessoas tivera, que deixar suas casas e procurar abrigo em local seguro ou em casas de parentes e amigos.

“As defesas civis de Itapipoca e Uruburetama e o proprietário das barragens continuam monitorando [a situação] e, caso haja necessidade, será aberto um vertedouro para auxiliar o escoamento de modo controlado”, acrescentou o órgão.

Segundo boletim divulgado no último dia 7 pela Defesa Civil do Ceará, 19 municípios decretaram situação de emergência por causa das chuvas e havia cerca de 3 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, dentre os 157 açudes monitorados, 58 já sangraram este ano. Nesta segunda-feira (10), simultaneamente 57 açudes encontram-se sangrando.

Aviso meteorológico

Conforme previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, os principais acumulados de chuvas previstos para hoje ocorreriam no centro-norte do estado, região que está sob aviso meteorológico.

Já entre terça (11) e quarta-feira (12), no Sertão Central e em Inhamuns, Jaguaribana e Cariri as precipitações deverão ser mais isoladas em relação às demais áreas.

Fonte Agência Brasil – Read More

Quase 4,8 milhões de pessoas resgataram dinheiro esquecido em bancos

Em pouco mais de um mês após a reabertura do Sistema de Valores a Receber (SVR), quase 4,8 milhões de pessoas pediram o resgate de R$ 342,2 milhões, informou nesta segunda-feira (10) o Banco Central (BC). O balanço abrange os pedidos realizados desde 7 de março, primeiro dia dos saques, até este domingo (9).

Segundo o BC, o maior valor resgatado por uma pessoa física desde o início do programa correspondeu a R$ 749,5 mil. No entanto, a maior quantia resgatada individualmente foi de R$ 3,3 milhões e o saque foi feito realizada por uma empresa.

O número de pessoas que pediram o resgate de valores esquecidos desde o início do programa soma 1,45 milhão.

De acordo com a autoridade monetária, o SVR permanecerá aberto para todos, sem interrupções programadas, para que cada um possa recuperar os valores esquecidos no sistema financeiro.

Reabertura

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Agência Brasil explica como consultar dinheiro esquecido em bancos.Fundos públicos e INSS também são fontes de dinheiro esquecido.Banco Central alerta para golpes relativos a valores a receber.Com a possibilidade de verificação de valores de pessoas falecidas, o SVR reabriu em 7 de março, após 11 meses fechado. Os usuários podem agendar o recebimento dos recursos no site Valores a Receber.

As consultas foram reabertas em 28 de fevereiro. Conforme o balanço mais recente do BC, até este domingo (9), 122,2 milhões de consultas haviam sido feitas. Desse total, 56,5 milhões (46%) apontaram quantias a receber e 65,7 milhões (54%) não encontraram valores esquecidos.

Segundo o BC, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber. Para sacar os valores de pessoa física ou de falecidos, o usuário precisa ter conta no Portal Gov.br de nível prata ou ouro. Para reaver valores de pessoa jurídica, precisa ter conta no Portal Gov.br com o Cadastro Nacional Pessoa Jurídica vinculado (com qualquer tipo de vínculo, exceto colaborador).

O sistema tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem necessidade de cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas de valores de pessoas vivas, o sistema informará a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também haverá mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Fonte Agência Brasil – Read More

Brasil quitou 10% de dívidas com órgãos internacionais em 100 dias

Nos 100 primeiros dias de governo foram quitados R$ 526 milhões de dívidas do Brasil com órgãos internacionais, divulgaram nesta segunda-feira (10) os Ministérios do Planejamento e das Relações Exteriores.

Segundo o Planejamento, o Brasil ainda deve R$ 4,28 bilhões, que devem ser pagos ao longo de 2023. Dessa quantia, R$ 2,49 bilhões referem-se a dívidas de anos anteriores. O valor restante, R$ 1,79 bilhão, diz respeito a contribuições e integralizações a serem pagas este ano.

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Brasil tem dívida de R$ 5 bi com órgãos internacionais, diz transição.Itamaraty receberá R$ 4,6 bi para pagar dívida com órgão internacional.Antes do pagamento dos R$ 526 milhões, o país tinha iniciado o ano devendo R$ 4,806 bilhões a organismos estrangeiros. Dessa forma, o governo quitou até agora 10,9% dos débitos.

Entre os principais órgãos com os quais o governo pagou dívidas estão a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), a Secretaria e o Parlamento do Mercosul e o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Também receberam pagamentos a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Segundo a nota conjunta, o governo está engajado no equacionamento das dívidas do Brasil com organismos internacionais como meio de melhorar as condições para a retomada da atuação brasileira na esfera internacional. “Para tanto, enviará esforços para a execução financeira integral dos valores previstos na Lei Orçamentária Anual 2023 e dos valores inscritos em restos a pagar relativos ao exercício anterior, possibilitando a quitação integral dos débitos do país junto a tais organismos ao longo do ano corrente”, explicaram os ministérios.

No ano passado, o gabinete de transição informou que havia cerca de R$ 5 bilhões de dívidas do governo brasileiro com organismos internacionais. No fim de dezembro, o Itamaraty recebeu R$ 4,6 bilhões, que foram convertidos em restos a pagar para 2023.

Fonte Agência Brasil – Read More