Blocos infantis animam a criançada em São Paulo

São Paulo

Os foliões infantis aproveitaram o domingo (12) para curtir o pré-carnaval de São Paulo em família. Super-herois, bailarinas, palhaços se misturavam entre personagens mais contemporâneos e fantasias criadas com o que se tinha em casa: laços, fitas e chapéus.  

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Foliões celebram volta do carnaval do Rio com o bloco Céu na Terra.Para celebrar Carnaval, Museu da Diversidade promove caminhada em SP.O Bloquinho Infantil Maria Maluquinha, no Ipiranga, bairro que abriga importantes pontos históricos da cidade, reuniu desde as 10h as crianças e seus familiares na Rua Sorocabanos, ao lado do Parque do Ipiranga. Às 10 da manhã teve fanfarra e a banda tocou até o começo da tarde. 

Blocos infantis animam a criançada em São Paulo – Ludmilla Souza/Agência Brasil

A taróloga Denise de Jesus mora no Ipiranga e levou o filho para o bloco, com mais uma amiga, que levou a filha e a sobrinha. Ela aprovou o evento. “Achei muito organizadinho, muito bonito, bem divertido, seguro para as crianças, eu gostei. Vim com meu filho Samuel, de 7 anos e minha amiga veio com a filha Manu, de 6 anos e a sobrinha Alice, de 9 anos”. 

As organizadoras do Bloquinho Infantil Maria Maluquinha também ficaram satisfeitas com o sucesso do bloco, que surgiu em 2020. “Hoje é a segunda edição do bloquinho Maria Maluquinha e foi esse sucesso todo. Graças a Deus não choveu também! Às 10 da manhã teve uma fanfarrinha, a banda tocou até a uma hora, as crianças se divertiram, não teve nenhum incidente. Até um celular perdido foi encontrado e entregue ao dono. Foi segurança total, o pessoal que veio para trabalhar vendeu bem, então acho que fez bem para todo mundo”, disse uma das organizadoras, Denise Aloia de Moraes.

Os pequenos foliões foram quem mais se beneficiaram, disse Denise. “A criançada vem curtir, sai um pouco da frente da tevê e do computador, vem conhecer da cultura do Brasil, que é o carnaval. E vem desde cedo para começar a participar!”

Já o Bloquinho Infantil Fraldinha Molhada, no Jardim Anália Franco, desfilou na rua José Oscar de Abreu Sampaio.  A folia nos blocos infantis começou pela manhã, às 10h e foi até as 15h. O tempo ajudou a folia das crianças e não choveu no momento do evento.

O dia começou com muita nebulosidade, chuviscos isolados e temperatura em torno dos 26°C. Mas, de acordo com Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura de São Paulo, o calor e a chegada da brisa marítima favorecem a ocorrência de chuvas na forma de pancadas, principalmente entre o meio da tarde e o início da noite.

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Avião da FAB chega com brasileiros e turcos sobreviventes do terremoto

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que o governo federal usou para levar ajuda humanitária à Turquia regressou hoje (12) ao Brasil. A aeronave trouxe  a bordo 17 pessoas que sobreviveram ao terremoto que atingiu parte da Turquia e da Síria na última segunda-feira (6).

Quatro crianças integram o grupo de nove brasileiros e oito estrangeiros que desembarcou nesta madrugada na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. A repatriação dos brasileiros foi coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que aproveitou o voo de volta do KC-30 da FAB.

Equipe de resgate

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Turquia recebe ajuda humanitária brasileira após terremoto.Voo da FAB traz ao Brasil 17 sobreviventes de terremoto na Turquia .Logo após os fortes tremores de terra que chegaram a atingir 7,8 na escala Richter, o governo brasileiro acionou a Aeronáutica para que levasse à Turquia uma equipe de brasileiros especializados em resgate urbano e socorro a vítimas de desastres naturais.

Os 42 profissionais brasileiros, incluindo bombeiros, agentes de saúde e da Defesa Civil, chegaram à capital turca, Ancara, na noite da última quarta-feira (9). Eles devem permanecer por ao menos duas semanas no país prestando apoio humanitário à população que, além das consequências do terremoto, enfrenta um inverno rigoroso, com temperaturas abaixo de zero.

Desespero e correria

Segundo a FAB, o resgate das 17 pessoas trazidas ao Brasil contou com a ajuda de outros cidadãos que permanecem na Turquia, incluindo brasileiros. Ainda de acordo com a Aeronáutica, entre os nove brasileiros, há uma mulher, grávida, identificada como Fernanda Lima.

“Quando eu entendi que aquela situação não era habitual, comecei a gritar para meu marido e meu filho acordarem. Então, arranquei o meu filho do berço, dei na mão do meu marido e falei: corre, que isso é um terremoto. Salva a vida dele! Me deixa, vai na frente com ele! E foi só o tempo da gente sair de casa. Quando saímos de casa, nós a vimos desabar. Perdemos tudo”, relatou Fernanda aos militares da FAB.

O professor Guilherme Brito, de 22 anos de idade, também integra a lista de brasileiros repatriados. Entrevistado por uma equipe da TV Brasil que viajou a Ancara a convite da FAB, Brito contou que tinha acabado de chegar à cidade de Adana para participar de um intercâmbio estudantil quando foi surpreendido pelo terremoto que, segundo fontes dos governos turcos e sírio, já matou ao menos 33 mil pessoas.

“Eu tinha acabado de chegar. Estava bem cansado, mas muito feliz. Jantei, fui dormir e, por volta de 4h da manhã, senti tudo tremer”, contou Brito. Segundo o estudante, pouco depois, houve um segundo tremor, ainda mais forte, que o fez correr para a rua. Brito lembra de, ao chegar na rua, olhar e ver ao menos três prédios próximos caídos e muitos outros com rachaduras graves. Além disso, segundo ele, fazia muito frio, o que pode ter causado a morte de muitas pessoas presas em meio aos escombros. Segundo Brito, os termômetros marcavam em torno de 3 graus Celsius (°C), mas a sensação térmica era de -1°C.

“Começamos a andar pelas ruas com um amigo turco, e ele nos alertou para que não andássemos por ali porque havia risco de demolir, de cair. Acabei decidindo não ficar [na Turquia] justamente por isso. Minha ideia era ajudar, mas percebi que aquela zona ainda era de risco, embora não fosse uma área tão afetada. O medo começou a tomar conta”, disse Brito sobre porque decidiu pedir ajuda das autoridades diplomáticas para deixar o país.

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Bombeiros encontram corpos que podem ser de naufrágio no Rio

Dois corpos foram encontrados hoje (12) na Baía de Guanabara, próximos da Ponte Rio-Niterói. O Corpo de Bombeiros foi avisado da ocorrência por pescadores que circulavam pelo local. Os cadáveres são de um homem e de uma mulher, e foram levados para o Instituto Médico Legal para perícia.

Familiares dos dois desaparecidos no naufrágio da traineira Caiçara foram chamados para identificar se os corpos são de Fábio Dantas Soares, de 46 anos, e de Isabel Cristina de Souza Borges, de 38. O naufrágio ocorreu no último domingo (5), na altura das ilhas do Governador e de Paquetá, com 14 pessoas a bordo. Seis sobreviveram, seis morreram e dois ainda estão desaparecidos.

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Bombeiros continuam buscas por dois desaparecidos em naufrágio no Rio.Polícia vai apurar se houve negligência em caso de naufrágio no Rio.Naufrágio no Rio: bombeiros encontram criança e mortos chegam a seis.O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar as causas do afundamento da traineira. Sobreviventes vão ser ouvidos, e a polícia vai apurar se houve negligência, imperícia ou imprudência do condutor da embarcação, identificado como Marcos Paulo da Silva.

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Curso orienta educadores sobre como levar a natureza para as escolas

Os educadores que querem levar a natureza para dentro de seus colégios contam, agora, com um curso de formação on-line e gratuito destinado a professoras e professores da educação infantil, ensino fundamental I e educadores do contexto não formal.

A ideia é que os professores incentivem seus alunos a criar, dentro da escola, canteiros, jardins e hortas com o intuito de transformar os jovens em agentes de mudança para um mundo sustentável.

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Hortas comunitárias resistem à urbanização em São Paulo.Projeto de horta pedagógica de Heliópolis (SP) vence Desafio 2030.Com a formação adequada e certificada como curso de extensão universitária, os educadores poderão replicar o conceito das TiNis – Terra das Crianças, que nada mais são que pedaços de terra que proporcionam contato com a natureza, desenvolvendo nas crianças e adolescentes empatia por todas as formas de vida.

“Proporciona a oferta de espaços mais verdes e desafiadores, com rotinas escolares que incentivam o movimento, o tempo, o espaço e a aprendizagem ao ar livre”, explica a coordenadora de TiNis no Brasil, Thaís Chita.

A iniciativa é do Instituto Alana, organização da sociedade civil que promove ações voltadas à formação de crianças, em correalização com o Instituto Singularidades, referência nacional para a formação inicial e continuada de professores. A certificação é do Instituto Singularidades e a formação é realizada em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Plataforma Conviva Educação.

“Além disso, contribuem para a criação de pátios escolares naturalizados e de sistemas de áreas verdes da cidade. As TiNis ainda contribuem efetivamente com merenda escolar mais saudável e colabora para a construção de uma cultura que reconhece as crianças como agentes de transformação”, conta Thaís.

Para as cidades, completa a coordenadora, as TiNis contribuem com os sistemas de áreas verdes e para o conforto térmico, verdejando e embelezando o espaço, para criação de microclima e habitats e para um ar mais limpo.

“São espaços para que elas expressem sua autonomia e protagonismo, transformando o ambiente que frequentam, brincando e aprendendo com a Natureza em uma troca constante que gera benefícios para a própria criança, para sua comunidade e para a Natureza. Sugerimos o tamanho de meio metro quadrado de terra ou três vasos”, diz a coordenadora.

Thaís conta que o conceito de TiNis é recente e foi desenvolvido pelo peruano Joaquín Leguía. A ideia já está presente em países como Equador, Bolívia, Costa Rica, Indonésia e Japão. Chegou ao Brasil em 2021, em uma parceria entre o Instituto Alana e Gisele Bündchen, e já se espalhou por mais de 200 casas e escolas do nosso país.

O curso

O curso online tem duração de 40 horas e oferece aos educadores acesso a práticas de centramento, videoaulas, apostilas, vídeos e materiais de aprofundamento, entrevistas com convidados especiais e atividades práticas. O curso será dividido em quatro módulos.

No cronograma de aulas, os educadores vão conhecer mais sobre o que são TiNis, seus conceitos e seu potencial educativo; a necessidade de formar vínculos afetivos com a natureza, o conceito da “criação recíproca” e a noção de interdependência.

No curso, os professores também vão saber mais sobre o protagonismo infantil na criação das TiNis, sobre o papel e a contribuição do educador para fomentar uma relação saudável entre a criança e a natureza, sobre como engajar os estudantes com as TiNis e, também, técnicas básicas de plantio e de manejo.

Inscrições

As inscrições podem ser feitas pelo site e o início do curso é imediato, não sendo necessário esperar para formar um turma.

Para se inscrever, o professor deve seguir o passo a passo como se fosse efetuar a compra do curso pelo site. No entanto, por ser gratuito, o custo do curso aparecerá como R$ 0,00 (zero reais). Para mais informações, basta enviar um e-mail para: suportetecnico@singularidades.com.br

Exemplos de TiNis

Em pouco menos de dois anos, a iniciativa já engajou cerca de mil educadores no Brasil, com exemplos bem-sucedidos em Jundiaí e São Paulo (SP), Macaíba (RN) e Benevides (PA).

O Colégio Paulo Freire de Jundiaí foi o primeiro a ter uma coordenadora de TiNis. Karina Mitiko completou a formação em 2021 e implantou o TiNi para Ser na instituição com a contribuições de outras professoras e famílias.

A escola incorporou o projeto no planejamento pedagógico e vai incluir TiNis no currículo para 2023, com envolvimento de todos os alunos (da educação infantil ao fundamental II).

A Escola do Sesc em Macaíba implantou a TiNi Tempo de Semear. Além de plantar com seus alunos, a professora Josefa Lucila Felix Moreira já criou músicas, mandalas e envolveu as famílias na aventura de semear e colher.

No Pará, a Rede Municipal de Educação em Benevides implantou a TiNi Caminho do Girassol e a TiNi Doce Encanto. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a iniciativa envolveu 90 gestores e coordenadores, além de 35 educadores.

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Caminhos da Reportagem: 8 de janeiro – a democracia de pé

O 8 de janeiro de 2023 entrou para história do país: um dia em que ataques aos Três Poderes da República tentaram abalar a democracia. Prédios foram invadidos e depredados, em cenas de ódio e comemoração de eleitores que não aceitavam o resultado das urnas.

Um mês depois dessas cenas, o Caminhos da Reportagem ouviu histórias de quem presenciou aquele dia. O programa faz uma análise dos fatos que culminaram numa tentativa frustrada de abalar a democracia do país e do que pôde ser aprendido após essas ameaças.

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Após um mês, investigações buscam financiadores de ataques golpistas.Ataques golpistas não abalaram crença na democracia, diz Rosa Weber.OEA manifesta apoio ao governo brasileiro e repudia ataques golpistas.Renato Alves, do Jornal O Tempo, foi um dos 16 profissionais de imprensa que sofreram agressões no dia. Ao fugir dos agressores e pedir ajuda, ele viu de perto a conivência da Polícia Militar do Distrito Federal (DF). Naquela noite, Ricardo Cappelli assumiu como interventor na segurança pública do DF. Em relatório divulgado por ele e sua equipe, a constatação: houve erro e tolerância da PM, numa sequência de fatos que culminaram no vandalismo. “Coincidências? Não me parece”, afirma Cappeli.

Jornalista Renato Alves, agredido no dia 8 de janeiro, volta ao Congresso pela primeira vez após os atos – Reprodução/TV Brasil

Os fatos não se restringem apenas ao dia 8. Desde a vitória do presidente Lula nas urnas, sucessivos acontecimentos que não foram reprimidos formaram o cenário ideal para o que aconteceu: bloqueio de estradas, ônibus queimados, uma bomba na área do aeroporto da capital do país e, principalmente, os acampamentos em frente aos quartéis do Exército por todo o Brasil.

Para o ministro da Justiça, Flávio Dino, a existência dos chamados QGs foi decisiva para gerar diversos eventos violentos em Brasília que levaram aos atos antidemocráticos. “Infelizmente, os fatos do dia 8 mostram que esse acampamento acabou funcionando como uma espécie de hub, em que esses extremistas se encontravam, planejavam e executavam ações”, afirma.

Com a intervenção decretada pelo Executivo e o governador do DF, Ibaneis Rocha, afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as prisões dos suspeitos começaram a ocorrer ainda na noite do dia 8. Quase 1.200 pessoas foram detidas. Entre eles, um casal que era dono de um lar temporário para cães resgatados. Não apenas os animais que estavam na custódia deles ficaram abandonados, como também os quatro filhos.

O Caminhos da Reportagem ouviu especialistas para saber o que leva as pessoas a irem tão longe em algo que acreditam sem questionar, como teorias da conspiração sobre urnas e processos democráticos. Para o psicanalista Christian Dunker, a forma de agir desse grupo lembra seguidores de seitas messiânicas, que aguardam o fim do mundo que nunca acontece. “Temos aí perigos de alta agressividade, de uma agressividade errática como a gente viu nas manifestações”, analisa.

Professor João Cezar de Castro Rocha – TV Brasil/Reprodução

Para o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) João Cezar de Castro Rocha, que tem acompanhado grupos bolsonaristas há anos, a desinformação promovida por grupos interessados no poder é um ponto central. “O encadeamento de fake news produz teorias conspiratórias das mais delirantes. E há muitas  pessoas ganhando dinheiro com a radicalização do discurso político, porque a radicalização é o que produz like.

O episódio do Caminhos da Reportagem  “8 de janeiro –  Democracia de pé  vai ao ar neste domingo (12), às 22h, na TV Brasil.

Fonte Agência Brasil – Read More

Projeto da Petrobras encontra mais de 30 mil animais mortos em praias

Mais de 30 mil animais foram encontrados machucados ou mortos no litoral brasileiro, no ano passado, segundo o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras no âmbito do licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nos últimos 12 meses, cerca de 98 espécies foram monitoradas pelo projeto.

Os estados com maior incidência de animais mortos ou debilitados encontrados pelo PMP foram Santa Catarina, Paraná, São Paulo e o Rio de Janeiro. Santa Catarina, por exemplo, registrou 10.915 animais nessa situação; em São Paulo, foram 6.282; no Rio de Janeiro, 5.100, enquanto no Paraná foram 3.375. A bióloga Denise Rosário, consultora em biodiversidade da Petrobras, que acompanha o projeto, informou que os animais saudáveis não são contabilizados na pesquisa. Cerca de 88% foram encontrados mortos.

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Reserva no Paraná tem 12 espécies de animais ameaçadas de extinção.Pesquisadores estudam aparecimento de 500 botos nas praias do Rio.Os animais debilitados são encaminhados para tratamento veterinário em um dos 24 centros de reabilitação ou unidades de estabilização mantidos pelo projeto, visando à reintrodução posterior no seu habitat natural. Cerca de 26% são reabilitados e reintroduzidos na natureza, após tratamento e estabilização do quadro clínico. O sucesso da reabilitação depende, em grande parte, do estado em que o animal é encontrado. Denise destacou que apesar do percentual relativamente baixo, o número de animais reabilitados é expressivo, porque retornam à natureza e contribuem para a manutenção de suas populações originais, inclusive de espécies ameaçadas de extinção.

Pinguim em reabilitação – PMP-BS/Agência Petrobras

Parceria

O projeto já reabilitou animais de 14 espécies ameaçadas de extinção. Muitos animais marinhos figuram nessa lista, como as aves pardela-de-trindade (Pterodroma arminjoniana), atobá-de-patas-vermelhas (Sula Sula) e albatroz-de-bico-amarelo-do-atlântico (Thalassarche chlororhynchos), as tartarugas marinhas e mamíferos como o boto-cinza (Sotalia guianensis) e algumas espécies de baleias. Para a atividade de reabilitação, a Petrobras trabalha em parceria com diversas organizações científicas de conservação da fauna marinha e também com as comunidades locais.

“Além do monitoramento regular das praias, feito pelas equipes do projeto, existem telefones para acionamento da comunidade, que são amplamente divulgados. E a colaboração da comunidade é muito importante porque as chances de recuperação aumentam se eles forem levados aos centros de atendimento veterinário logo após serem encontrados”, disse Denise. Nessas bases existem equipes multidisciplinares que se dedicam aos cuidados com os animais. Ela explicou que, muitas vezes, um animal é resgatado em uma região e transferido para soltura e tratamento em outra área ou até mesmo em outro estado, levando em conta as características ideais para soltura, de acordo com cada espécie.

Em alguns casos, o tratamento demora meses, porque os animais precisam reaprender a se alimentar, a se locomover ou aguardar um período do ano adequado para a soltura. Dependendo da espécie, como é o caso dos pinguins de Magalhães, eles precisam formar um grupo para irem juntos para o mar. Atualmente, o PMP se divide em quatro projetos que constituem o maior programa de monitoramento de praias do mundo. Eles incluem dez estados litorâneos, com mais 3 mil quilômetros de praias em regiões onde a Petrobras atua.

O projeto é aprimorado continuamente. Segundo informou Denise Rosário, este ano será implementado novo ciclo de execução dos projetos para inclusão das melhores práticas.

Conscientização

Os trabalhos abrangem também a conscientização da população local, com campanhas educativas para explicar que o número de óbitos é causado pelo lixo no mar e pela interação com a pesca e o que pode ser feito para reduzir esse impacto. Nos casos do Rio Grande do Norte e do Ceará, os peixes-bois que retornam à natureza recebem um número de identificação e um equipamento que permite localizá-los para acompanhamento de sua adaptação. Muitas vezes, porém, esse equipamento chama a atenção de pescadores que tentam retirá-lo, pensando que é nocivo para o animal. “Por isso, estamos realizando também um trabalho educativo com as comunidades da região, para explicar a funcionalidade e a importância desse rastreador, a fim de acompanhar a adaptação, saúde e o desenvolvimento do animal”,

Denise confirmou que, de acordo com os resultados do projeto, a pesca é um dos principais fatores de dano aos animais marinhos. “Mas não é o único. São muitos os casos de animais machucados com apetrechos de pesca, mas também por ingestão de lixo, como é o caso do Rio de Janeiro, e também por lesões sérias causadas por linhas de pipa”. No caso de encalhe de cetáceos, que são as baleias, golfinhos e botos, ela explicou que as necropsias dos animais mortos indicam interação humana, sendo a pesca o principal motivo de óbito, seguido por agressão, interação com resíduos sólidos e colisão com embarcações.

Os pesquisadores observam que, devido ao tamanho, os animais, muitas vezes, não conseguem se desvencilhar das redes que ficam presas, dificultando a locomoção e podendo levar ao afogamento e a outras lesões. De acordo com os dados, ocorreram 1.224 registros de mortes de cetáceos. Só em São Paulo 506 animais foram encontrados e em Santa Catarina, 281. Em relação à Toninha, cetáceo mais ameaçado no Brasil, foram 613 no último ano.

Mais afetados

As aves marinhas são as mais atingidas, representando 55,7% dos animais acompanhados pelo monitoramento. Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) formam a maioria. Foram 11.582 encontrados debilitados ou mortos, um número 70% maior em comparação aos anos anteriores: em 2021 foram registrados 6.758 pinguins e, em 2020, 5.609 animais. Não há uma explicação definitiva para o aumento.

Os pesquisadores acompanham os dados para entender a migração da espécie e as causas do alto número de indivíduos que chegam debilitados ao litoral brasileiro. Entre outras espécies de aves encontradas pelo levantamento, estão o bobo-pequeno (Puffinus puffinus), com 971 indivíduos; atobá-pardo (Sula leucogaster), 949 animais; e o gaivotão (Larus dominicanus), com 941.

As tartarugas marinhas também são recorrentes no estudo, muitas vezes encontradas machucadas por algum apetrecho de pesca ou debilitadas por ingestão de lixo. De acordo com os dados, em 2022, foram 12 mil animais, sendo 79% da espécie tartaruga-verde (Chelonia mydas), somando 9.568 indivíduos. O litoral sudeste é o local com maior incidência: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, com 3.074, 1.590 e 1.647 indivíduos, respectivamente. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo são áreas prioritárias para a reprodução de algumas espécies. No Brasil, há cinco espécies de tartarugas, quatro delas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro.

A população pode acionar as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto, pelos telefones:

PMP-BS Área SC/PR e Área SP – 0800 6423341

PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) – 0800 9995151

PMP-BC/ES (RJ) -0800 0262828

PMP-BC/ES (ES) – 0800 0395005

PMP-SEAL (Piaçabuçu/AL até Conde/BA) – 08000-793434 ou (79) 9 9683-1971

PMP-RNCE (RN) – (84) 98843 4621 e 99943 0058

PMP-RNCE (CE) – (85) 99800 0109 e 99188 2137 

Fonte Agência Brasil – Read More

Pequena vila na região do Paredão é rota de fuga de garimpeiros em RR

Com casas simples, ruas poeirentas, alguns poucos estabelecimentos comerciais e igrejas, e localizada a duas horas de carro de Boa Vista, Vila Reislândia é um dos principais pontos de parada dos garimpeiros que deixam os locais de mineração ilegal de ouro na região do rio Uraricoera, nas terras yanomami.

Depois de uma viagem de barco que pode durar alguns dias – ao custo de dois e cinco gramas de ouro – segundo relatos de garimpeiros, eles precisam desembarcar em um ponto chamado de “beira” e ainda encarar uma esburacada estrada de terra de quase 40 quilômetros a bordo de uma caminhonete, em um trajeto que custa R$ 250, para chegar à pequena vila.

Vila Reislândia (RR), 11/02/2012, Vila Reislândia, região também conhecida como Paredão, é passagem para quem vem das áreas de garimpo ilegal de ouro no rio Iraricoera. – Rovena Rosa/Agência Brasil

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Polícia Federal destrói maquinário de garimpeiros na TI Yanomami.Operação do governo destrói avião e trator do garimpo em área yanomami.Garimpo ameaça indígenas isolados em área Yanomami.A área onde fica Reislândia é mais conhecida como Paredão. Ali já funcionava como ponto de chegada e saída daqueles que buscavam o sonho de enriquecer na região do Uraricoera, rio que corta as terras yanomami e vai desaguar no Rio Branco, já na capital Boa Vista.

Rota de fuga

Mas, com a Operação Libertação, que reúne forças governamentais para acabar com a atividade garimpeira ilegal nas terras yanomami, o local virou uma efervescente rota de fuga. Ali, dezenas de motoristas de aplicativo fazem fila, próximo a um posto de gasolina, para ajudar a evacuar os garimpeiros da região.

Uma corrida até Boa Vista custa R$ 150 por pessoa em uma viagem coletiva. O clima entre os motoristas é de desconfiança em relação à imprensa e aos carros de polícia que eventualmente circulam por ali, mas também de competição entre eles. Quando uma caminhonete chega da “beira”, com um grupo de garimpeiros, os motoristas disputam a corrida.

Alguns esperam horas pela oportunidade de conseguir a “corrida”. Vários deles haviam pernoitado em Reislândia e, ao meio-dia deste sábado (11), ainda esperavam os primeiros clientes garimpeiros chegarem da “beira”.

De repente, uma caminhonete surge na estrada, vindo do rio, e entra em velocidade pela rua principal de Reislândia, mas não para no posto de gasolina onde os motoristas de aplicativo estão concentrados. Um deles, possivelmente de forma já previamente acertada, segue a caminhonete até uma casa de madeira.

Três garimpeiros

Ali, três garimpeiros descem da caminhonete com seus poucos pertences e acertam a corrida até Boa Vista. O paraense Marco Rogério Brandão, de 51 anos, é um deles.

Há dez anos trabalhando como garimpeiro, sendo os últimos sete meses nas terras yanomami, ele deixou o garimpo na última quinta-feira (9), mas, devido a problemas no barco, que quebrou o motor duas vezes, só conseguiu chegar dois dias depois na Vila Reislândia, pagando 3 gramas de ouro para o barqueiro (aproximadamente R$ 900 na cotação de hoje).

Brandão planeja se estabelecer agora em Itaituba, no Pará, outra cidade garimpeira, onde sua família tem uma propriedade rural. Mas ele diz que não quer mais saber de garimpo. Seu plano agora é ajudar o pai já idoso a cuidar da roça.

“Eu queria uma vida melhor pra família. Tenho uma filha aqui [no Brasil] e outra na Venezuela. Antes do garimpo, eu trabalhava com roça. Naquele negócio da pessoa querer ter uma vida melhor, entrei no garimpo. Eu sei que tem muitos que querem tirar proveito em cima da gente, que estão lá pra roubar, essas coisas. Eu, graças a Deus, não”.

O garimpeiro conta que os últimos dias foram tensos. Tinha medo de ser preso ou maltratado pelas forças policiais. “Decidi sair há mais ou menos uns cinco dias. A gente tinha televisão no barraco e via as notícias. E eu disse: “rapaz, vamos simbora”. Tem muita gente [lá dentro] que diz: “eu não vou [embora]”. Mas pra eles nós somos criminosos. E criminoso sabe como é tratado, né?”.

Uma de suas principais angústias foi não ter conseguido ganhar o que pretendia. “Tá certo que eu entrei sem nada, mas vou sair sem nada… Eu até queria ter o bastante pra eu trazer, porque eu saía de lá carregando nem que fosse a pé. Eu queria ter um quilo de ouro comigo. O pouquinho que eu ganhei, [vendi no próprio garimpo e] fizeram transferência por pix”.

Outro que está no grupo é um venezuelano que, por sua condição de imigrante, não quis se identificar. No Brasil há seis anos, ele diz trabalhar nas terras yanomami há mais de dois. “Vou voltar pra Venezuela. Porque pagar aluguel aqui, não dá”.

Ele conta que chegou a tentar se inserir no mercado de trabalho formal brasileiro, mas não conseguiu. A opção foi tentar a vida no garimpo. Mas, depois de ter que fugir das terras yanomami, assim como Brandão, não quer mais saber desse tipo de trabalho.

Já o maranhense Aldecir Ferreira da Silva, de 60 anos, que trabalha com garimpo há mais de 40 anos, demonstra insatisfação com as ações policiais para expulsar garimpeiros das terras indígenas. “O cara vem ganhar um dinheiro pra pagar o estudo do filho, pra comprar o que comer, e o que tá acontecendo aí? Nós ‘tava’ ali trabalhando e agora ‘tem que vim’ embora todo mundo… Isso é errado. Eu tava há sete meses aí. A ordem [dos policiais] é pra [gente] ser preso. Quem não fica preocupado em ser preso? Por isso eu vim embora. Todo mundo tá preocupado com a prisão”.

Os três aceitam conversar, mas não querem ser fotografados pela reportagem. Estão cansados e só pensam em sair dali. Fazem um almoço rápido numa pequena pensão e depois caem na estrada, inicialmente, rumo a Boa Vista, e depois para algum lugar, longe das terras yanomami.

Fonte Agência Brasil – Read More

Luisa Stefani é campeã das duplas femininas no WTA 500 de Abu Dhabi

A brasileira Luisa Stefani é campeã de duplas femininas do WTA 500 de Abu Dhabi. Na manhã deste domingo (12), jogando ao lado da chinesa Shuai Zhang, a paulistana superou na final a japonesa Shuko Aoyama e a taiwanesa Chan Hao-ching, por 2 sets a 1 (3/6, 6/2 e 10-8). 

Essa foi a 19ª vitória seguida da tenista, sendo que ela está invicta desde novembro de 2022. E representou a conquista do terceiro troféu na temporada e o quarto título seguido no circuito (o WTA 125 de Montevideu, com Ingrid Martins, em novembro, o WTA 500 de Adelaide, com Taylor Townsend, em janeiro, e duplas mistas do Australian Open, com Rafael Matos, em janeiro).

Antes do torneio nos Emirados Árabes, Luisa aparecia na 36ª colocação do ranking. Com os títulos, ela faturou 470 pontos e deve dar um salto de seis posições. O próximo torneio da atleta será o WTA de Doha, no Catar. A competição já começa nessa segunda-feira (13) e ela formará dupla com a cazaque Anna Danilina.

É CAMPEÃÃÃÃÃÃÃ! 🏆🎾

Luisa Stefani 🇧🇷 e Shuai Zhang 🇨🇳 são campeãs do WTA 500 de Abu Dhabi 🇦🇪!

Vitória de virada sobre Shuko Aoyama 🇯🇵 e Hao-Ching Chan 🇹🇼 por 2 a 1 (3/6, 6/2 e 10/8).

Mais um título pra conta! 👏🤩 pic.twitter.com/igPHziiOgv

— Time Brasil (@timebrasil) February 12, 2023

Fonte Agência Brasil – Read More

Autores indígenas são destaque em exposição temporária em SP

A ocupação dos indígenas no meio literário tem aumentado nos últimos anos e pode ser visitada pelo público no novo espaço de convivência do Instituto Moreira Salles (IMS), ligado à exposição “Xingu: contatos”, que continua até o dia 9 de abril, na sede do instituto, na Avenida Paulista.

Com um trabalho de 21 anos de implantação e manutenção de bibliotecas em comunidades tradicionais da Amazônia Legal, a Associação Vaga Lume colocou parte do acervo indígena criado nessas duas décadas à disposição do público na exposição. São 219 títulos, apresentados em três categorias. O Acervo infanto-juvenil, com 127 títulos; o Acervo bibliográfico e informativos, com 71 títulos; e o Acervo fotolivros, com 21 títulos.

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Mostra no Rio reforça legado dos povos indígenas.No aniversário de São Paulo, artistas mostram papel dos indígenas .As obras literárias são, na maioria, infantis e juvenis. Destacam-se os autores indígenas Daniel Munduruku, Cristino Wapichana, Yaguarê Yamã, Eliane Potiguara, Olívio Jekupé e Marcia Kambeba. Entre os nomes do acervo bibliográfico e fotolivros estão Julie Dorrico, Kaká Werá, Ailton Krenak e Edson Kayapó. Há também diversos autores e ilustradores indigenistas relevantes no meio como Mauricio Negro, Leonardo Boff, Bettty Mindlin e Claudia Andujar.

Ambiente de acolhimento

Parceria entre o IMS e a Vaga Lume, o espaço de convivência no 9º andar do IMS, conta com pufes e tapetes espalhados pelo chão, um ambiente de acolhimento para que adultos e crianças possam conhecer um pouco mais sobre as culturas dos povos originários.

Além da biblioteca, o local conta também com curtas-metragens projetados em uma tela e um mural composto por ilustrações e palavras em kuikuro (língua do grupo indígena que habita as aldeias Ipatse, Akuhugi e Lahatuá, no sul do Parque Indígena do Xingu – MT). Há mediadores disponíveis para conversar com o público e incentivar a fruição, leitura e interação, entre eles três indígenas – dois deles falantes de sua língua originária.

Exposição

Em cartaz desde novembro de 2022, a mostra revisita a trajetória de lutas e resistências do Xingu, primeiro grande território indígena demarcado no Brasil, em 1961. Exibida no 7º e no 8º andar do centro cultural, a exposição apresenta múltiplas narrativas e olhares em torno do território, tendo como destaque a produção audiovisual indígena contemporânea, que tem no Xingu um de seus principais pólos.

O conjunto inclui seis curtas-metragens, feitos especialmente para a exposição, de autoria de Divino Tserewahú, Kamatxi Ikpeng, Kamikia Kisêdjê, Kujãesage Kaiabi, Piratá Waurá e do Coletivo Kuikuro de Cinema.

A mostra traz ainda um trabalho inédito do artista Denilson Baniwa, fotografias produzidas pelos comunicadores indígenas da Rede Xingu +, e um mural, com grafismos alto-xinguanos, criado pelo artista Wally Amaru na empena de um prédio na rua da Consolação. Em diálogo, são exibidos imagens, reportagens e outros documentos produzidos no Xingu por não indígenas desde o final do Século 19.

Fonte Agência Brasil – Read More

Cartilha dá dicas sobre uso seguro de redes sociais

O Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) preparou uma cartilha com orientações para uso seguro das redes sociais. A publicação foi disponibilizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ao qual o centro está vinculado. Para acessá-la, clique aqui.

A publicação foi lançada em comemoração ao Dia da Internet Segura (7 de fevereiro), com o apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e da Safernet Brasil.

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Revogada nota que punia servidor por criticar governo em redes sociais.Denúncias de crimes com discurso de ódio na internet crescem em 2022.O fascículo Redes Sociais faz parte da Cartilha de Segurança para Internet do CERT.br, e está dividido em duas partes: Cuidados essenciais nas redes sociais e Cuidados com sua reputação online.

Segundo o NIC.br, a primeira parte é uma reflexão que deve ser adotada antes de se publicar um conteúdo e compartilhar de informações, apresentando algumas configurações de segurança e privacidade.

A segunda parte apresenta dicas para a proteção de um futuro profissional. Aborda questões sobre respeito à privacidade alheia e mostra exemplos de “conteúdo indevido que não deve ser ‘curtido’ ou compartilhado”.

“As redes sociais se tornaram mais do que um meio de interação e entretenimento. Ao se manifestarem nesses locais, os usuários deixam rastros digitais que ajudam a moldar sua reputação online. O que ela curte ou compartilha diz muito sobre a pessoa. Por isso, o fascículo fornece instruções sobre como evitar prejuízos e se proteger”, destaca a gerente do CERT.br, Cristine Hoepers.

Ela acrescenta que a publicação dá instruções sobre como proteger as contas em redes sociais, que são muito visadas por pessoas de má-fé. “Depois de invadi-las, eles se aproveitam da confiança entre os usuários e da velocidade com que as informações se propagam para disseminar malware [qualquer tipo de software de computador com intenção maliciosa] e aplicar golpes na rede de contatos da vítima”.

Veja algumas das orientações apresentadas no fascículo Redes Sociais da cartilha:

Pense bem antes de postar: Nas redes sociais, as informações se propagam rapidamente e, depois que algo é divulgado, dificilmente pode ser apagado ou controlado. Lembre-se: uma vez postado, sempre postado;
Seja seletivo ao aceitar seguidores: Quanto maior sua rede, maior a exposição de seus dados, postagens e lista de contatos. Isso aumenta o risco de abuso dessas informações. Configure sua conta como privada, quando possível, e verifique a identidade da pessoa antes de aceitá-la em sua rede;
Proteja o acesso à sua conta: Crie senhas fortes e ative a verificação em duas etapas; ative alertas e notificações de tentativas de acesso em suas contas, redobrando a atenção com contas que dão acesso a outras; se alguma conta sua foi invadida: troque a senha e siga os procedimentos para recuperação do acesso, se necessário;
Cuidado com aplicativos de terceiros: Apps de jogos, testes de personalidade e edição de imagens podem capturar suas informações pessoais, fotos, histórico de navegação e lista de contatos para usos diversos e abusivos. Pense bem antes de dar acessos e leia os termos de uso e privacidade;
Ajuste as configurações de segurança e privacidade das plataformas: Elas ajudam a definir quais informações são compartilhadas sobre você e como seus dados são tratados. Configure suas redes sociais de forma que se sinta confortável, procurando o equilíbrio entre exposição, segurança e privacidade;
Cuidado com o que curte ou compartilha: Suas interações sociais, como curtidas e compartilhamentos, dizem muito sobre você, pois demonstram seu apoio àquele conteúdo. Se o conteúdo for indevido, isso pode gerar consequências, inclusive judiciais;
Respeite a privacidade alheia: Evite falar sobre as ações, hábitos e rotina de outras pessoas; pense como elas se sentiriam se aquilo se tornasse público. Peça também autorização antes de postar imagens em que outros apareçam ou de compartilhar postagens alheias.

Fonte Agência Brasil – Read More