Quase 4 milhões de pessoas vivem em áreas de risco no Brasil 

O Brasil tem 3,9 milhões de pessoas que vivem em 13.297 áreas de risco. Dessas, quatro mil localidades são classificadas como de “risco muito alto”, de deslizamentos e inundações, por exemplo. Já o número de áreas classificadas como de “risco alto” é de 9.291. Os dados podem ser visualizados no painel do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia. 

Os estados mais impactados são Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Um dos motivos é o fator geológico de relevo, explicou o coordenador executivo do Programa de Cartografia de Áreas de Risco Geológico, Julio Lana, geólogo pesquisador do Serviço Geológico (SGB). 

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Metade das cidades brasileiras não mapeia áreas de risco de inundação.Município de São Paulo tem 485 áreas de risco para deslizamentos.“Esses estados têm grande parte do relevo caracterizado por áreas bastante montanhosas, os municípios estão parcialmente assentados sobre terrenos inclinados, morros e regiões serranas e naturalmente são áreas sujeitas a processos de instabilização de encostas – os deslizamentos. Além disso, são estados que têm [áreas] hidrográficas consideráveis, com rios bastante importantes e grandes terrenos ocupados nas margens desses rios, o que sujeita a população a sofrer com os eventos de inundação”, disse Lana.

Acrescentou que outro fator é que o mapeamento feito pelo SGB envolve mais municípios nesses quatro estados impactados.

“Esse trabalho contemplou cerca de 1.600 municípios no Brasil. Não são todos os municípios brasileiros que foram contemplados. E, dentre os estados que têm maior número de cidades mapeadas, estão justamente Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. É interessante destacar que eles têm o maior número de áreas de risco e consequente população nessas áreas justamente porque têm o maior total de cidades mapeadas em comparação com outros estados”, salientou. 

Prevenção de desastres

O Serviço Geológico do Brasil disponibiliza o mapa online para prevenção de desastres. O mapa apresenta a localização e algumas características de área propensas a serem afetadas por eventos adversos de natureza geológica, como deslizamentos, inundações, enxurradas, fluxo de detritos, quedas de blocos de rochas e erosões. 

O mapeamento é feito para caracterizar as áreas sujeitas a perdas ou danos decorrentes da ação de eventos de natureza geológica, destacou o coordenador. “Quando esse mapeamento é finalizado ele é enviado para a Defesa Civil e outras instituições do poder público, responsáveis por tomar medidas de prevenção, como, por exemplo, realizar as ações de monitoria, alerta, desenvolver políticas públicas para promover o ordenamento territorial, ou seja, para evitar que novas áreas de risco surjam nesses municípios. São as principais medidas de prevenção que esperamos que sejam tomadas em decorrência do mapeamento”, afirmou Lana. 

O mapa não contempla a totalidade das cidades  brasileiras, e, sim, as 1.600 cartografadas até o momento. Assim, podem existir áreas sujeitas a desastres em localidades ainda não mapeadas pelo Serviço Geológico.

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Einstein desenvolve plataforma que permite fiscalizar recursos do SUS

Uma nova plataforma de análise de dados está sendo desenvolvida pelo Hospital Israelita Albert Einstein para auxiliar o Ministério da Saúde na avaliação e fiscalização do funcionamento de unidades públicas de saúde e do uso dos recursos federais repassados. O projeto se baseia no cruzamento de informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e outras fontes pertinentes. A expectativa é que, com o uso da ferramenta, também seja possível atualizar e elaborar políticas públicas relacionadas ao tema, além de fazer comparações entre estados e municípios.

A Plataforma de Auditoria e Monitoramento de Dados em Saúde (Pamdas) será executada no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e vai abranger detalhes de tratamentos complexos, do ponto de vista de infraestrutura e de gestão hospitalar. Além disso, profissionais da Auditoria-Geral do Sistema Único de Saúde (AudSUS) serão capacitados em inteligência artificial para o manejo da ferramenta.

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Governo prepara plano emergencial para realizar exames e cirurgias.SP: 1,6% da população sofreu estresse pós-traumático, mostra estudo.Saúde abre consultas públicas para incorporação de tecnologias ao SUS.A iniciativa visa garantir agilidade à rotina dos auditores, sistematizando e informatizando processos já realizados, o que permite identificar e solucionar problemas de estrutura e alocação de recursos em larga escala. O que se espera da ferramenta é que o cruzamento dos dados forneça alertas de possíveis inconformidades que serão investigados por auditores. O projeto deve ser concluído até o final de 2023, quando será realizado um relatório das principais análises do triênio de 2021-2023.

Segundo a consultora de análises do Einstein, Caroline Bianca Carvalho Candido, a proposta da plataforma é a de que haja agilidade no processo de auditoria, pois a ferramenta envolve a automação de diversos roteiros e indicadores gerando maior escalabilidade e apontando as possibilidades de análise e auditoria de forma mais ágil, dando aos auditores mais visibilidade de maneira mais rápida e proativa.

“O objetivo da plataforma é validar se o serviço está sendo executado, conforme diretrizes de saúde e gerar ações que garantam a correta execução dos procedimentos e consequentemente resultar em um melhor atendimento para a população. Outro fator relevante é que, gerando indicadores sobre a correição da aplicação dos recursos do SUS, garante-se a melhor distribuição do recurso que está sendo empregado no lugar e de forma correta”, disse a analista.

Sobre o Proadi-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde.

Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês.

Os recursos do programa advêm da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do Proadi-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.

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Governo federal anuncia troca no Comando do Exército

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, anunciou na noite deste sábado a troca do Comando do Exército. O general Tomás Miguel Ribeiro Paiva assume o comando no lugar do general Júlio César de Arruda, designado em dezembro, durante o governo de transição.

“As relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura num nível de confiança e achávamos que precisávamos estancar isso logo de início para superar esse episódio. Queria apresentar o substituto, general Tomás, que a partir de hoje é o novo comandante”, afirmou José Múcio Monteiro. “Hoje, nós estamos investindo mais uma vez na aproximação das nossas Forças Armadas com o governo do presidente Lula.”

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Múcio descarta envolvimento de Forças Armadas em atos golpistas.Governador afastado do DF entregará celular à PF na segunda-feira.Lula determina socorro urgente e humanitário aos Yanomami.O comunicado de troca de comando foi feito depois de uma reunião que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, do novo comandante do Exército e do ministro da Casa Civil, Rui Pimenta. Em seguida, Lula postou no Twitter uma foto com o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva e desejou “um bom trabalho ao general”.

Hoje, junto com o ministro da Defesa, José Múcio, conversei com o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, o novo comandante do Exército. Desejo um bom trabalho ao general.

📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/1Ixf3ZVYyb

— Lula (@LulaOficial) January 21, 2023

O novo comandante do Exército estava à frente do Comando Militar do Sudeste. Desde 1975 na carreira militar, ele já comandou tropas na missão do Haiti e na pacificação do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, além de ter sido assessor militar do Brasil junto ao Exército do Equador.

Em um evento no dia 18 de janeiro, que reuniu militares que serviram no Haiti, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva defendeu que o resultado das eleições deve ser respeitado.

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Dino determina inquérito para apurar genocídio em território Yanomami

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai determinar abertura de inquérito policial para apurar o crime de genocídio e crimes ambientais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Dino integrou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve hoje (21) em Boa Vista e viu de perto a crise sanitária que atinge os indígenas, vítimas de desnutrição e outras doenças.

A partir de segunda-feira (23), a Polícia Federal estará à frente das investigações para apurar as responsabilidades pela situação dos indígenas. Para Dino, “há fortes indícios de crime de genocídio” diante dos “sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”.

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Lula determina socorro urgente e humanitário aos Yanomami.Ministério da Saúde declara emergência em saúde em território yanomami.A terra indígena Yanomami é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros. A contaminação da terra e da água pelo mercúrio utilizado no garimpo impacta na disponibilidade de alimento nas comunidades.

A situação de contaminação e fome já levou à morte 570 crianças nos últimos anos, sendo que 505 tinham menos de 1 ano. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária na região do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. As faixas etárias mais afetadas estão entre os maiores de 50 anos, seguidas pelas faixas de 18 a 49 anos e de 5 a 11 anos.

Em entrevista à imprensa, Lula se comprometeu a combater as ilegalidades nas terras indígenas e criticou o governo anterior pela desatenção aos povos da região.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara também cobrou responsabilização. “Nós viemos aqui nessa comitiva para constatar essa situação e também tomar todas as medidas cabíveis para a gente resolver esse problema. Precisamos responsabilizar a gestão anterior por ter permitido que essa situação se agravasse ao ponto de chegar aqui e a gente encontrar adultos com peso de criança e crianças numa situação de pele e osso”, disse em entrevista à imprensa.

Além de Dino e Guajajara, integraram a comitiva os ministros da Saúde, Nisia Trindade; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macêdo; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, além da primeira-dama Janja Silva, entre outras autoridades.

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Tarifas de ônibus de regiões metropolitanas de São Paulo têm aumento

Tarifas de ônibus intermunicipais que passam por rodovias e que são gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) estão custando mais caro a partir de hoje (21).

Segundo a EMTU, os reajustes atingem ônibus que circulam na Grande São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba. O aumento varia entre R$ 0,05 e R$ 0,30 e foi provocado pelo reajuste nos pedágios. A EMTU esclareceu que o reajuste só acontece nos ônibus dessas quatro regiões metropolitanas e que passam por pedágios.

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Bom Retiro, em São Paulo, celebra ano novo lunar coreano.Só na região metropolitana de São Paulo, o aumento vai afetar 29 linhas de ônibus dos Consórcios Anhanguera e Unileste. Na região metropolitana de Campinas, 27 linhas do Consórcio Bus+ foram afetadas. Na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, o aumento foi provocado em seis linhas da empresa Pássaro Marrom. E na região metropolitana de Sorocaba, 13 linhas do Expresso Amarelinho, Rápido Luxo e VB sofreram reajuste.

Os novos valores das tarifas das linhas com reajuste na parcela do pedágio estão disponíveis no site da EMTU/SP.

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Valor bloqueado de financiadores golpistas sobe para R$ 18,5 milhões

A Justiça Federal autorizou hoje (21) novos bloqueios de bens de suspeitos de financiar os atos golpistas que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. O valor que era de R$ 6,5 milhões subiu para R$ 18,5 milhões.

Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a quantia deverá ser utilizada para ressarcir os cofres públicos pelos prejuízos aos edifícios, no caso de condenação definitiva dos envolvidos.

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Justiça mantém prisão de 942 investigados por atos golpistas.Com base em relatórios preliminares de danos do Senado Federal e da Câmara Federal, a AGU já havia obtido o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas. Após o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal apresentarem estimativas dos prejuízos causados pela depredação, o órgão fez novo pedido, na quinta-feira (19).

Os danos ao prédio do Palácio do Planalto estão estimados em R$ 7,9 milhões e do Supremo Tribunal Federal em R$ 5,9 milhões. A quantia também engloba o valor atualizado dos prejuízos estimados pela Câmara dos Deputados, que informou danos de R$ 1,1 milhão, sem levar em consideração a restauração das obras de arte danificadas e a destruição e subtração de presentes de chefes de Estado, cujo valor é inestimável.

“Tendo em vista os novos levantamentos efetuados pela Câmara dos Deputados (reduzindo a estimativa inicial), pela Presidência da República e pelo Supremo Tribunal Federal, esses dois últimos até então inéditos, dada a compreensível indeterminação dos prejuízos sofridos, ainda em apuração, impõe-se o seu deferimento [do pedido de bloqueio]”, escreveu na decisão o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, 8ª Vara Federal de Brasília.

No despacho, o juiz determina ainda a retirada de três pessoas na lista de suspeitos por não terem relação com o financiamento e fretamento de pessoas aos ataques. São elas: Terezinha de Fátima Issa da Silva, Willian Bonfim Norte e Adriane de Cassia Shcmatz Hagann.

Por outro lado, foi incluída no inquérito Sheila Ferrarini, mulher identificada como financiadora de transporte para os vândalos.

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Dia de Combate à Intolerância Religiosa é marcado por procissão no Rio

A 2ª Procissão do Zé Pelintra, que começou a caminhada nos Arcos da Lapa e seguiu pelas ruas até a Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, reuniu hoje (21) devotos de uma das mais populares entidades das religiões de matriz africanas e que enfrentam discriminação por causa da fé. No fim da procissão, houve um ato ecumênico contra a intolerância religiosa.

O Santuário do Zé Pelintra, que organizou a procissão, contou com o apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap).

2º Procissão do Zé Pelintra saindo do santuário nos Arcos da Lapa e finalizando na Cinelândia, no centro da cidade, com um ato contra a intolerância religiosa. – Tânia Rêgo/Agência Brasil

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No Rio, atividades na Cinelândia marcam o Dia Mundial da Religião.Zé Pelintra, que é uma das mais conhecidas entidades das religiões de matriz africana, especialmente a Umbanda, surgiu no Nordeste, mas foi no Rio de Janeiro que se popularizou. Seu Zé, como é chamado por alguns devotos, representa a figura de um homem boêmio, malandro, sambista, vestido com um terno branco, gravata vermelha, chapéu panamá e sapato de bico fino.

“Hoje estamos unidos pela fé para dar uma resposta social àqueles que querem banir qualquer coisa que seja pautada em cima do amor de cada um sobre a sua fé. Agradeço muito e que Zé Pelintra e meu pai Oxalá deem sempre boas metas à vida de vocês, saúde, prosperidade e muita união”, disse o presidente institucional do Santuário de Zé Pelintra, na Lapa, no centro do Rio, Diego Gomes.

O babalawo (pai de santo) e professor e doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC/UFRJ), Ivanir dos Santos, lembrou que o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído no Brasil, pela Lei Federal nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, depois da morte da Iyalorixá baiana e fundadora do Ilê Asé Abassá, Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda. Ela teve a casa e o terreiro invadidos por um grupo de outra religião. Após perseguições e agressões verbais, Mãe Gilda morreu de infarto fulminante.

“Se tornou um dia nacional de combate. O importante para nós é a diversidade. Não existe democracia com intolerância religiosa. Não existe democracia com misoginia, com racismo, com homofobia. Democracia só existe com estado laico e diversidade”, disse.

O presidente da Fundação Palmares, João Jorge, disse que todo o esforço para a liberdade religiosa é algo civilizatório e deve fazer parte do Brasil moderno.

“É um passo avante, vivemos um período de ódio e ódio inclusive religioso, temos que ser agora, família, nação, cultura e religião”, afirmou, acrescentando que a função da Fundação Palmares é defender, dar mais publicidade e apoiar nacionalmente os valores contra a intolerância. “É preciso que os brasileiros compreendam a dimensão da liberdade religiosa de cada pessoa”.

Compromisso de governo

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), é compromisso do governo “reiterar o respeito a todas as expressões de fé e fazer valer a laicidade do Estado brasileiro”. Segundo a pasta, dados do Disque 100 indicam, que nos últimos dois anos, houve uma elevação de 45% nos atos de intolerância religiosa. “Neste sentido, a nova gestão do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) reitera o compromisso em respeitar as diversas manifestações religiosas ou mesmo a ausência de crença”, assegurou.

Denúncias

Quem quiser relatar casos de intolerância religiosa pode acessar a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), que é o setor do ministério para receber as denúncias da sociedade contra todo tipo de violência e abriga o Disque 100. “Quando observados os números mais recentes do serviço de atendimento, constam apenas 113 registros de violações motivadas por intolerância religiosa. Os números se referem a todo o ano de 2022, o que indica tendência de subnotificação”, alertou.

*Colaborou a repórter do radiojornalismo, Tatiana Alves

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Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília

Discutir os desafios da comunidade LGBTQIA+. Este foi o objetivo do 1º Encontro de LGBT+eleites, que aconteceu nos dias 20 e 21 de janeiro em Brasília. O evento reuniu parlamentares eleites para a Câmara dos Deputados e também para as Assembleias Legislativas dos Estados. O encontro acontece na semana que antecede o 29 de janeiro, dia Nacional de Visibilidade Trans.

A deputada federal Duda Salabert, eleita pelo PDT de Minas Gerais é uma das duas parlamentares transexuais eleites que vai atuar no Congresso Nacional e que estava no evento. A professora de literatura foi a vereadora mais votada em Belo Horizonte, nas eleições de 2020, e agora assume um desafio ainda maior: levar as pautas defendidas pela comunidade para a Câmara. “Independente da ideologia, ninguém concorda em morar num país extremamente violento para um grupo social. Em Belo Horizonte, por exemplo, 91% das travestis e transexuais não concluíram o Ensino Médio. Isso mostra que nós temos que repensar também o projeto educacional e de segurança pública e de empregabilidade pra de fato construir cidadanias no país. É essa expectativa que eu quero ter no Congresso, de mesmo tendo divergências ideológicas, nós temos pontos em comuns que é construir cidadanias no país.”, afirma Duda.

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Dia de Combate à Intolerância Religiosa é marcado por procissão no Rio.A outra deputada federal transexual eleita é Érica Hilton, pelo PSOL de São Paulo. Em 2020 ela, assim como Duda Salabert, foi eleita vereadora de São Paulo, com mais de cinquenta mil votos. Tornou-se a primeira travesti da Câmara Municipal e a vereadora mais votada do Brasil. Para Érica, atuar em um Congresso Nacional conservador vai ser desafiador. “Eu acho que nós teremos um Congresso duro, difícil, mas que nos permitirá provocar a sociedade e trabalhar, junto com o governo eleito, para que a gente avance em pautas de dignidade, de direito, de cidadania. Que não são pautas de identidade, não são pautas de ideologia. São pautas que devem ser tratadas como aquele que é o papel do Congresso Nacional: levar dignidade para o povo brasileiro.”

Além de duas deputadas federais transexuais, o Brasil elegeu pela primeira vez um deputade estadual intersexo. Carolina Iara, do PSOL de São Paulo, é a primeira parlamentar intersexo da América Latina. Durante os debates do evento que reuniu parlamentares eleites, ela ressaltou: “Nós queremos que essas pessoas (LGBTQIA+) sejam instrumentalizadas para fazer as decisões políticas desses partidos”.

A violência contra a comunidade LGBTQIA+ é uma das principais preocupações discutidas durante o evento. Apesar de a transfobia ser crime no Brasil desde 2019, ao país ainda é, pelo décimo quarto ano consecutivo, o que mais mata pessoas transexuais e travestis em todo o mundo. A expectativa de vida de transexuais no país é de apenas 35 anos – menos da metade da média geral, de 77 anos.

A deputada estadual Dani Balbi, eleita pelo PCdoB do Rio Janeiro foi a primeira transexual doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela conta que viu de perto inúmeros casos de violência contra a comunidade.  “A gente tem muitos desafios para que a população trans e travesti efetive de fato a sua cidadania e que possam, a partir disso, superar esse ciclo de violências. E o poder público é fundamental, respondendo e construindo política pública pra que nós possamos ter um lugar dentro da sociedade.”

Durante o evento, a Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, primeira trans a ocupar um cargo na esfera federal, afirmou que reestruturar as políticas públicas voltadas à proteção dessas pessoas, é urgente. “O principal desafio é instituir as normativas. Para isso a gente vai construir também um processo de participação social, com os movimentos sociais, com as pessoas que vem elaborando nesse campo, estudando sobre esses assuntos. Já há muito acúmulo de pesquisas e de documentos, que a gente vai se basear para a gente entregar, ainda este ano as normativas que vão fazer com que a gente enfrente essa violência cotidiana.”

Em 2022, o Brasil teve 79 candidates transexuais e travestis que disputavam vagas nas Assembleias Estaduais e na Câmara Federal. Quatro foram eleitas – duas para o Congresso Nacional e duas se tornaram deputadas estaduais. Além da eleição de deputade estadual intersexo.

*A pedido dos parlamentares eleites, a repórter utilizou o gênero neutro nas construções

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Covid-19 causou mais mortes em gestantes e puérperas, revela estudo

A pandemia de covid-19 provocou mais mortes em gestantes e puérperas do que na população em geral, revela o Estudo do Observatório Covid-19 Fiocruz. O levantamento, publicado na revista cientifica BMC Pregnancy and Childbirth, estimou o elevado número de mortes maternas causadas direta e indiretamente pela covid-19 no Brasil no ano de 2020.

Segundo o estudo, em 2020, houve um excesso de óbitos maternos de 40%, quando comparado aos anos anteriores. Mesmo considerando a expectativa de aumento das mortes em geral em decorrência da pandemia de covid-19, ainda assim, houve um excesso de 14%.

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Ministério recebe 7,7 milhões de doses de Pfizer entre hoje e amanhã .Saúde recebe 50 mil doses de antiviral para tratamento contra covid.As chances de uma moradora da zona rural morrer foi 61% maior; mulheres negras tiveram 44% mais chances de falecer e aquelas internadas fora do município de residência, 28% mais do que o grupo controle. Ao longo de 2020, o país registrou 549 mortes maternas por covid-19, principalmente em gestantes no segundo e terceiro trimestre.

A pesquisa identificou que as chances de hospitalização de gestantes com diagnóstico de covid-19 foram 337% maiores. Para as internações em UTI (unidades de terapia intensiva], as chances foram 73% maiores e o uso de suporte ventilatório invasivo 64% maior que os pacientes em geral com covid-19 que morreram em 2020.

O estudo usou dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) para óbitos por covid-19 nos anos de 2020 e 2021, e comparou com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade no ano de 2020 (quando já havia pandemia) e nos cinco anos anteriores, para estimar o número esperado de mortes maternas no país.

Na avaliação do pesquisador Raphael Guimarães, o atraso na imunização contra o vírus pode ter provocado o aumento de mortes entre mulheres grávidas. Para ele, o estudo mostrou que a morte materna é marcada pelas iniquidades sociais, que têm relação estreita com a oferta de serviços de qualidade.

“A rede de serviços parece ter sido mais protetiva às gestantes e puérperas, garantindo internações mais imediatas e direcionamento para terapias intensiva e invasiva. Contudo, o atraso do início da vacinação entre as grávidas e puérperas pode ter sido decisiva na maior penalização destas mulheres. Destacamos ainda que o excesso de óbitos teve a covid-19 não apenas como causa direta, mas aumentou o número de mortes de mulheres que não conseguem acesso ao pré-natal e condições adequadas de realização do seu parto no país”, disse o principal investigador do estudo.

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Decreto regulamenta gratuidade no transporte público para idosos em SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, publicou hoje (21), no Diário Oficial, decreto que regulamenta a gratuidade no transporte público coletivo do estado para pessoas com idade entre 60 e 65 anos.

Com a publicação do decreto, as pessoas dessa faixa etária poderão voltar a usufruir da gratuidade no metrô, nos trens, no VLT (veículo leve sobre trilhos) e nos ônibus intermunicipais. No entanto, as empresas de transporte público terão ainda prazo de 15 dias para instalar o sistema que vai permitir que os idosos usem o benefício por meio de um bilhete eletrônico de uso pessoal e intransferível.

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Ministro dos Transportes aposta em ampliação da malha ferroviária. Transporte público gratuito para idosos volta a valer em São Paulo.Segundo o governo de São Paulo, no sistema metroferroviário, o benefício será garantido por meio do cartão TOP ou do Bilhete Único. Além dos trens e do metrô, o cartão TOP também poderá ser usado no sistema de ônibus intermunicipais da região metropolitana de São Paulo. No VLT da Baixada Santista e nos demais serviços gerenciados pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) nas regiões metropolitanas de Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Litoral Norte e Sorocaba, o benefício será oferecido por cartões de bilhetagem eletrônica emitidos pelas concessionárias ou permissionárias de cada região.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos oferecerá mais informações sobre tais bilhetes na próxima semana.

O passageiro que já tem o cartão TOP não precisará solicitar outro, informou o governo, terá apenas que encostá-lo em um validador (abelhinhas) nas estações do metrô, CPTM, ViaQuatro, ViaMobilidade e em terminais e ônibus intermunicipais da EMTU para habilitar o benefício.

Quem ainda não tem o cartão, poderá solicitá-lo por meio do aplicativo TOP ou por agendamento em um dos estabelecimentos parceiros. No App, é necessário seguir o passo a passo, inserir os dados e marcar a retirada do cartão. Quem preferir agendar o pedido nos locais credenciados deve levar comprovante de residência e CPF ou RG físico no dia e horário marcados. São mais de 80 locais credenciados e distribuídos em toda região metropolitana de São Paulo.

A gratuidade para idosos entre 60 e 65 anos era garantida até janeiro de 2020, momento em que a prefeitura e o governo de São Paulo decidiram retirar o benefício. Mas, em novembro do ano passado, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei garantindo a gratuidade do transporte para essas pessoas. A lei foi sancionada depois pelo então governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.

Prefeitura

A prefeitura de São Paulo também informou que as pessoas com idade entre 60 e 65 anos voltarão a ter gratuidade nos ônibus que circulam na capital paulista. Para garantir o benefício, será preciso apresentar o Bilhete Único, que terá que ser recarregado mensalmente. O benefício começa a valer em 1º de fevereiro.

Para ter acesso à gratuidade, o passageiro deverá levar o cartão do bilhete único comum e aproximá-lo de um dos equipamentos de recarga dos terminais, estações ou nos ônibus. O procedimento de recarga tem que ser feito todo mês. Para saber se o cartão está ativo, basta digitar o CPF no site do cartão. Quem ainda não tem, pode fazer a solicitação no site do Bilhete Único 

A prefeitura alerta que o Bilhete Único é de uso pessoal e que, se for usado por outros, o benefício será suspenso.

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