Brasileiros em Gaza recebem ajuda do governo para água e alimentos

Os brasileiros que aguardam a abertura da fronteira com o Egito no sul Faixa de Gaza receberam nesta terça-feira (17) ajuda da embaixada do Brasil para compra de água, alimentos e demais itens de primeira necessidade. Enquanto o grupo fazia as compras, uma bomba caiu próximo ao mercado.  

Parte dos brasileiros está abrigada em uma residência alugada pela embaixada brasileira na cidade de Rafah, próximo à fronteira com o Egito.  

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Governo envia voo para resgate de brasileiros e entrega de insumos.Brasileiros deixam Gaza e vão para Rafah, na fronteira com o Egito.“Queria agradecer muito o povo brasileiro. Todos que estão nos acompanhando pelas redes, pelo jornal, pelas notícias, pela internet, obrigada a todos por estar conosco, também à embaixada brasileira”, afirmou Shahed  Al-Banna, de 18 anos. A brasileira está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, desde que foi visitar a mãe que estava doente.  

Shahed filmou quando um explosivo caiu próximo ao supermercado: “gente, bem do lado de onde a gente está caiu uma bomba bem aqui”, relatou, enquanto filmava a fumaça do ataque.

Já o palestino naturalizado brasileiro Hasan Habee, de 30 anos, informou que o pessoal da embaixada brasileira entregou alimentos e água na residência onde ele está hospedado, na cidade de Khan Yunis.

“Muito tempo a gente estava sem água para beber. Obrigado governo do Brasil, embaixador do Brasil, equipe da embaixada que conseguiu mandar pra nós a alimentação, bebida, bastante água, dá para bastantes dias. A gente estava louco para beber água boa”, relatou.  

Hasan Habee vive em São Paulo com a mulher e as duas filhas menores e foi a Gaza poucos dias antes do início dos ataques para visitar a família. Desde então, tenta deixar a região. Nessa terça-feira (17), Habee informou que os bombardeios na cidade continuam intensos

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o escritório de representação do Brasil em Ramala, na Palestina, tem mantido contato direto com os brasileiros, fornecendo, inclusive, ajuda psicológica. O embaixador do Brasil no local, Alessandro Candeas, disse que eles foram avisados de que estava começando a faltar água e alimentos.

“Enviamos recursos e eles conseguiram comprar água, alimentos, remédios. Isso nos dá mais tempo e tranquilidade até que seja aberta a fronteira e eles possam sair”, completou

Falta de água

A população da Faixa de Gaza vive um cerco de Israel e sofre com a falta de água, eletricidade e alimentos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de água coloca em risco a saúde da população.

Segundo o 7º boletim publicado pela Agência da ONU de Assistência para os Refugiados da Palestina (UNRWA), a água é fundamental “pois as pessoas começarão a morrer sem água. As preocupações com a desidratação e as doenças transmitidas pela água são elevadas, dado o colapso dos serviços de água e saneamento, incluindo o encerramento hoje da última central de dessalinização de água do mar em funcionamento em Gaza”.

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Relatora pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 golpistas

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do 8 de janeiro de 2023, Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou nesta terça-feira (17), em Brasília, os nomes dos primeiros indicados para serem indiciados pela tentativa de golpe de estado ocorrida quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.

Entre eles, estão o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro; os generais Wálter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado; o ex-comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques.

Crimes

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Sociedade Civil entrega recomendações para CPMI do dia 8 de janeiro.Relatório final da CPMI dos atos golpistas será apresentado amanhã.A maior parte destes e de outros indicados para indiciamento, caso o relatório seja aprovado pela comissão, é acusada dos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado.

O relatório pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de associação criminosa; tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos.

Fazem também da lista apresentada pela relatora a deputada federal Carla Zambrelli (PL-SP); o coronel Marcelo Costa Câmara e o sargento Luis Marcos dos Reis, que integravam a equipe do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

Eliziane Gama incluiu, também, o nome de diversos outros militares, policiais rodoviários federais e integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de diversos suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe de Estado, durante os atos do 8 de janeiro.

A relatora argumentou que o nome de Bolsonaro foi citado por pessoas próximas a ele e que os golpes modernos não usam soldados, cabo ou tanques, mas ocorrem por “disseminação de mentiras e propagação de ódio”, especialmente em ambiente digital, usando, inclusive, símbolos nacionais.

Golpe

“A bandeira nacional foi usada como insígnias e símbolos nacionais uniformizaram os que se diziam patriotas”, disse a relatora ao afirmar que tentativas de golpe se instrumentalizam por meio da formação de “forças paramililitares que preparam, arregimentam e armam forças milicianas”, de forma a fazer com que o golpe não pareça golpe. “Por isso atacaram tanto as instituições democráticas”, acrescentou.

Sobre a participação de Bolsonaro na tentativa de golpe, Eliziane Gama disse que, desde o primeiro dia de governo, o ex-presidente “atentou contra as instituições democráticas”, mas que, antes mesmo de ser eleito, “alimentou a violência dos brasileiros contra qualquer um que discordasse minimamente dos ideais bolsonaristas”.

“Bolsonaro proferiu, ao longo da carreira, discursos no qual dizia que, pelo voto, nada se mudaria no país, e que seria necessário uma guerra civil com pelo menos 30 mil mortes no país. Além disso, questionou a urna eletrônica, dizendo que ela seria sujeita a fraude, sem apresentar qualquer embasamento fático ou concreto”, complementou.

A lista dos citados inclui, ainda, George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza – todos condenados por envolvimento na tentativa de explodir um caminhão de combustíveis nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.

Entre os 61 indicados pelo relatório estão também os integrantes do chamado gabinete do ódio – Tércio Arnaud, que foi assessor especial de Bolsonaro; Fernando Nascimento Pessoa e José Matheus Sales Gomes.

A íntegra do relatório já foi disponibilizada no site do Senado Federal.

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Réveillon no Rio terá 12 minutos de fogos em Copacabana e 12 palcos

A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou nessa segunda-feira (16) detalhes das festas planejadas para a virada de ano. Na praia de Copacabana, o espetáculo de fogos de artifício vai durar 12 minutos e ocorrerá, pela primeira vez, ao som de uma orquestra sinfônica ao vivo. Além disso, haverá 12 palcos com shows gratuitos espalhados em dez endereços da cidade, sendo dois deles inéditos: a Praça Mauá, na zona portuária, e Bangu, bairro da região oeste.

A festa em Copacabana, que tradicionalmente reúne o maior público, terá três palcos. O espetáculo de fogos se dará a partir de dez balsas espalhadas pela orla. A orquestra sinfônica que acompanhará o show pirotécnico se apresentará no palco localizado em frente ao Hotel Copacabana Palace.

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União de agremiações defende parque industrial do carnaval.No Rio, carnavalescos debatem crescimento do carnaval de rua no país.O réveillon 2024 terá ainda explosões de fogos de artifício na Praia do Flamengo, onde o público será presenteado com um show de luzes. A Igreja da Penha é outro local que terá espetáculo pirotécnico.

Haverá shows em palcos situados em Copacabana, na Praça Mauá, em Bangu, na Praia do Flamengo, em Sepetiba, na Praia da Bica, na Praia da Moreninha, no Piscinão de Ramos, no Conjunto Habitacional IAPI da Penha e no Parque Madureira. A prefeitura promete abrir espaço para os mais variados ritmos: pagode, samba, rock, funk, entre outros.

Carnaval

Além de apresentar os detalhes da festa de virada do ano, a prefeitura do Rio divulgou as empresas vencedoras do Caderno de Encargos para o Réveillon 2024 e para a organização dos desfiles dos blocos de rua nos próximos três anos. De acordo com o município, também foi firmada parceria com o governo estadual, visando a um trabalho intensivo no apoio ao réveillon e ao carnaval.

A SRCOM, agência de espetáculos, estará à frente da organização da festa de virada de ano. Já o carnaval de rua será operacionalizado junto à Dream Factory pelas próximas três edições, até 2026. Caberá e ela garantir que os mais de 400 desfiles tenham estrutura adequada, incluindo banheiros químicos, postos médicos, ambulâncias, coleta seletiva, tráfego, sinalização e informação turística sobre a cidade. Em ambos os casos, os cadernos de encargos delimitam as atribuições das empresas e dos órgãos públicos.

A prefeitura anunciou ainda mudanças no modelo de gestão dos desfiles das escolas de samba. Entre as novidades está a venda da totalidade dos ingressos pela internet. Os bilhetes digitais poderão ser baixados por meio do aplicativo Rio Carnaval. A prefeitura também anunciou que, além dos tradicionais desfiles e dos blocos de rua, o carnaval contará com outras atrações como apresentações no Terreirão do Samba e bailes em diferentes pontos da cidade.

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TSE retoma julgamento de Bolsonaro por abuso de poder nas eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (17) o julgamento de três ações nas quais o ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de abuso de poder político durante a campanha eleitoral de 2022.

A análise do caso começou na semana passada, mas foi interrompida após a manifestação da defesa de Bolsonaro e do Ministério Público Eleitoral (MPE), que defendeu o arquivamento das ações contra o ex-presidente.

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Maioria do TSE mantém decisão que declarou Bolsonaro inelegível.Em caso de condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos pela segunda vez. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes.

Em junho, Bolsonaro foi condenado pela corte eleitoral à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Bolsonaro protagonizou uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, onde atacou o sistema eletrônico de votação. O general Braga Netto foi absolvido no julgamento por não ter participado do encontro, mas também é alvo do novo julgamento.

Processos

No primeiro processo, o PDT alega que o então presidente fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais (live) no dia 21 de setembro de 2022, dentro da biblioteca do Palácio da Alvorada, para apresentar propostas eleitorais e pedir votos a candidatos apoiados por ele.

O segundo processo trata de outra transmissão realizada em 18 de agosto do ano passado. Segundo o PDT, Bolsonaro pediu votos para sua candidatura e para aliados políticos que também disputavam as eleições, chegando a mostrar os “santinhos” das campanhas.

Na terceira ação, as coligações do PT e do PSOL questionaram a realização de uma reunião de Bolsonaro com governadores e cantores sertanejos, entre os dias 3 e 6 de outubro, para anunciar apoio político para a disputa do segundo turno.

Defesa

No primeiro dia de julgamento, o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante de Bolsonaro, questionou a legalidade do julgamento conjunto das três ações e afirmou que a medida prejudica a defesa.

Sobre a realização das lives, o advogado afirmou que não foi usada a estrutura estatal. Segundo o defensor, as transmissões foram feitas por meio das redes privadas de Bolsonaro.

“Essa reunião ocorreu na parte externa do palácio. Nas imagens, não aparece nenhum símbolo da República, não há simbolismo nenhum. Não aparece bandeira, brasão. Não houve ganhos eleitorais”, afirmou.

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Juventude acampada debate luta pela terra e participação no poder

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Os cerca de 2 mil jovens representantes de movimentos sociais que participam do Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular, organizado pela Via Campesina Brasil, participaram no quarto e penúltimo dia da mobilização, nessa segunda-feira (16), do debate “A Juventude e a luta ambiental: por terra e soberania popular estamos aqui!”. 

No encontro, as debatedoras discutiram a lógica capitalista, a distorção da proposta do mercado de carbono e a necessidade de fortalecer a chamada economia verde, com a verdadeira inclusão de camponeses, povos indígenas e comunidades tradicionais para redução das desigualdades sociais. 

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Acampamento reúne jovens do campo, águas e florestas em Brasília.Operações na Terra Yanomami destruíram 323 acampamentos de garimpos.“Nesse período, acompanhamos, o crescimento dos agrocombustíveis, monoculturas, transgênicos e temos visto, cada vez mais, o crescimento de projetos de neutralização de carbono que impedem que as comunidades usem os territórios e que trazem esquemas de vigilância nessas localidades”, observa Camila Moreno, membro do grupo Carta de Belém. 

Em sua fala, Renata Menezes, da direção nacional do Coletivo de Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), defendeu que a classe trabalhadora precisa retomar as lutas de massa no país. “Neste momento, é a juventude que vai ser ponta de lança na crise que está posta, nas diferentes expressões. Ela está no debate em torno da crise ambiental, de conclusão de um projeto que permita a soberania popular se constituir.” Renata Menezes faz um balanço de avanços obtidos a partir da mobilização dos jovens. “Nós avançamos na perspectiva revolucionária do que é o poder popular, a partir dos nossos territórios, a partir da organização do topo das cidades, da defesa dos bens comuns, do combate à fome e da vida da juventude como prioridades para que os próximos que virão não tenham que encontrar as condições de hoje”. 

Na mesma roda de conversa, a coordenadora executiva das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marciely Ayap Tupari, enumerou violações e pressões sofridas dentro dos territórios indígenas. Marciely destacou que a participação no encontro serve para fortalecer a juventude, uni-la e somar forças na luta por direitos. “Se hoje a gente tem direitos garantidos, é porque se mobiliza, vai à luta e não espera sentado. Agora, temos que lutar da mesma forma que eles estão lutando: com a caneta e papel. Porque a gente sabe que muitas coisas envolvem questões políticas. E precisamos ficar atentos a isso”. 

Mais vozes 

Desde sexta-feira (13), os participantes do Acampamento da Juventude, em Brasília, estão imersos em discussões sobre diversos temas, em uma grande tenda. Nessa troca de experiências, eles tentam conscientizar e formar opiniões sobre o enfrentamento das mudanças climáticas e outras questões ambientais; combate à homofobia e ao racismo; igualdade de gênero; consequências da diminuição de territórios preservados; demarcação de terras; sustentabilidade, a educação, mesmo longe dos grandes centros urbanos; a permanência dos jovens no campo ou retorno deles a seus territórios. 

Brasília 16/10/2023 – Daniel de Souza participa do acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina – Foto José Cruz/Agência Brasil

Daniel Souza, da Coordenação do Coletivo Nacional de Juventude do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), tem 24 anos e entende que o momento é de mais diálogo com o atual governo federal, mas, que a luta por direitos é contínua. “Tem essa possibilidade de diálogo [governo federal]. Pelo menos, nos recebem para conversar e negociar as pautas da juventude, do campesinato. Mas, tem a tensão da luta de classes. Porque a juventude camponesa, os movimentos sociais têm essa função. Nós não somos submetidos a nenhum tipo de governo. Por mais que a gente apoie, temos a nossa autonomia como movimento social. Vamos pressionar o governo para ter as nossas condições.” 

A representante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) – Brasil Raiara Pires disse que luta, desde os 14 anos, em Minas Gerais, para que as populações impactadas pela destruição do meio ambiente, provocada pela mineração, sejam ouvidas sobre a criação de alternativas econômicas para garantir a sobrevida digna. “Historicamente, a institucionalidade sempre foi muito blindada para participação popular. E contra todos aqueles campesinos, ribeirinhos e quilombolas que estavam em territórios, cujo subsolo tem riquezas cobiçadas por empresas transnacionais, há uma correlação de forças ali que nos desfavorece.” 

Brasília 16/10/2023 – Raiara Pires participa do acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina – Foto José Cruz/Agência Brasil

A pernambucana de 27 anos Daiane Araújo, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), ressaltou que mesmo com tanta diversidade nas reivindicações e origens distintas, há pontos de convergência na vivência dos presentes ao encontro. “Em comum, somos a juventude da classe trabalhadora que acredita na transformação da realidade a partir da luta. Precisamos mudar esse sistema que está colocado, que nos expulsa do campo e das escolas, que sucateia a universidade e faz com que a gente também não esteja nesse espaço. E ainda, [o sistema] que precariza o trabalho ou que não oferece trabalho para a juventude que, sem dúvida, é a mais afetada pelo subemprego”. 

As questões do preconceito e da violência contra trabalhadores do campo, devido à orientação sexual e identidade de gênero, foram também debatidas por participantes do acampamento, que tem penduradas diversas bandeiras do arco-íris, símbolo do movimento LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações e identidades de gênero).  

Kevin Nicolas, integrante do Coletivo LGBT do MST, combate a LGBTfobia e batalha pela liberdade dos corpos. Para ele, é preciso entender a diversidade de quem luta pelas causas campesinas. “As formas de violentar nossos corpos sempre estiveram em pauta na sociedade como um todo, sempre foram um ato de comemoração para os que organizam a morte daqueles que se permitem amar na plenitude. Nessa onda extremista, há um processo de fazer com que nossa existência seja cada vez mais retirada”. 

O indígena Takati Xikrin, de Parauapebas (PA), pegou o microfone para relatar que seu povo tem sido vítima de perseguições e impactado pela exploração comercial do território indígena. “O povo Xikrin está morrendo aos poucos, por causa desses conflitos. Mas ninguém está sabendo disso. Meu objetivo aqui, como representante dos Xikrin, é aprender com os movimentos da luta da juventude no campo, para que eu possa levar esse movimento ao meu povo, para que a juventude, principalmente, possa se mobilizar”. 

Brasília 16/10/2023 – Acampamento da Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular realizado pela Via Campesina – Foto José Cruz/Agência Brasil

Outras atividades 

Na tarde dessa segunda-feira, para celebrar o Dia Nacional da Alimentação e o Dia Mundial da Soberania Alimentar, comemorado em 16 de outubro, 200 jovens da Via Campesina saíram do acampamento do Ginásio Nilson Nelson, no centro de Brasília, e promoveram uma iniciativa solidária para combate à fome, por meio da doação de cinco toneladas de alimentos a cerca de 600 famílias residentes na Região Administrativa (RA) do Distrito Federal, conhecida como Comunidade Sol Nascente. O local, na periferia de Brasília, é caracterizado pela vulnerabilidade econômico-social. 

De acordo com o MST, a mobilização humanitária fez parte da Jornada de Lutas com o lema “Por Terra e Comida de Verdade para o Povo”. 

A representante do MST Renata Menezes diz que a ação teve o objetivo destacar a importância da agricultura camponesa e da reforma agrária como forma de enfrentar a insegurança alimentar no país. “São os camponeses quem podem garantir que tenhamos um país sem fome e sem miséria. Por isso, são necessárias políticas públicas que valorizem e impulsionem a produção desse segmento.” 

Para esta terça-feira (17), a Via Campesina Brasil planeja o plantio de árvores, em Brasília, pelos jovens participantes do Acampamento da Juventude em Luta por Terra e Soberania Popular. O encerramento do evento está previsto para o início da tarde, com o retorno dos jovens a seus municípios, de ônibus.

*Com informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) 

 

Agência Brasil –

Theatro Municipal: Lima Barreto “exumado” em monólogo de Hilton Cobra

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“É R$ 2 o ingresso. O que interessa é a homenagem a esse homem que sempre quis entrar na Academia Brasileira de Letras e nunca conseguiu. E eu disse: ‘vou colocá-lo no Theatro Municipal’. Eu recebi vários ‘nãos’ até finalmente conseguir. E com grande alegria, 5 mil pessoas estarão lá para homenagear esse extraordinário escritor”.

O homenageado é Lima Barreto. O tributo ocorre em monólogo do ator Hilton Cobra nesta terça-feira (17), em duas sessões: uma às 17h, exclusivamente para estudantes de escolas públicas, e outra às 19h, aberta ao público e com ingresso a preço popular.

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Depois de três anos fechado Espaço Cultural do BNDES será reaberto.Exposição no CCBB do Rio apresenta cultura peruana.Biblioteca Nacional lança inventário sobre acervo de Lima Barreto.O espetáculo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto! está em cartaz há seis anos e contabiliza mais 250 apresentações em 19 estados do país. As apresentações no Theatro Municipal marcam o centenário da morte do escritor, em 1º de novembro de 1922, aos 41 anos. Na peça ficcional, médicos eugenistas do início do século 20 determinam a exumação do seu corpo para realizar uma autópsia na cabeça e entender como um homem de raça considerada inferior poderia ter construído uma obra tão vasta.

Neto de escravos, Lima Barreto perdeu a mãe ainda pequeno e pôde estudar em bons colégios graças ao apadrinhamento de Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, de quem seu pai se aproximou ao se envolver na defesa da monarquia. Na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), denunciou o racismo em algumas ocasiões e não chegou a concluir o curso de engenharia.

Lima Barreto assinou contos, romances, sátiras e crônicas e tornou-se crítico feroz da Primeira República Brasileira, contestando o nacionalismo ufanista e a manutenção dos privilégios de famílias aristocráticas e dos militares. Sua produção literária fomenta a discussão de temas ligados às desigualdades sociais e à hipocrisia nas relações humanas na sociedade do início do século 20. Ele também deu visibilidade para a vida no subúrbio carioca, aproximou a linguagem coloquial do romance brasileiro e alimentou desavenças com outros escritores. Acusava a Academia Brasileira de Letras (ABL) de elitismo, o que não o impediu de apresentar sua candidatura duas vezes sem sucesso.

Hilton Cobra considera que Lima Barreto abordava temas sensíveis sem fazer concessões. Ele cita a denúncia das questões raciais em Clara dos Anjos e a crítica às desigualdades no célebre romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma. “Toda a sua obra é pautada pela questão política, pelas questões do Brasil. Policarpo Quaresma era aquele apaixonado, que todo mundo chamava de louco. Era um cara apaixonado pela língua tupi e tudo que ele queria era compreender a cultura brasileira”.

Para ele, Lima Barreto precisa ser reverenciado. “Se não é o melhor cronista da vida brasileira, é dos melhores. Era um cara que não abria concessões para aquela época. Por isso, foi tão perseguido e injustiçado. Não foi aceito como o grande escritor que era. Ele tentou entrar na Academia Brasileira de Letras e não conseguiu. Também tinha grande dificuldade de publicar seus livros”, acrescenta.

Baiano de Feira de Santana, Hilton Cobra tem uma longeva carreira de ator, que abrange 46 dos seus 67 anos. Assina também peças como diretor e é fundador da Cia dos Comuns, grupo sediado no Rio de Janeiro com o objetivo de ampliar a presença de artistas negros no teatro brasileiro contemporâneo. Nas telas, atuou em diferentes filmes e novelas, estando atualmente no ar em Fuzuê, da Rede Globo. Desenvolve ainda atividades como gestor cultural, tendo presidido de 2013 a 2015 a Fundação Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura voltado para a preservação da cultura afro-brasileira.

Militante do movimento negro, Hilton Cobra carrega para a sua trajetória artística a discussão e o enfrentamento ao racismo, o que o levou a se conectar com a obra de Lima Barreto. Ele começou a se aprofundar sobre o trabalho do escritor em 2008, quando protagonizou o romance O Triste Fim de Policarpo Quaresma, em uma adaptação do diretor e dramaturgo Luiz Marfuz. A peça, encenada pelo Núcleo do Teatro Castro Alves, ganhou o prêmio Braskem de melhor espetáculo no ano seguinte à sua estreia.

“Eu conhecia Lima Barreto já na infância. Mas nada muito profundo. Em 2008, o Luiz Marfuz, que me apresentou o ofício do ator em 1978, me convidou para protagonizar O Triste Fim de Policarpo Quaresma. E, naquela época, eu mergulhei fundo nessa obra, mas não na vida de Lima Barreto. Quando eu concluí 40 anos de carreira em 2016, decidimos fazer o Traga-me a Cabeça de Lima Barreto!. Foi o primeiro monólogo da minha vida. E a partir daí eu, de fato, mergulhei na sua vida e obra”, conta Hilton Cobra.

Traga-me a Cabeça de Lima Barreto! também foi escrita por Luiz Marfuz. As obras Diário íntimo e Cemitério dos vivos, consideradas autobiográficas, servem de fio condutor para abordar temas como loucura, racismo e eugenia. Na época, o texto foi pensado para comemorar as quatro décadas de carreira de Hilton Cobra. A direção é de Fernanda Júlia.

A narrativa ganha força com trechos dos filmes Homo Sapiens 1900 e Arquitetura da Destruição – ambos cedidos gentilmente pelo cineasta sueco Peter Cohen – que mostram fortes imagens da eugenia racial e da arte censurada pelo regime nazista na Alemanha. Em apoio à encenação, há também locuções que foram gravadas por diferentes atores, como Lázaro Ramos e Caco Monteiro, amigos de Hilton Cobra.

Eugenia

A história levada aos palcos se passa durante um congresso de eugenistas no Brasil, no início do século 20. O termo eugenia foi usado pela primeira vez em 1883 pelo antropólogo britânico Francis Galton para designar um conjunto de ideias com vistas à melhoria genética dos seres humanos. Ele defendia o desenvolvimento de estudos que indicassem caminhos para aprimorar as qualidades das futuras gerações, seja física ou mentalmente.

A proposta de Galton deu origem a teorias variadas que postulavam a divisão da espécie humana entre raças superiores e inferiores. A eugenia constituiu-se assim em discurso segregacionista violento em diversos países, tendo sido utilizada, por exemplo, para justificar atrocidades empreendidas pelo regime nazista. No Brasil, teses eugenistas foram defendidas por nomes como o do médico Renato Kehl e o do escritor Monteiro Lobato, que paradoxalmente foi amigo de Lima Barreto e inclusive, como editor, publicou algumas de suas obras.

“Na peça, os presentes no Congresso de Eugenistas no Brasil discutem como é possível um homem de raça inferior construir uma obra tão genial e tão grandiosa. Eles pedem a exumação do cadáver de Lima Barreto. Lima Barreto então volta ao mundo, chega ao Congresso e entrega sua cabeça para ser dissecada”, conta Hilton Cobra.

A partir dessa história, a peça mostra as várias facetas da personalidade de Lima Barreto, refletindo sobre loucura e racismo, sobre sua obra não reconhecida e os enfrentamentos políticos e literários da época. Hilton Cobra acredita que há necessidade de falar mais sobre o escritor. “Eu acho que o mundo da arte ainda está descobrindo Lima Barreto. Eu sei que tem um filme, eu sei que tem uma novela que é inspirada em um de seus contos. Eu sei que tem várias peças, mas não são tantas”. Ele disse que também manteve contato com a produção acadêmica.

“Me surpreendi com a quantidade de pesquisa sobre Lima Barreto. Mas há muitas teses que acabam engavetadas. Acho que a academia precisa melhorar a divulgação. Tem muita gente pesquisando Lima Barreto hoje. Eu viajei pelo Brasil todo, rodei pelo interior, fiz espetáculos em todo tipo de palco que você possa imaginar, em todas as regiões do país. Eu me surpreendia depois das apresentações, quando vinham pessoas do público dizer que estudavam Lima Barreto”.

Considerando que a obra do escritor oferece subsídios para discutir temas contemporâneos, Hilton Cobra também busca abordar na peça questões da atualidade. “Sabe os shows de Caetano Veloso, que ele sempre faz um intervalo e aqueles discursos? Foi aí que eu achei uma chave para falar dessas questões. Em outras apresentações, falamos da pandemia de covid-19, dos problemas do governo Jair Bolsonaro. Sempre há possibilidade de eu dissertar sobre a vida cotidiana”, diz.

Teatro Negro

Lima Barreto teve dificuldades para levar adiante seu trabalho literário e algumas de suas obras foram publicadas apenas postumamente. Para Hilton Cobra, artistas negros ainda enfrentam barreiras no mercado cultural. Ele avalia, no entanto, que houve conquistas do movimento negro nas últimas décadas. “Vamos falar sobre o teatro? Nós conseguimos colocar negros nas comissões julgadoras de projetos. Porque sempre fomos julgados por brancos. E temos hoje negros julgando projetos de artes. Também a partir das nossas lutas, conseguimos ter editais diferenciados. E o teatro negro conseguiu colocar a vida da gente brasileira no seu texto, na sua dramaturgia”.

Ele vê também o cinema brasileiro e as telenovelas abrindo mais espaços para artistas negros, mas pondera: “Eu só acho que a vida da gente negra tem que estar mais presente, como no teatro já está. Não basta trazer atores e atrizes negros extraordinários e dizer: ‘nós estamos colocando negros’. Isso já é um bocado de coisa, é uma conquista da nossa luta. Mas precisamos ir além. Precisamos de novelas e filmes que falem sobre a vida da gente negra”.

Também no campo político e social, ele vê avanços importantes, a exemplo das cotas raciais. Por outro lado, considera que ainda há desafios em todas as áreas. “Não podemos esquecer que em agosto assassinaram com tiros no rosto Mãe Bernadete, uma mulher de 72 anos. Um crime que poderia ter sido evitado se o Quilombo Pitanga dos Palmares já tivesse sido titulado. É um exemplo de que ainda temos muitos desafios. Eu queria muito ler o que Lima Barreto escreveria sobre o mundo de hoje. A Justiça brasileira foi criada para servir a quem? Essa é uma questão muito importante”.

Agência Brasil –

Tite é apresentado oficialmente como técnico do Flamengo

O Flamengo apresentou oficialmente, na tarde desta segunda-feira (16), o seu terceiro técnico da temporada: Adenor Leonardo Bachi, o Tite. O comandante da seleção brasileira na Copa do Catar (2022) assume a posição que em 2023 já foi ocupada pelo português Vitor Pereira e pelo argentino Jorge Sampaoli.

Tite, novo treinador do Mengão, foi apresentado oficialmente nesta segunda (16), no Ninho do Urubu! 🔴⚫#VamosFlamengo #CRF

📸: Marcelo Cortes /CRF pic.twitter.com/HXCNUlNWl5

— Flamengo (@Flamengo) October 16, 2023

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COI confirma a inclusão de cinco novas modalidades nos Jogos de 2028.Pan-Americanos: brasileiros começam a entrar na Vila dos Atletas.Membros do COI pedem que Bach permaneça na presidência após 2025.Apesar de só ter falado com a imprensa nesta segunda, o treinador, que firmou contrato com o Rubro-Negro até o final de 2024, já começou a trabalhar em sua nova equipe na última terça-feira (10). “Esse tempo de vinda para cá, na Data Fifa, permitiu mais um conhecimento humano, dos funcionários, dos atletas, três deles por videoconferência. Na sequência, já implementamos, de forma muito rápida, as fases ofensivas e defensivas de bola parada”.

Ao ser questionado sobre o que o motivou a voltar a trabalhar em uma equipe do Brasil ainda este ano, Tite afirmou que o desafio de assumir uma equipe com torcida de massa como o Flamengo, com uma grande estrutura e com um grupo de jogadores talentoso foi determinante: “A torcida, a estrutura, o grupo [de jogadores] que joga às claras. Não queria vir [treinar] agora, mas há uma necessidade, desafio profissional. [O Rio de Janeiro é um] estado no qual nunca trabalhei. Tudo isso me motiva”.

Fonte Agência Brasil – Read More

Dino diz que ações no Rio de Janeiro visam eficácia, não “espetáculo”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, se reuniu na noite desta segunda-feira (16) com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, no Palácio Guanabara, sede do poder estadual. Em coletiva de imprensa, Dino afirmou que as ações de reforço na segurança pública do Rio vão priorizar a efetividade e não “ações espetaculosas”. O que significa, nas palavras do ministro, que os trabalhos conjuntos entre as polícias estaduais, os agentes da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão prezar tanto pelo investimento na inteligência quanto no emprego planejado da força.

“Infelizmente há pessoas que entendem isso de modo errado, mas o que está em curso é uma compactuação em busca do uso comedido da força. Essa é uma questão fundamental para legitimar a continuidade da ação. Às vezes, você faz uma ação espetaculosa, que toma as manchetes, e depois não há condição de prosseguir. E os resultados acabam sendo duramente questionados pela sociedade. Nosso objetivo são as ações que conjugam força e inteligência. Não há contradição entre uma coisa e outra”, disse o ministro.

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Exigência do uso de câmeras dificulta apoio aos estados, diz Dino.Agentes da Força Nacional começam a atuar no Rio nesta segunda-feira.A Força Nacional de Segurança e a PRF vão começar a patrulhar as rodovias do estado nesta terça-feira. São previstos 300 agentes em campo, sendo que 150 já estão no Rio. Inicialmente, estava previsto que as forças federais ajudariam as polícias do Rio a cumprirem mandados de prisão no Complexo da Maré, na capital fluminense. Mas depois dos questionamentos do Ministério Público Federal (MPF), de que seria obrigatório o uso de câmeras em ações do tipo, o governo teve de rever a decisão. Por enquanto, as forças federais vão se concentrar nas rodovias federais, portos e aeroportos.

Em coro com o ministro Flávio Dino, que mais cedo disse que a exigência de câmeras cria obstáculos para as operações, o governador Cláudio Castro criticou a atuação do MPF e afirmou que o posicionamento do órgão poderia ter prejudicado as ações de reforço na segurança do estado.

“Eu acho triste, porque é um ente que deveria estar ajudando. Nós temos agora que empregar todas as forças para resolver. Temos que respeitar os órgãos públicos de controle, mesmo fazendo a crítica de que eles têm que ajudar, não atrapalhar. Para atrapalhar tem muita gente já. Mas digo, não há prejuízo nenhum para a operação. Não tenho dúvida de que esse reforço das estradas federais foi até uma solução melhor do que a ideia inicial”, disse Castro.

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Lula conversa com presidente do Conselho Europeu sobre crise em Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira (16) com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sobre o conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas, no Oriente Médio. Em nota, o Palácio do Planalto informou que Lula levou sua preocupação com a população civil da região, incluindo brasileiros e estrangeiros de outros países que estão tentando sair da Faixa de Gaza, região cercada pelas forças armadas israelenses.

“O presidente brasileiro e o do Conselho Europeu concordaram sobre a importância de um corredor humanitário para a entrada de remédios e alimentos para os civis de Gaza e para a libertação dos reféns [mantidos pelo grupo Hamas]”, diz a nota.

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Lula pede apoio de presidentes do Egito e da Autoridade Palestina.Moradora de Gaza diz que condições pioraram nos últimos dias.Negociações falham em levar ajuda humanitária a Gaza.Ainda de acordo com a manifestação do Planalto, Lula e Charles Michel reiteraram a condenação aos atos terroristas cometidos pelo Hamas e concordaram sobre a importância de fortalecer a Autoridade Palestina como legítima representante do povo palestino.

“O presidente Lula pediu que essas posições sejam reafirmadas por ocasião da reunião extraordinária do Conselho Europeu, composto por chefes de Estado e de Governo dos 27 países da União Europeia, que ocorrerá amanhã, em Bruxelas”, completa a nota.

Resolução da ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), integrado por 15 países, e presidido atualmente pelo Brasil, no mês de outubro, se reuniu nesta segunda-feira (16). A tentativa é negociar uma resolução que permita a instalação de um corredor humanitário e a adoção de um eventual cessar-fogo entre as forças em conflito. A Rússia apresentou uma resolução, que não foi aprovada. A expectativa é que o texto costurado pelo Brasil seja votado nesta terça-feira (17).

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Conselho de Segurança da ONU rejeita proposta da Rússia sobre guerra

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou, nesta segunda-feira (16), a proposta de resolução da Rússia sobre a guerra entre Israel e o Hamas. A reunião foi convocada pelo Brasil, que preside atualmente o Conselho.

A expectativa é que o Brasil apresente sua proposta na terça-feira (17), em nova reunião do Conselho.

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Lula conversa com presidente do Conselho Europeu sobre crise em Gaza.Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo.A resolução da Rússia apresentava a proposta de um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos.

A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções. Para aprovar uma resolução na ONU, é preciso o apoio de 9 dos 15 membros e nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

O Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Outros 10 países fazem parte do conselho rotativo: Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, explicou que a proposta foi rejeitada porque não condenou o Hamas. “Esse Conselho e toda a comunidade internacional tem responsabilidade de ajudar a lidar com essa crise humanitária, condenando o Hamas de forma inequívoca e reafirmando o direito de autodefesa, de acordo com a Carta Magna da ONU. Infelizmente, a resolução da Rússia não atende todas essas responsabilidades”, disse.

Segundo ela, ao não mencionar o Hamas em qualquer momento, a Rússia dá cobertura ao grupo islâmico, “ignora o terrorismo do Hamas e desonra suas vítimas”.

O representante da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, lamentou a rejeição da proposta. “É uma pena que o Conselho mais uma vez esteja refém das intenções do bloco Ocidental. Esse é o único motivo para não ter sido enviado um recado coletivo com relação a redução de danos”, disse.

No início da noite, a reunião chegou a ser suspensa a pedido da representante dos Emirados Árabes, que solicitou a realização de “consultas estreitas sobre as votações”. Ao longo do dia, a representação brasileira no conselho tentou costurar um texto que atendesse os membros permanentes. O diálogo deve continuar durante esta terça-feira, até a apresentação de sua proposta.

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