Galeão está atrás de nove aeroportos brasileiros em embarques

Há 12 anos, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão/Tom Jobim), com 8,5 milhões de passageiros embarcados para o Brasil e exterior, era o segundo terminal aeroportuário mais movimentado do país. Em número de embarques, ficava atrás apenas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Em 2022, a situação era bem diferente. Com 2,9 milhões de embarques domésticos e internacionais, o Galeão passou a ocupar apenas a décima colocação, ficando atrás também dos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Brasília, Viracopos (Campinas), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Confins (Belo Horizonte), Recife, Porto Alegre e Salvador.

Considerando-se apenas os embarques domésticos (1,7 milhão em 2022), o Galeão é superado também pelos aeroportos de Fortaleza e São José dos Pinhais (Curitiba). Em 2012, o aeroporto carioca respondia 8,52% dos embarques domésticos do país. Em 2022, o percentual caiu para 2%.

O pesquisador Rafael Castro, especialista em aeroportos e professor do curso de graduação em turismo do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), explica que o Rio de Janeiro, assim como São Paulo e outras grandes metrópoles mundiais, tem um sistema multiaeroportos (SMA), ou seja, é servido por mais de um aeroporto. Nesse caso, segundo ele, é preciso haver uma complementaridade dentro do sistema, com um aeródromo primário (principal) e outros secundários.

Rafael Castro acredita que restrição de voos no Santos Dumont deve ser medida de curto prazo – Divulgação

“A lógica é que o tráfego se concentre em um aeroporto primário e seja apenas complementado por um aeroporto secundário. No caso do Rio, o Galeão deveria ser um aeroporto primário, tendo em vista o tamanho dele, a oferta de voos internacionais, a infraestrutura toda que ele tem e as operações que são praticamente sem restrições durante quase o ano todo”, destaca o professor do Cefet-RJ.

Já o Santos Dumont, segundo ele, deveria ser o terminal secundário. “É um aeroporto muito menor, que não tem voos internacionais, que tem uma série de restrições operacionais. O problema é justamente que há uma inversão dessa lógica.”

Somando embarques domésticos e internacionais, o Galeão concentrou, nos sete primeiros meses deste ano, apenas 36% dos passageiros que partem da cidade do Rio de Janeiro, enquanto o Santos Dumont ficou os 64% restantes, tendo apenas voos domésticos.

No caso da região metropolitana de São Paulo, por exemplo, que é servida pelos dois maiores aeroportos brasileiros (em número de passageiros), Guarulhos e Congonhas, a situação é inversa. O Aeroporto Internacional de Guarulhos teve 11,4 milhões de embarques nos sete primeiros meses do ano (65% da região metropolitana), contra 6 milhões de Congonhas (35%).

Ainda que se considerem apenas os passageiros domésticos (7,5 milhões), Guarulhos, localizado fora da cidade de São Paulo, tem mais embarques que Congonhas, situado dentro da cidade.

Aeroporto Santos Dumont (foto) terá restrição de voos para aumentar fluxo no Galeão – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Rafael Castro acredita que a decisão do governo federal, de limitar voos no Santos Dumont para aeroportos domésticos que fiquem, no máximo, a 400 quilômetros de distância será importante para aumentar o número de passageiros no Galeão.

“Eu entendo que a lógica do livre mercado é o melhor dos mundos, ao deixar que o mercado se autorregule e defina por onde e para onde quer voar. Mas entendo que, neste momento, é preciso que haja essa intervenção”, avalia.

O professor do Cefet-RJ ressaltou que essa restrição deve ser encarada como uma medida emergencial, de curto prazo.

O Galeão foi concedido à iniciativa privada em 2013. Atualmente, o consórcio RioGaleão é capitaneado pela empresa estrangeira Changi, que tem sede em Singapura. Já o Santos Dumont é administrado pela estatal Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Devido à situação do Galeão, a Changi entregou, no ano passado, pedido para devolver a concessão à União, mas voltou atrás no início deste ano. Em agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu sinal verde para que a empresa de Singapura pudesse manter a concessão.

A restrição de voos no Santos Dumont foi uma demanda da prefeitura e do governo fluminense como um instrumento necessário para ampliar as operações do Galeão.

Para o professor Elton Fernandes, restrição de voos do Santos Dumont não trará benefícios à capital fluminense – Divulgação

Elton Fernandes, professor do Programa de Engenharia de Transportes do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acredita que a restrição de voos do Santos Dumont não trará benefícios à cidade, apenas à concessionária RioGaleão.

“Certamente trará algum benefício para a concessionária do aeroporto do Galeão. Uma ação dessa natureza é extremamente maléfica para o Brasil e para o Rio de Janeiro. Além de dar um sinal muito ruim para as empresas privadas, é uma violência contra aqueles que não ganharam a concessão do aeroporto do Galeão. Imagine se fosse uma empresa privada que tivesse a concessão do aeroporto Santos Dumont. Como seria essa limitação?”, questiona o professor.

Segundo ele, a sociedade não tem que “pagar” pelo insucesso da concessão e o ideal seria que houvesse uma nova licitação. “Existindo a possibilidade de devolução da concessão, o melhor para o Brasil e para o Rio de Janeiro será promover uma nova licitação. O jeitinho brasileiro para manter a concessionária atual do Galeão terá consequências desastrosas para o processo de concessão no Brasil.”

Em maio deste ano, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que a Changi propôs reduzir o valor da outorga anual a ser paga à União para continuar com a concessão. No início de agosto, em entrevista ao jornal O Globo, França disse que “a bola” estava com a Changi para manter a concessão.

A Agência Brasil questionou a concessionária RioGaleão sobre se o consórcio pretendia manter a concessão e se ainda buscava negociar os termos do contrato com a União.  Por meio de nota, a RioGaleão informou apenas que está avaliando as condições estabelecidas pelo TCU “para uma possível solução conjunta com o governo federal”.

“A coordenação dos aeroportos oficializada na última semana pelas autoridades públicas possibilita que o Rio de Janeiro explore todo o seu potencial turístico e econômico, contribuindo também com o desenvolvimento do Brasil. Aeroportos fortes e bem conectados funcionam como verdadeiros motores da economia, trazendo turismo e negócios para suas regiões de influência. Esse é um grande passo que a cidade está dando para voltar a operar como um dos principais hubs de aviação civil do país”, diz a nota da RioGaleão.

Elton Fernandes diz que, para resolver a situação do Galeão, a concessionária deveria buscar parcerias nacionais e internacionais com empresas aéreas e do setor turístico. Segundo ele, o passageiro prefere o Santos Dumont não pela distância, mas pela acessibilidade e segurança, já que, para se chegar ao aeroporto, é preciso passar por vias sujeitas a tiroteios e assaltos.

“O papel do governo não é subsidiar a concessionária, mas sim promover condições de acessibilidade e mobilidade ao aeroporto com segurança. Afinal não se trata de dificuldade de distância, o aeroporto é bem próximo do centro da cidade do Rio de Janeiro”, afirma.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que segue “acompanhando as definições sobre o tema aeroportuário no Rio de Janeiro e cumprindo o limite estabelecido para a capacidade do Aeroporto Santos Dumont”. “Desde a criação do Grupo de Trabalho envolvendo os governos federal, estadual e municipal, o setor aéreo acompanha o tema com atenção e está à disposição para apresentar suas contribuições”, acrescenta a nota divulgada pela associação.

A Abear também defende que qualquer decisão federal ou estadual sobre os aeroportos do Rio de Janeiro “mantenha alinhamento com a legislação vigente, que prevê liberdade de rotas e isonomia entre as empresas aéreas, respeitando seus modelos de negócio e de operações”.

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Lula quer retomar parcerias com países africanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (20) para agenda em três países da África. Além da cúpula do Brics, na África do Sul, a comitiva brasileira visitará Angola e participará da cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé e Príncipe.

Na última quinta-feira (17), Lula se encontrou em Brasília com o embaixador da República de Angola, Manuel Eduardo dos Santos da Silva Bravo (foto), para o recebimento de suas credenciais. “Vamos retomar a parceria, intercâmbio e cooperação entre o Brasil e os países africanos”, disse Lula, após a visita.

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Itamaraty diz que 22 países oficializaram pedido para entrar no Brics.G20: ministra da Saúde defende cooperação para enfrentar pandemias.Presidente da EBC participa de fórum do Brics e defende parcerias.A 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics acontece entre os dias 22 e 24 de agosto. Será a primeira reunião do grupo realizada de forma presencial desde o início da pandemia de covid-19. Dos países do bloco, estarão presentes os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Xi Jinping (China), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota.

Entre as questões a serem tratadas na reunião está a expansão do Brics. O Ministério das Relações Exteriores informou que 22 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Também deve ser discutido o uso de moedas locais para transações comerciais.

Na última etapa do evento, ocorre o encontro estendido com os países-membro do Brics e cerca de 40 países convidados, em sua maioria chefes de Estado e governo de nações interessadas em ingressar no bloco, vindos da África, da América do Sul, do Caribe e da Ásia.

Nos dias 25 e 26, Lula irá para a capital de Angola, Luanda, onde será recebido pelo presidente João Lourenço, com quem terá uma reunião privada e outra ampliada no primeiro dia da visita. A cooperação bilateral e o reforço das ligações históricas serão os principais temas da visita de Lula a Angola.

Lula também irá se dirigir à Assembleia Nacional de Angola e participar de um seminário, onde irá falar sobre projeto no vale do Cunene, e de um evento empresarial que deverá ter a presença de cerca de 60 empresários brasileiros. Além disso, estão previstas as assinaturas de atos e memorandos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.

No domingo (27), o presidente Lula irá a São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entidade que tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Fonte Agência Brasil – Read More

Copa consolida futebol feminino europeu e protagonismo de finalistas

A Copa do Mundo finalizada neste domingo (20) mostrou que o futebol feminino tem um novo centro. Os Estados Unidos, tetracampeões mundiais, seguem como polo atrativo, mas o protagonismo rumou, de vez, para a Europa. A decisão entre dois países do Velho Continente – o que havia acontecido somente duas vezes nas oito edições anteriores – consolida um movimento que era possível observar antes mesmo de a bola rolar na Austrália e na Nova Zelândia.

The #FIFAWWC Final is underway!

— FIFA Women’s World Cup (@FIFAWWC) August 20, 2023

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Espanha derrota Inglaterra para conquistar sua primeira Copa feminina.Fifa diz que imprevisibilidade é sinal de progresso na Copa do Mundo.Suécia domina Austrália e garante terceiro lugar da Copa do Mundo.É verdade que países europeus como Alemanha (bicampeã do mundo), Noruega (campeã) ou Suécia sempre estiveram entre as forças da modalidade. Desde 2007, porém, a taça da Copa não ia para o continente. Os três títulos seguintes foram para EUA (duas vezes) e Japão. Nestas finais, apenas a última, em 2019, teve uma seleção da Europa na final (Holanda, superada pelas norte-americanas).

Naquela Copa, realizada na França, a presença de três nações europeias entre as semifinalistas (Holanda, Inglaterra e Suécia, sendo que as duas primeiras atingiram as respectivas melhores campanhas à ocasião) indicou que algo estava acontecendo. O fortalecimento dos torneios, especialmente da Liga dos Campeões, o aumento de investimento e a profissionalização trouxeram retorno e mais visibilidade.

No Mundial de 2019, a liga de futebol feminino dos EUA foi a que teve mais jogadoras convocadas: 73, o equivalente a 13,2% do total. Ela foi seguida pelos campeonatos de Espanha (52), França (50) e Inglaterra (49). No torneio deste ano foram 88 atletas vinculadas a equipes norte-americanas. Considerando que a Copa de 2023 reuniu 32 seleções, contra 24 de quatro anos atrás, houve uma queda na representatividade estadunidense para 11,9%.

🏆 1991
🏆 1999
🏆 2015
🏆 2019

The day @USWNT claimed their fourth #FIFAWWC trophy!#OTD pic.twitter.com/cKA2zAoF8E

— FIFA Women’s World Cup (@FIFAWWC) July 7, 2023

Em contrapartida, as ligas das duas nações finalistas deste ano cresceram em relevância. A Inglesa teve 106 futebolistas presentes nesta Copa, mais que o dobro da edição passada, assumindo o posto de competição com mais atletas no Mundial. A representatividade disparou de 8,9% para 14,4%. Já a Espanhola contou com 70 jogadoras nesta edição, aumento de 9,4% para 9.9% na comparação com 2019.

Ligas fortes

Em 2019, o banco Barclay’s anunciou um patrocínio de mais de 10 milhões de libras esterlinas (R$ 63,5 milhões na cotação atual) para o Campeonato Inglês, contemplando também apoio a centenas de escolas de futebol feminino no país. O acordo foi renovado dois anos depois, chegando a 30 milhões de libras (R$ 190,5 milhões). Também em 2021, BBC (TV aberta) e Sky Sports (fechada) adquiriram os direitos de transmissão do torneio.

A liga inglesa atraiu estrelas do futebol feminino mundial. A australiana Sam Kerr, maior artilheira da história do campeonato dos EUA, trocou o Chicago Red Stars pelo Chelsea em 2020. No mesmo ano, o time londrino acertou com a dinamarquesa Pernille Harder, que estava no alemão Wolfsburg, na contratação mais cara da modalidade à época: cerca de 337 mil euros (R$ 1,8 milhão). Ainda em 2020, Lucy Bronze foi repatriada pelo Manchester City, após três temporadas no Lyon, da França, então maior força do continente.

Preparing to captain her country on home turf this summer! 🇦🇺

So proud of you, @SamKerr1. 💙 pic.twitter.com/Pcc2wl0DQK

— Chelsea FC Women (@ChelseaFCW) June 19, 2023

Na Espanha o investimento foi mais tardio. A profissionalização da competição local se deu somente na edição passada (2022/2023), mas as perspectivas são positivas. Por meio de um acordo com La Liga (entidade responsável pelo futebol masculino), 42 milhões de euros (R$ 227,4 milhões) estão já garantidos à liga feminina até 2027. Mais 36 milhões de euros (R$ 194,9 milhões) serão revertidos, também pelos próximos cinco anos, com a venda de direitos de transmissão.

O trabalho de base, portanto, foi determinante para formar talentos e fortalecer não apenas a seleção ibérica, mas, naturalmente, os clubes. Em 2018 a Espanha foi campeã mundial sub-17 e vice no sub-20. No ano passado garantiu o primeiro lugar nos dois torneios. Não à toa apenas quatro das 23 espanholas convocadas à Copa de 2023 têm idade acima dos 30 anos. O Barcelona, de Aitana Bonmatí e Alexia Putellas, tornou-se o principal time da atualidade, finalista das últimas três Ligas dos Campeões, com duas conquistas, inclusive a da temporada 2022/2023.

👸🤍

Aquí, per obrir camí 💙❤️🤍 pic.twitter.com/Rl0k0riqzD

— FC Barcelona Femení (@FCBfemeni) July 26, 2023

Não à toa, os quatro clubes com mais jogadoras na Copa de 2023 pertencem às ligas inglesa e espanhola. O Barcelona lidera a estatística, com 18 atletas, sendo que nove defenderam a Espanha em solo australiano e neozelandês. Na sequência, com 16, estão Chelsea e Arsenal. Destaque ao último, com representantes em dez seleções. O Real Madrid, com 15 convocadas, completa o “G4”.

Bom produto

O investimento tornou o produto futebol feminino atrativo como nunca antes. A Eurocopa do ano passado, disputada na Inglaterra e vencida pelas anfitriãs, levou mais de 500 mil pessoas aos estádios (mais que o dobro de 2017, na Holanda). A decisão entre inglesas e alemãs teve 87.192 torcedores nas arquibancadas de Wembley, em Londres, o maior público da história do torneio, masculino ou feminino. A audiência global da Euro chegou a 365 milhões de espectadores.

Ainda em 2022, o duelo entre Barcelona e Wolfsburg, pelas semifinais da Liga dos Campeões, no Camp Nou, casa do time espanhol, foi acompanhado por 91.648 pessoas, recorde em uma partida de futebol feminino. O clube catalão, aliás, detém três dos quatro maiores públicos da modalidade entre clubes. Não à toa lidera um estudo da consultoria Deloitte como a equipe de mulheres que mais gerou renda na última temporada: 7,7 milhões de euros (R$ 41,7 milhões).

No ens cansem de fer història pic.twitter.com/aYPRCVAh1X

— FC Barcelona Femení (@FCBfemeni) April 22, 2022

O futuro é promissor. A União das Associações Europeias de Futebol (Uefa, sigla em inglês) divulgou um relatório, há um ano, projetando que o retorno comercial do futebol feminino no continente atinja, até 2033, 686 milhões de euros (R$ 3,7 bilhões) anuais. É o equivalente a seis vezes o que movimenta atualmente. A perspectiva é que a base de fãs mais que dobre nesse período.

E no Brasil?

Assim como a liga inglesa, a brasileira teve 2019 como ano de transformações importantes. Quarenta anos após cair a proibição à prática do futebol por mulheres no país, entrou em vigência a obrigatoriedade para que os clubes da Série A do Brasileirão masculino mantivessem equipes femininas profissionais e de base. Na época, somente sete dos 20 participantes da elite contavam com projetos estruturados na modalidade.

A chegada de clubes tradicionais do futebol masculino trouxe visibilidade e investimento. Em 2021, a Neoenergia, empresa do grupo espanhol Iberdrola, anunciou patrocínio às competições femininas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A premiação aos finalistas da Série A1 (primeira divisão) evoluiu desde então. No ano passado, o Corinthians embolsou R$ 1 milhão pelo título, cinco vezes mais que na edição anterior, em que também foi campeão. O vice, Internacional, recebeu R$ 500 mil. O de 2021, Palmeiras, levou R$ 100 mil.

Premiação recorde! 🏆

A CBF vai pagar R$ 1 milhão de premiação para o vencedor do #BrasileirãoFemininoNeoenergia, e R$ 500 mil para o vice-campeão!

O valor é 5 vezes maior do que no ano passado, e ao todo, R$ 5 milhões são distribuídos entre os 16 clubes! pic.twitter.com/onHRMLWybX

— Brasileirão Feminino Neoenergia (@BRFeminino) September 22, 2022

Se passa longe de ser um polo global no futebol feminino, o Brasil tem se consolidado como referência sul-americana. Prova é que o Brasileirão deste ano, o 11º organizado pela CBF, tem um recorde de jogadoras estrangeiras: 40, a maioria delas do próprio continente. Onze, inclusive, estiveram na Copa em solo australiano e neozelandês. Quatro anos atrás, na França, apenas duas gringas que atuavam por aqui foram convocadas: Claudia Soto (Santos) e María Urrutia (3B da Amazônia).

Sensação do Mundial de 2023 ao chegar às quartas de final de maneira inédita, a Colômbia teve cinco atletas da liga brasileira em seu elenco: Catalina Pérez (Avaí Kindermann), Lorena Bedoya, Lady Andrade (ambas Real Brasília), Jorelyn Carabali (Atlético-MG) e Mónica Ramos (Grêmio). Na Argentina, foram também cinco jogadoras: Eliana Stábile, Adriana Sachs (ambas Santos), Lorena Benítez, Yamila Rodríguez (ambas Palmeiras) e Paulina Gramaglia (Red Bull Bragantino). A equipe de Filipinas contou com a santista Reina Bonta.

No contexto global, porém, a América do Sul caminha a passos lentos. Na própria Colômbia, a liga dura somente quatro meses. A edição de 2023, por exemplo, terminou em junho, pouco antes da Copa. A promessa de um segundo campeonato nacional no ano – como já acontece no masculino – não foi cumprida. Na Argentina, a modalidade está profissionalizada desde 2019, mas viver do futebol ainda não é uma realidade para a maioria das jogadoras.

CBF oficializa candidatura do Brasil para receber a Copa do Mundo Feminina de 2027 pic.twitter.com/sA8Y8OSLaI

— CBF Futebol (@CBF_Futebol) April 15, 2023

O Brasil é um dos candidatos a receber a próxima Copa do Mundo, em 2027. Entre os concorrentes está, justamente, uma parceria europeia (Alemanha, Holanda e Bélgica). A Federação Internacional de Futebol (Fifa) decidirá a sede da competição em maio do ano que vem. Em caso de escolha brasileira, seria a primeira vez do Mundial Feminino na América do Sul, com expectativa de aumentar o fomento à modalidade não somente por aqui, mas no restante do continente.

Fonte Agência Brasil – Read More

Rio perdeu mais de 40% de embarques aéreos entre 2014 e 2022

A cidade do Rio de Janeiro teve uma redução expressiva na movimentação de passageiros aéreos entre os anos de 2014 e 2022. A queda pode ser parcialmente explicada pela pandemia de covid-19, que causou um forte impacto no setor da aviação mundialmente, mas não foi o único motivo.

Segundo dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), compilados pela Agência Brasil, o total de viajantes que embarcam nos aeroportos do Rio (Galeão e Santos Dumont), tanto com destino a outras cidades quanto para o exterior, atingiu seu maior volume em 2014: 13,3 milhões.

Em 2022, os embarques somaram 7,8 milhões, ou seja, 41% (5,5 milhões) a menos que em 2014. Mesmo em 2019, portanto antes da pandemia, o número de embarques nos dois aeroportos já havia caído 15% em relação a cinco anos antes, para 11,3 milhões, depois de consecutivas quedas – a única exceção foi uma leve alta de 2016 para 2017.

Neste ano, se mantida a tendência registrada nos sete primeiros meses, os dois aeroportos devem fechar com pouco mais de 9 milhões de embarques.

A perda foi sentida principalmente no Aeroporto Internacional do Galeão, cujos embarques caíram 19% de 2014 a 2019 e 66% de 2014 a 2022. O Santos Dumont também teve queda no período de 2014 a 2019 (-8%), apesar de ter apresentado alta na comparação de 2022 com 2014 (2%).

Movimento de passageiros no Aeroporto Santos Dumont – Fernando Frazão/Agência Brasil

Os dados mostram, no entanto, que os passageiros perdidos pelo Galeão não foram absorvidos pelo Santos Dumont, já que, apesar de o aeroporto doméstico ter aumentado em 90 mil seu número de embarques de 2014 a 2022, o Galeão perdeu muito mais: 5,6 milhões de passageiros.

Enquanto isso, em São Paulo, os dois aeroportos (Guarulhos e Congonhas) tiveram aumento de 15% nos embarques entre 2014 e 2019 e uma queda de apenas 8% na comparação de 2022 com 2014.

Professor Elton Fernandes diz que governos e empresários devem agir para atrair mais turistas para o Rio – Divulgação

Para Elton Fernandes, professor do Programa de Engenharia de Transportes do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é preciso que os governos e empresários assumam responsabilidades para que o Rio volte a ter importância em nível nacional e internacional, atraindo, com isso, mais viajantes para a cidade.

Rafael Castro, especialista em aeroportos e professor do curso de graduação em Turismo do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), afirma que apenas a transferência de voos do Santos Dumont para o Galeão não será suficiente para resolver o esvaziamento do aeroporto internacional. E que essa medida é apenas uma solução emergencial.

Segundo ele, é preciso, por exemplo, haver melhorias no acesso ao terminal por transporte público e investir em segurança pública. Além disso, é preciso atrair mais turistas para a cidade.

“É superimportante que o Rio consiga dinamizar sua economia e estimular o turismo”, afirma Castro. “Tem que haver um comprometimento de várias entidades, prefeitura da cidade, governo do estado, Ministério do Turismo, Anac, Ministério dos Portos e Aeroportos, Embratur. Tem que haver um fortalecimento grande do turismo na cidade e no estado. O Rio de Janeiro é uma cidade que tem um apelo turístico muito maior do que outras cidades. É a cidade que vem na mente de qualquer turista estrangeiro.”

Secretária municipal de Turismo, Daniela Maia diz que grandes eventos vão aumentar número de turistas no Rio – Denise Leão/Divulgação

A secretária municipal de Turismo do Rio, Daniela Maia, disse que a cidade vem buscando aumentar seu número de visitantes por meio da realização de grandes eventos, da divulgação em feiras internacionais e em investimentos em novos roteiros turístico-culturais.

“O Rio vem atraindo e investindo em grandes eventos em varias áreas do turismo, como tecnologia, WebSummit, gastronomia, 50 Best, esporte, Rio Open, shows, Alok, Paul McCartney, festivais culturais, e feiras, como Abav, a maior feira de turismo da América do Sul . Estamos ampliando o projeto de Nômades Digitais internacionalmente, passamos a fazer parte do WTCF, World Tourism Cities Federation, como uma forma de atrairmos também o mercado chinês. Além de investimentos na aérea de audiovisual, novos roteiros turísticos, cultura, investimento para o reequilíbrio do aeroporto Galeão para recebermos um maior número de voos nacionais e internacionais. Presença em feiras nacionais e internacionais. Estamos trabalhando com entusiasmo”, afirmou a secretária.

O secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, atribui a queda de passageiros aéreos na cidade a fatores como a crise financeira enfrentada pelo estado após os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, à pandemia e também a um desequilíbrio entre o Galeão e o Santos Dumont.

Para o secretário estadual de Turismo, Gustavo Tutuca, restrição de voos no Santos Dumont “vai potencializar o Galeão” – Ascom Secretaria Estadual de Turismo

“A Secretaria de Estado de Turismo tem negociado com diversas companhias aéreas o retorno dos voos internacionais para o Rio e já tivemos adesão de gigantes do mercado como British Airways, TAP, United Airlines, Delta, American Airlines e Ita Airways. Em relação ao mercado doméstico, estamos fazendo um trabalho de promoção do estado nas principais cidades emissoras de turista, com o projeto O Rio Continua Lindo. E perto!.”

Segundo Tutuca, a decisão do governo federal de restringir os voos no Santos Dumont “vai potencializar o Galeão, equilibrando as operações”.

“Além disso, o governo do estado tem concedido incentivo fiscal às companhias aéreas no aeroporto Galeão. Temos muita esperança que o Rio de Janeiro vai recuperar esse protagonismo. Já estamos no caminho certo para isso”, disse o secretário.

Fonte Agência Brasil – Read More

Olimpíada Internacional do Desporto Escolar volta ao país após 10 anos

A cidade do Rio de Janeiro vai sediar, mais uma vez, a Gymnasiade, Olimpíada do Desporto Escolar, que vai reunir, a partir deste domingo (20), mais de 2 mil estudantes atletas da categoria sub-15 de 46 países de todos os continentes. Segundo o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e vice-presidente da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), Antônio Hora Filho, se forem computadas também todas as equipes de trabalho, as pessoas que acompanham os atletas e familiares, o evento envolve mais de 4 mil pessoas.

“Nós somos esporte, mas não só esporte. Somos esporte educacional. Nós utilizamos do esporte como uma ferramenta de formação da cidadania e de educação. Muitas vezes na nossa competição quem ganha não é o mais importante. As experiências acumuladas ao longo da competição fazem com que sejam mais importantes”, disse em coletiva nesta sexta-feira (18), no Centro Olímpico de Tênis, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

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Eventos-teste para a Olimpíada de Paris começam em julho deste ano.COB anuncia aumento do prêmio para medalhistas na Olimpíada de Paris.A maior delegação é a do Brasil, com 404 membros, sendo 323 estudantes atletas -161 mulheres e 162 homens -, o que para Antônio Hora Filho resulta das ações pró equidade desenvolvidas pela entidade. “Significa dizer que a política de equidade da CBDE vem fazendo efeitos benéficos para a nossa sociedade, incluindo a mulher definitivamente no esporte”.

Hora Filho lembrou que essa é também a maior delegação que o Brasil já apresentou em edições da Gymnasiade. A expectativa do dirigente é garantir um bom resultado. “Nas últimas Gymnasiades sub-18, o Brasil, desde 2013, sempre figura entre os três países com maior número de medalhas no cômputo geral. A nossa expectativa é estar no topo do quadro geral de medalhas e assim esperamos porque estamos competindo em solo brasileiro, com todo o clima e a torcida. Os atletas não terão problemas de adaptação ao clima e pressão psicológica. A nossa delegação está bastante numerosa. Nós acreditamos que o Brasil pode voltar ao topo do quadro geral de medalhas. Essa é uma boa perspectiva para que as próximas gerações olímpicas sejam um reflexo dessas competições escolares”, disse o presidente da CBDE.

Depois do Brasil, a China é a delegação com maior número de integrantes com mais de 200 componentes. O Chile é a terceira, com 164 membros, e os Estados Unidos com 122 inscritos.

Na primeira edição do evento no Brasil, em 2013, a sede foi Brasília. Naquela edição os estudantes atletas eram da categoria sub-18.

“Não podemos esquecer que é do esporte educacional que surgirão os talentos, e nós temos exemplos recentes. A nossa medalhista da ginástica Rebeca [Andrade], que ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas, a primeira medalha internacional que ela ganhou foi em 2013 quando realizamos Gymnasiade sub-18 em Brasília, e ela se inciando na sua vida esportiva ganhou a sua primeira medalha internacional na mesma prova que seis anos depois se transformou em campeã olímpica. No desporto escolar, formar atletas é importante, mas formar cidadãos é muito mais importante”, disse Hora Filho.

Para o presidente da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF), o francês Laurent Petrynka, a participação dos estudantes atletas é mais do que representar a própria modalidade esportiva. “Quando você compete nos eventos da ISF, não está apenas representando o seu esporte, está representando a sua família, a sua cultura, o seu potencial”, disse, acrescentando que uma das razões da ISF em organizar essas competições é desenvolver nos estudantes os verdadeiros valores olímpicos.

A maior competição mundial do desporto escolar é organizada pela ISF em parceria com a CBDE, com apoio do Sesc Rio; da Federação de Esportes Estudantis do Rio de Janeiro (FEERJ); do governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer; e do governo federal, por meio do Ministério do Esporte.

A ministra do Esporte, Ana Moser, deve participar da cerimônia de abertura no domingo. O mascote dessa vez será um pássaro carioca, chamado Rio, que teve o nome escolhido em uma consulta entre os participantes.

A ISF U15 Gymnasiade 2023 terá 18 modalidades: tiro com arco, atletismo, badminton, basquete 3×3, boxe, caratê, dança esportiva, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, orientação, natação paralímpica, natação, tênis de mesa, taekwondo, wrestling e xadrez.

As competições serão realizadas na quinta-feira (24) e na sexta-feira (25), com encerramento do evento no sábado (26). O retorno das delegações para os seus países está previsto para os dias 27 e 28.

As provas serão disputadas nas arenas cariocas 1 e 2, no Centro Olímpico de Tênis e Vila Olímpica, instalados no Parque Olímpico da Barra da Tijuca; na Arena da Juventude, no Complexo Esportivo de Deodoro; e no Complexo Esportivo da Universidade da Força Aérea (Unifa), em Sulacap. Todos esses equipamentos estão na zona oeste da cidade.

O secretário de estado de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Rafael Picciani, incentiva a presença do público lembrando que os ingressos para assistir as competições são grátis. “A grande oportunidade de convidar a população para vir vibrar e assistir esses atletas competindo. Muitos deles, quando competem fora do Rio, não têm oportunidade de levar um parente para assisti-los, pelo custo, dificuldade logística e pelo calendário. Essa vai ser uma grande oportunidade de nós vermos esses atletas competindo e de trazer para perto a comunidade esportiva que o Rio de Janeiro possui, e mais uma vez ocupar essas arenas olímpicas, daquilo de mais marcantes que nós temos que é a alegria e a receptividade do povo brasileiro”, disse.

Atividades culturais

Hora Filho informou que na quarta-feira (23) as competições serão interrompidas para os atletas participarem do Dia Cultural e Noite das Nações, quando conhecerão a cidade do Rio de Janeiro, em especial os pontos turísticos e cartões postais como Corcovado, Pão de Açúcar e a Praia de Copacabana. Na noite, a intenção é que as delegações exponham os objetos típicos das culturas de seus países para trocas e intercâmbio entre os participantes. “Cada país tem que trazer uma apresentação cultural, uma comida típica para fazermos uma grande interação cultural”, disse Hora Filho.

O evento terá também a Fun Fest com programações diárias de entretenimento. “Todos os serviços estão montados para causar a melhor experiência possível para os participantes”, disse o presidente da CBDE.

Paralelo às competições, na direção do desenvolvimento escolar, haverá palestras e cursos em diversos setores. Na área de retorno social, a Gymnasiade oferecerá cursos para professores da rede pública de ensino das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, com atividades online e presenciais.

Fernando Soares, de 15 anos de idade, atleta do basquete 3×3 da delegação brasileira, agradeceu por poder participar da competição e aos pais por tê-lo sempre apoiado no esporte. “Acho que é merecido a gente estar aqui. Obrigado pela organização de vocês todos. Vai ser um evento incrível e muito maneiro para o Brasil”, disse, acrescentando que está muito ansioso.

“Estou muito feliz por esta oportunidade de chegar ao meu primeiro mundial. Vou dar o meu melhor. Quero agradecer a todos da CBDE por esta oportunidade”, disse Yasmim Nascimento, da equipe de badminton. A atleta, moradora da comunidade da Chacrinha, da Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro, disse que está mais ansiosa com a Gymnasiade do que da semana de provas na escola.

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Jovens de comunidade do Rio vão defender o Brasil na Gymnasiade 2023

O projeto que envolve jovens da comunidade da Chacrinha, na Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro, estará bem representado na Gymnasiade 2023, a Olimpíada Internacional do Desporto Escolar, que vai reunir a partir deste domingo (20) mais de 2 mil estudantes atletas da categoria sub-15, de 46 países de todos os continentes. Alunos da Associação Miratus de Badminton estão empenhados para participarem da edição, realizada no Rio de Janeiro.

Em 1998, o ex-atleta de natação Sebastião Dias de Oliveira fundou a Associação Miratus, uma entidade não governamental sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento social por meio da educação e do esporte. Desde lá, tem trabalhado com crianças e jovens da comunidade com atividades de badminton. Em 2004, a Miratus recebeu a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), título que é fornecido pelo Ministério da Justiça.

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Olimpíada Internacional do Desporto Escolar volta ao país após 10 anos.Copa consolida futebol feminino europeu e protagonismo de finalistas.“É uma experiência magnífica. Quando a gente faz um projeto dentro de uma comunidade, não visa o resultado de medalhas, a gente visa mostrar para eles que têm que fazer o melhor. O resultado desse trabalho acaba sendo a conquista onde eles podem chegar. Geralmente, a inclusão social, que é mais importante, mas o trabalho é feito com tanto carinho e tanto amor e eles absorveram com tanta vontade e acreditando que a gente tem 27 títulos pan-americanos, 62 sulamericanos, três europeus, dois que foram para as Olimpíadas. Temos a base da seleção brasileira adulta e juvenil”, animado, o diretor técnico enumerou os títulos em entrevista à Agência Brasil.

“Aprendemos muito com os erros e acertos. Tivemos obstáculos e com apoio de parceiros e amigos a gente conseguiu chegar no nível em que estamos”, pontuou.

Uma das dificuldades enfrentadas pelo projeto são os confrontos armados que ocorrem na comunidade da Chacrinha. “Às vezes nossos treinos são interrompidos por disputa territorial, mas a gente trabalha com mais vontade ainda para evitar que alguns deles [alunos] escorreguem para um outro caminho, para o outro lado”, revelou Sebastião Dias de Oliveira.

De acordo com o diretor, alguns atletas do projeto já despontaram em competições da modalidade, um deles é o filho Ygor Coelho, de 26 anos, que agora está na fase de disputa por vaga na Olimpíada de Paris, e defendeu o Brasil na modalidade nas Olimpíadas do Rio e do Japão. “Temos vários atletas e inclusive um deles é meu filho Ygor Coelho, que está disputando vaga na Olimpíada da França. Viaja para dentro e fora do país”, revelou, acrescentando que em nível de desporto escolar tem a atleta Yasmin Nascimento, de 14 anos, que ganhou todas as etapas nacionais na categoria sub-15.

“É uma atleta que tem potencial olímpico. Ela só tem que ser trabalhada e a gente conseguir cultivar o sonho dela”, concluiu.

Sebastião Dias de Oliveira disse que o projeto é motivador, porque, na realidade, quando se realiza um trabalho de inclusão social a ajuda é mútua. “Quanto mais você faz, mais recebe em troca. Recebe o comportamento dentro da quadra, aquela menina ou menino que chegou meio tímido e hoje despontando, viajando para vários países diferentes, conhecendo pessoas”, analisou.

Conforme o diretor, crianças e jovens das comunidades precisam ser incentivados e não rotulados pelo lugar onde vivem. “Só em estar aqui nesse evento maravilhoso [Gymnasiade 2023], mostra que vale a pena a gente acreditar nas crianças da comunidade. Não rotular neles que lá é um ambiente ruim. A gente tem que entender que se não fizer algo por eles, vai ter a outra firma que vai fazer e acolher. Depois não adianta julgar para dizer que é isso e aquilo e que mata. Temos que fazer com que eles não cheguem em tal ponto. A gente dá a eles uma raquete e não um fuzil”, defendeu.

Para as crianças e jovens que frequentam o projeto, os momentos em que estão fazendo a atividade esportiva funcionam como um respiro para enfrentar a realidade difícil de uma comunidade pobre. “A gente só pensa no treinamento e no que a gente pode fazer para melhorar”, contou Yasmin Nascimento à Agência Brasil.

Para o diretor é por isso também que a participação das crianças e jovens é fortalecida pelas famílias. “Isso [a participação] é apoiado até pelas famílias, porque às vezes não tem nada de opção dentro da comunidade. Só tem um projeto que eles sonham realmente, uma válvula de escape, uma saída. Até porque, no nosso projeto as crianças já viajaram para mais de 25 países. Às vezes esse sonho facilita a credibilidade da família de permitir que meninos e meninas possam frequentar”, observou.

Esse é o mesmo entendimento da Yasmin, que valoriza a possibilidade de poder treinar em coletividade, morar perto do projeto e não precisar pagar transporte, além de poder separar os momentos de treinos e amizade. É uma nova perspectiva de futuro.

“Para mim é muito gratificante poder participar do meu primeiro mundial e de um evento assim. Sempre pensei nisso e a oportunidade apareceu. Fiquei muito feliz de poder participar do mundial e de poder aplicar as coisas que venho treinando há muito tempo”, disse a jovem.

Badminton

O envolvimento com a modalidade esportiva, na visão do diretor, tem um motivo. “O badminton é um esporte muito divertido e ali o desafio é acertar a peteca. É um esporte inclusivo, joga homens, mulheres, gordo, magro, alto, baixo. É um esporte acolhedor. Nessa busca do desafio de jogar a peteca de um lado para o outro, eles acabam se envolvendo e acreditando que podem chegar lá”, disse.

O filho mais novo de Sebastião, Donnians Lucas, de 23 anos, é bicampeão sul americano na modalidade e atualmente faz faculdade de Educação Física. “Hoje é coordenador dentro do projeto e faz de tudo para ajudar as crianças”, completou o diretor.

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Uma aposta ganha prêmio de mais de R$ 4 milhões da Mega-Sena

Uma apostador de São Francisco do Conde, na Bahia, acertou sozinho as seis dezenas da Mega-Sena sorteadas neste sábado (19) e vai receber o prêmio de R$  4.645.727,41.  

Os números sorteados no concurso 2622 são os seguintes: 09 – 19 – 22 – 24 – 50 – 60. 

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Mega-Sena terá três sorteios por semana .Mega-Sena paga neste sábado prêmio de R$ 4 milhões.A quina teve 34 apostas vencedoras; cada acertador vai receber R$ 74.175,48. Já a quadra registrou 3.419 apostas ganhadoras. Os acertadores vão levar, cada um, o prêmio de R$ 1.053,76.

O próximo sorteio da Mega-Sena está marcado para terça-feira (22). O prêmio estimado está estimado em R$ 3 milhões. 

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet. O jogo simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

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Ônibus com torcedores do Corinthians sofre acidente e deixa 7 mortos

Um ônibus com torcedores do Corinthians sofreu um acidente na BR-381 (Fernão Dias), na madrugada deste domingo (20), no município de Brumadinho (MG), e deixou 7 mortos. O veículo transportava 48 pessoas, que voltavam para o estado de São Paulo após o jogo entre Cruzeiro e Corinthians, ocorrido ontem, pelo Campeonato Brasileiro.

Segundo a concessionária da rodovia, a Arteris, o ônibus adentrou uma curva e chocou-se contra o talude e na sequência tombou. O socorro às vítimas foi feito por equipes da concessionária, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e pelo Corpo de Bombeiros. Unidades da Polícia Rodoviária Federal e peritos da Polícia Civil também foram deslocados para o local.

“O Corinthians se solidariza às famílias dos torcedores falecidos e permanece à disposição para apoiá-las, assim como às outras vítimas do acidente e autoridades envolvidas no resgate e apuração dos fatos”, disse o clube paulista, em nota.

Acidente de Ônibus que matou 7 torcedores do Corinthians na Grande BH.  Fotos Divulgação- CBM-MG

Presidente Lula 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou nas redes sociais uma nota de pesar pelas mortes decorrentes do acidente. “Meus sentimentos aos familiares e amigos dos sete torcedores do Corinthians que faleceram em desastre, na madrugada deste domingo, em Brumadinho, Minas Gerais. Torço pela recuperação dos feridos e pela apuração das causas do acidente com o ônibus. Precisamos de paz e de veículos de transporte em boas condições nas estradas, porque não há como recuperar vidas perdidas”. 

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Rio perdeu mais de 40% de embarques aéreos entre 2014 e 2022.Meus sentimentos aos familiares e amigos dos sete torcedores do Corinthians que faleceram em desastre, na madrugada deste domingo, em Brumadinho, Minas Gerais. Torço pela recuperação dos feridos e pela apuração das causas do acidente com o ônibus. Precisamos de paz e de veículos…
— Lula (@LulaOficial) August 20, 2023

Às 10h30, a faixa esquerda da rodovia, no sentido de São Paulo, foi liberada para o tráfego. A faixa direita ainda permanece interrompida para atuação das equipes da perícia. De acordo com a concessionária, há cinco quilômetros de congestionamento no local.  

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Bienal do Livro do Rio terá estande inédito dedicado à fotografia

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Pela primeira vez em 40 anos de existência, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro vai ter um estande dedicado à fotografia, denominado Autores de Imagens. A iniciativa é do fotógrafo Ricardo Siqueira, da Editora Luminatti. O estande é o T27 e estará localizado no Pavilhão Verde do Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital do estado. A Bienal do Livro do Rio será realizada no período de 1º a 10 de setembro próximo, das 10h às 22h, diariamente.

Vinte e seis fotógrafos dividirão o estande, em diversos momentos, conversando com o público, durante a Bienal: Ana Branco, André Arruda, Edu Simões, Guina Ramos, Gustavo Pedro, João Farkas, Luís Baltar, Monique Cabral, Renato Negrão, Ricardo Beliel, Rogerio Reis, Valdemir Cunha, Yara Schreiber são alguns deles. Cada profissional terá espaço livre para contar fatos importantes de sua carreira, projetar suas imagens em uma tela e falar da relação com as fotos e os livros publicados. “Como foi a trilha de cada um, os caminhos que eles seguiram”, pontuou Siqueira. “A gente quer que as pessoas sintam que o fotógrafo pode ser editor de livros importantes, que têm conteúdo”.

 Ricardo Siqueira é o idealizador do estande- Luísa Gateira/Divulgação

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Bienal do Livro, 40 anos: evento terá Conceição Evaristo e Julia Quinn.Na fotografia há mais de 30 anos, Siqueira fez um projeto cultural, onde os autores fotógrafos teriam espaço para divulgar seus trabalhos e falar do livro como suporte da fotografia. O projeto foi aprovado pela prefeitura carioca, conseguiu patrocinadores e agora, terá esse primeiro espaço na Bienal. O viés são livros com autores fotógrafos. “Onde o principal insumo da publicação é a fotografia. O texto entra como suporte. A linguagem é visual”, acentuou Siqueira.

De acordo com Siqueira, não se trata de um estande comercial. “A venda do livro é um acessório. O que a gente quer é um espaço para mostrar que a fotografia casa muito bem com o suporte do livro, para estimular as pessoas a verem o livro fotográfico como um objeto importante, que resiste à nossa época. É muito fácil a comunicação através da imagem. O objetivo do estande é mostrar como a fotografia é importante como meio de linguagem. E o suporte do livro é melhor, porque é eterno”.

Bonecos e pretinhas

Guina Ramos vai falar sobre sua experiência no estande. Foto:  Regina Bienenstein/Divulgação

Guina Ramos é um dos fotógrafos que participarão do estande Autores de Imagens. Criador da editora própria Guina &dita, tem publicado fotos em formato comum de livro. À Agência Brasil Guina Ramos explicou que o mais conhecido deles foi confeccionado com fotos suas em preto e branco do tempo em que trabalhou em jornal. “Ficou mais fácil publicar por demanda, porque era um custo razoável para você vender por um preço normal”. São textos acompanhando a trajetória de um personagem, totalizando 100 fotos. A edição foi fechada com um tom de prosa poética.

Outras fotos resultaram no livro Bonecos e Pretinhas, em que relaciona os fotógrafos que fazem os “bonecos” com os repórteres que trabalhavam com as teclas das antigas máquinas de escrever, conhecidas no jargão jornalístico como “pretinhas”. “Selecionei umas 300 pessoas que fotografei algum dia para fazer matéria”. Guina Ramos tem também um livro de memórias no qual conta histórias, com fotos e reportagens, intitulado A Outra Face das Fotos. No estande, ele vai falar de sua experiência de publicar livros por conta própria, com a característica de diálogo entre texto e foto. 

Agência Brasil –

Brasileiro: Flamengo visita o Coritiba no Couto Pereira

Tentando se manter nas primeiras posições da classificação do Campeonato Brasileiro, o Flamengo visita o Coritiba, a partir das 16h (horário de Brasília) deste domingo (20) no estádio Couto Pereira, pela 20ª rodada da competição. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Motivado após garantir a classificação para a final da Copa do Brasil, o Rubro-Negro da Gávea tenta somar três pontos diante do Coxa fora de casa. A classificação teve um significado especial para o Flamengo, após as últimas semanas, que foram muito conturbadas, com a desclassificação da Copa Libertadores, briga entre jogadores e a agressão de um jogador [Pedro] por um membro da comissão técnica.

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Copa do Brasil: Flamengo volta a derrotar Grêmio e está na decisão.São Paulo bate Corinthians para alcançar final da Copa do Brasil.Caxias elimina Ceilândia nos pênaltis e vai às quartas da Série D.Antes de seguir viagem para Curitiba, o Mengão treinou no Ninho do Urubu! 🔴⚫#VamosFlamengo

📸: Nathã Soares /CRF pic.twitter.com/hhen0fs8cG
— Flamengo (@Flamengo) August 19, 2023

Em coletiva após a vitória de 1 a 0 sobre o Grêmio, que valeu a vaga na decisão da Copa do Brasil, o técnico argentino Jorge Sampaoli destacou a importância que um resultado como este pode ter para unir a sua equipe: “A união é importante, mas é mais importante quando as coisas não vão bem. Na vida e no futebol, normalmente as coisas vão mais mal do que bem. Então vemos realmente o ser humano quando as coisas não funcionam. Quando as coisas vão bem, quando saem os gols, a festa é normal”.

Um desfalque certo do Flamengo para a partida é o zagueiro David Luiz, que teve lesão no músculo adutor da coxa esquerda confirmada no último sábado (19). Já quem pode receber uma oportunidade na equipe titular é Allan. Com isso, o Rubro-Negro deve entrar em campo com: Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Erick Pulgar, Allan, Gerson e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabriel Barbosa.

Já o Coritiba tentará aproveitar o fato de jogar em casa para somar pontos para deixar a zona do rebaixamento. Para tentar cumprir esta missão desafiadora, o Coxa conta com o retorno de dois titulares que estavam suspensos, o lateral-esquerdo Jamerson e o volante Bruno Gomes. Desta forma, o técnico Thiago Kosloski deve começar o confronto com o seguinte time: Gabriel Vasconcelos; Diogo Batista, Kuscevic, Henrique e Jamerson; Fransérgio, Bruno Gomes e Sebastian Gómez; Marcelino Moreno, Diogo Oliveira e Robson.

Preparação finalizada ✅⚽️#VamosCoxa

📸 Gabriel Thá | Coritiba pic.twitter.com/L85FaGe9aB

— Coritiba (@Coritiba) August 19, 2023

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Coritiba e Flamengo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagem Rafael Monteiro e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Fonte Agência Brasil – Read More