Carro foi comprado com Bitcoin na concessionária usando novo terminal de pagamento

Digital Money, responsável pelos terminais de pagamento em Bitcoin, mostra tecnologia que permite ao vendedor receber o valor equivalente em Reais de forma instantânea

O bitcoin está cada vez mais se fazendo presente na vida das pessoas e se consolidando como moeda no mundo real. Agora uma nova tecnologia permite que ele seja usado de forma mais prática para transações comerciais do dia a dia. Desta vez, uma transação de venda de um carro foi realizada através de um terminal de venda que aceita bitcoins, o que representa uma revolução.

Através da tecnologia da Digital Money, que está instalando terminais em comércios estratégicos em todo o Brasil, foi possível efetuar na Belloscar, maior loja de seminovos de Curitiba, a venda de um veículo avaliado em 139 mil Reais, onde o cliente usou sua carteira bitcoin para pagar e o vendedor recebeu o equivalente em Reais, tudo de forma imediata.

Segundo a Digital Money, responsável pelos terminais de pagamento, isto é apenas o começo: “o DM Pay (terminal de processamento de pagamento) representa uma revolução. Queremos fazer com que as criptomoedas se tornem parte do cotidiano das pessoas, possibilitando que elas paguem com criptomoedas mas os estabelecimentos recebam em reais. Isso elimina qualquer barreira que poderia fazer com que um estabelecimento não aceite criptmoedas.  Estamos em fase de testes dos terminais DM-Pay, operando com os nossos parceiros comerciais. As máquinas tem taxa zero, não pagam aluguel, rodam sistema Android, funcionam por NFC ou QR Code e o recebimento é instantâneo, seja em Reais ou Bitcoins”.

A Digital Money lançou em seu site uma fila de espera para comerciantes que desejam ter um terminal de pagamentos com Bitcoin em seus estabelecimentos, em www.dmpay.io

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BITCOIN -Comprar imóvel nos EUA com Criptomoeda pode dar cadeia

“Qualquer valor que sai do país sem conhecimento do Banco Central é considerado crime financeiro” explica Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital
Lançadas em 2009, as criptomoedas viraram febre no mundo no ano passado e não puderam mais ser ignoradas. Com futuro incerto, atualmente o que deveria ser utilizado como meio de pagamento, tornou-se um investimento, com valorização espantosa.

Muitas empresas, como a agência de entretenimento Scheeeins, começaram a aceitar o Bitcoin como pagamento, com a finalidade de facilitar a transação de seus clientes estrangeiros. Agora, nos EUA, alguns anúncios de imóveis oferecem também esta opção aos seus compradores. Entretanto, isso pode gerar um problema criminal. “Apesar do mundo ser cada vez mais disruptivo, o dinheiro sempre precisará ter algum tipo de controle. Não se trata apenas de ser uma questão do Estado querendo interferir na vida das pessoas.

A grande questão é que, a falta de controle total permite que terroristas, traficantes de armas e drogas, corruptos e demais criminosos possam agir livremente” explica Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital.

No caso específico de imóveis no exterior comprado por brasileiros, o dinheiro obrigatoriamente precisa passar pelo Banco Central do Brasil, através de instituições bancárias autorizadas. Sem isso, mesmo que o cliente declare no imposto de renda, aquele dinheiro saiu do país de forma ilegal. “Neste caso fica configurada a evasão de divisas, ou seja, quando um recurso financeiro deixa o seu país de origem de forma irregular e isso é crime.

Neste caso, não teria cabimento declarar no imposto de renda algo que do ponto de vista legal, não aconteceu, como a remessa via Bitcoin. Com isso, o crime de sonegação também estaria configurado”, ressalta.

O Diretor de Câmbio explica ainda que não existe qualquer possibilidade legal de comprar um bem fora do país com criptomoeda sem que um crime seja cometido. “Os entusiastas deste tipo de ativo enxergam única e exclusivamente os benefícios e jamais os malefícios. No capitalismo, o dinheiro é a matéria-prima para se comprar qualquer coisa, sejam elas lícitas ou ilícitas. Por isso, não tem como os órgãos reguladores permitirem”, finaliza.