ENERGIA EÓLICA DEVE GERAR 200 MIL EMPREGOS

Estudo inédito da ABDI lista 52 carreiras que compõem o setor

O Brasil desponta como um dos países com maior matriz enérgica limpa do planeta. Enquanto no mundo apenas 33% da matriz é renovável, aqui o índice passa de 80%. Mesmo com o número já elevado, o potencial de crescimento no país salta aos olhos. Segundo um estudo da International Energy Agency, o Brasil foi o quinto país com maior incremento de gigawatts (GW) gerados pelo vento em 2016. No ano passado, foram instalados mais 2,02 GW (dados da Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica). Em 2017, o Brasil alcançou a geração de 12,8 gigawatts (GW), o que coloca o país em oitavo lugar no ranking mundial de usinas eólicas, ultrapassando o Canadá. Atualmente, os ventos respondem por 8,2% de toda a energia gerada. A capacidade instalada passa dos 12,7 GW. Isso abastece, por exemplo, seis de cada dez casas da região Nordeste. O Ministério de Minas e Energia prevê uma expansão de 125% até 2026, quando praticamente um terço da energia brasileira virá dos ventos (28,6%). Além de garantir luz acesa, os ventos também representam renda às famílias de muitos estados. Em 2016, o número de empregos diretos no setor passava de 150 mil. A ABEEólica estima que para cada novo megawatt instalado, 15 empregos diretos e indiretos sejam criados. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que até 2026 a cadeia eólica possa gerar aproximadamente 200 mil novos empregos diretos e indiretos. É como se metade da população de Florianópolis, capital de Santa Catarina, estivesse trabalhando no setor.

Um estudo inédito da ABDI mapeou 52 profissões/ocupações distribuídas nos cinco grupos de atividades que compõem a cadeia: construção e montagem (10 diferentes profissões); desenvolvimento de projetos (11 profissões); ensino e pesquisa (6 profissões); manufatura (15 profissões); operação e manutenção do parque eólico (9 profissões). O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira, explica que o potencial de criação de empregos é grande porque a cadeia eólica é longa, além do potencial de crescimento do mercado. “São cinco etapas envolvidas na cadeia, desde o desenvolvimento do projeto, a fabricação, a montagem e operação de um parque eólico. Para cada fase é preciso uma ampla gama de profissionais. Na fase de projeto, por exemplo, são necessários pelo menos 11 tipos de profissionais. Entre manufatura, construção e operação são mais 34 especializações diferentes”, destaca.

Segundo o estudo da ABDI, existem carreiras para todos os graus de formação. “A cadeia eólica precisa de profissionais que tenham apenas o ensino médio e fundamental, como é o caso de montadores e motoristas, mas contempla também os altos graus de formação, como engenheiros aeroespaciais, onde a pós-graduação e especialização são pré-requisitos para a contratação”, explica Ferreira. O documento da ABDI mostra ainda as possibilidades de crescimento do profissional dentro do setor.  Uma profissão que chama a atenção no estudo é o técnico em meteorologia, exigido em três das cinco fases da cadeia – montagem, desenvolvimento do projeto e operação. A formação dura em média três semestres (1200 horas) e o salário estimado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) é de R$ 2 mil. O técnico vai atuar no levantamento de dados sobre a velocidade e direção dos ventos, realizando a instalação e a manutenção das torres de medição (chamadas de anemométricas). Pelo estudo, esse tipo de profissional pode progredir no setor e se tornar Técnico em Operações e Manutenção de Parques, aumentando, assim, seu rendimento. Já para os salários mais altos são necessários diferentes profissionais do ramo da engenharia. Os ganhos médios mensais dos engenheiros aeroespaciais passam de R$ 8 mil. Para o engenheiro de vendas, o mercado oferece vencimentos próximos a R$ 15 mil. Somente para a fase de manutenção, permanente depois que o parque eólico está instalado, são contratados profissionais com formação em sete engenharias diferentes (engenheiro de produção, industrial, de qualidade, de vendas, eletricista e projetista). Os salários giram entre R$ 5 e R$ 15 mil. Na mesma faixa também existem vagas para advogados, administradores e biólogos.

 

     Profissões do futuro

 

O relatório da ABDI chama a atenção para profissões do futuro, cada vez mais exigidas pelo mercado de trabalho. O próprio técnico em meteorologia é um trabalhador que terá demanda crescente. “Com o maior número de parques de energia eólica e solar, existe um novo mercado que se abre”, diz o presidente da ABDI. O tecnólogo em meio ambiente, por exemplo, é uma profissão em alta. “Esse tipo de profissional tem um papel fundamental na expansão das energias renováveis. Nos parques eólicos, os técnicos de meio ambiente são responsáveis pelo monitoramento ambiental da fauna. É muito comum a morte de aves e morcegos por colisão com as pás das torres eólicas”. O técnico em meio ambiente tem um salário médio de R$ 2,5 mil, segundo a FIPE. Para exercer a profissão, é preciso formação em engenharia ambiental ou curso técnico na área. Segundo o estudo da ABDI, esses profissionais podem progredir para a posição de engenheiro ambiental ou consultor ambiental, onde os salários beiram os R$ 7 mil.

 

     Onde estão os empregos  

A maioria dos parques eólicos do Brasil está no Nordeste. O Rio Grande do Norte e a Bahia lideram o ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Outros sete estados da região concentram 184 parques de torres eólicas. O Sul também apresenta parte considerável da geração. Na região estão 95 parques, sendo a maioria no Rio Grande do Sul (80). Isso não significa que os empregos estejam somente nessas regiões. “Uma torre instalada no Rio Grande do Norte gera empregos mais perenes para a população local, na fase de operação e manutenção. Entretanto, o desenvolvimento do projeto pode ocorrer em um escritório em São Paulo, e os componentes das torres são construídos em Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina”. Guto Ferreira também explica que durante a construção são geradas muitas vagas temporárias, empregando locais e pessoas de outras regiões. A cadeia eólica não para por aí. A ABDI mapeou mais de 400 empresas envolvidas, entre fabricantes, fornecedoras de peças e prestadoras de serviço. Os construtores de pás exemplificam a capilaridade das indústrias que trabalham com vento. São apenas quatro no Brasil, mas em estados diferentes – Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo.

Profissões por grupo de trabalho

Construção e Montagem
Engenheiro Civil
Engenheiro de Projetos
Engenheiro de Qualidade; (podendo considerar ainda Engenheiro de Segurança)
Engenheiro eletricista (e afins)
Engenheiro Mecânico
Especialista em prospecção de áreas
Gerente de Obras; Gerente de Construção
Gerente de Projeto
Operadores de Equipamentos (de construção)
Técnico em meteorologia
Trabalhadores em geral (de construção)
Desenvolvimento de Projetos
Consultor Ambiental; Engenheiro Ambiental (mas podem ser considerardos também: Biologo, Arqueólogo e Geólogo)
Engenheiro Civil
Engenheiro de Projetos
Engenheiro de Qualidade; (podendo considerar ainda Engenheiro de Segurança)
Engenheiro de Sistemas Elétricos; Engenheiro de Transmissão Elétrica
Especialista em prospecção de áreas
Especialista em recurso (eólico)
Especialista em regulação
Gerente de Negócios; Gerente Comercial; Negociador
Gerente Financeiro
Técnico em meteorologia
Ensino e Pesquisa
Gerente de Desenvolvimento e Treinamento; Gerente de Recursos Humanos
Instrutor Técnico; Instrutor de Ensino Profissionalizante
Pesquisador
Pesquisador em economia
Pesquisador Engenheiro
Professor Universitário
Manufatura
Advogado
Engenheiro Aeroespacial
Engenheiro de Produção; Engenheiro Industrial
Engenheiro de Qualidade; (podendo considerar ainda Engenheiro de Segurança)
Engenheiro de Vendas; Gerente comercial
Engenheiro eletricista (e afins)
Especialista em Logística
Engenheiro Projetista (Engenheiro Mecânico)
Gerente de Engenharia; Gerente de P&D
Gerente de Suprimentos; Gerente de Supply Chain; Gerente de Compras
Montador e Operador de Linha de Produção
Motorista de caminhão
Pesquisador Engenheiro
Trabalhadores em geral – montagem do aerogerador no parque
Vendedor
Operação e Manutenção
Advogado
Engenheiro de Qualidade; (podendo considerar ainda Engenheiro de Segurança)
Engenheiro eletricista (e afins)
Engenheiro Mecânico
Gerente de Ativos; Administrador (de Ativos)
Gerente de Planta; Gerente de Operação e Manutenção ; Gerente de Parque Eólico
Técnico em meteorologia
Técnico em Operação e Manutenção de Parques Eólicos
Tecnólogo em meio ambiente; Técnico de controle de meio ambiente

ABSOLAR propõe ações para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no Amazonas

O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, se reúne amanhã, dia 8/12, às 15h30, com o presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia, para discutir ações em prol do desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no estado amazonense.

Um dos temas tratados é a adesão do Amazonas ao Convênio ICMS 16/2015, que autoriza os governos estaduais a isentarem o ICMS sobre a energia injetada na rede e compensada na geração distribuída. O Amazonas é o único estado da região Norte que ainda não aderiu ao Convênio. A estruturação de um programa estadual para incentivar a energia solar fotovoltaica, novas opções de financiamento e o apoio ao desenvolvimento do setor solar fotovoltaico na região complementam a pauta.

“O apoio do governador Amazonino Mendes também será fundamental para articularmos com os prefeitos a expansão de programas de energia solar fotovoltaica nos municípios amazonenses, que possuem enorme potencial de uso da tecnologia nos ambientes urbano e rural”, afirma Sauaia.

Na ocasião, a ABSOLAR trará informações e dados sobre o potencial e o mercado de energia solar fotovoltaica no Estado do Amazonas.

ABSOLAR celebra inclusão da energia solar fotovoltaica no Programa Minha Casa, Minha Vida

Iniciativa foi fruto de trabalho conjunto entre ABSOLAR, FIESP, Furnas e Ministério das Cidades e consolida compromisso anunciado pelo Ministério à sociedade em agosto de 2017

O uso de energia solar fotovoltaica em projetos habitacionais de interesse social do Governo Federal torna-se uma realidade em nível nacional, a partir da publicação da Portaria nº 643/2017, que dispõe sobre as condições gerais para provisão de sistemas alternativos de geração de energia para empreendimentos contratados no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

A iniciativa é fruto de análises de viabilidade e de modelos de negócio, desenvolvidas por meio de um protocolo de intenções, assinado em 2016 entre o Ministério das Cidades, Ministério do Trabalho e Fiesp. Os estudos contaram com a coordenação da Fiesp e trabalhos técnicos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Furnas e instituições parceiras.

Segundo o Presidente Executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, a nova diretriz beneficiará diretamente a população de baixa renda, por meio da geração de energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental a partir do sol, diretamente nos telhados das residências e condomínios do MCMV. “A ABSOLAR e o setor solar fotovoltaico celebram com grande alegria este marco histórico do Ministério das Cidades, que contribuirá para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país, com especial atenção aos menos favorecidos. Isso demonstra que a energia solar fotovoltaica está se tornando uma tecnologia democrática e acessível a todas as faixas de renda”, comemora Sauaia.

Segundo os cálculos do estudo, com a inclusão da energia solar fotovoltaica em residências e condomínios do MCMV, será possível reduzir em até 70% os gastos com energia elétrica dos beneficiados, aliviando os orçamentos das famílias para que possam melhorar sua alimentação, saúde, educação e qualidade de vida. Os benefícios da iniciativa, no entanto, ultrapassam a economia direta na conta de luz. “Este passo contribuirá também para a geração de milhares de empregos locais e de qualidade, criando novas oportunidades de trabalho para a população, distribuindo renda, movimentando a economia e gerando riqueza ao país”, explica Sauaia.

Avanços do setor solar fotovoltaico no Brasil

Segundo a entidade, a fonte renovável deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano, atingindo a marca histórica de 1 gigawatt em projetos operacionais no País

O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Dr. Rodrigo Sauaia, integra a delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23), em Bonn, na Alemanha, e participa hoje (16) de um evento oficial no pavilhão brasileiro sobre os avanços da fonte solar fotovoltaica no País e suas perspectivas de crescimento nos próximos anos.

Segundo Sauaia, a energia solar fotovoltaica é estratégica para apoiar o governo federal, estados e municípios no cumprimento da meta brasileira de reduzir 37% as emissões de gases de efeitos até 2025, com indicativo de chegar ao corte de 43% em 2030. “Ao gerar energia elétrica a partir do Sol, o Brasil evita emissões, diversifica a matriz elétrica, alivia os reservatórios hídricos, hoje em situação crítica, reduz custos e emissões com o uso das termelétricas a combustíveis fósseis e ainda impulsiona a geração de empregos locais de qualidade, atraindo investimentos privados e reaquecendo a economia nacional. Ou seja, ganha o meio ambiente, o cidadão, o setor privado e o poder público”, comenta o presidente executivo da ABSOLAR.

Para tornar o Brasil uma potência solar fotovoltaica, a  entidade propõe, conforme apresentado recentemente ao Ministro de Minas e Energia, uma contratação anual de 2 gigawatts (GW) de usinas solares fotovoltaicas por meio de leilões de energia elétrica, uma meta nacional de 1 milhão de telhados solares fotovoltaicos em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural, a abertura de linhas de financiamento competitivas para pessoas físicas e uma política industrial para reduzir preços de equipamentos nacionais aos consumidores.

“O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. Também deverá atingir a marca histórica de 1 gigawatt (GW) em projetos da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, ante os 90 MW verificados em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período”, aponta Sauaia.

O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol.

Setor solar fotovoltaico deve movimentar R$ 4,5 bilhões no País este ano, projeta ABSOLAR

De acordo com a entidade, Brasil deve atingir a marca de 1 mil megawatts até o final 2017, com a criação de cerca de 20 mil novos empregos

São Paulo, outubro de 2017 – O setor solar fotovoltaico brasileiro está em franca expansão e deverá movimentar mais de R$ 4,5 bilhões este ano. A projeção é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade nacional que representa o segmento.

De acordo com a associação, o Brasil deverá atingir a marca histórica de 1 mil megawatts (MW) da fonte solar fotovoltaica operacionais na matriz elétrica nacional até o final de 2017, saltando de aproximadamente 90 MW em janeiro deste ano, um crescimento de mais de 11 vezes no período.

Com a evolução do setor em 2017, a ABSOLAR projeta a criação de cerca de 20 mil novos empregos no País. Segundo estatísticas internacionais do setor, para cada megawatt instalado em um determinado ano, são gerados de 25 a 30 novos postos de trabalho qualificados.

O crescimento deste ano colocará o Brasil no radar dos principais mercados solares fotovoltaicos do planeta e no seleto grupo das 30 nações que mais investem em energia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental por meio do Sol.

“O Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo e, com um programa nacional estruturado para desenvolver este setor, poderá se tornar um dos dez maiores mercados fotovoltaicos nos próximos anos. Hoje já somos referência em energia hidrelétrica, biomassa e eólica e não podemos ficar para trás na área solar, cada vez mais estratégica no setor elétrico internacional”, comenta Sauaia.

Setor de energia fotovoltaico segue movimentado

Segundo a Aneel, até 2024 Brasil poderá ter 1,2 milhão de consumidores geradores de energia

 

São Bernardo do Campo, outubro de 2017 –  A energia fotovoltaica continua avançando no país e o número de conexões instaladas continua crescendo de acordo com os dados que vem sendo divulgados pela Aneel. Em junho do ano passado, o país registrava quatro mil conexões e atualmente este número está próximo de 15 mil instalações, representando um aumento de 300%. Para Aneel, se a taxa de crescimento continuar com a mesma velocidade, a expectativa é que até 2024 o Brasil alcance 4,5 GW (Giga Watt) da capacidade de energia instalada. O setor segue acirrado devido às diversas movimentações que estão ocorrendo, especificamente os leilões de energia.

 

Os leilões públicos ainda são a principal forma de contratação on-grid (conectado à rede) de energia no Brasil e é a Aneel a responsável por sua realização. Quem tem a menor tarifa geralmente vence, visando a eficiência na contratação de energia. Por enquanto foram realizados por volta de dois leilões de energia solar seguindo os mesmos padrões dos leilões de energia convencionais.

Na primeira ocasião, em outubro de 2014 contratou-se 1 GW, que foi injetado na rede elétrica do país a partir deste ano. No segundo, em agosto de 2015, também foi comercializada, praticamente, a mesma quantidade de energia. A expectativa segundo o Ministério de Minas e Energia (MME) é que até o final de 2017 ocorra mais dois leilões de energias renováveis. Atualmente a energia solar fotovoltaica representa 0,2% da matriz energética brasileira e a expectativa é que até o final do ano ultrapasse 1 GW de capacidade.

 

O sistema on-grid é mais comum no Brasil e tende a ser mais rentável para o consumidor. O sistema conectado à rede funciona como um armazenamento de energia, pois quando há produção de energia excedente a mesma retorna a rede e é revertida em créditos que podem ser utilizados em até 60 meses para abatimento de valores futuros. Já o sistema off-grid (fora da rede) é mais comuns em locais com pouco ou nenhum acesso à energia elétrica pública, e também em veículos que necessitam de energia (moto home). O sistema consiste no uso de baterias para armazenagem de energia.

 

Dificuldade do setor

Apesar do país apresentar grande potencial para este tipo de energia, ele ainda segue engatinhando.  De acordo com o especialista e vendedor técnico Denilson Tinim da multinacional austríaca Fronius, “ o Brasil é um país rico em bases hídricas, diferente de outros países da Europa. Por este motivo, as hidrelétricas são bem exploradas ainda” explica. Outro fator que dificulta é a falta incentivo do governo ao uso de energias alternativas e o aprimoramento do conhecimento geral de toda a população dos benefícios da utilização de energia renovável

 

Segundo Tinim, o investimento em energia solar depende do tamanho do projeto e a quantidade de energia que será gerada “trata-se de um investimento em que o consumidor será ressarcido entre cinco e sete anos, na maioria dos casos, e o sistemas com os inversores tem vida útil estimada em 25 anos. Além disso, a economia de energiaelétrica é muito grande. Na ponta do lápis, os rendimentos são maiores do que investir o dinheiro em uma conta poupança. ”

 

Apesar das dificuldades, já existem diferentes tipos de financiamentos em bancos privados e algumas linhas de créditos especiais para energia solar fotovoltaica. “Um dos deles é o PRONAF, criado para pequenos agricultores, que pode financiar sistemas fotovoltaicos de até R$ 300 mil, com uma taxa anual entre 2,5% a 5,5% anuais, o agricultor só começa a pagar após 36 meses da aquisição do crédito” esclarece Denilson.

 

Energia alternativa pode ser essencial

O Brasil tem muito potencial para ser um dos maiores produtores de energia solar do mundo, inclusive pode estar entre uma das principais fontes de energia do país, entre outras renováveis. “A Fronius tem investido na ideia de mundo sustentável e acredita num mundo totalmente abastecido 100% por energias renováveis” complementa Tinim.

 

 

Flutuador movido a energia solar

 

Fatec Osasco cria flutuador movido a energia solar para combater mosquito da dengue

Experimento é um dos finalistas da 11ª Feira Tecnológica do Centro Paula Souza. Mostra está no ar até dia 10 de novembro em seu novo formato virtual

Empenhados em criar uma maneira de evitar a reprodução do mosquito da dengue em fontes com água parada, três alunos da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Osasco encontraram uma solução simples para atacar o problema. Eles desenvolveram um dispositivo que, literalmente, afoga a larva do mosquito.

Flutuador Autônomo de Controle de Larvas do Aedes Aegyptiproduz ondulações e bolhas, gerando uma turbulência que impede as larvas de chegarem à superfície da água para respirar. Assim, elas acabam morrendo afogadas.

Elaborado pelos estudantes Evandro José de Oliveira, Davidson Santos da Silva e Welton Barreto da Silva, do curso superior tecnológico de Manutenção Industrial, o projeto foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso, orientado pelos professores André Rosa Ferreira e Carlos Alberto de Freitas.

Welton explica que o experimento tem um raio de ação de 2,5 metros, que pode ser ampliado conforme a potência da bomba de ar. O equipamento possui ainda um dispositivo ultrassônico, que funciona como repelente para que os mosquitos não depositem ovos na água.

 

Técnicas imbatíveis

“O flutuador utiliza duas técnicas imbatíveis: ele afoga as larvas e assusta os mosquitos”, brinca Welton. Ele conta que o protótipo foi testado no Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan,centro paulista de pesquisa biológica ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e eliminou mais de 30 larvas em duas horas.

Inspirado em um modelo feito por um pesquisador indiano para combater a malária, o dispositivo dos estudantes utiliza energia solar. “No decorrer do dia, a placa fotovoltaica fornece energia para o funcionamento do aparelho e, ao mesmo tempo, carrega uma bateria de lítio, que vai alimentar o flutuador durante a noite”, explica Welton.

De acordo com o jovem, um dos diferenciais é o baixo custo do equipamento. “Gastamos cerca de R$ 90 em materiais para o protótipo. Em larga escala, o preço deve chegar a um valor ainda mais acessível e o flutuador poderá ser facilmente utilizado em espaços públicos e particulares que tenham espelhos d’água, fontes, chafarizes e outros locais com acúmulo de água.”

 

Feira Tecnológica

O flutuador é um dos projetos finalistas da 11ª edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps). Em novo formato, totalmente virtual, a mostra começou no dia 11 de outubro e segue até 10 de novembro pela internet.

“A Feteps é uma ótima oportunidade para dar visibilidade ao projeto em busca de parceiros que ajudem a lançar no mercado um novo produto capaz de salvar vidas”, ressalta o orientador André Rosa Ferreira.

Os alunos concorrem na Categoria 6 –Tecnologia Industrial Elétrica e também disputarão os prêmios de melhor vídeo e vencedor da votação popular. Veja o vídeo e o estande do flutuador na Feteps.

CPFL Paulista instala placas solares em clientes

Concessionária investiu R$ 547 mil no projeto, que beneficia clientes de baixa renda

 

Campinas, 16 de outubro de 2017 – A CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia que atende 4,3 milhões de clientes em 234 municípios do interior paulista, investiu R$ 547 mil em um projeto de geração solar para clientes residencial com UTI domiciliar. A iniciativa, que beneficiou 50 famílias da Região Metropolitana de Campinas, tem por objetivo contribuir para a redução da conta de luz destes consumidores críticos para a operação da rede de distribuição de energia elétrica.

 

Esses clientes possuem em sua residência equipamentos elétricos para sobrevivência e/ou respiração artificial com necessidade de utilização ininterrupta. Devido ao tempo de utilização, esses equipamentos demandam um consumo elevado de energia elétrica, impactando no custo mensal desses clientes.

 

Financiado com recursos do Programa de Eficiência Energética da Aneel, o projeto viabilizou a instalação de cinco módulos de placas solares em cada cliente, somando 250 painéis. No total, esses projetos de geração solar distribuída possuem uma capacidade instalada de 1,27 kWp por residência. A expectativa é que a totalidade dos painéis produzam 7,5 mil KWh/mês de energia elétrica para atender as necessidades das 50 famílias, proporcionando então uma geração de energia elétrica aproximada de 150 kWh/mês para cada um dos clientes beneficiados.

 

Além da instalação das placas solares, possibilitando a própria geração de energia, o projeto também promoveu a substituição de sete lâmpadas ineficientes por modelos de LED. Aliando estas duas ações, a expectativa é de que o consumo de energia dos clientes tenha redução de até 40% por mês, com impacto no valor da conta de luz.

 

“Com isso, A CPFL Paulista promove a geração sustentável de energia, o consumo eficiente e economia financeira, além de beneficiar clientes que com UTIs domiciliares”, afirma o gerente de Eficiência Energética da CPFL Energia, Felipe Zaia. Os cálculos da gerência apontam para uma energia economizada de 111,18 MWh por ano e uma redução na demanda de ponta de 4,45 kW, o que também contribui para o menor uso da geração das termelétricas (caras e poluentes).

 

A produção da energia solar, limpa, renovável e sustentável, também tem impacto positivo para o meio-ambiente. A expectativa é de que o projeto evite a emissão de 138,94 toneladas na emissão de gás carbônico (CO2), um dos principais causadores do efeito estufa. Esse volume equivale ao plantio de 834 novas árvores.

 

Veja a quantidade de clientes contemplados por cidade:

 

 

Cidade Clientes Atendidos
Americana 5
Campinas 25
Hortolândia 5
Monte mor 1
Nova Odessa 1
Paulínia 2
Piracicaba 4
Sumaré 7
Total Geral 50

 

 

Avanço na geração solar

 

O projeto de placas solares para clientes com UTI Domiciliar marca mais uma nova iniciativa da CPFL Energia no segmento de geração solar. Recentemente, o Grupo concluiu a instalação de painéis solares em 231 clientes residenciais e comerciais em Campinas, no âmbito do projeto de P&D Telhados Solares. O objetivo da iniciativa é entender o impacto deste tipo de geração para a rede elétrica das distribuidoras, além de capacitar a CPFL Energia para atuar no mercado de energia solar.

 

Em maio deste ano, o Grupo lançou a Envo, empresa voltada para o desenvolvimento de projetos de geração solar distribuída para clientes residenciais e comerciais de pequeno porte. A companhia tem priorizado a atuação nas regiões de Campinas, Sorocaba e Jundiaí, com planos de expansão para outras regiões do interior paulista.

 

Por meio da CPFL Eficiência, o Grupo também tem oferecido soluções de geração solar distribuída para grandes clientes industriais e estabelecimentos comerciais de grande porte. Um exemplo de projeto nesta área foi a instalação de painéis solares no data center da Algar, em Campinas, e a expansão do projeto geração solar do data center da Algar em Uberlândia, em Minas Gerais.

 

Outra iniciativa relevante no tema é o projeto da usina solar Tanquinho, projeto de P&D desenvolvido em Campinas pelo Grupo para o teste de cinco tipos de tecnologias de placas solares para a geração solar. Com 1,1 MWp de capacidade, Tanquinho é um dos maiores projetos de energia solar do Estado de São Paulo em operação.

 

Sobre o Programa de Eficiência Energética

 

O Programa de Eficiência Energética das distribuidoras da CPFL Energia, realizado em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrico (Aneel), é desenvolvido pelo Grupo desde 1998 e tem por objetivos a preservar os recursos naturais e promover educação para o uso racional de energia elétrica, evitando, assim, o desperdício.

 

Os recursos do programa provêm do valor arrecadado nas contas de luz. Essa verba volta para a sociedade por meio de projetos que buscam tornar mais consciente a relação das pessoas com a energia elétrica, fazendo com que esta seja utilizada com responsabilidade.

Energia solar estimula o aumento de empregos no Brasil

As estatísticas de energias renováveis e empregos publicadas no balanço anual da IRENA (Agência Internacional de Energias Renováveis) revelam que o número de pessoas empregadas na indústria global de energia renovável cresceu 5% em 2015, chegando a 8,1 milhões. É com energia solar que trabalham os empregadores mais importantes desse setor, responsáveis por 2,8 milhões de postos de trabalho nesse mesmo ano.

No segmento de energias renováveis, o setor de energia solar é globalmente o maior empregador. A maioria dos empregos criados nesse setor foi em operação e manutenção, e os maiores empregadores são a China, o Brasil e a Índia.

No Brasil, atualmente, o maior número de empregados na indústria de energia renovável está nos setores de bioenergia e de grandes hidrelétricas, embora também cresçam os empregos no setor eólico, graças a um aumento nas instalações e manufatura nacional.

Dessa forma, há potencial para que o setor solar fotovoltaico ganhe mercado, à medida que aumentam as instalações e cresce a capacidade planejada para 3,3 GW até 2018. Além dos 60.000 a 90.000 empregos possíveis a serem gerados, a produção nacional de módulos promete um grande potencial à medida que o foco se desloca da instalação.

Na Alemanha, por exemplo, havia 100.000 empregos no setor fotovoltaico quando o mercado atingiu 7 GW em 2012. Várias empresas do setor solar FV já demonstraram interesse em investir em produção local; portanto o mercado de trabalho brasileiro nesse setor, com 4.000 empregados, pode tornar-se uma parte essencial da economia dentro de alguns anos.

Globalmente, as instalações solares FV cresceram em 20% em 2015, com a China, o Japão e os Estados Unidos na liderança. O maior empregador solar FV é a China, com 1,7 milhão de empregos em 2015. Como os Estados Unidos e a União Europeia vêm cobrando impostos sobre as importações de painéis chineses, alguns fornecedores chineses de módulos reagiram implantando novas instalações em países como o Brasil. Além disso, à medida que aumenta a energia solar FV distribuída, torna-se mais fácil implantar localmente certas partes da cadeia de valor – tais como montagem, distribuição ou serviços pós-venda –, criando assim ainda mais empregos.

A geração de vagas e a expansão prevista no setor solar FV no Brasil serão questões fundamentais a serem discutidas no fórum de empregos e carreiras durante a Intersolar South America. O evento oferece uma plataforma para quem procura oportunidades e para outros profissionais discutirem as tendências atuais e também contará com a presença de empresas e especialistas em RH para debaterem sobre ofertas de emprego. A plataforma está sendo organizada com o apoio do Portal Solar como parceiro de mídia que estará no local para trazer as últimas novidades sobre o mercado brasileiro de trabalho.

A edição da Intersolar South America deste ano, em São Paulo, também oferecerá aos jovens engenheiros várias oficinas e sessões de treinamento em meio período para estimular os recém-chegados ao mercado de trabalho da indústria de energia renovável. O programa levará aos jovens talentos informações sobre o mercado e sobre oportunidades oferecidas por empresas e associações. Haverá também sessões de treinamento e oficinas para ajudar instaladores a aprimorar seus conhecimentos práticos, aprender novos métodos e compreender as regulamentações.

Oeste do PR inicia projeto-piloto de energia solar fotovoltaica em propriedades rurais

Com formato inédito, convênio tem como objetivo estudar a viabilidade técnica e econômica da energia renovável no campo; acordo foi assinado nesta quarta-feira (19), em Medianeira

Na próxima semana começam as atividades práticas do projeto de implantação de unidades de geração distribuída de energia elétrica a partir de módulos solares em propriedades rurais no oeste do Paraná. A proposta é fruto de parceria entre Itaipu Binacional, Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sebrae/PR, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Sistema Ocepar e cooperativas Lar, C. Vale e Copacol, instituições que assinaram convênio para atuação no projeto neta quarta-feira (19), na sede da Lar, em Medianeira.

O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu Binacional, Herlon de Almeida, explica que a iniciativa surgiu a partir de demandas das quatro Câmaras Técnicas de Proteína Animal do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), partindo de provocação da Ocepar em busca de respostas sobre a viabilidade e eficiência desse tipo de energia renovável no meio rural. “A ideia é instalar os sistemas de módulos solares em três propriedades rurais e monitorar o desempenho por um período de três anos. Acreditamos que, ao final, teremos as respostas que desejamos”, projeta.

José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, afirma que o projeto é uma resposta à altura da provocação feita no decorrer das ações do POD. “A região oeste é o lugar certo para começar esse estudo, pois conta com um grupo alinhado de instituições que fazem parte de um projeto maior, que é o Oeste em Desenvolvimento. Tenho recebido perguntas sobre o que tem sido feito na região para chegarem aonde estão e, esses projetos, são uma resposta. As três cooperativas que darão o empuxo para essa pesquisa também serão exemplos pioneiros”, destaca.

De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Danieli Doneda, não há estudos que indiquem essas respostas para o meio rural no Brasil, da forma com que as cadeias de proteína animal precisam para avaliar o uso da energia solar fotovoltaica em propriedades. “Portanto, é um projeto inédito, que pretende ser referência e gerar respostas sobre a viabilidade técnica e econômica do sistema, bem como investimento e tempo de retorno, qualidade da geração distribuída e, ainda, medir a eficiência de diferentes painéis fotovoltaicos existentes no mercado”, indica.

Anfitrião da reunião de assinatura do convênio para execução do projeto, o diretor-presidente da Lar Irineo da Costa Rodrigues acredita que é um dos papeis das cooperativas, encontrar caminhos para o desenvolvimento dos associados. “A região deu um salto nos últimos anos e, ao contrário de empresas privadas que atuam no mesmo setor, as cooperativas sustentaram esse crescimento. Nosso foco são as pessoas. Queremos ver, ao final de cada projeto, que houve melhoria na qualidade de vida do produtor rural. Aderimos ao projeto, pois acreditamos que vai dar certo e ser modelo”, opina.

Funcionamento
Cada instituição tem papeis definidos no projeto. Itaipu, Sebrae/PR e Ocepar estão à frente da gestão do convênio, cada qual dentro de seus focos de atuação; PUCRS e PTI na operacionalização técnica dos sistemas de módulos de energia solar fotovoltaica; e as cooperativas, integrantes primordiais para a prática do processo, indicarão as três propriedades associadas para a instalação, farão o acompanhamento dos sistemas e disseminação do projeto com os demais associados.

Conforme Adriano Moehlecke, coordenador do Núcleo de Tecnologia em Energia Solar da PUCRS (NT-Solar), os módulos fotovoltaicos serão instalados nas propriedades a fim de converter energia solar em energia elétrica. “Isso é possível desde 2012, com a Resolução Normativa nº 482, que criou o Sistema de Compensação de Energia Elétrica. Entretanto, não se têm uma padronização para a implantação do sistema em meio rural. Por isso, a importância do projeto”, enfatiza.

A proposta é encontrar a melhor forma de uso dos módulos fotovoltaicos nas propriedades, monitorando e avaliando os resultados nestes três anos do projeto, complementa Moehlecke. “Vamos chamar o sistema de Agrosolar e buscar criar uma padronização para o uso com base nos resultados práticos”, observa.