Cirurgia inovadora favorece pacientes com câncer de reto

Ainda pouco conhecida no Brasil, a cirurgia por via transanal é nova opção para tratamento da doença

São Paulo, 28 de junho de 2016 – Dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA – destacam que ainda este ano é esperado o registro de mais de 596 mil novos casos de câncer no Brasil. Desses, mais de 17.000 são de cólon e reto, terceiro tipo de câncer mais comum em homens e segundo de maior índice em mulheres.

A cirurgia para tratamento do câncer de reto passou por diversos avanços nas últimas décadas, com padronização de técnicas cirúrgicas, terapias multimodais (combinações de cirurgia com radioterapia e quimioterapia), popularização da cirurgia laparoscópica, entre outros. Isso  permitiu conquistar melhores resultados oncológicos, como a diminuição do retorno da doença, menos necessidade de uso de bolsas de colostomia definitivas e recuperação pós-operatória mais rápida e menos dolorosa. Mesmo assim, a cirurgia do câncer de reto, especificamente de tumores baixos – próximos ao ânus – permanece sendo um desafio.

Inovadora e aplicada no Brasil apenas em grandes centros especializados, a cirurgia de excisão total do mesorreto via transanal combina o acesso abdominal laparoscópico ou aberto com o acesso endoscópico transanal. O procedimento tem favorecido pacientes, “pois permite a definição precisa das bordas do tumor e a adequada visualização e preservação de estruturas da pelve, sem comprometer a remoção dos tecidos necessários para o tratamento do câncer”, destaca o especialista na técnica e cirurgião do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Rodrigo Perez.

O especialista destaca que “para que o procedimento seja bem sucedido, é necessário conhecimento na anatomia e experiência em cirurgia transanal, com ferramentas exclusivas”.

Sobre Câncer de cólon e reto

Os principais fatores de risco são: idade acima de 50 anos (mais de 90% dos tumores aparecem depois desta idade), presença de pólipos no intestino, histórico familiar de câncer de cólon e reto, histórico pessoal de câncer (quem já teve câncer de cólon e reto ou câncer de ovário, mama e corpo do útero), algumas doenças inflamatórias do intestino (Doença de Crohn e Colite Ulcerativa), dieta rica em gordura e pobre em fibras e algumas alterações genéticas que predispõe ao aparecimento deste câncer em idade jovem (40 anos) com ou sem a ocorrência de pólipos no intestino.

Sobre o Hospital Samaritano:

Especializado em medicina de alta complexidade, o Hospital Samaritano de São Paulo está há 122 anos em atividade. Fundado em 25 de janeiro de 1894, nasceu como primeiro hospital privado da capital paulista e hoje é uma das poucas instituições de saúde que permanece em atividade, em duas passagens de séculos, com recursos próprios.

Especializado em Cardiologia, Gastroenterologia, Neurologia, Ortopedia, Oncologia, Trauma, Urologia e Ginecologia, o Hospital Samaritano de São Paulo oferece atendimento completo e integrado aos pacientes, com acompanhamento em todas as etapas do tratamento. Além disso, oferece Serviço de Emergência Especializada 24 horas em Ortopedia, Cardiologia, Neurologia e Trauma.

O Complexo Hospitalar do Hospital Samaritano conta com 19 andares, 313 leitos, além de Centro Cirúrgico com salas para realização de procedimentos de alta complexidade e Centros de Medicina Especializada em Pediatria e doenças da Tireoide. Desde 2004, é certificado pela Joint Comission International (JCI), um dos mais importantes órgãos certificadores de padrões de qualidade hospitalar no mundo.

Quando uma dor no peito pode ser sinal de infarto?

Sintoma comum a várias doenças, a dor no peito é o principal sinal do infarto agudo do miocárdio. Saiba como identificar e prevenir.

A dor no peito é um sintoma que pode afetar pessoas de todas as idades, e muitas doenças cardíacas têm esse  sintoma como principal manifestação.O incômodo deve sempre ser valorizado, porém, nem sempre este sinal significa um problema cardíaco: entre 15% e 20% das dores torácicas atendidas nos Pronto-Socorros adultos são, de fato, decorrentes de obstrução das coronárias, sendo que em torno de 5-8% são decorrentes de Infarto Agudo do Miocárdio. Condições como a gastrite, o refluxo gastroesofágico, além de pleurisia e embolia pulmonar e até mesmo ataques de pânico podem provocar a dor no peito.

“Toda pessoa frente a um sintoma como este deve procurar atendimento médico o quanto antes”. A afirmação é do Dr. Rogério Marra, cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo. “O tempo de atendimento é o maior diferencial no êxito do tratamento, é um fator determinante no grau de sequelas e até no risco de morte”, completa o médico.

Isso porque o infarto do miocárdio ocorre quando células do coração morrem e comprometem seu funcionamento. Essa morte se dá por uma isquemia decorrente do processo chamado de aterosclerose. Basicamente, as placas de gorduras acumuladas nas artérias coronárias, que irrigam o coração, podem comprometer o fluxo sanguíneo e, consequentemente, deixar de alimentar células do órgão. Por isso, é fundamental que a desobstrução? seja feita o quanto antes, comprometendo menos possível a saúde do órgão.

Sintomas

O principal sinal de um infarto é a dor torácica – em alguns pacientes, a dor não se manifesta, como nos idosos e diabéticos – mas essa dor é um sintoma muito comum a diversas doenças. Existem outros sinais que podem potencializar o alerta para um quadro de infarto: “No caso específico do infarto agudo, a dor é do lado esquerdo, podendo se estender para o braço ou ombro esquerdo, trazendo uma sensação de opressão, acompanhada de náuseas e sudorese fria, quadro que vai aumentando de intensidade com o passar das horas”, explica o especialista

Prevenção

Hipertensão, diabetes, colesterol elevado e tabagismo são algumas das condições que aumentam a propensão a desenvolver a aterosclerose e, futuramente, um possível infarto. Prevenir o infarto é, na verdade, prevenir a própria aterosclerose. “Ter uma vida saudável com atividade física regular e uma alimentação equilibrada mantém estes fatores de risco sob controle”, afirma do médico.

O mesmo vale para pessoas que têm histórico familiar de alguns desses fatores. Nesses casos, é necessária ainda mais precaução e devem procurar avaliação médica. Um bom acompanhamento, com uma avaliação por volta dos 30 anos, pode controlar melhor as alterações metabólicas, evitando o acúmulo de gordura nas artérias e, consequentemente, o próprio infarto.