ONDE INVESTIR COM A SELIC EM QUEDA LIVRE?

“Existem investimentos que se tornam ainda mais interessantes com a queda da Selic e que podem agregar à sua carteira de investimentos”,afirma André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor

       A queda da taxa Selic é o motivo pelo qual muitos investidores questionam os rendimentos de seus ativos, e ficam em dúvida sobre quais são as melhores opções para alocar seu capital. Num cenário de juros mais baixos é elementar para o crescimento da economia e controle da inflação, mas, mesmo com a redução da taxa e com a presença de modalidades de investimentos que tornam-se mais atrativas nesse momento, é importante lembrar que as necessidades do investidor devem ser priorizadas. Ou seja, para os investimentos em que o investidor necessite de liquidez e possa resgatá-los a qualquer momento, as opções atreladas à Selic e ao CDI continuam sendo as mais apropriadas, devido ao conservadorismo necessário para esse caso.

André Bona, Educador financeiro do Blog de Valor, explica: “Quanto aos investimentos, existem aqueles que se tornam ainda mais interessantes com a queda da Selic e que podem agregar, e muito, à sua carteira de investimentos. Porém, não adianta o investidor trocar um investimento por outro que possui maior potencial de ganhos com a redução da taxa, se esse outro não for adequado à suas necessidades pessoais. Isso porque, as ações são investimentos de longo prazo, portanto não devem ser utilizadas para reserva de emergência que requer investimentos conservadores e com características de curto prazo”, ressalta. De acordo com André, em tempos de queda na taxa de juros, títulos públicos e privados prefixados, como o Tesouro Prefixado (LNT), Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), podem ser boas opções. Os CDBs de banco menores, que oferecem opção de alto retorno de investimento e são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil, também são ativos interessantes para a composição da carteira. Já no mercado de ações, ativos ligados à infraestrutura em geral e de varejo, como por exemplo, os ativos de construtoras e de empresas ligadas à concessão de rodovias, companhias de vestuário e bebidas, administradoras de shoppings centers. Todos estes podem valer a pena em períodos de médio e longo prazo. Asdebêntures, apesar de serem mais arriscadas, podem se tornar opções interessantes se originárias de grandes empresas, porém, para investidores commaior apetite ao risco.

       A poupança continua sendo uma opção pouco recomendada a ser investida. Isso porque, sua rentabilidade diminui sempre que a taxa Selic for igual ou inferior a 8,5%. Na prática, a caderneta que até então tinha valorização de 0,5%+TR (Taxa Referencial), passa agora a render 70% da taxa. O Educador Financeiro comenta: “O investidor deve ter em mente que o importante é a rentabilidade real, ou seja, aquela acima da inflação. Pois, é melhor obtê-la com 8% ao ano e inflação anual de 3%, do que uma de 12% inflacionada em 9% ao ano, por exemplo”, finaliza.

PREVIDÊNCIA PRIVADA – OS 7 ERROS QUE OS BRASILEIROS COMETEM

“É possível transformar a previdência privada em um investimento altamente rentável e seguro”, afirma André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor.

xistem atualmente cerca de 15 milhões de brasileiros que pagam a previdência privada com o objetivo de complementar os rendimentos na aposentadoria. Nos primeiros 6 meses deste ano, as contribuições aos planos de previdência privada somam mais de R$ 54 bilhões, resultado 4,81%maior que o montante acumulado no primeiro semestre de 2016. A previdência privada é uma aposentadoria que não tem ligação com o sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas, complementa à previdência pública. Para pessoas sem o conhecimento devido sobre aplicações, é muito comum que cometam erros ao investir na previdência privada. Por se tratar de uminvestimento de longo prazo e por ser realizado, na maioria das vezes, por pessoas leigas nessa área, muitas dúvidas aparecem e acabam não sendo sanadas. Além disso, a transparência não é uma característica presente nesse tipo de investimento, devido à sua instabilidade. “Há uma série de erros que podem ser perfeitamente evitados, transformando a previdência privada em um investimento altamente rentável e seguro”, afirma André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor.

Educador Financeiro do Blog de Valor, André Bona, mostra abaixo os 7 principais erros de investimento na previdência privada que devem ser evitados.

1. Não saber como a previdência privada funciona

Os erros mencionados que existem nesse tipo de investimento ocorrem com pessoas que têm pouca informação e, principalmente, com quem não está acostumado a lidar com investimentos. No entanto, é um erro recorrente, não uma exclusividade de um único grupo de pessoas. Esse é um tipo de investimento em que o proprietário, inicialmente, deposita determinado valor periodicamente com o objetivo de receber, no longo prazo, uma quantia mensal em dinheiro. Ela pode ser entendida como um complemento da renda obtida na previdência social do governo, por exemplo, ou simplesmente como a fonte de recursos principal de uma pessoa. Ou seja, é imprescindível conhecer sobre esse investimento antes de adquirir um plano.

2. Desconhecer o plano e tributação adequados

Existem dois planos de previdência privada: o Programa Garantidor de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Garantidor de Benefícios Livres (VGBL), assim como existem dois tipos de tributação: a regressiva e a progressiva. A maioria das pessoas não conhecem o plano que desejam ingressar, menos ainda os tipos de tributação, deixando a escolha dessas características para o gerente do banco. Esses conceitos impactam diretamente na rentabilidade da sua aplicação, então, é muito importante dar a devida atenção a eles.

3. Não ter conhecimento das taxas cobradas

Outro grande erro cometido no momento de contratar um plano de previdência privada é não conhecer as taxas cobradas pelo banco ou seguradora. Isso ocorre porque as diferenças dos percentuais das taxas costumam ser pequenas aos olhos de um investidor inexperiente ou sem conhecimentos sobre a previdência privada. No entanto, essa “pequena” diferença, ao longo dos anos, pode significar um montante de dinheiroconsiderável. Portanto, é necessário fazer uma pesquisa e selecione a instituição bancária que oferece as melhores taxas do mercado. Opte por um plano de previdência no qual as taxas de administração e carregamento, sejam as menores possíveis, pois isso vai impactaria diretamente na rentabilidade do seu plano. Então pesquise sobre as taxas cobradas pelas diversas instituições antes de tomar sua decisão.

4. Não saber o melhor momento para adquirir um plano

Muitas pessoas não sabem o momento certo de fazer um plano de previdência privada e acabam errando bastante na hora de contratar. Existem aqueles que fazem esse investimento para seus filhos, com o objetivo de garantir seus estudos ou um pouco de estabilidade quando forem adultos. Esta é, sem dúvidas, uma estratégia totalmente válida. No entanto, existem aqueles que desejam utilizar o plano de previdência privada como uma poupança justamente pelo fato de que ela apresenta uma rentabilidade mais atrativa, mas esta não é uma estratégia recomendável. Uma usabilidade interessante da previdência privada é com relação àquelas pessoas que não têm muita disciplina ou tempo disponível para cuidar do seu dinheiro. Por se tratar de um investimento de longo prazo, e geralmente com débito em conta corrente, pode ser uma excelente alternativa de investimento para aqueles que têm estes perfis.

5. Deixar para investir quando for mais velho

Ainda sobre o momento ideal para adquirir um plano, outro erro muito comum é se achar é novo demais para investir em previdência privada. Podemos, inclusive, destacar este como um erro grave que ainda é cometido pela maioria dos brasileiros. Muitos começam a pensar nela faltando uma margem de 15 a 10 anos para se aposentarem. Se você pensa dessa forma, é importante começar a repensar os conceitos sobre a aposentadoria. Todos desejam ter uma vida tranquila e despreocupada quando a idade chegar, afinal, após vários anos de dedicação ao exercício de suas funções, o maior desejo será levar a vida longe da conturbada e preocupante rotina de trabalho. No entanto, para que esse cenário hipotético seja uma realidade em sua vida futuramente, é preciso começar a investir na previdência privada o quanto antes.

6. Permanecer preso ao plano que contratou

Na previdência privada existe a opção da portabilidade, que garante ao seu possuidor a mudança de plano ou de seguradora, ou seja, ninguém é obrigado a permanecer em um plano se julgá-lo ruim. Caso queira, pode trocar por outro melhor, desde que seja do mesmo tipo. Por exemplo, um plano PGBL poderá ser trocado somente por outro PGBL — e o mesmo ocorre com o VGBL. Além disso, o direito à portabilidade só poderá ser clamado se o investidor estiver há, no mínimo, 60 dias no plano atual.

7. Não verificar o rendimento do investimento

O último dos erros ao investir na previdência privada, é o não acompanhamento da rentabilidade obtida pela aplicação em determinado período. A previdência privada é uma espécie de investimento e, como tal, deve ser acompanhada e gerenciada pelo próprio proprietário ou, em caso de necessidade, por um assessor de investimentos particular. Pode ser que, em algum momento, o mercado sofra mutações que tornem os investimentos em previdência privada inviáveis, forçando o investidor a escolher outra opção para aplicar o seu dinheiro. Por isso é sempre bom ficar atento aos rendimentos e às vantagens que a previdência privada e qualquer outro investimento oferece.

Sobre André Bona

André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a melhorar a rentabilidade de seus ativos. Durante anos, foi sócio da Valor Investimentos, uma das maiores empresas de assessoria de investimentos no país.

Atualmente, como um dos educadores financeiros mais conhecidos do país, chegando aos 100 mil inscritos no seu canal no YouTube. É criador do método “O Investimento Perfeito”, cuja filosofia e diferencial constam no fato de que as decisões de investimento são tomadas em função de projetos pessoais de cada um.

84% das micro e pequenas empresas não pretendem contratar crédito nos próximos 3 meses, mostra SPC Brasil e da CNDL

 Indicador de demanda por crédito registra 13,59 pontos em novembro. Demanda por investimentos tem alta de 5,9%, mas 69% dos MPEs não têm intenção de investir.
Dados do indicador mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) mostram que a intenção dos micro e pequenos empresários (MPEs) em procurar crédito pelos próximos 90 dias segue em patamar baixo, apesar de uma melhora na comparação mensal: em novembro o índice atingiu 13,59 pontos, acima dos 12,26 pontos de outubro.

Em termos percentuais, 84,4% dos micro e pequenos empresários não têm a intenção de contratar crédito pelos próximos três meses e apenas 6,9% admitem essa possibilidade.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, há duas principais explicações para a baixa demanda por crédito: “A primeira é que o momento econômico deixa os empresários receosos em assumir compromissos de longo prazo; a segunda é que as micro e pequenas empresas têm mais facilidade para se manter com recursos próprios e, por isso, a contratação de linhas de crédito não faz parte de sua cultura”, afirma.

Insegurança e altas taxas de juros desestimulam os MPEs

Conseguir manter o negócio com recursos próprios é a principal razão para não se buscar crédito – motivo mencionado por 49,3% daqueles que não pretendem contratar. Outros fatores que desestimulam são a insegurança com as condições econômicas do país (20,0%) e as altas taxas de juros (16,1%).

“Há espaço para que a demanda cresça. Metade da amostra não vê necessidade de contratar, mas a outra metade aponta fatores como insegurança diante da crise e altos juros. Com o devido planejamento, o crédito pode ser uma via de crescimento para os empresários que têm planos de investir”, explica Pinheiro. “Políticas que reduzam o custo do crédito e retirem os entraves para contratação, sem aumentar o risco dos bancos, podem traduzir-se em oportunidade de expansão de muitos negócios.”

De acordo com o indicador, mais de um terço (37,6%) dos empresários ouvidos consideram que atualmente está difícil ter crédito aprovado, principalmente pelo excesso de burocracia (42,9%) e aos juros muito altos (42,5%). Segundo os entrevistados, as modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas são empréstimos (30,7%), financiamentos em instituições financeiras (17,5%) e crédito junto a fornecedores (13,5%).

Demanda por investimentos tem alta de 5,9% e chega a 27,00 pontos

O SPC Brasil e a CNDL também calculam o indicador de Demanda por Investimentos dos micro e pequenos empresários. Nesse caso, houve uma alta de 5,9% na comparação entre novembro deste ano com o mês anterior. Na escala do indicador, que varia de zero a 100, ele passou de 25,50 pontos para 27,00 pontos. Já na comparação anual, o resultado ficou um pouco abaixo dos 27,20 pontos registrados em novembro de 2015.

Em termos percentuais, os que não pretendem investir somam 68,7%. Entre esses entrevistados, a maior parte justifica-se dizendo não ver necessidade de investir (47,3%). Para 23,4%, a razão é que o país ainda não saiu da crise, enquanto 11,6% dizem ter investido recentemente e que aguardam o retorno do investimento.

Dentre os empresários que demonstram a intenção de investir (23,2%), os investimentos mais citados são em ampliação de estoques (31,7%), reforma da empresa (25,8%), a divulgação da empresa por meio de propaganda e comunicação (22,0%) e a compra de equipamentos e maquinários (21,0%). A maior parte desses empresários (55,4%) diz que vai investir com o objetivo de aumentar as vendas.

Para quem vai investir, o capital próprio aparece como o principal recurso. Mais da metade desses empresários (60,2%) usarão o dinheiro de poupança e investimentos. Outras opções ainda mencionadas são empréstimos em bancos e financeiras (19,9%) e a venda de algum bem (9,14%).

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.

Acesse a íntegra do indicador em:

https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/indices-economicos