Bolsonaro defende agricultura em discurso ao G20

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a agricultura nacional em seu discurso hoje (22), no segundo dia de debates da cúpula do G20. Ele disse que a conservação ambiental deve ser combinada com prosperidade econômica e social.

Bolsonaro afirmou que o Brasil se tornou um dos maiores exportadores de produtos agrícolas do mundo, o que seria resultado de inovações e de ganhos de produtividade decorrentes das melhorias do processo produtivo no setor.

“Hoje, nosso país exporta volume imenso de produtos agrícolas e da pecuária, sustentáveis e de qualidade. Alimentamos quase 1,5 bilhão de pessoas de pessoas e garantimos a segurança alimentar de diversos países.”

O presidente disse ainda que o desenvolvimento sustentável passa pelas ações com 4 Rs: reduzir, reutilizar, reciclar e remover. “Entendemos que esforço deve ser concentrado no primeiro “R”, que é a redução das emissões de carbono. No cenário mundial, somos responsáveis por menos de 3% da emissão de carbono, mesmo sendo uma das 10 maiores economias do mundo”, acrescentou.

O presidente destacou que tem aberto a economia brasileira a agentes estrangeiros com o objetivo de integrar o país aos fluxos mundiais de comércio e investimentos. Ele citou como exemplo o esforço para o fechamento do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, além de acordos com países como Estados Unidos, Coreia do Sul e Canadá.

Edição: Maria Claudia

Da Agência Brasil https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-11/bolsonaro-defende-agricultura-em-discurso-ao-g20

Especialistas avaliam o futuro econômico do Brasil

Cinco especialistas comentam como o mercado financeiro recebe o Presidente Jair Bolsonaro

Após ser divulgado quem seria o novo  Presidente da República no Brasil, Jair Bolsonaro, candidato pelo PSL, teve pouco mais de 55% dos votos e seu oponente Fernando Haddad, candidato pelo PT, teve quase 45%. Após os resultados e a confirmação de que Bolsonaro governaria o país, o mercado continuou animado e o recebeu de forma positiva.

Nesta manhã o dólar chegou a bater R$ 3,59, confirmando sua queda que vem se estabelecendo desde que o mercado financeiro já enxergava a vitória do candidato da direita. Para o Diretor de Câmbio da FB Capital, Fernando Bergallo, o clima de esperança foi instalado no país e isso deve repercutir positivamente na economia. “Os empresários devem voltar a investir e contratar. Entretanto, a continuidade deste processo dependerá das próximas ações do Presidente eleito, principalmente se ele conseguirá aprovar as reformas necessárias, começando pela da Previdência”, explica Bergallo.

O conjunto de medidas esperadas para o início do próximo mandato incluí o dólar e o juros baixando, com a perspectiva de colocá-los em patamares que já estiveram antes, como a moeda americana em R$ 3,20 e os juros mais longos próximos de 9,60%.

A vitória de Jair Bolsonaro consolida um cenário que já estava em gestão há algumas semanas. Já era esperada e tida como a mais provável. A conquista, evidentemente, já vinha se antecipando com os preços das ações, e foi sendo antecipado com o câmbio também, que saiu de 4,20 para R$ 3,70, além dos preços dos títulos brasileiros, tantos os privados negociados no exterior, quanto os títulos da dívida interna. “A perspectiva é que continue esse processo de valorização nas próximas semanas e haja fluxo de capital para o Brasil com os agentes tentando se antecipar, e tentando se aproveitar dos prêmios que ainda restam nos preços dos ativos brasileiros. Depois, esses processos tende a se estabilizar, evidentemente.

Os preços chegarão ao seu nível de equilíbrio e os agentes vão esperar os conjuntos das medidas que o governo tomará em relação ao novo reordenamento da política fiscal, déficit público, do endividamento brasileiro, da privatização e da reforma da previdência. É um cenário perspectivo de otimismo nas próximas semanas e depois ele vai ser seguido de um conjunto de medidas que estão sendo esperadas pelo mercado que devem ser confirmadas ou não, então as expetativas vão se consolidar a partir daí”, explica Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos.

Para o Economista-Chefe da DMI Group, Daniel Xavier, o candidato do PSL foi eleito Presidente da República, confirmando o favoritismo indicado pelas pesquisas. Com todas as urnas apuradas, Bolsonaro somou 55,13% dos votos válidos contra 44,87% de Fernando Haddad. Em seu discurso ontem à noite, o candidato eleito criticou a esquerda e prometeu enxugar o tamanho do Estado, além de incentivar o livre mercado e o empreendedorismo. “O futuro Ministro da Economia, Paulo Guedes, também se manifestou após a vitória. Defendeu o crescimento econômico com controle de gastos públicos e melhora do ambiente regulatório. Segundo Guedes, a reforma da previdência será priorizada juntamente com a desestatização de empresas. Pregou também o fim de privilégios e simplificação/redução de impostos.

Com este perfil de governo mais propenso ao encaminhamento de reformas econômicas, o mercado financeiro reage positivamente nesta segunda-feira ao resultado das urnas. A bolsa mostra valorização nesta manhã, assim como o Real. As taxas de juros estão recuando em todos os vértices de sua estrutura a termo”, ressalta Xavier.

“Com relação as expectativas do Presidente Bolsonaro, elas são as melhores possíveis. Pelo menos o que foi dito ao longo da campanha, era de uma economia mais liberal e isso facilita, pois reduz burocracia, custos para empresas contratarem, favorecendo o emprego e a atividade econômica.

O que o Brasil precisa é disso, desenvolvimento econômico e segurança. Agora é preciso acompanhar o desdobramento dos fatos”, lembra o Educador Financeiro do Blog de Valor, André Bona. O mercado financeiro recebe Bolsonaro de uma maneira animada e positiva pois o candidato carrega aspectos liberais junto a sua equipe econômica. A grande maiorias dos projetos liberais pressupõem uma melhoria no ambiente para negócios, sendo favorável as empresas e seus respectivos lucros.

De acordo com a Assessora Financeira da FB Wealth, Daniela Casabona, todo este cenário atual passa para o estrangeiro, que é uma grande parcela dos investidores do país, uma maior credibilidade principalmente levando em conta a corrupção que acabou por manchar empresas e retrair investidores. “A vitória de Jair Bolsonaro está sendo recebida de uma forma muito positiva, os investidores estão otimistas com o cenário que está se estabelecendo no país e isso pode significar uma nova parcela de investidores, sejam eles brasileiros ou não. Portanto, espera-se que uma nova visão seja constituída”, finaliza Casabona.

INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NAS ELEIÇÕES BRASILEIRAS

O poder das mídias sociais nessas eleições tem mostrado que a mídia tradicional perdeu espaço para decidir o voto da população. Antigamente, grandes veículos de comunicação tinham o poder de influenciar na decisão eleitoral, mas com o advento das redes sociais e o poder de alcance da internet, esse cenário mudou muito.

O que vemos daqui para frente, até o dia 28, é que grande parte da população está muito mais ligada no que acontece nas redes sociais do que na televisão. O poder das fake news e também das notícias verdadeiras impulsionam essa realidade.

No horário eleitoral, as pessoas desligam a televisão. Prova disso é o resultado pífio do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), que acreditava piamente que seu tempo de televisão ajudaria e muito a chegar no segundo turno.

A influência das redes sociais neste ano eleitoral é fundamental não apenas para eleger um candidato, mas também para ficar de olho no poder legislativo.

Até dia 28, quando teremos o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), muitas águas vão rolar nessas eleições, mas certamente, a influência das redes sociais nas eleições brasileiras mostra que a mídia tradicional está beirando o precipício.

Hans Misfeldt é jornalista e empreendedor.

Assista ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=ek_-6WvCuEY