Fuja das dívidas: PROTESTE dá dicas para o consumidor não se endividar no Natal

Associação alerta para cuidados para começar 2018 sem gerar grandes dívidas

É comum ver a troca de presentes no fim de ano e, por isso, no mês de dezembro, o consumidor fica suscetível a gastar mais para encher a árvore de Natal e também a mesa da ceia.

No entanto, em tempos de crise, é preciso tomar cuidado com os gastos. Pensando no consumidor, a PROTESTE Associação de Consumidores separou algumas dicas que ajudam a evitar dívidas que vão comprometer o bolso ao longo de 2018:

• Proponha um amigo oculto artesanal – Combine com a família de cada um dar presentes de fabricação própria, como uma torta, um caderno com capa decorada, um álbum de fotos, uma bijuteria…

• Opte por bazares e feiras – Neles, há grandes chances de encontrar preços bem mais em conta do que em lojas.

• Faça uma feira de trocas – Defina o local e horário e convide amigos e parentes, pedindo que levem produtos que não têm mais interesse, como livros, roupas, bolsas e artesanato. Dê presentes a partir dessas trocas.

• Compre presentes à vista e peça desconto – Aproveite o 13º salário e peça descontos. Resista às compras parceladas porque elas vão comprometer o orçamento dos meses seguintes e, em geral, têm juros embutidos.

• Se comprar a prazo, opte pelo menor CET – Caso queira dar um presente mais caro para alguém especial, e só pode fazer isso parcelando, pergunte qual é o valor do Custo Efetivo Total (CET) – além dos juros, engloba todos os encargos do crédito – e escolha a loja que cobre o menor CET.

• Muito cuidado com o cartão de crédito – É fácil fazer compras com ele, mas difícil pagar a fatura depois. Por isso, só o use se tiver muito controle dos gastos. Senão, corre o risco de o total ficar alto demais e você não conseguir pagar a vista a fatura, e precisar entrar no crédito rotativo, que tem taxas de juros absurdas.

ONDE INVESTIR COM A SELIC EM QUEDA LIVRE?

“Existem investimentos que se tornam ainda mais interessantes com a queda da Selic e que podem agregar à sua carteira de investimentos”,afirma André Bona, Educador Financeiro do Blog de Valor

       A queda da taxa Selic é o motivo pelo qual muitos investidores questionam os rendimentos de seus ativos, e ficam em dúvida sobre quais são as melhores opções para alocar seu capital. Num cenário de juros mais baixos é elementar para o crescimento da economia e controle da inflação, mas, mesmo com a redução da taxa e com a presença de modalidades de investimentos que tornam-se mais atrativas nesse momento, é importante lembrar que as necessidades do investidor devem ser priorizadas. Ou seja, para os investimentos em que o investidor necessite de liquidez e possa resgatá-los a qualquer momento, as opções atreladas à Selic e ao CDI continuam sendo as mais apropriadas, devido ao conservadorismo necessário para esse caso.

André Bona, Educador financeiro do Blog de Valor, explica: “Quanto aos investimentos, existem aqueles que se tornam ainda mais interessantes com a queda da Selic e que podem agregar, e muito, à sua carteira de investimentos. Porém, não adianta o investidor trocar um investimento por outro que possui maior potencial de ganhos com a redução da taxa, se esse outro não for adequado à suas necessidades pessoais. Isso porque, as ações são investimentos de longo prazo, portanto não devem ser utilizadas para reserva de emergência que requer investimentos conservadores e com características de curto prazo”, ressalta. De acordo com André, em tempos de queda na taxa de juros, títulos públicos e privados prefixados, como o Tesouro Prefixado (LNT), Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), podem ser boas opções. Os CDBs de banco menores, que oferecem opção de alto retorno de investimento e são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil, também são ativos interessantes para a composição da carteira. Já no mercado de ações, ativos ligados à infraestrutura em geral e de varejo, como por exemplo, os ativos de construtoras e de empresas ligadas à concessão de rodovias, companhias de vestuário e bebidas, administradoras de shoppings centers. Todos estes podem valer a pena em períodos de médio e longo prazo. Asdebêntures, apesar de serem mais arriscadas, podem se tornar opções interessantes se originárias de grandes empresas, porém, para investidores commaior apetite ao risco.

       A poupança continua sendo uma opção pouco recomendada a ser investida. Isso porque, sua rentabilidade diminui sempre que a taxa Selic for igual ou inferior a 8,5%. Na prática, a caderneta que até então tinha valorização de 0,5%+TR (Taxa Referencial), passa agora a render 70% da taxa. O Educador Financeiro comenta: “O investidor deve ter em mente que o importante é a rentabilidade real, ou seja, aquela acima da inflação. Pois, é melhor obtê-la com 8% ao ano e inflação anual de 3%, do que uma de 12% inflacionada em 9% ao ano, por exemplo”, finaliza.