Truques para melhorar a memória

Exercícios que estimulam o cérebro ajudam a “driblar” os efeitos negativos da tecnologia de forma divertida e prazerosa.

Você sabia que o cérebro pode deixar de lado as funções que são menos utilizadas? Talvez seja por isso que você anda dizendo que a memória já não é mais a mesma… O que pouca gente sabe – ou lembra! – é que existem técnicas e métodos para turbinar essa habilidade.

Segundo Geomacel Carvalho, professor do Método SUPERA Ginástica para o Cérebro, rede de escolas que oferece exercícios para o cérebro em todo o Brasil, a comodidade que a tecnologia propõe faz com que o cérebro seja cada vez menos estimulado. Ela muda a maneira como usamos a nossa capacidade de atenção e, consequentemente, a nossa memória.

Quer um exemplo? Tente-se lembrar de dois números de telefone sem consultar a agenda do celular. Difícil, não é?  Para driblar este efeito negativo do uso constante da tecnologia, a solução é praticar exercícios que estimulem nossa capacidade cognitiva.

“Para desenvolver nossa memória, precisamos, primeiramente, melhorar a nossa capacidade de prestar atenção”, conta o especialista.

Essa capacidade pode ser desenvolvida com a ginástica cerebral, uma prática que melhora – além da memória – a concentração, raciocínio, criatividade e autoestima.

No Método SUPERA, um curso voltado para o desenvolvimento cerebral, são usadas ferramentas como o ábaco (um instrumento milenar para cálculos oriental), jogos online e de tabuleiro, dinâmicas em grupo, apostilas com exercícios exclusivos e as neuróbicas (uma espécie de “atividade aeróbica para os neurônios).

“O cérebro é como um músculo do corpo que precisa de exercícios para ficar mais forte, por meio de desafios com níveis de dificuldades cada vez maiores para que os resultados apareçam gradativamente. Os princípios do Método SUPERA se baseiam na novidade, variedade e desafio crescente; por isso, os alunos constantemente são desafiados de maneiras diferentes, proporcionando um desenvolvimento das funções cognitivas”, explica Geomacel.

As neuróbicas, uma das atividades praticadas no curso de ginástica cerebral do SUPERA, podem ser praticadas em casa. Elas são conhecidas como as aeróbicas dos neurônios, que fazem com que o cérebro saia de sua zona de conforto. Quer exemplos? Escovar os dentes com a mão não dominante, comer de olhos fechados, fazer um trajeto diferente para o trabalho e contar os degraus de uma escada são atividades que estimulam o cérebro e o tiram da zona de conforto.

Para equilibrar a falta de desafios que a sociedade moderna deixa a desejar, esta prática é o caminho mais saudável e divertido de manter a saúde do cérebro e melhorar as capacidades cognitivas. Para saber mais, acesse www.metodosupera.com.br.

Estudo aponta que a memória feminina supera a masculina

Pesquisa publicada no JAMA Neurology mostra que, apesar do cérebro da mulher ser mais leve do que do homem, isso não interfere em nada na descoberta. O grande trunfo para elas é a reposição hormonal

Um estudo divulgado no JAMA Neurology, em 16 de março de 2015 apontou que a memória feminina supera a masculina. Os pesquisadores descobriram que a memória começa a diminuir a partir dos 30 anos, tanto para os homens quanto para as mulheres. Porém, a memória masculina apresentou piora, especialmente, após os 40 anos de idade.

De acordo com os pesquisadores, o cérebro feminino é um pouco mais leve, apenas algumas gramas, do que o cérebro masculino. “A diferença do peso do cérebro não traz alteração da função e da capacidade intelectual, portanto não influenciou no resultado da pesquisa”, esclarece Dr. Mauro Atra, neurologista do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo.

Foram analisadas 1.246 pessoas com habilidades cerebrais normais, de ambos os sexos e idades entre 30 e 95 anos. O estudo apontou a terapia de reposição hormonal de estrogênio, utilizada na época da menopausa, como a responsável por esta habilidade feminina.

Para o neurologista do HCor, o hormônio estrogênio, presente na terapia de reposição hormonal auxilia na manutenção da memória feminina. “Isso ocorre pela provável ação nos neurotransmissores, que levam informações ao cérebro”, esclarece Atra.

Além da memória, a reposição hormonal favorece uma melhora na pele, cabelos e unhas. As doenças cardiovasculares e a perda de massa óssea também são protegidas por meio desta reposição hormonal. Em contrapartida, os riscos de câncer de mama, infarto e derrame podem aumentar com a terapia hormonal.

Contudo, o dano da memória também pode estar associado a doenças neurológicas, distúrbios psicológicos, problemas metabólicos e uso de medicações por período prolongado. “Entretanto, a memória pode ser estimulada por meio de cálculos, jogos de xadrez, palavras cruzadas e jogos de paciência, além do hábito de ler um pequeno texto e depois comentá-lo com outra pessoa, são exercícios que melhoram a atenção e, então, beneficiam a memória”, explica Mauro.

A prática de atividade física, dormir no mínimo sete horas por noite, controlar o estresse e optar por uma alimentação balanceada, também auxiliam na manutenção da memória. “Ao perceber qualquer anormalidade na memória, não hesite em uma consulta neurológica para investigação, diagnóstico e tratamento de possíveis doenças”, finaliza o neurologista do HCor.