Pós-pandemia: como fica o mercado de trabalho?

Após mais de 5 meses do aparecimento do novo coronavírus (COVID-19) na cidade de Wuhan — Província de Hubei, o mercado de trabalho teve que se adaptar a alternativas como home office (teletrabalho), flexibilidade na carga horária e até rodízio de funcionários. 

Entretanto, a taxa de desemprego fomentada pela crise continuou assolando norte-americanos (-20 mi postos de trabalho), brasileiros (12,9 mi desempregados) e latinos (25 mi desempregados). Ao redor do globo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê até o final do ano uma taxa de 190 milhões de desempregados. 

Para que as consequências econômicas da crise mundial não sejam ainda mais severas, nações como Reino Unido, Alemanha, Portugal e Áustria já ensaiam a reabertura de estabelecimentos comerciais. No Brasil, a previsão para retomar as atividades e reabrir as lojas dependem das autoridades estaduais e o comportamento da curva de infectados pela COVID-19. 

Explicando como irá se desenhar os setores do trabalho enquanto o país se recupera da crise do coronavírus, o administrador e consultor empresarial Alex Cruz aponta para o retorno lento das indústrias, setor de serviços (escritórios, assessorias, transportadoras) e posteriormente o varejo geral. 

“Mesmo com esses setores retornando lentamente, o comércio em si permanecerá com alguns cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, por tempo indeterminado.” Outra configuração importante é que o perfil requisitado para o funcionário também mudou. Agora o trabalhador precisa ser apto a mudança, autônomo e capaz de produzir à distância, mantendo sempre um padrão de resultados”, elucida. 

Diante do aumento estimado em 6% no número de desempregados no Brasil até o final do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Alex explica a demanda por novos funcionários pelo mercado após o achatamento da curva não será alta, devido ao fechamento recente de empresas e apelo por maior experiência nos contratos. 

Quando a gente retorna da crise, como já aconteceu no Brasil em 2014, as empresas acabam oferecendo menos até para profissionais que são gabaritados, porque existe uma oferta muito grande de trabalhadores. Sendo assim, as empresas podem escolher e determinar o perfil desejado: flexível, autônomo e produtivo mesmo a distância”, exemplifica. 

Avaliando tendências atuais, o gestor de negócios acredita que o home office, teletrabalho, rodízio de funcionários, freelancers e outras terceirizações persistirão no mercado, ainda mais fortes. De acordo com Alex, esse perfil de trabalho soma à modernização de escritórios, microempresas e lojas, que veem seu mercado expandir do presencial para o virtual, ampliando o faturamento e o raio de atuação em dois segmentos.  

Para conhecer mais sobre o mercado de trabalho, acesse a página do Instagram @cruzconsultoria ou o site consultoriacruz.com.br.

Ano novo, emprego novo

Mudança de atitude pode ajudar a conseguir uma colocação no mercado de trabalho em 2018

Muitos começaram 2018 com uma resolução de Ano Novo em mente: mudar de emprego ou conseguir um, caso esteja desempregado. E o objetivo pode ser alcançado mais rápido do que se imagina. Renata Motone, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da Luandre, consultoria que atende 200 das 500 maiores empresas do Brasil, explica como algumas mudanças de atitude podem valer mais que mil currículos enviados.

“Procure se conhecer melhor”

Nem sempre nossas qualidades e deficiências são tão claras para nós mesmos, mas é preciso conhecer ambas: as qualidades, para fortalecê-las cada vez mais e usar como alavanca profissional; as deficiências, para neutralizá-las o quanto for possível. “Enfocar os defeitos é frustrante e não leva a lugar algum, pessoas bem-sucedidas são aquelas que sabem explorar bem seus pontos fortes”, explica Renata.

Há diversas ferramentas que podem ser utilizadas nessa mudança, entre elas, feedbacks de terceiros, coaching, testes de autoconhecimento ou algum tipo de terapia.

“Não se esconda no “seu mundo””

Segundo a coordenadora, “networking é fundamental para encontrar as oportunidades”. Ela aconselha a aproveitar convites para confraternizações entre colegas do trabalho ou até mesmo para eventos que não estejam diretamente relacionados à sua área de atuação, já que nunca se sabe onde está uma boa chance de fazer um bom contato. Além disso, conhecimento e experiências novas nunca são demais.

“Reveja seu currículo”

Partindo para uma questão mais prática, é importante ter um currículo padrão, que seja atrativo o suficiente para os recrutadores. Renata enumera os pontos -chave: “Minimamente, tem de constar objetivo profissional, formação acadêmica, experiências na área de atuação e todo curso que possa demonstrar bagagem de conhecimento para a função executada”.

“Saiba fazer seu marketing pessoal”

Saber “se vender” não significa de forma alguma mostrar arrogância. “Há quem ainda confunda isso”, aponta Motone, “na verdade, durante a entrevista, é importante que o candidato saiba apontar e descrever seus feitos em outras empresas com propriedade, pois assim, é mais fácil de observar se o perfil corresponde à vaga”.