Time São Paulo conquista 42% das medalhas da delegação brasileira

Seleção de atletas de elite que recebem apoio do Governo de São Paulo somou 30 medalhas nas modalidades Atletismo, Judô, Tiro Esportivo, Natação, Tênis de Mesa, Halterofilismo, Tiro Esportivo, Bocha, Triatlo, Paracanoagem, Ciclismo e Taekwondo

Os 49 atletas do Time São Paulo Paralímpico, que participaram das Paralimpíadas Tóquio 2020, foram responsáveis por 42% das medalhas do Brasil e levaram 30 das 72 medalhas conquistadas pelo país, sendo 7 de ouro, 7 de prata e 16 de bronze.

Na 7ª colocação no quadro geral de medalhas, o Brasil somou 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze. Foi a maior conquista de medalhas de ouro da delegação brasileira em uma Paralímpiada.

A modalidade de atletismo do Time São Paulo se destacou nessa edição com 14 medalhas no total, com os ouros de Alessandro Rodrigo, Claudiney Batista, com o recorde paralímpico de lançamento de disco com 45.59m, e Elizabeth Gomes, que levou o recorde mundial da classe F52.

As competições aconteceram até o dia 05 de setembro. A Delegação Brasileira teve a participação de 259 atletas convocados, sendo que o Time São Paulo Paralímpico representa 19% desse total com 49 atletas.

Time São Paulo Paralímpico

O Time São Paulo é uma parceria do Governo do Estado de São Paulo e o Comitê Paralímpico Brasileiro criada em 2011, sendo este ano o 10° ano da parceria, que tem como objetivo principal apoiar atletas paralímpicos de modalidades individuais de alto rendimento a participarem do programa dos Jogos Paralímpicos de Verão.

A equipe atual do Time São Paulo conta com 57 atletas sendo eles das modalidades paralímpicas: Atletismo, Judô, Tiro Esportivo, Natação, Tênis de Mesa, Halterofilismo, Tiro Esportivo, Bocha, Triatlo, Paracanoagem, Ciclismo e Taekwondo.

SAÚDE: Ortopedista detalha lesões mais comuns no esporte

Conheça os principais problemas que afetam atletas profissionais e amadores de diferentes modalidades No clima de Jogos Olímpicos, muitas pessoas se motivam a praticar um esporte, já que a atividade física sempre é bem-vinda e previne uma série de doenças. Mas é preciso tomar cuidados. “O primeiro passo é procurar o especialista adequado antes de praticar um esporte, para que lesões sejam evitadas e para que o exercício seja melhor aproveitado”, orienta Leandro Gregorut, ortopedista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Gregorut, que foi médico da Seleção Brasileira Feminina de Handebol nos Jogos de Londres, em 2012, explica ainda que mesmo quando o atleta está bem preparado fisicamente e com técnica apurada, ele está sujeito a se lesionar. “Portanto, tanto atletas profissionais, quanto amadores, devem saber sobre as lesões mais comuns e se preparar para que sejam evitadas”, afirma.

Abaixo, o ortopedista explica as lesões mais comuns de algumas modalidades Olímpicas:

Atletismo: “Quando falamos de atletismo, quase sempre pensamos em categorias que envolvem corrida, tais como as provas de velocidade ou as provas de longa distância. Acabamos nos esquecendo do resto, como arremesso de disco, martelo, peso, pentatlo moderno, salto em altura e com vara. De uma maneira geral, as lesões mais comuns no atletismo são as lesões musculares, tais como as distensões e as rupturas musculares devido à grande intensidade em esforço, velocidade e volume que os músculos são utilizados para realizar a qualquer tipo de prova. Entorses de tornozelo e joelho vêm em seguida, mas são bem menos prevalentes”.

Futebol: “A lesão mais frequente é a distensão muscular, seguida por entorse de tornozelo. No entanto, elas não são as mais incapacitantes, pois são lesões de pouca gravidade que, com alguns dias ou semanas de tratamento fisioterápico, podem colocar o jogador de novo na ativa. Entorse de joelho com ruptura do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e lesões dos meniscos associadas são as lesões incapacitantes mais comuns no futebol, pois são de tratamento cirúrgico e o atleta pode voltar aos treinos somente seis meses após a cirurgia”.

Ginástica Rítmica/Artística: “Nesta modalidade esportiva, as distensões musculares também são as mais prevalentes, em conjunto com as entorses de tornozelo, punho e joelho. Mas existem algumas lesões específicas para cada modalidade: Argolas – lesões no ombro; Cavalo – distensão muscular; Barras Paralelas e Assimétricas – traumas e fraturas por queda ao solo, sendo os traumas cervicais os mais temidos”.

Handebol: “As lesões nos dedos devido aos bloqueios dos arremessos e ao tipo de marcação realizada são as lesões mais prevalentes. Em seguida, são as entorses de tornozelo, joelho e lesões no ombro, devido à grande potência dos arremessos”.

Natação: “As lesões nos ombros são as mais incapacitantes. No entanto, as mais prevalentes são as dores nas costas, tais como lombalgia e dorsalgia”.

Tênis: “As lesões nos ombros e as entorses de tornozelos e joelhos são as lesões típicas desse esporte. Os ombros são afetados devido ao grande esforço necessário à partida e os joelhos e tornozelos devido a grande intensidade de mudança de direção e velocidade que os atletas desenvolvem. É muito comum também dores nas costas e as famosas epicondilites (inflamações nos cotovelos) devido ao volume de treinos e jogos”.

Voleibol: “As entorses de tornozelos, joelhos e lesões nos ombros são as mais prevalentes do vôlei. Os dois primeiros devido aos atletas pularem no bloqueio e caírem em cima dos pés de seus companheiros, desequilibrando-se e lesionando-se. As lesões nos ombros ocorrem devido à grande velocidade exigida para fazer um saque ou dar uma cortada”.

Boxe: “As contusões no punho e face são as lesões mais prevalentes a curto prazo. A longo prazo, as lesões cerebrais devido aos constantes impactos na cabeça podem aparecer”.

Leandro Gregorut – CRM/SP 104.351:
Ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, o profissional foi médico da Seleção Brasileira Feminina de Handebol quando a equipe conquistou o Campeonato Mundial de Handebol Feminino em 2013, na Sérvia; e também durante as Olimpíadas de Londres, em 2012. Graduado pela Faculdade de Medicina da USP, possui especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo e em Medicina Esportiva. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo, da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva e do The American College of Sports Medicine.