Músculo X Gordura?

Emagrecer não é simplesmente perder peso é perder gordura

O tecido adiposo é visto atualmente como um grande órgão endócrino, pois produz uma infinidade de hormônios e proteínas de importância para nosso organismo. Diante de um novo conceito – FATNESS (adiposidade), Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e Metabologista formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) explica que atualmente não se pode avaliar apenas o índice de massa corporal, ou seja, o peso em relação à altura do paciente. Mas, também a circunferência abdominal e a distribuição da gordura corporal.

A obesidade é uma doença complexa que envolve mecanismos genéticos, químicos, hormonais e aspectos sociais, deve ser tratada e respeitada como doença crônica assim como a hipertensão, o diabetes, o colesterol e os transtornos da tireóide. De acordo com dados do Vigitel divulgados em abril 2017, observa-se um aumento de 60% da obesidade no Brasil de 11,8% em 2006, para 18,9% em 2017.

A massa muscular é muito importante na composição corporal, pois tem a capacidade de aumentar o gasto de energia diário já que é mais ativa do que o tecido adiposo. Dra. Tassiane, ressalta que o músculo é o maior patrimônio para a manutenção do peso por ser diretamente proporcional ao metabolismo (como se o nosso organismo fosse um carro e o metabolismo é a quantidade de gasolina que este carro gasta).

O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a melhora do bem-estar e da saúde metabólica do indivíduo, diminuindo os riscos de doenças na vida futura. O conceito de melhora da saúde metabólica do paciente tem por base que a perda de peso é apenas a fase inicial do tratamento, sendo a manutenção do peso perdido o objetivo principal. “Perdas da ordem de 5% a 10% podem melhorar a pressão arterial, perfil lipídico e glicêmico (ou seja, o colesterol e o diabetes) o número de apnéias e hipopnéias durante o sono, as dores articulares (osteoartrose) e a qualidade de vida como um todo. Deve-se ainda encorajar objetivos “atingíveis” com expectativas realistas.” Completa Dra. Tassiane Alvarenga.

Dietas muito restritivas em calorias ocasionam rápidas perdas de peso mesmo na ausência de atividade física e independem da composição de macronutrientes da dieta ou da mudança comportamental. A explicação para a perda de peso é a quantidade calórica menor do que necessária para o organismo, resultando em mobilização e utilização da gordura corporal como fonte de energia, redução da massa magra e de água. Ou seja, há uma maior perda de massa muscular e água do que de gordura, modificando negativamente a composição corporal.

É comum as pessoas se queixarem de que, mesmo ao seguir uma alimentação adequada e a prática de exercícios físicos, não veem resultados na balança. Mas, o fato de não ter perdido peso não significa que não tenha emagrecido. Primeiramente, é preciso entender que o peso do nosso corpo corresponde à massa de diferentes tecidos: músculos, gordura, ossos, água etc. Portanto, quando falamos em perder peso, estamos nos referindo à diminuição de qualquer um desses componentes. Já o termo ‘emagrecer’ diz respeito à perda de gordura apenas, que é o que nós queremos já que ela está associada a diversos malefícios para a saúde. “Por isso foque mais em mudar a sua composição corporal e emagrecer de verdade! Não coloque suas expectativas somente na balança. Não foque seu sucesso somente com base no seu ganho ou perda de peso, mas na sua composição corporal.” Explica a especialista.

Fatores que melhoram o índice de Vitamina D no organismo

De acordo com o estudo BRAZOS, 99% dos brasileiros apresentam ingestão de vitamina D abaixo da recomendada. Além disso, estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência dessa vitamina. Diante deste cenário, como manter o nível adequado de vitamina D?

É importante deixar claro que diferentes fatores, como idade, estilo de vida, pigmentação da pele e sazonalidade influenciam a produção de vitamina D no organismo. “Essa vitamina é importante para a saúde óssea. Isso porque, ela é fundamental para a absorção do cálcio presente na dieta. O cálcio é um mineral necessário para a formação e a manutenção de ossos mais resistentes”, descreve a gerente médica da unidade MIP (Medicamento Isento de Prescrição) do Aché Laboratórios Farmacêuticos, Dra. Talita Poli Biason.

Vitamina D

Para manter o nível adequado de vitamina D, é preciso seguir algumas recomendações no cotidiano. Confira abaixo as orientações da Dra. Talita:

  1. Luz solar: é uma das principais formas de obtenção de vitamina D pelo organismo. Visando a síntese de vitamina D, é indicada a exposição diária ao sol pelo período de 10 a 15 minutos. No entanto, para minimizar o risco que o sol pode trazer a saúde como, por exemplo, câncer de pele e manchas, o melhor horário para essa exposição é antes das 10h ou depois das 16h.
  1. Peixes ricos em gordura: são boas fontes da vitamina. As opções mais comuns: salmão, truta, cavala, atum e enguia. Cada 100g de salmão fornece de 100 a 250 UI (unidades internacionais) de vitamina D.
  1. Cogumelos: também são fontes de vitamina D. Os frescos, em uma quantidade de 100 gramas, contém100 UI da vitamina.
  2. Suplementos: o estilo de vida dos indivíduos, imersos em lugares cada vez mais fechados, como escritórios ou até mesmo dentro do carro, impedem a exposição adequada ao sol. Por isso, os suplementos surgem como aliados para o alcance das quantidades necessárias da vitamina D, de forma prática.

“Os suplementos de vitamina D podem ser aliados úteis em pessoas de risco para o baixo nível dessa vitamina. É necessário consultar um médico para verificar se você se enquadra nesse grupo de pessoas e qual a dose ideal para seu caso”, conclui a gerente médica da unidade MIP do Aché Laboratórios.