A Beneficência Portuguesa de São Paulo participa dos testes de vacina contra Covid-19

Vacina a ser testada já está na fase 3, último estágio do estudo antes da disponibilização para a população

São Paulo, 3 de dezembro de 2020 – A BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo , um dos principais polos de saúde do País, foi escolhido como um dos centros de pesquisa para realização dos testes da fase 3 da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Janssen, da Johnson & Johnson. O estudo tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e se soma a outras três iniciativas na busca pela imunização da população contra o vírus Sars-CoV-2. Diferentemente das demais, porém, essa é uma vacina de dose única.

A pesquisa tem previsão de ser concluída em dois anos, mas dados parciais poderão ser divulgados antes desse prazo. Todos os participantes do estudo serão avaliados por meio de exames sorológicos e questionário eletrônico que deverá ser respondido duas vezes por semana, no primeiro ano, e uma vez a cada duas semanas, no segundo ano.

“Desde o início da pandemia de Covid-19 a BP vem somando esforços no combate à doença, apoiando outras instituições e realizando pesquisas para entender a eficácia e a segurança de potenciais terapias para pacientes atingidos pelo vírus, como a Coalizão Covid-19 Brasil. Além disso, temos um histórico importante de realização de pesquisas clínicas para o desenvolvimento de novas drogas e atualmente temos mais de 60 estudos desse tipo em andamento na instituição. Por isso, é muito natural que sejamos parceiros da indústria para esse estudo tão importante para a população do mundo todo”, afirma Luiz Eduardo Loureiro Bettarello, diretor-executivo Médico e de Desenvolvimento Técnico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O estudo de fase 3 da vacina da Janssen contra a Covid-19 deverá incluir até 7 mil brasileiros em 28 centros de pesquisa nos estados de São Paulo, Bahia, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na BP, o recrutamento inicialmente será feito junto aos próprios colaboradores e médicos, que atuam na linha de frente do enfrentamento da doença.

Trata-se de um estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo desenhado para avaliar a segurança e eficácia da vacina em dose única versus placebo em aproximadamente 60 mil adultos, globalmente, com idades acima de 18 anos, incluindo uma parcela significativa de voluntários com mais de 60 anos. Além do Brasil, participarão dos estudos voluntários da Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e EUA. Os centros participantes foram escolhidos com base em modelos epidemiológicos e em colaboração com governos e autoridades de saúde dos países envolvidos. As áreas foram selecionadas em função da prevalência atual da doença, da demografia da população e exigências das autoridades regulatórias.

Sobre a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo

A Beneficência Portuguesa de São Paulo agora é BP, um polo de saúde moderno e atualizado que valoriza a vida de todos e de cada um. Composto por 4 hospitais com foco em alta complexidade e que atendem diferentes perfis de clientes e outros 3 serviços que contemplam medicina diagnóstica, atendimento ambulatorial e educação e pesquisa, a BP compreende mais de 220 mil m² construídos, 7.500 colaboradores e 4.500 médicos distribuídos em 8 edifícios e cerca de 50 clínicas nos bairros da Bela Vista, onde são concentrados os serviços privados, e da Penha, onde são oferecidos os serviços para clientes regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacina contra Covid-19 desenvolvida por empresa brasileira em parceria com companhia americana recebe apoio da Anvisa

A decisão foi tomada após uma reunião bem sucedida com a Agência no dia 06 de novembro de 2020, onde foi apresentado dados pré-clínicos promissores e robustos em testes já realizados em roedores com a formilação vacinal

A vacina que visa prevenir a infecção por Covid-19, desenvolvida pela empresa brasileira de biotecnologia Farmacore, em parceria com a PDS Biotechnology Corporation, acaba de receber o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para submeter a documentação dos ensaios não clínicos para análise inicial e posterior submissão do protocolo para o ensaio clínico. A decisão foi tomada após uma reunião bem sucedida com a Agência no dia 06 de novembro de 2020, onde foi apresentado dados pré-clínicos promissores e robustos em testes já realizados em roedores com a vacina.

Denominada Versamune®-CoV-2FC, a vacina é a combinação de uma proteína recombinante do SARS-CoV-2, desenvolvida pela Farmacore, associada ao carreador Versamune®, da PDS Biotech, uma tecnologia patenteada para a ativação do sistema imunológico.

“PDS Biotech e Farmacore agora estão um passo mais perto de conseguir avançar com os estudos e criar uma vacina para combater a COVID-19 através da nanotecnologia da plataforma  Versamune®”, disse o Dr. Frank Bedu-Addo, CEO da PDS Biotech.

Os resultados pré-clínicos demonstraram potencial para induzir uma resposta imune ampla e robusta. Estamos ansiosos para avaliar nossa vacina em parceria com a Farmacore em ensaios clínicos com humanos e para avançar com nossos estudos, que mostra o potencial de novas vacinas baseadas em Versamune®, para fornecer proteção de longo prazo contra infecção por vírus SARS- Cov2 (Covid 19). ”

“Nesta pandemia global, é responsabilidade da comunidade científica ser flexível e garantir que estamos priorizando a vacina com maior potencial clínico e que podemos progredir mais rapidamente”, disse Helena FaccioliCEO da Farmacore. “Estamos entusiasmados em continuar avançando na parceria com a PDS Biotech e em ter o apoio da ANVISA para continuar os estudos que permitam desenvolver um tratamento no Brasil na luta contra esta pandemia.”

As empresas planejam utilizar vários locais de pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos e no Brasil para progredir no desenvolvimento pré-clínico e clínico da vacina. A Farmacore liderará os esforços regulatórios e de ensaios clínicos no Brasil, enquanto a PDS Biotech continuará a contribuir com conhecimento científico e suporte operacional.

Sobre a PDS Biotechnology

A PDS Biotech é uma empresa de imunoterapia em estágio clínico com um crescente número de imunoterapias contra o câncer e vacinas contra doenças infecciosas com base na plataforma de tecnologia de ativação de células-T Versamune® (propriedade intelectual da empresa). O Versamune® efetivamente fornece antígenos específicos da doença para captação e processamento in vivo, além de ativar a importante via imunológica do interferon do tipo 1, resultando na produção das potentes células-T “killer”, além de anticorpos neutralizadores. A PDS Biotech tem criado várias terapias com base em combinações de Versamune® e antígenos específicos de doenças, projetados para treinar o sistema imunológico a reconhecer melhor as células da doença e efetivamente atacá-las e destruí-las. Para saber mais, visite www.pdsbiotech.com ou siga-nos no Twitter em @PDSBiotech.

Sobre Farmacore

A Farmacore é uma empresa de biotecnologia fundada em 2005 como uma startup, com foco em pesquisa e desenvolvimento de produtos imunobiológicos inovadores para uso nos setores de saúde humana e veterinária. É uma empresa de base tecnológica que realiza pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos para os setores humano e veterinário. Desenvolve produtos biotecnológicos e imunobiológicos inovadores e agrega valor a eles em todas as etapas do desenvolvimento, desde a concepção do projeto até a produção de biomoléculas www.farmacore.com.br.

A Farmacore está instalada no Centro de Negócios do Supera Parque em Ribeirão Preto.

Sobre o Versamune®-CoV-2FC

Versamune®-CoV-2FC  é um projeto de vacina para COVID-19 que combina a plataforma Versamune® de ativação imune com uma proteína de fusão recombinante desenvolvida pela Farmacore a partir do Coronavírus 2, da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) reconhecível por nosso sistema imunológico (antígeno). O perfil alvo da vacina é fornecer rápida indução de anticorpos neutralizantes, bem como células-T “killer” e células-T de memória contra o vírus SARS-CoV-2, em pacientes vacinados com Versamune®-CoV-2FC para proteger contra o COVID-19 e impedir a propagação da infecção.

Fake News sobre a Vacina da Gripe

As fake news estão se propagando mais rapidamente e se tornando uma das maiores preocupações no mundo digital. “Muitos usuários compartilham e espalham as informações e, quando o tema é saúde, isso nos preocupa ainda mais, pois estamos falando de vidas”, conta a infectologista Dra. Ligia Pierrotti, do corpo clínico do Lavoisier Laboratório e Imagem. Pensando na estação mais fria que se aproxima, a especialista preparou um material desmistificando as cinco principais notícias falsas que foram divulgadas sobre a vacina da gripe nos últimos tempos.

“As vacinas contra a gripe são atualizadas todo os anos, de acordo com os vírus que circularam no ano anterior. Os dois tipos de Influenza A H1N1 e H3N2 fazem parte da composição da vacina contra a gripe de 2018 – tanto a trivalente, disponível na rede pública e privada, quanto a tetravalente, disponível na rede privada”, completa a especialista.

Depois de vacinarem 48 milhões de pessoas, se proliferou a notícia de que a vacina da gripe seria um ‘veneno mortal’.
FAKE NEWS!
A vacina contra a gripe é uma vacina absolutamente segura. As vacinas contra gripe disponíveis no Brasil são todas com o vírus inativado (de vírus morto) e, portanto, não são capazes de causar doença.

Circulam boatos de que as vacinas da gripe possuiriam mercúrio, produto químico altamente tóxico.
FAKE NEWS!
O uso do timerosal (derivado do mercúrio) é utilizado como conservante em várias vacinas, há décadas, como as vacinas contra a gripe (formulações multidose). Diversos estudos comprovam a segurança de vacinas que utilizam timerosal.

Em outros conteúdos disponíveis na rede, especula-se que a vacina da gripe poderia ter relação com autismo
FAKE NEWS!
A associação do uso de vacinas contendo timerosal com autismo já foram descartas pela Comunidade Científica. Na realidade, descobriu-se que os dados desse estudo eram falsos e outros cientistas comprovaram a segurança das vacinas contendo o derivado do mercúrio. O médico inglês acabou sendo julgado por publicar informações falsas e perdeu o direito de continuar exercendo a profissão de medicina.

Informações de que a vacina da gripe seria um método de controle populacional e instrumento político (!).
FAKE NEWS!
A gripe é uma infecção viral que pode apresentar complicações e, por isso, deve ser tratada e prevenido por meio da vacina, principalmente em alguns grupos de pessoas, como gestantes, puérperas, adultos com idade maior que 60 anos, crianças com menos de 5 anos, indivíduos que apresentam doença crônica, pessoas com doenças cardiorrespiratórias, com obesidade, com síndrome de Down, e aquelas com imunossupressão.

Está circulando um áudio de WhatsApp, de um tom alarmante, que anuncia a chegada, ao Brasil, de uma suposta ‘epidemia’ do vírus da gripe H3N2 (um subtipo do vírus Influenza A).
FAKE NEWS!
O vírus H3N2 é um subtipo já conhecido e circulante na população e não é esperado uma epidemia por esse vírus no Hemisfério Sul. Em 2017, no Brasil, foram notificados cerca de 2.500 casos graves de infecção respiratória (síndrome respiratória aguda grave) pelo vírus da Influenza, sendo mais da metade dos casos causados pelo vírus H3N2. Observamos esse aumento do número de casos de gripe no Hemisfério Norte na última estação outono-inverno, mas ainda não sabemos se teremos também um aumento do número de casos no Hemisfério Sul nesse ano, pois isso depende de diversos fatores, incluindo condições climáticas e número de indivíduos não protegidos para a gripe.