Outubro Rosa contra o câncer de mama

Tanto no mundo quanto no Brasil, o câncer de mama é o tumor mais comum entre as mulheres e é o responsável por quase 30% dos casos novos da doença. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer para 2016 era de quase 60 mil ocorrências com, aproximadamente, 15 mil mortes naquele ano.

Para conscientizar as mulheres da importância dos exames de rastreamento para o diagnóstico precoce dos tumores de mama, o que permite um tratamento mais seguro com mais possibilidades de cura, foi o criado o Outubro Rosa. Nesse mês, várias ações são programadas para campanhas contra a doença.

“É preciso lembrar que existem vários tipos diferentes de câncer, sendo que alguns têm um crescimento mais rápido e agressivo, mas a maioria tem uma evolução que possibilita um tratamento eficiente, desde que detectados em tempo hábil”, afirma José Antonio Marques, ginecologista, ex-vice-presidente e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

Os fatores de risco são vários, mas as mulheres com idade entre 50 e 70 anos, quem começou a usar precocemente anticoncepcional oral, aquelas sem filhos ou que tiveram após os 30, as que menstruaram cedo, quem faz uso de terapia de reposição hormonal na menopausa, com parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 45 e as obesas são as que têm mais probabilidades de desenvolver a doença.

Para descobrir o câncer precocemente, Marques ressalta a importância da realização da mamografia e do exame clínico das mamas anualmente. O especialista destaca que em países e regiões onde o acesso aos exames realizados por profissionais é feito regularmente, o autoexame não tem demonstrado uma diminuição na mortalidade.

“As mulheres devem ser aconselhadas a praticar o autoexame como forma de conhecimento do corpo. Mas, no Brasil, a grande maioria dos casos ainda é descoberta pela própria mulher”, informa o médico.

As opções de tratamento dependem do tamanho e da agressividade do tumor.
“O tratamento cirúrgico é a etapa inicial. A retirada da totalidade da mama
(mastectomia) é, hoje, uma opção para tumores maiores que 2,5 cm, e a retirada de
parte da mama (quadrantectomia) seguida por radioterapia é a escolha para tumores pequenos, assim como a retirada de todos os linfonodos da axila, que está sendo substituída pela retirada de um deles chamado de sentinela, o primeiro a ser atingido quando o tumor se expande para além da mama. A quimioterapia é indicada para
casos de alto risco de metástases”, ressalta Marques.

O tratamento para combater o câncer de mama também pode causar complicações no corpo da mulher, principalmente os mais mutiladores seguidos de radioterapia. A quimioterapia promove complicações temporárias e podem ser amenizadas.

“Um dos tipos de hormonioterapia pode levar à formação de tromboses e coágulo, e outro à osteoporose. A mastectomia, por também mexer com um órgão sexual feminino, pode acarretar disfunções no relacionamento do casal, portanto sempre é necessário um suporte psicológico, às vezes com terapeutas especializados em acompanhar pessoas com câncer e com sequelas do tratamento”, avalia o ginecologista.

Hospital Sírio Libanês realiza talk Show- Doenças Cardiovasculares

O Hospital Sírio-Libanês realizará um talk show na próxima sexta-feira (29), a partir das 12h, com o objetivo de promover hábitos de vida mais saudáveis e conscientizar a população a respeito da prevenção e do tratamento das doenças cardiovasculares, consideradas a principal causa de óbito em todo o mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento contará com a participação de médicos, jornalistas e atleta, integrando uma série de iniciativas promovidas durante o Setembro Vermelho, culminando com o Dia Mundial do Coração, celebrado no dia 29.

O debate será coordenado pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, com as presenças da Dra. Roberta Saretta, gerente de cardiologista do HSL, do Dr. Ibraim Masciarelli Francisco Pinto, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), além dos jornalistas Fernando Rocha e Mariana Ferrão e da jogadora de vôlei Sheilla Castro. A programação ainda inclui uma homenagem póstuma ao Dr. Adib Jatene, referência da cardiologia brasileira.

O talk show, gratuito e aberto ao público, acontece no Anfiteatro Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, com transmissão ao vivo pela página do Hospital Sírio-Libanês no Facebook, o que permitirá o envio de perguntas aos médicos integrantes do debate. O evento também poderá ser acompanhado, em tempo real, por colaboradores de todas as unidades do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília e São Paulo.

“Nosso objetivo é estimular as pessoas a adotarem hábitos de vida e alimentação saudáveis, além de alertar para a importância da realização da avaliação médica periódica. Com esta mudança de postura, as chances de evitar as doenças cardiovasculares crescem consideravelmente e refletem diretamente na melhora significativa da qualidade de vida”, afirma o Prof. Dr. Roberto Kalil Filho.

Aproximadamente 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de doenças cardiovasculares, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde. O tabagismo, o consumo de bebida alcoólica e a obesidade são considerados os principais vilões dentro dessa estatística.

Por esta razão, além do talk show, o Hospital Sírio-Libanês promoveu uma série de ações ao longo do mês, denominado Setembro Vermelho, voltadas ao esclarecimento da população. Com o mote “Xô Preguiça”, o hotsite “Cuide do seu coração” (cuidedoseucoracao.org.br) ganhou oito novos vídeos sobre atividade física, a relação do diabetes com as doenças cardiovasculares, colesterol e dicas de alimentação. Os perfis da instituição nas redes sociais — Facebook, Google+, Linkedin e Youtube — também divulgaram mensagens e permitiram a personalização do avatar dos usuários, contribuindo para a disseminação das mensagens.

Pronto Atendimento Cardiológico

O Hospital Sírio-Libanês também lançará no dia 29 de setembro o Pronto Atendimento destinado exclusivamente à cardiologia. A nova área será composta por sala de triagem, de emergência, consultório cardiológico e leitos (BOX) e poltronas de observação.

O atendimento inicial dos pacientes será realizado pela enfermagem, que deverá acionar um cardiologista para atendimento imediato e encaminhamento à sala de emergência de acordo com a gravidade do caso clínico. O objetivo é agilizar o atendimento de pacientes com patologias cardíacas para consulta com um especialista.

Também a partir do dia 29, o Hospital Sírio-Libanês passará a disponibilizar ambulâncias preparadas especialmente para emergências cardiológicas. Elas serão estampadas e irão circular com o logo da cardiologia do Hospital. 

Higienização em meio ao tempo seco

A vinda do tempo seco estimula as doenças respiratórias, como rinite, sinusite, bronquite, entre outras. Para um ambiente mais úmido muitos optam pelo uso dos umidificadores, porém, aí mora o perigo. De acordo com a sócia proprietária da Natureza& Limpeza, Ana Paula Barcena, o excesso de umidificação no local pode ocasionar a proliferação de ácaros e bactérias.

De acordo com a empresária, a higienização com produtos biodegradáveis é a melhor escolha pois “o serviço deixa a casa limpa, com ar fresco e livre de ácaros e bactérias, contribuindo com o meio ambiente, além de gastar no máximo 5 litros de água”.

Neste caso de tempo úmido é indicada a limpeza de sofá, puff, cadeiras, poltronas,carpetes, cortinas, edredom e colchões. Ela elimina ácaros, fungos e bactérias, além de poder ser realizada a impermeabilização, que também contribui para uma maior proteção dos estofados.

“Pensando em aliviar a sensação de secura no ambiente, muitas vezes nos esquecemos que a falta de limpeza em nossos estofados pode colaborar para mais dificuldades respiratórias do que apenas o tempo seco. A higienização a parte colabora para a saúde de todos da casa, finaliza Ana.

Em busca desse tal equilíbrio

Equilíbrio. Essa é a palavra que todos nós buscamos na vida, não é? Sabemos que não é saudável fazer dietas absurdamente restritivas sem nunca abrir uma janela de excessão, assim como não adianta comer hambúrguer e batata frita todos os dias. A resposta está no equilíbrio. Não traz paz ir para a academia todos os dias, mas também não adianta ficar afundado no sofá. Não saímos do lugar se tudo o que importa é como nosso corpo está no espelho, mas a resposta não está em nunca olhar para si. Sabemos que o que queremos está em uma meia medida, esse tal equilíbrio. Mas mesmo o equilíbrio precisa de um desequilíbrio.

Como?

Explico!

Hoje vemos muito no consultório pessoas que buscam o equilíbrio com unhas e dentes. Querem tanto o equilíbrio, que sofrem para consegui-lo. Comer bem, fazer yoga, meditar, mas ser divertida, beber à noite, e também ser profissional… e esse tal equilíbrio virou uma nova lista de “todo’s”, que temos de alcançar. E a pressão de deixar um desses pratinhos cair pesa cada vez mais em cima desse falso equilíbrio.

O que é preciso entender, cada um à sua maneira, é que o TEU equilíbrio, vai ser único, só seu. Para uma pessoa, o equilíbrio vai ser correr uma maratona; para outra, vai ser faltar na academia. Para um vai ser aprender a comer uma salada com gosto; para outra vai ser comer uma pizza e só se preocupar com o sabor delicioso dela. Para uma vai ser botar um batom e sair por aí; para outra vai ser ir até o supermercado sem um pingo de maquiagem. Qual é o seu? Só você poderá dizer. E só você poderá criar estes momentos.

Mas já te adianto. O equilíbrio não vai ser andar em um monociclo em corda bamba, empilhando pratinhos com medo de, se um deles cair, tudo vai por água abaixo. Isso não é equilíbrio. Isso é terrorismo. Equilíbrio é algo muito diferente, com mais jogo de cintura, como andar de bicicleta: você segue em movimento, se adaptando a cada terreno — e, mais importante, curtindo a brisa no rosto!

 

Vanessa Tomasini é Psicóloga clínica apaixonada por comida de verdade. Idealizadora e Criadora do Projeto #VcTemFomeDeQue

Problemas cardíacos nos pets: Como identificar?

Veterinária especialista da Petz orienta sobre a importância do diagnóstico precoce e como cuidar do coração dos bichinhos de estimação

O alerta do Dia do Coração (29 de setembro) também é importante para cuidar dos pets. Além da propensão de cada raça, com o avanço da idade, os problemas cardíacos em cães e gatos tendem a aumentar. Por isso, o check-up de seis em seis meses é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce. “Todas as doenças podem ser controladas com medicação, retardando sua progressão e trazendo conforto para os bichinhos de estimação”, orienta a veterinária especialista em cardiologia da Petz, Dra. Michelle Caroline Claviço.

As doenças

A cardiopatia mais comum em cães são as endocardioses, que atingem as válvulas do coração, a mitral e a tricúspide, com a idade avançada e predisposição racial. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de porte pequeno, como poodle, teckel e cavalier. Já raças como cocker, boxer e terra nova são mais propensas à cardiomiopatia dilatada, caracterizada pela dilatação do ventrículo por uma alteração do músculo cardíaco. Em gatos, a mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, causada também por uma alteração do músculo cardíaco de origem mais comum a hereditariedade.

Uma outra doença que tem preocupado é a dirofilariose, provocada por um verme que se aloja no coração dos pets, transmitida por mosquito. A incidência é maior no litoral, mas há registros também em outras regiões. Para este caso, a Petz oferece uma nova vacina que previne contra o parasita dirofilária, causador da doença.

Os sinais

Os principais sintomas das cardiopatias são intolerância aos exercícios, tosse principalmente no período noturno, cansaço fácil, apatia, prostração, desconforto em algumas posições, cianose (coloração arroxeada da língua) e desmaios em alguns casos. Além de ficar de olho nesses sinais, as pessoas devem levar o pet às visitas periódicas ao veterinário.

“Quando auscultamos os pets, podemos identificar alterações no ritmo dos batimentos (arritmias) e mudanças nos sons do pulmão (crepitação)”, explica a Dr. Michelle. Para confirmar o diagnóstico são feitos exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio X de tórax. “O tratamento varia da doença, do estagio e da sintomatologia do pet. Como cada um tem sua particularidade, às vezes, é necessário utilizar uma droga diferente para cada bichinho.”

Oito dicas para prevenir e cuidar do coração dos pets

1 – Realizar check-ups de seis em seis meses;

2 – Ter uma alimentação equilibrada com ração super premium;

3 – Evitar a obesidade, que é um dos fatores de risco;

4 – Manter a saúde oral, com cuidados e escovação frequente, porque as bactérias estão relacionadas às cardiopatias;

5 – No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso mensal de vermífugos, há agora uma vacina que protege os pets com uma dose anual;

6 – Enriquecer o ambiente que os pets ficam com brinquedos que estimulem a atividade física;

7 – Passear com frequência para caminhadas moderadas e diversão;

8 – Conhecer a predisposição que a raça do pet apresenta.

 

 

1º DE OUTUBRO – DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

Saúde dos olhos merece atenção redobrada na terceira idade

A degeneração macular relacionada à idade – DMRI – é a causa mais comum para a perda da visão após os 50 anos, mas pode ser tratada e mantida sob controle se detectada precocemente.

No Dia Internacional do Idoso – celebrado em 1º de outubro – é importante lembrar que, com o avançar da idade, a saúde ocular passa a requerer ainda mais atenção. Muitas causas de deficiência visual e cegueira estão associadas ao envelhecimento do organismo. Entre as doenças oculares que mais prejudicam a visão dos mais idosos está a degeneração macular relacionada à idade, conhecida pela sigla DMRI.

A DMRI, que é uma doença degenerativa, pode se apresentar em dois tipos: a forma seca e a forma úmida. A DMRI úmida – também denominada exsudativa – acontece em cerca de 10% dos casos e se caracteriza pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina.2,3 Esses vasos podem ocasionar vazamento de líquido ou sangue, levando ao comprometimento da visão central. A DMRI úmida pode progredir rapidamente e causar perda importante da visão central.

No Brasil, os pacientes têm tratamentos para a DRMI úmida à disposição. Entre eles, está o tratamento por meio da terapia intravítrea com antiangiogênicos (também conhecidos como anti-VGEF), uma classe de medicamentos que atua diretamente na causa da doença.  Esse tipo de medicação bloqueia o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos e diminui os vazamentos nos vasos sanguíneos anormais no olho. Eles são administrados por um oftalmologista especialista em retina por meio de uma injeção no olho (chamada de intraocular).

O diagnóstico da DMRI é feito pelo oftalmologista por meio de exames da retina. O especialista é capaz de detectar o surgimento da DMRI mesmo antes do aparecimento dos primeiros sintomas. “Por isso é muito importante consultar regularmente um oftalmologista, especialmente após os 50 anos de idade”, afirma o Dr. Mauro Goldbaum, diretor da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV). De acordo com SBRV, os principais fatores de risco para DMRI: idade, predisposição genética, exposição à luz solar, hipertensão, obesidade, tabagismo, ingestão de grandes quantidades de gorduras e dietas pobres em frutas e verduras.

Suicídio na juventude e adolescência

Se o ato do suicídio parece violento para quem está observando de fora, imaginem a intensidade do desespero interno de quem optou por essa atitude

Falar sobre suicídio ainda é um tabu para muitos pais, é um assunto que muitos optam por nem pensar, mas muitas famílias têm sido acometidas por esta tragédia. A grande questão é que nos últimos anos o suicídio de crianças, adolescentes e jovens adultos (até a idade de 29 anos) têm aumentado e nestas faixas etárias o índice tem sido maior que a média nacional.

Hoje existem uma série que passa no Netflix “13 Reason Why”que trata do suicídio de uma adolescente e durante os episódios as pessoas irão descobrir as 13 razões do porque ela fez isso. Recentemente a mídia falou bastante deste assunto com o jogo da “Baleia Azul” ou o “jogo do suicídio”, mas o suicídio entre adolescentes e jovens é mais real do que o jogo.

De acordo com a pesquisa “Violência Letal contra as Crianças e Adolescentes do Brasil e do Mapa da Violência: os Jovens do Brasil” entre 1980 e 2012, as taxas de suicídio cresceram 62,5% na população em geral. Na faixa etária dos 15 aos 29 anos, a média aumenta em ritmo mais rápido do que em outros segmentos. São 5,6 mortes a cada 100 mil jovens (20% acima da média nacional).

Segundo Valéria Ribeiro, psicóloga e coach familiar, “é preciso estar claro que 97% dos casos de jovens que pensam em suicídio têm tratamento, o mais importante é que os pais estejam atentos às mudanças no comportamento dos filhos”, explica. Ela destaca alguns sinais que podem auxiliar os pais a perceberem se o filho tem tendência suicida, podendo assim evitar uma tragédia:

  • Falta de interesse pelo próprio bem-estar;

  • Alterações significativas na personalidade ou nos hábitos;

  • Comportamento ansioso, agitado ou deprimido;

  • Queda no rendimento escolar;

  • Afastamento da família e de amigos;

  • Perda de interesse por atividades de que gostava;

  • Perda ou ganho repentinos de peso;

  • Mudança no padrão usual de sono;

  • Comentários autodepreciativos recorrentes ou negativos e desesperançosos em relação ao futuro;

  • Disforia (combinação de tristeza, irritabilidade e acessos de raiva);

  • Comentários sobre morte, sobre pessoas que morreram e interesse pelo assunto;

  • Doação de pertences que valorizava;

  • Expressão clara ou velada de querer morrer ou de pôr fim à vida;

  • Promiscuidade repentina ou aumentada;

  • Tentativas de ficar em dia com pendências pessoais e de fazer as pazes com desafetos.

Existem também alguns fatores, que quando vividos pelos adolescentes ou jovens, podem aumentar os riscos para o suicídio:

  • Problemas familiares;

  • Falta de perspectiva na vida;

  • Sensação de desamparo, impossibilidade de agir sobre os problemas;

  • Bullying ou cyberbullying;

  • Doença e dor excessiva;

  • Pouca estrutura emocional no enfrentamento de problemas;

  • Abuso físico ou emocional.

De acordo com Valéria, “jovens com tendências suicidas falam sobre a possibilidade de se matar, pois o ato é elaborado aos poucos ao longo do tempo. Normalmente, os suicidas não querem se matar de verdade, na verdade eles querem eliminar uma dor insuportável e chegam a esse ponto por acreditarem que já tentaram de tudo e que não tem mais solução. Quando já houve uma primeira tentativa de suicídio por parte do adolescente ou jovem, e que foi malsucedida, é preciso cuidar, pois o período logo após é muito perigoso”, explica.

Ela aconselha que os pais não tenham medo de conversar sobre suicídio com seus filhos, isso pode ajudar um suicida a mudar de ideia e decidir procurar ajuda. Os pais devem procurar ser mais ouvintes, julgar menos, não estigmatizar o sofrimento, não ficar dando muitos conselhos como se fosse algo de fácil solução.

Cabe ressaltar que muitas crianças, adolescentes e jovens que se suicidam estavam com depressão, mas o grande fator que leva ao ato em si é a sensação de desesperança. “Elas se sentem vazias, sozinhas e frustradas. Buscar ajuda de um profissional nestas ocasiões é muito importante, pois pode ser a resposta entre a vida e a morte desse jovem”, exalta.

Os pais têm um papel importante neste processo e há algumas ações que se fizerem podem se tornar fatores de proteção ou de auxílio para seus filhos. São eles:

  • Apoio da família e de uma rede de amizade sólida (na rede de amizade não precisa ser o popular, mas ter pelo menos uns 3 amigos já ajuda);

  • Presença de crenças e valores;

  • Envolvimento na comunidade (seja na igreja ou em um grupo de voluntariado) – isso ajuda o jovem a descobrir sua utilidade;

  • Vida social satisfatória (sair com os amigos, ir ao cinema, ter um hobby);

  • Fazer terapia (se necessário) e/ou cursos de autoconhecimento.

“A grande pergunta é se há possibilidade

de reverter um quadro desse, a resposta é sim, mas para isso os pais terão que aceitar que o filho(a) precisa de ajuda e, talvez, toda a família”, finaliza Valéria. 

Músculo X Gordura?

Emagrecer não é simplesmente perder peso é perder gordura

O tecido adiposo é visto atualmente como um grande órgão endócrino, pois produz uma infinidade de hormônios e proteínas de importância para nosso organismo. Diante de um novo conceito – FATNESS (adiposidade), Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e Metabologista formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) explica que atualmente não se pode avaliar apenas o índice de massa corporal, ou seja, o peso em relação à altura do paciente. Mas, também a circunferência abdominal e a distribuição da gordura corporal.

A obesidade é uma doença complexa que envolve mecanismos genéticos, químicos, hormonais e aspectos sociais, deve ser tratada e respeitada como doença crônica assim como a hipertensão, o diabetes, o colesterol e os transtornos da tireóide. De acordo com dados do Vigitel divulgados em abril 2017, observa-se um aumento de 60% da obesidade no Brasil de 11,8% em 2006, para 18,9% em 2017.

A massa muscular é muito importante na composição corporal, pois tem a capacidade de aumentar o gasto de energia diário já que é mais ativa do que o tecido adiposo. Dra. Tassiane, ressalta que o músculo é o maior patrimônio para a manutenção do peso por ser diretamente proporcional ao metabolismo (como se o nosso organismo fosse um carro e o metabolismo é a quantidade de gasolina que este carro gasta).

O tratamento da obesidade deve ter como objetivo principal a melhora do bem-estar e da saúde metabólica do indivíduo, diminuindo os riscos de doenças na vida futura. O conceito de melhora da saúde metabólica do paciente tem por base que a perda de peso é apenas a fase inicial do tratamento, sendo a manutenção do peso perdido o objetivo principal. “Perdas da ordem de 5% a 10% podem melhorar a pressão arterial, perfil lipídico e glicêmico (ou seja, o colesterol e o diabetes) o número de apnéias e hipopnéias durante o sono, as dores articulares (osteoartrose) e a qualidade de vida como um todo. Deve-se ainda encorajar objetivos “atingíveis” com expectativas realistas.” Completa Dra. Tassiane Alvarenga.

Dietas muito restritivas em calorias ocasionam rápidas perdas de peso mesmo na ausência de atividade física e independem da composição de macronutrientes da dieta ou da mudança comportamental. A explicação para a perda de peso é a quantidade calórica menor do que necessária para o organismo, resultando em mobilização e utilização da gordura corporal como fonte de energia, redução da massa magra e de água. Ou seja, há uma maior perda de massa muscular e água do que de gordura, modificando negativamente a composição corporal.

É comum as pessoas se queixarem de que, mesmo ao seguir uma alimentação adequada e a prática de exercícios físicos, não veem resultados na balança. Mas, o fato de não ter perdido peso não significa que não tenha emagrecido. Primeiramente, é preciso entender que o peso do nosso corpo corresponde à massa de diferentes tecidos: músculos, gordura, ossos, água etc. Portanto, quando falamos em perder peso, estamos nos referindo à diminuição de qualquer um desses componentes. Já o termo ‘emagrecer’ diz respeito à perda de gordura apenas, que é o que nós queremos já que ela está associada a diversos malefícios para a saúde. “Por isso foque mais em mudar a sua composição corporal e emagrecer de verdade! Não coloque suas expectativas somente na balança. Não foque seu sucesso somente com base no seu ganho ou perda de peso, mas na sua composição corporal.” Explica a especialista.

Se livrando do stress em quatro passos!

Gestora de carreiras revela o segredo para viver uma vida profissional o mais longe possível de irritações na rotina

Quem possui uma rotina agitada, precisa tomar muito cuidado com pequenas atitudes, para não ser consumido pelo stress do dia-a-dia, pois isso pode afetar fisicamente o seu corpo e a sua saúde, causando picos de pressão, ansiedade e até depressão. O trabalho pode abalar a estrutura emocional de uma pessoa, mas segundo a gestora de carreiras, Madalena Feliciano, há regras básicas que podem diminuir consideravelmente esse efeito.

“O profissional já tem que lidar diariamente com o stress causado pelo próprio trabalho – deadlines, responsabilidades, clientes e muitos outros – por isso, deixar que a convivência com colegas também afete sua sanidade é a última coisa que deve acontecer no escritório”, comenta a especialista.

Quando o problema do seu stress é o cansaço, a sugestão de Madalena é o diálogo. “É comum nos depararmos com profissionais exaustos, que acumulam cada vez mais funções e, por causa disso, ficam mais estressados e vulneráveis emocionalmente. Quando for esse o seu caso, converse de forma sutil com o seu chefe e exponha a sua situação”, comenta a coach.

Madalena dá algumas dicas para tornar o dia mais produtivo e stress free. Confira:

1.Entre em um bom ritmo logo cedo: “Ao acordar, reserve cinco minutos para você levantar e se alongar, sempre que puder. Escolha sua trilha sonora e garanta o bom humor para o dia. A música tem o poder de transformar os sentimentos, por pior que seja o seu dia. Ouvir uma música de que você gosta pode ajudar a aumentar o foco e a concentração no trabalho, e, além disso, deixa o clima mais leve”, exalta Madalena.

2.Tenha postura ao trabalhar: “Ao chegar no escritório, confira se a sua cadeira está na posição correta antes de começar a trabalhar – a melhor postura é com os joelhos formando um ângulo de 90 graus e os pés inteiros apoiados no chão. Os braços e ombros devem ficar relaxados quando você usa o teclado. Com o passar das horas, policie-se para manter as costas retas e o corpo virado para a frente. Evite sentar sobre uma das pernas, pois isso reduz a circulação e pode chegar a dar dores”, explica.

3.Faça pequenos breaks: “Os olhos e a mente precisam de descanso, por isso, de hora em hora, levante-se e alongue o corpo novamente, ande pelo escritório, converse com um colega brevemente e abstraia um pouco, antes de voltar às suas atividades. Distrair-se é preciso. Ler alguma matéria interessante, por exemplo, não irá afetar o seu desempenho. Só é preciso ter bom senso e não deixar o trabalho em segundo plano. Parar alguns minutos de manhã e à tarde ajudam a tornar o trabalho menos estressante”, aconselha a coach.

4.Faça lanchinhos: “Tenha sempre na sua mesa alguns lanches saudáveis para não ficar com muita fome entre as refeições principais – frutas, barrinhas de cereais, iogurte e sanduíches naturais são boas pedidas. Além de não precisar interromper o trabalho, a comida libera hormônios que causam bem-estar. Ainda sobre a alimentação, o ideal é não comer nada muito pesado no almoço, para evitar o sono e o stress causado por sua privação – e a consequente queda de produção por isso”, ressalta Madalena.

Segundo a coach, a partir de o momento em que uma pessoa vive em sociedade e trabalha em uma empresa que comporta mais pessoas – independente da quantidade de profissionais – ela está predisposta a ter que lidar com possíveis problemas e questões chatas que o emprego e a rotina oferecem. Mas esse não é o fim do mundo. “Todos passam por problemas no trabalho, desde a fofoca dos colegas, desmotivação, falta de estrutura da empresa, às possíveis crises, etc. Porém, é preciso superá-las e não deixar que elas tirem a harmonia de sua vida”, conclui a especialista.

 

Outubro Rosa 2017 promove empoderamento de pacientes com câncer de mama

Lançamento de campanha da FEMAMA acontece em 27 de setembro, durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer

Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa visa conscientizar pacientes com câncer, bem como seus familiares, amigos e colegas sobre a importância de munir-se de informação e participar ativamente da tomada de decisões no enfrentamento da doença. Sob o mote “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”, a ação da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) chama a atenção também para a necessidade de conhecer os direitos que garantem acesso ao diagnóstico e tratamento.
Cerca de 960 mil novos casos de câncer serão diagnosticados no Brasil em 2017, de acordo com o INCA. Destes, aproximadamente 60 mil novos casos são de câncer de mama. Hoje milhares de pacientes e suas famílias, amigos, colegas convivem com a doença.
De acordo com a organização European Patients Forum, empoderar as pessoas que lutam contra o câncer promove o desenvolvimento e a implantação de políticas, estratégias e serviços de saúde, direcionados a capacita-las para envolverem-se na gestão de sua condição.
“Essa abordagem amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle”, afirma a Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA, instituição que trouxe, em 2008, o Outubro Rosa de forma organizada ao Brasil.
A iniciativa estende-se a todos que convivem com os pacientes, uma vez que um diagnóstico de câncer pode afetar o relacionamento social, familiar e profissional. “O dia a dia com a doença traz diversos desafios. Por isso é importante que os envolvidos sejam protagonistas nessa jornada, cientes de todas as possibilidades e capazes de reconhecer quando algo lhes é negligenciado”, reforça a especialista.
A campanha contará com hotsite, quizz, vídeo, mobilização online, conteúdo para mídias sociais e materiais gráficos. Para participar, visite www.pacientesnocontrole.org.br a partir de 26 de setembro.
Lançamento Oficial
O grande lançamento da campanha Outubro Rosa acontecerá durante o 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer, no dia 27 de setembro. Em painel dividido em cinco palestras, abordará o empoderamento de pacientes na rotina médica, bem como a busca pelo diagnóstico e pelo tratamento.
“Quando se recebe o diagnóstico de câncer, é normal sentir medo, mas preciso coragem para enfrentá-lo ativamente. Incentivar pacientes com câncer a conversar com a equipe médica, aproximar-se de instituições de apoio e conhecer os seus direitos são os objetivos da campanha #PacientesNoControle idealizada pela FEMAMA. Convidamos a todos para participarem do painel e conhecerem essa realidade possível por meio do olhar de especialistas no assunto”, diz a Dra. Maira.
Além da Dra. Maira Caleffi, também estarão presentes: Patrícia Taddeo, fisioterapeuta da Universidade Estadual do Ceará; Lucy Bonazzi, psico-oncologista do Hospital Moinhos de Vento; Jô Nunes, presidente de honra e fundadora da Associação Brasileira de Síndrome de Williams; e Márcia Fernandes, paciente e embaixadora do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul.
A Federação estará presente durante todo o TJCC com um estande – nele, haverá oficina de turbante, oficina de chaveiro (Chaveiro do Bem) e um Flash Mob.

Lançamento Outubro Rosa: “#PacientesNoControle – Atitude Exige Coragem”
Data: 27 de setembro
Horário: 11h às 13h
Local: 4º Congresso Brasileiro Todos Juntos Contra o Câncer – WTC | Events Center
Endereço: Av. das Nações Unidas, 12551 – Brooklin Novo, São Paulo – SP
Mobilize-se 
Dentre as ações organizadas pela FEMAMA para o mês de outubro integrantes da campanha #PacientesNoControle está uma mobilização online solicitando que projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados relativos ao acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer tornem-se direitos efetivos para milhares de pacientes oncológicos no país. Alguns dos projetos tramitam há anos sem desfecho. Neste pacote está um PL que determina a realização do diagnóstico em até 30 dias no Sistema Único de Saúde, prazo que consiste no período entre a suspeita do câncer até sua confirmação em biópsia. “Quando identificado cedo, as chances de cura do câncer de mama podem chegar a 95%; porém, atualmente não há nenhuma regulamentação neste sentido”, conta a presidente voluntária da FEMAMA.
Também consta projeto de lei a respeito da inclusão de testes que apontem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 no SUS, capazes de avaliar a predisposição ao câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença, permitindo medidas preventivas. Hoje, esses exames estão disponíveis somente na rede privada e o acesso a eles ainda ocorre de forma limitada.
Além da mobilização online, ONGs associadas à FEMAMA em todo o país farão caminhadas em suas cidades para conscientizar e mobilizar para o câncer de mama. As caminhadas devem se concentrar principalmente no dia 29 de outubro, repercutindo a campanha #PacientesNoControle em diversas regiões do Brasil. Em breve a agenda de caminhadas será divulgada.