Deputados não terão hora extra por sessão do impeachment

Por Hans Misfeldt* – A sessão extraordinária organizada pela Câmara dos Deputados no fim de semana para votar a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff não terá custos com horas extras ou benefícios para os deputados. Já os servidores poderão receber as horas trabalhadas ou créditos em banco de horas. A informação foi confirmada pelo PORTAL JE nesta terça, 19, junto à assessoria de imprensa da casa.

Segundo a assessoria, não é possível estimar ainda o valor exato, primeiro porque os servidores trabalharam em regime de escala, e segundo porque a opção será feita pelo próprio servidor – se deseja receber em banco de horas ou em espécie. Em resposta por e-mail, a Câmara dos Deputados ressaltou que “foram autorizados a trabalhar apenas aqueles cujas funções eram imprescindíveis para o bom funcionamento da Casa nesses dias”.

Já aqueles que trabalham diretamente com os parlamentares também não irão receber pagamentos pelos serviços extraordinários. “As horas trabalhadas que eventualmente excedam a jornada mensal do secretário parlamentar deverão ser objeto de compensação, mediante ajuste com o titular do gabinete”, informa a assessoria.

OUTRO LADO

Em entrevista à Gazeta do Povo, o diretor da organização Contas Abertas, Gil Castelo Branco, comentou que os custos exatos de sessões extras da Câmara “é uma conta difícil de ser feita, mas é certo que é um gasto bem maior do que se as sessões ocorressem em dias de semana”, declarou. Segundo ele, uma forma de tentar estimar o custo das votações extras é dividir o orçamento total da Câmara (R$ 5,275 bilhões) pelos dias úteis de 2016 (254). Por esse cálculo, cada dia de sessão extra custa aproximadamente R$ 20,8 milhões.

*Com informações do site Gazeta do Povo.

Sessão extra da Câmara dos Deputados para votar impeachment (Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

Impeachment: Brasil assiste pela 2ª vez na história

Por Hans Misfeldt – A sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados começará no próximo domingo às 14h, mas o processo já teve início há alguns dias com a comissão de impeachment que votou a favor do processo. As etapas começam amanhã, a partir das 8h55, e vai até domingo, com término previsto às 17h. No domingo, a sessão será aberta às 14h para votação, havendo a necessidade de quórum mínimo de 51 deputados para votar. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também está apto a votar.

Nota-se claramente que o Brasil caminha a passos lentos, mas começa a deslanchar com a ajuda da Justiça, esbarrando em processos de corrupção na qual muitos políticos estão envolvidos. Muitos são contra o impeachment, como era de se esperar, mas outros tantos milhões de brasileiros querem uma solução rápida para nosso país, ou seja, se cometeu alguma irresponsabilidade, temos que trocar.

O processo de impeachment não é exclusivo da democracia brasileira, apesar de ser a segunda vez na história do País que vemos um presidente sofrer a pressão do fim do seu mandato de maneira antecipada.

Ao longo da história, várias autoridades de diversos países mundo afora já tiveram que passar por esse processo, que existe há pelo menos 400 anos: Francis Bacon (Grã-Betanha, 1621); Andrew Johnson (Estados Unidos, 1868); Bill Clinton (Estados Unidos, 1999) e Richard Nixon, em 1974 (que renunciou antes); Carlos Andrés Perez Venezuela, 1993).

No Brasil, o primeiro presidente a sofrer punição com o impeachment foi Collor de Melo em 1992, mas ele, observando não ter mais saída, acabou renunciando. Hoje o Brasil está de novo às vésperas disso acontecer com a nossa “excelentíssima” presidente Dilma Rousseff.

Dilma vem se complicando toda vez que tenta “ajudar” seu companheiro de partido e ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Acaba dando explicações que não convencem nem a ela própria.  Excelentíssima “presidenta”, governar um país como o Brasil não é tarefa para amadores. O povo não quer mais e não aguenta mais ver os políticos  fazerem o que querem, sem se preocupar se vão ser descobertos ou não.

A democracia é isso, o povo elege, mas o povo tira – por pressão mesmo da opinião pública, da força da imprensa (ou mídia golpista como queiram chamar) e até mesmo por força da oposição. Os próximos que vierem, precisam ter em mente que ser um presidente de uma nação, não os torna imortais perante a Justiça, são trabalhadores como outros tantos, e devem se portar como tal. Ganham para estarem lá, então, que façam bem o seu trabalho, caso contrário serão demitidos por seu chefe: o “POVO”.

Espero sinceramente que a votação seja honesta e confiante nos princípios básicos. E que a presidente Dilma Rousseff tenha seu processo de impeachment concluído – afinal colocar o Brasil no eixo já é tarefa quase impossível para Dilma. Grande parte dos brasileiros estão com um só pensamento: “Fora Dilma”.