Quantas horas por dia você fica com o pescoço inclinado mexendo no celular?

Os smartphones e tablets trouxeram entretenimento e informações em tempo real para a palma da mão. Mas as tecnologias desenvolvidas para facilitar o dia a dia, também aumentaram o sedentarismo e uma série de problemas ortopédicos.

De acordo com a coordenadora de fisioterapia do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Silvia da Cruz Serri, praticamente ninguém se preocupa com a postura quando usa um dispositivo móvel, nem percebe quanto tempo passa com o pescoço inclinado. “Os brasileiros ficam em média quatro horas por dia de cabeça baixa mexendo nos seus aparelhos eletrônicos e isso pode levar a alterações nas regiões cervical e lombar da coluna, provocando fortes dores nas costas, pescoço e cabeça” diz.

A especialista explica que o peso da cabeça triplica com a inclinação do corpo, podendo causar lesão por sobrecarga. \”Em posição normal, a cabeça de um adulto pesa cerca de 5 quilos, com a postura curvada para baixo o contrapeso pode atingir até 15 quilos, sem a pessoa nem perceba\”. Entre os traumatismos decorrentes, está a cefaleia cervicogênica, uma pressão intensa nas partes superior e posterior do pescoço que é facilmente confundida com dor de cabeça e enxaqueca.

Silvia Serri salienta que, dependendo do nível da tensão, as dores podem se estender aos braços, ombros, punhos e cotovelos. Há situações em que a pessoa repete tanto o movimento de digitação que provoca também tendinite.

A fisioterapeuta chama a atenção especial para as crianças. \”Recente pesquisa publicada no The Spine Journal, apontou que o uso intenso e irregular desses aparelhos tem promovido problemas de hérnias de disco, principalmente, nas gerações mais jovens.

Para evitar problemas, a especialista aconselha sentar com a coluna reta e apoiar os braços, deixando o tablete ou telefone na altura dos olhos, além de limitar o tempo em frente da \’telinha\’. \”Também é importante praticar exercícios e se alongar para aliviar a tensão no pescoço, fazendo o movimento de \’sim\’ e \’não\’ com a cabeça, por exemplo. Prestar atenção à postura, e passar por avaliação médica e acompanhamento com fisioterapeuta também podem ser necessários\”, explica.

A fisioterapeuta salienta que o cuidado com a postura deve se estende aos computadores, notebook, videogames.

COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.400 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, conquistado pelo sexto ano consecutivo em 2016.

Rua Borges Lagoa, 1.450 – Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Site: http://www.hpev.com.br
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Asma atinge mais de 20% dos brasileiros e ainda tem alta mortalidade no Brasil

A asma, doença inflamatória crônica das vias aéreas, é altamente prevalente no Brasil e atinge um terço das crianças pré-escolares e cerca de 5% das pessoas com mais de 18 anos. Dentre os principais sintomas, o pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, José Gustavo Romaldini, destaca a tosse, chiado, aperto no peito e dificuldade para respirar. Esses sintomas podem aparecer a qualquer hora do dia, mas são mais frequentes ou se acentuam durante a noite e no início da manhã.

Embora não tenha cura, quando diagnosticada é facilmente tratada e na prática não deveria ser fatal. Mas, não é o que revelam recentes dados do Ministério da Saúde, que apontam alarmante índice de 2 mil óbitos e mais de 300 mil internadas com crises agudas.

Para Romaldini, essa mortalidade é provocada por diversos fatores, como a falta de atenção do paciente aos sintomas e tratamento e procura tardia a um especialista.

A asma também está diretamente relacionada aos aspectos de exposição, ou seja, grandes centros urbanos como São Paulo apresentam maiores chances do paciente desenvolver a doença. “A poluição é um agravante da asma, além disso, no inverno a baixa umidade diminui a defesa do sistema respiratório, propiciando as infecções respiratórias que são desencadeantes da doença”, esclarece o médico.

Como prevenção, o pneumologista recomenda evitar todo tipo de contato com alergênicos que causem a crise como poeira, pelo de animal, tabaco, produtos de limpeza e ar condicionado. Romaldini salienta ainda que as infecções virais como a gripe, também podem ser um meio de promover a crise. “Por isso, esses pacientes precisam sempre estar atentos à imunização”.

O tratamento varia conforme a frequência e intensidade da doença, mas, em geral, é feito através de medicamentos inalatórios com bombinhas. O pneumologista ressalta que as bombinhas são apenas mecanismos para levar a medicação direto para os pulmões e que pode conter diferentes remédios, sendo os principais o corticoide inalatório – que servem para prevenir e controlar a asma – e os broncodilatadores – que são utilizados para aliviar os sintomas.

“Há dois equívocos que muitas pessoas têm em relação ao uso das bombinhas. É preciso entender que ela não mata e não vicia, o que mata é a crise”. O médico explica que quando o uso da bombinha com medicação de alívio passa a ser necessária em um intervalo curto de tempo, é sinal de que a doença não está tratada adequadamente e por isso, é preciso buscar um profissional o quanto antes.

Para conviver bem com a doença o especialista recomenda ainda a prática de atividade física regular e controle ambiental adequado. Entre as principais modalidades, José Gustavo Romaldini sugere as atividades aeróbicas, mais benéficas para o sistema cardiorrespiratório.

COMPLEXO HOSPITALAR EDMUNDO VASCONCELOS
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 50 especialidades e conta com cerca de 1.400 médicos. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,45 milhão de exames por ano. Dentre os selos e certificações obtidos pela instituição, destaca-se a Acreditação Hospitalar Nível 3 – Excelência em Gestão, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e o Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, conquistado pelo sexto ano consecutivo em 2016.
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Como cuidar corretamente de piscinas aquecidas e prevenir possíveis doenças

Você sabe para que serve o cloro na piscina? Bom, mesmo que você não entenda sobre cloro, mas tenha piscina em casa ou faça aula de natação, use a piscina de condomínios, hotel ou clube, sabe que ele é importante para o bom tratamento da água.

Há uma série de doenças que podem ser transmitidas pelo uso de piscinas que não tenham recebido tratamento adequado da água. O tratamento inadequado permite a disseminação de bactérias e fungos, por isso, a utilização de cloro é indispensável para eliminar estes microrganismos patogênicos.

Ou seja, é de extrema importância saber sobre o tratamento, já que o não cuidado pode acarretar em doenças de pele, respiratórias, hepatite, infecções e outros diversos problemas, como micose, foliculite, tricomoníase e diarreia.

Durante as estações mais frias do ano, como o Outono e o Inverno, as piscinas aquecidas passam a ser a preferência de quem deseja praticar esportes como natação ou hidroginástica, ou até mesmo ter momentos de diversão.

Segundo o especialista da hth e mais conhecido como Professor Piscina, Fábio Forlenza, o que muitos não sabem é que há uma diferença no tratamento deste tipo de piscina, já que há algumas questões a serem levadas em consideração, como: decomposição mais rápida do cloro, devido ao sistema de aquecimento; aumento na evaporação da água; aceleração no crescimento de micro-organismos e proliferação de algas; água aquecida tende aumentar o pH; e há formação de cloramina, o que causa a falsa sensação de excesso de cloro, cheiro forte e ardência nos olhos, quando na verdade significa a ausência de cloro na água.

Mas não basta que você limpe a piscina regularmente e jogue cloro na água. Se a água receber pouco cloro, não será suficiente para matar as bactérias e os fungos contidos na água. Dessa forma, quem usar a piscina ainda corre o risco de se contaminar.

Vale ressaltar que o excesso de cloro também pode trazer danos à saúde dos usuários da piscina, causando alergias e irritações na pele. Portanto, a dosagem de cloro em piscinas aquecidas deve ser 10% maior do que pede na embalagem. Lembrando sempre que o produto deve estar devidamente registrado na ANVISA para ser utilizado em cada uma destas aplicações.

Para o Professor Piscina, somente a desinfecção com cloro pode garantir água saudável e sem riscos à saúde do usuário, ou seja, o cloro é apresentado de diversas formas e cada uma delas tem suas características típicas de utilização, por isso, o primeiro passo é escolher que tipo que será usado. O granulado garante a higienização segura da piscina.

O hipoclorito de cálcio fabricado pela hth, líder brasileira e mundial em tratamento de piscina, é considerado o melhor deles, pois contém o cálcio, elemento essencial para o equilíbrio químico da água, além de ajudar a água a ficar com mais brilho. Em seguida, é essencial verificar se todos os equipamentos estão funcionando perfeitamente, como filtro, areia e bomba de água. Abaixo, confira as dicas de Fábio Forlenza, especialista da hth.

MANUTENÇÃO PASSO A PASSO

* Realize, uma vez por mês a medição da alcalinidade e uma vez por semana a medição do pH da água da piscina. Com uma fita teste, deve-se conferir se o nível de alcalinidade está entre 80 a 120 ppm e se o pH está entre 7,0 e 7,4;

* Aplique o cloro dia sim dia não;

* Faça a oxidação de choque utilizando o cloro na proporção de 14 gramas para cada 1000 litros de água, pelo menos uma vez por mês;

* Faça a limpeza da borda da piscina usando uma esponja umedecida com o limpa bordas;

* Por se tratar de um ambiente úmido, as algas são bastante comuns em piscinas, e as responsáveis pelo aspecto esverdeado da água inclusive lodo nas paredes e no rejunte. Por isso, recomenda-se manter o nível de cloro residual livre na água entre 1 e  3 ppm e a alcalinidade e o pH dentro dos limites favoráveis;

* Aplique o Algicida de Manutenção e o Clarificante Maxfloc uma vez por semana.

SEGURANÇA

* Manter a casa de máquina trancada;

* Não armazene produtos químicos próximos a fontes de calor (moto-bomba, churrasqueira, aquecedores);

* Nunca misture produtos químicos em um único balde;

* Nunca coloque água em um balde que tenha produto químico. Sempre o contrário, primeiro a água no balde, depois o produto químico;

* Use máscara simples, luva e óculos;

* Quando houver crianças na piscina, pode deixar o motor ligado, porém feche o registro do bocal de aspiração, deixe somente o registro de ralo de fundo aberto, assim a circulação da água acontecerá somente pelo ralo de fundo, evitando acidentes no bocal de aspiração;

* O ralo de fundo deve ter uma proteção, chamada de ralo ante turbilhão, para evitar que o cabelo de uma criança fique preso. Este novo ralo é a recomendação da ABNT;

* Em condomínios também se recomenda que ao redor da piscina tenha uma cerca ou grade de proteção.

Hospital Sírio Libanês promove campanha pela doação de sangue

Ações incluem iluminação da fachada e homenagem a doadores

No mês em que o foco em saúde se volta para a conscientização sobre a importância da doação de sangue, o Hospital Sírio-Libanês adere à campanha Junho Vermelho. Assim como acontece em outros monumentos da cidade de São Paulo, a instituição iluminou a fachada histórica de sua unidade da Bela Vista com a cor do movimento.

Também vai homenagear os seus doadores mais assíduos, em um evento marcado para a próxima quarta-feira (14), no anfiteatro do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP).

O objetivo é reforçar a importância do aumento das doações no período de outono-inverno, período em que, historicamente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorre uma redução no movimento dos bancos de sangue da ordem de 30%. Segundo a entidade, os doadores no Brasil correspondem a apenas 1,9% da população, quando o percentual recomendado fica entre 3% e 5%.

O Hospital Sírio-Libanês recebeu aproximadamente 8 mil doações de sangue em 2016, sendo 6.400 bolsas de sangue total e 1.650 de doações automatizadas. “Desses números, em média, 80% são pessoas que já têm a doação como hábito. Por isso, essas campanhas são importantes para atrair mais doadores esporádicos e também para que essa boa ação se transforme em rotina entre mais pessoas”, explica o Dr. Silvano Wendel, diretor do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês.

Reconhecimento aos doadores

Em evento nesta quarta-feira (14), o Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês vai receber os seus doadores mais assíduos. Serão homenageados com uma placa de agradecimento aqueles que já completaram 25, 50, 75, 100, 125 e até 150 doações.

Durante a cerimônia, estão previstos os depoimentos de pacientes e doadores sobre a importância do ato, além da presença da Silvia Suriane, integrante da Diretoria da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, e dos Drs. Paulo Chapchap e Antonio Antonietto, respectivamente CEO e diretor de Governança Clínica do Hospital Sírio-Libanês.

Como funciona a doação

Para a doação de sangue, é preciso estar em boas condições de saúde e ter entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos devem estar acompanhados de pai e mãe, ambos portando documento oficial com foto, ou responsável legal. Para a primeira doação, são aceitos candidatos de no máximo 60 anos.

Também é preciso ter peso superior a 50 kg e evitar o consumo de bebida alcoólica no período anterior de 12h. O doador não deve estar em jejum, mas precisa aguardar três horas após o almoço. O processo da doação leva cerca de uma hora, sendo a coleta realizada no período de oito a dez minutos.

A doação de sangue total, ou convencional, retira entre 400 e 450 mililitros de sangue, de acordo com o peso e sexo do doador. Esse volume é rapidamente reposto com a ingestão de líquidos. Com uma alimentação saudável e rica em ferro, a taxa de hemoglobina retorna aos valores anteriores à doação em um prazo de um a dois meses.

Cada doação pode gerar de três a quatro hemocomponentes: concentrado de glóbulos vermelhos, concentrado de plaquetas, concentrado de plasma e concentrado de crioprecipitado. Cada um pode ser utilizado por até quatro pacientes.

Histórico do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês

Fundado em 1983, o Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês é pioneiro no controle da qualidade do sangue transfundido aos pacientes, bem como na introdução dos testes sorológicos para os vírus da Aids, hepatites e outras doenças infecciosas. A incorporação de novos testes continuou sendo implementada no decorrer dos anos para garantir maior segurança do estoque de hemocomponentes.

O teste de Biologia Molecular (PCR), que diminui o intervalo de tempo entre a infecção e a produção de anticorpos contra o vírus no sangue (janela imunológica) começou a ser realizado na unidade em 1998 para hepatite C; em 2000, para HIV; e, em 2009, para hepatite B. A investigação de contaminação bacteriana dos hemocomponentes é realizada desde 1997. A pesquisa de anticorpos antiplaquetários foi introduzida posteriormente.

Em março deste ano, o Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês se tornou a primeira instituição brasileira a utilizar o Sistema Sanguíneo INTERCEPT de forma rotineira, para o fornecimento de plaquetas com patógenos reduzidos. A novidade permite ampliar a utilização de plaquetas, mesmo com a identificação de patógenos como Zika, dengue, febre amarela e chikungunya, auxiliando na manutenção dos estoques do hemoderivado e sem comprometer a segurança dos pacientes. Isso é possível porque o Sistema inativa o DNA e o RNA das células, bloqueando o processo de replicação e impedindo que vírus, bactérias e parasitas sejam capazes de provocar doenças.

DENÚNCIA: PROTESTE descobre que medicamentos manipulados podem esconder substâncias perigosas

Encontramos substâncias controladas não prescritas em fórmulas para emagrecer

A PROTESTE – Associação de Consumidores – realizou um estudo de cenário com o objetivo de avaliar os medicamentos de emagrecimento prescritos por médicos e feitos nas farmáciasde manipulação, indicadas por eles. Esses medicamentos foram enviados para análise em laboratório, a fim de descobrir o seu real conteúdo.

Mais da metade da população está acima do peso, segundo o Ministério da Saúde, a obesidade atinge 34 milhões de pessoas no Brasil e é o fator contribuinte para gerar doenças e incapacidade. Números tão expressivos servem como terreno fértil para a proliferação de remédios que prometem o emagrecimento rápido.

No estudo, 5 pacientes consultaram-se com 11 “médicos de emagrecimento” (como esses profissionais se intitulam) em diferentes regiões da cidade do Rio de Janeiro. Logo após as consultas, as receitas foram encaminhadas para as farmácias de manipulação indicadas pelos médicos, ou seja, em tese, farmácias de confiança. Ao receber os medicamentos, a PROTESTE os encaminhou lacrados para análise em laboratório.

Com os resultados que a PROTESTE obteve, foi mapeado um cenário do que o consumidor interessado em emagrecer pode encontrar. Não se trata de um estudo estatístico, muito menos de uma generalização quanto à atuação das farmácias de manipulação ou dos médicos desse ramo. Nosso estudo nos conduziu a uma “fotografia” de um determinado momento sobre o tema em análise.

Segundo o Código de Ética Médica, é proibido ao médico interagir, depender ou indicar farmácias para compra de medicamentos recebendo vantagens sobre isso. Porém, de acordo com os resultados, observou-se que, em 90% dos casos, os médicos, através das suas secretárias, contataram diretamente as farmácias indicadas para solicitar o orçamento. Após isso, as farmácias ligaram para o paciente informando o custo. Em um caso específico, o paciente não teve acesso à receita prescrita, pois a mesma ficou retida com a secretária que contatou diretamente a farmácia, não dando oportunidade ao paciente de manipular em outro estabelecimento.

Das 29 fórmulas prescritas pelos médicos, 8 apresentavam substâncias que podem causar sérios efeitos colaterais e que não estavam prescritas nas receitas. Confira:

– Nos medicamentos manipulados na farmácia Formulife, localizada no bairro da Taquara, foi encontrado diazepam, em uma fórmula e sibutramina em outras duas.

– Nas duas fórmulas preparadas na farmácia Manipulando, na Penha, foi encontrado femproporex em ambas.

– Nos medicamentos da Essência Life, em Nova Iguaçu, foi encontrada sibutramina.

– Nas duas filiais da DNA Pharma (na Tijuca e na Barra), também foi detectada a presença de sibutramina, em três fórmulas distintas.

O diazepam é utilizado para tratamentos de ansiedade, podendo acarretar efeitos colaterais, como: sonolência, tonteira, prejuízo à memória, fadiga e leve queda da pressão arterial.

A sibutramina, embora sua venda seja permitida no Brasil, é usada como coadjuvante no tratamento da obesidade e está proibida na Europa e nos Estados Unidos. Seu uso pode levar ao aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de provocar distúrbios do ritmo cardíaco e infarto. Há também o risco de causar psicose e mania.

Já o femproporex é um inibidor de apetite. Ele pode causar dependência, tremores, irritabilidade, reflexos hiperativos, insônia, confusão, palpitação, arritmia cardíaca, dores no peito, hipertensão, boca seca, náusea, vômito, diarreia, alteração da libido, agressividade, psicose, transtorno de ansiedade generalizada e pânico. Esse medicamento, por ser perigoso e ter eficácia duvidosa, nunca foi registrado nos Estados Unidos e, em 1999, foi proibido na Europa.

No Brasil, de acordo com a ANVISA, até o dia 24 de abril de 2017, não existiam medicamentos registrados que continham femproporex. Portanto, enquanto não houver a concessão de registro de medicamentos com essa substância pela ANVISA, nenhum produto contendo femproporex, inclusive os importados, deve ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo.

Todas as 3 substâncias são de uso controlado e, naturalmente, o consumidor deve ter conhecimento do que está tomando, principalmente por conta dos graves efeitos colaterais que os medicamentos podem ocasionar. Além disso, para comprá-los, é necessária a apresentação de receita especial.

A PROTESTE enviou um ofício pedindo a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), uma adequada orientação aos médicos e aos estabelecimentos que manipulam medicamentos, destacando as penalidades a que estão sujeitos em caso de descumprimento das normas aplicáveis. A Associação também enviou o ofício para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e para a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro (VISA RJ), denunciando as farmácias e solicitando mais fiscalizações.

Atletas podem sofrer lesões musculares por causa de problemas periodontais

Sabe aquela antiga frase de “a saúde começa pela boca”? Ela é verdadeira! Prova disso é a nova especialidade na área da saúde bucal, a Odontologia do Esporte, que tem como objetivo habilitar cirurgiões dentistas com visão esportista para melhorar o rendimento dos atletas, promovendo a saúde bucal e prevenindo possíveis lesões decorrentes de atividades esportivas. 

Um dos temas que vem ganhando destaque são as lesões musculares causadas por problemas periodontais. É pela boca que passam todos os alimentos que consumimos e nos sustentam e, por isso, ela é a principal entrada de bactérias. A Dra. Franciele Covatti, consultora técnica da GOU Franquias, explica que as bactérias circulam no organismo devido a uma inflamação de origem dentária e costumam se esconder no corpo. “Elas se alojam em grupos de fibras musculares, geralmente onde tem colágeno, como o músculo da coxa. Isso pode levar também ao aumento de lesões nas articulações dos joelhos, por exemplo, e dificuldade para recuperação, bem como diminuição da capacidade aeróbica, não aproveitamento dos alimentos ingeridos, alteração na postura, visão, dores de cabeça, estafa e fadiga precoce”, conta a dentista. 

Segundo estudos especializados, pode-se observar que o processo de cicatrização e cura é mais lento em atletas que apresentam inflamações ou infecções bucais, já que o organismo se esforça mais para combater essas infecções e, com isso, não realizam o aproveitamento adequado da energia para o rendimento do profissional nos treinos. 

Não só os atletas como boa parte da população brasileira não leva a sério os cuidados com os dentes. “Todo mundo acha que aquela dorzinha de dente que atrapalha não é grave, porém, mal sabem que uma cárie esquecida ou uma gengiva em constante sangramento podem causar sérios problemas no organismo ao penetrar na corrente na sanguínea”, comenta Franciele. 

O trabalho realizado com atletas tem como foco promover a saúde bucal e reabilitação do profissional. Existe também a preocupação em prevenir os riscos de traumas desportivos, como fratura dos ossos da face e dentes. 

Para evitar inflamações, é fundamental cuidar corretamente da saúde bucal. A consultora técnica da GOU exemplifica que “a higienização padrão é aquela realizada com a escova de cabeça pequena com cerdas macias e uniformes. A escovação deve acontecer, no mínimo, após as principais refeições, ou seja, três vezes ao dia e antes de dormir. O uso do fio dental também é essencial! E, ao contrário do que muito pensam, a quantidade de pasta de dente não deve ultrapassar o tamanho de uma ervilha”. Já para quem sofre com problemas de gengiva, a atenção deve ser extra. “Deve-se realizar um tratamento no dentista com urgência para evitar a evolução desse problema. Até lá, a higienização correta já pode contribuir para amenizar o problema”, finaliza. 

SP prorroga a campanha de vacinação contra a gripe

Vacinação ocorrerá até o dia 9 de junho em todo o Estado; principal alerta é para crianças e gestantes, que apresentam coberturas vacinais inferiores a 50%

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe até o próximo dia 9 de junho, com a finalidade de atingir a meta de imunizar 10 milhões de paulistas. Balanço preliminar da Secretaria de Estado da Saúde, com base nos dados informados pelos municípios paulistas, aponta que o Estado de São Paulo vacinou 8.022.321 pessoas desde o início da campanha, o que representa cerca de 63% do público prioritário.

A pasta mantém o alerta para os pais ou responsáveis levarem as crianças aos postos de vacinação, pois a cobertura vacinal desse grupo atingiu apenas 46,1% até o momento. Foram imunizados 1.170.364 menores de cinco anos, no período. O segundo grupo com menor cobertura é do gestantes, com apenas 46,4% do público imunizado, um total de 217.792 doses aplicadas. A cobertura vacinal dos demais grupos varia entre 61,7% e 76%, mesmo assim é importante que todos se vacinem.

O objetivo da campanha é imunizar bebês a partir dos seis meses e crianças menores de cinco anos de idade, idosos a partir dos 60 anos, gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias), indígenas, profissionais de saúde que trabalham em serviços públicos e privados, professores das redes pública e privada, além dos novos grupos contemplados com a ampliação.

Além disso, em 2017, o governo de São Paulo resolveu ampliar o público-alvo da campanha para policiais civis e militares, bombeiros e profissionais que atuam na Defesa Civil, Correios, Poupatempo, Ministério Público Estadual (MPE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Defensoria Pública. O Instituto Butantan, unidade ligada à Secretaria da Saúde e responsável pela produção da vacina, disponibilizou 600 mil doses extras para vacinação desses novos grupos, que atuam diretamente em contato com a população.

“A campanha foi prorrogada para que possamos ampliar a cobertura vacinal e, assim, garantir que as pessoas estejam protegidas contra as possíveis complicações da gripe. Não há razão para não se vacinar. É importante que as pessoas incluídas em todos os grupos da campanha compareçam aos postos de vacinação. Pedimos uma atenção especial para os pais ou responsáveis para vacinar as crianças, pois esse grupo apresenta a menor cobertura”, afirma Helena Sato, diretora de imunização da secretaria.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, as doses protegem a população contra os vírus A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane. A vacina foi produzida pelo Instituto Butantan, órgão ligado à pasta, através de um processo de transferência de tecnologia.

 

REGIÃO DOSES APLICADAS
CAPITAL e GRANDE SP 3.525.655
ARACATUBA                        142.856
ARARAQUARA 166.716
BARRETOS 84.404
BAURU                          361.880
CAMPINAS 748.146
FRANCA                          115.843
MARILIA 266.656
PIRACICABA                      260.608
PRES PRUDENTE 187.622
REGISTRO                         64.221
RIBEIRAO PRETO                          243.356
BAIXADA SANTISTA                          320.437
SÃO JOÃO DA BOA VISTA                          135.143
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO                         326.172
SOROCABA                          478.007
VALE DO PARAÍBA 594.599
TOTAL           8.022.321

 

 

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

PROTESTE conquista o direito de divulgar o teste do azeite censurado a pedido da marca TRADIÇÃO

Associação teve o teste censurado, a pedido do fabricante Tradição, em abril deste ano

Neste mês a PROTESTE – Associação de Consumidores – conquistou na justiça o direito de voltar a divulgar os resultados do teste do azeite, realizado este ano. Em abril a associação foi acionada judicialmente pela marca Tradição, uma das marcas testadas, e foi reprovada, pelos resultados mostrarem que o produto estava adicionado de outros óleos de sementes oleaginosas. Através de uma decisão liminar, e antes de apresentarmos qualquer defesa, o fabricante conseguiu com que todos os resultados do teste fossem retirados do site da associação.

Diante desse cenário, a PROTESTE não se intimidou e lançou a campanha “Consumidor Contra a Censura” nas redes sociais e em sua página oficial, com o objetivo de mostrar aos consumidores que com a censura ao teste do azeite, estão censurando o direito deles em saberem o que estão consumindo.
O teste de azeites já foi realizado outras 5 vezes pela PROTESTE. Todos por laboratórios credenciados pelo MAPA (Ministério da Agricultura) e pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), portanto seguem, rigorosamente, as metodologias e os parâmetros estabelecidos pela legislação aplicável.

As marcas testadas este ano foram: Andorinha, Borges, Beirão, Broto Legal Báltico, Carrefour Discount, Carbonell, Cardeal, Cocinero, Figueira da Foz, Filippo Berio, Galo, La Española, La Violetera, Lisboa, O-Live, Pramesa, Qualitá, Renata, Serrata, Taeq, Tradição e Torre de Quintela.
Os produtos da Tradição, Figueira da Foz, Torre de Quintela, Pramesa e Lisboa foram considerados fraudados, porque foram adicionados outros óleos de sementes oleaginosas aos produtos, o que não é permitido por lei.

Para descobrir a classificação de um azeite, a PROTESTE contou com a expertise de três grupos de profissionais treinados e qualificados por órgãos reguladores. Eles fizeram a análise sensorial – ferramenta que determina a classificação do produto – na qual são avaliados aromas e sabores complexos, por meio do olfato, paladar e tato. Além da análise sensorial, foram realizados os testes físico-químicos seguindo os parâmetros da legislação.
Nesta 6ª edição do teste a PROTESTE foi censurada com base no argumento, da Tradição, de que o teste estava rendendo “prejuízos à marca”. No entanto, de acordo com a decisão da Justiça proferida este mês, “como se trata de relevante informação destinada ao público consumidor e até mesmo à saúde pública, prevalece aqui o interesse público na divulgação dos resultados dos testes realizados”, em outras palavras: o consumidor conquistou essa vitória e teve os seus direitos assegurados.
A PROTESTE preza pela transparência em todos os seus testes e continuará lutando para que os consumidores saibam o que estão consumindo e para que a verdade possa sempre prevalecer! O teste do azeite já está, novamente, disponível no site: https://www.proteste.org.br/

Planos de saúde baratos têm rede de atendimento reduzida, aponta pesquisa do Idec

Levantamento com 118 planos de 27 operadoras mostra que fatores de barateamento podem resultar em um serviço que não atende adequadamente o consumidor.
Nesta segunda-feira (22), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulga pesquisa inédita sobre planos de saúde ofertados na cidade de São Paulo com preços abaixo da média de mercado. O levantamento realizado com 118 planos de 27 operadoras, por meio de consultas no site das empresas e contatos com corretores, mostrou que os “planinhos” têm rede de atendimento reduzida e abrangência restrita, principalmente entre operadoras de maior porte.

Entre as conclusões da pesquisa está a de que o mercado já oferece os chamados planos de saúde populares — atualmente, em análise técnica pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A proposta de planos acessíveis não visa baratear o valor do plano, mas apenas fornecer uma justificativa mascarada para a alteração das regras que protegem o consumidor”, explica a pesquisadora e advogada do Idec, Ana Carolina Navarrete, responsável pelo levantamento.

A pesquisa do Idec aponta ainda que o uso de coparticipação (em que o consumidor paga pelo procedimento, além da mensalidade) no universo dos planos pesquisados, gera uma economia de apenas 22,8% no preço da mensalidade. A economia seria pequena, se considerarmos que o consumidor teria que pagar ao menos 50% do valor do procedimento, segundo a proposta do Ministério da Saúde.

A conclusão da pesquisa é que os planos baratos implicam em fatores que comprometem a cobertura, tais como rede reduzida, abrangência restrita, coparticipação para restringir uso ou contratação coletiva, que tem reajustes mais flexíveis. A combinação desses fatores pode resultar em um serviço que não atende adequadamente às necessidades do consumidor. “O máximo de acesso que esses planos garantem é o acesso à contratação, e não à cobertura” finaliza a advogada.

Metodologia 

A pesquisa do Idec avaliou os planos de saúde ofertados nas faixas etárias com maior número de usuários, de acordo dados da ANS de setembro de 2016. Foram incluídos na avaliação planos com valor abaixo de R$ 303 (para a faixa de 29 a 33 anos) e R$ 336 (dos 34 a 38 anos). A coleta das informações se deu entre os meses de janeiro e março deste ano. Entre as características consideradas estão: modalidade (individual ou coletiva), segmentação, área de abrangência, existência de franquia e coparticipação, rede credenciada e eventuais reclamações feitas para a ANS.

Os planos baratos analisados pelo Idec não são iguais aos planos “acessíveis” propostos pelo Governo  — já que os baratos são obrigados a cumprirem exigências legais como qualquer outro plano. Mas, eles dão uma pista do que vai acontecer se a proposta for considerada viável pela ANS.

 

Acreditação ajuda organizações de saúde a reduzir o risco jurídico, segundo especialista

ONA possui normas que orientam para a segurança do paciente

 Facilitar o acesso às informações e a formação de comissões internas são algumas ações que uma organização de saúde pode adotar para identificar possíveis erros na assistência ao paciente que podem se transformar em uma futura ação judicial. A busca pela acreditação da ONA (Organização Nacional de Acreditação) visa a melhoria contínua da organização, o que ajuda a reduzir os riscos jurídicos.

“Ser acreditado pela ONA significa prestar serviços na área da saúde com menos riscos, incluindo aqueles de natureza jurídica. Assim, se a chance de causar danos aos pacientes é menor, menores também serão as possibilidades de a entidade ser alvo de ações judiciais, na medida em que tais ações têm como ponto de partida o próprio dano”, explica Silvio Guidi, editor do ONA Legal e advogado especialista em HealthCare do escritório VG&P.

O especialista explica que durante muito tempo, o modelo e a filosofia da acreditação foram tidos como inimigos da defesa judicial dos prestadores de serviços de saúde, por conta da abertura de informações que poderia decorrer a produção de uma prova, pela própria entidade, contra si mesma.

No entanto, esse quadro vem mudando. “A preocupação atual diz respeito à gestão do risco jurídico. Importa menos o resultado de uma ação judicial e muito mais o desenvolvimento de ferramentas para evitar outras ações e, por consequência, condenações”, contextualiza. Nesse sentido, a ideia da acreditação, que tem como base a melhoria contínua e o gerenciamento de riscos, surge como uma maneira de estimular o desenvolvimento das organizações.

Guidi diz ainda que a constatação do dano serve como parâmetro para modificação de diretrizes e procedimentos, da mesma forma possibilita saber a dimensão dos erros cometidos, o que viabiliza que a condenação judicial tenha como parâmetro a exata medida da responsabilidade. “Saber a extensão do dano diminui as chances de condenações exageradas”, completa.

Sobre a ONA
A Organização Nacional de Acreditação (ONA) é uma entidade não governamental e sem fins lucrativos que certifica a qualidade de serviços de saúde, com foco na segurança do paciente. É reconhecida pela ISQua (International Society for Quality in Health Care), associação parceira da OMS e que conta com representantes de instituições acadêmicas e organizações de saúde de mais de 100 países. Com 18 anos de atuação e mais de 500 instituições certificadas, a ONA se consolidou como a principal metodologia de acreditação de saúde do país.

Sua metodologia possui Normas de Avaliações para 13 diferentes tipos de serviços para saúde, tais como: hospitais, ambulatórios, laboratórios, serviços de pronto atendimento, home care, clínicas odontológicas, clínicas de hemoterapia, serviços de nefrologia e terapia renal substitutiva, serviços de diagnóstico por imagem, radioterapia e medicina nuclear, serviços de processamento de roupas para serviços de saúde, programas de saúde e prevenção de riscos, serviços de dietoterapia e de manipulação. A ONA também certifica serviços de apoio a instituições de saúde, como lavanderia, dietoterapia, esterilização e manipulação.