Afasia: entenda a doença que fez o ator Bruce Willis se afastar do cinema

Neurologista da Rede Mater Dei de Saúde explica sobre doença que afeta habilidades cognitivas da pessoa, como falar, se expressar e compreender
o que o outro diz

O ator de Hollywood Bruce Willis, de 67 anos, foi diagnosticado com afasia e a família anunciou seu afastamento do trabalho na última quarta-feira (30) em função da doença. O comunicado, assinado pelas filhas, a atual esposa, Emma Heming, e a ex, Demi Moore, afirma que as habilidades cognitivas do artista foram afetadas. A afasia provoca alterações neurológicas, em quadros caracterizados por alteração na linguagem, na maneira de se expressar e interpretar as coisas.
 

De acordo com o médico Daniel Isoni Martins, coordenador de Neurologia do Hospital Mater Dei Betim-Contagem, a afasia pode surgir subitamente e por variadas razões. “Ela pode aparecer depois de o paciente ter um acidente vascular cerebral (AVC), comprometendo a fala da pessoa; pode ser consequência de infecções no cérebro, como meningite, encefalite, fungos, bactérias e vírus, impactando as expressões e a forma da pessoa compreender o outro; e ainda ser resultado de quadros demenciais, que chamamos de afasia primariamente progressiva, que surgem, geralmente, depois dos 60 anos”, explica.
 

Segundo Isoni, não foi divulgada a característica da afasia do ator, mas, de acordo com as informações gerais, ele acredita num quadro demencial, de afasia primariamente progressiva, no qual o paciente vai “involuindo” de tudo o que aprendeu ao longo da vida. Ou seja, o portador desta disfunção passa a não compreender com clareza o que as pessoas falam; a ter dificuldade em se expressar, de formar frases e de dar nome às coisas; e passa, também, a falar coisas sem sentido, além de não conseguir escrever. “A questão neurológica afeta uma área do cérebro que cuida do entendimento e compreensão das coisas. O paciente passa a não entender o sentido de algo que lhe é dito ou do que lê, por exemplo.”

Tratamento e prevenção – Sobre o tratamento, o neurologista explica que primeiro tudo vai depender do que causou a afasia. Se for um AVC, de imediato o paciente precisa ter atendimento no pronto-socorro, pois há medicamentos administrados por via venosa para desentupir a artéria causadora do derrame. Se for um tumor, é necessário operar; se há infecção no cérebro por vírus, bactéria ou fungo, trata-se com medicamentos.

“Já os casos neurológicos demenciais são mais complexos, pois não há um tratamento medicamentoso disponível. O que as equipes que trabalham em caráter multidisciplinar recomendam é a reabilitação com neuropsicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, que programam um planejamento completo para os cuidados com o paciente”, diz.
 

No âmbito da prevenção, Daniel Isoni diz que praticar novas atividades é fundamental para a saúde do cérebro, principalmente para ativar a memória e produzir novas sinapses. “As atividades intelectuais, como ler, ouvir música, aprender novos idiomas, são exemplos de estímulos interessantes para o cérebro se manter ativo. Manter cuidados básicos com a saúde também é importante para se prevenir contra esta disfunção, como cuidar da pressão alta, evitar que a glicose suba, assim como os níveis de colesterol. Todos esses cuidados refletem na saúde do cérebro”, complementa.

Vacinação infantil em queda: SOBOPE ressalta a importância de imunizar as crianças em tratamento oncológico

A proteção vacinal é essencial e pode evitar que o paciente com câncer adoeça e tenha sua rotina de tratamento interrompida

Apesar das recentes mudanças feitas pelo Ministério da Saúde, com a exclusão dos menores de 5 anos de idade do grupo prioritário de vacinação contra a Influenza, as crianças com comorbidades continuam compondo o público prioritário da campanha. Por isso, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância da imunização, que tem início no próximo dia 4.

Fabianne Carlesse, médica infectologista pediátrica e membro da SOBOPE, afirma que não há qualquer contraindicação formal à vacina da Influenza para crianças e adolescentes com câncer. Ela explica que a depender da fase de tratamento na qual o paciente se encontra, a resposta à vacinação será mais ou menos efetiva. Dessa forma, a aplicação da dose pode ser adiada para um retorno imunológico mais significativo.

“Como não é uma vacina de vírus vivo, a criança pode e deve ser imunizada. Caso ela esteja com a defesa muito baixa, linfopênica, ou seja, com a quantidade de linfócitos reduzida, a chance de resposta à vacina pode ser menor. Então, sempre orientamos que a criança em tratamento quimioterápico procure um oncologista para checar como está em relação às defesas e algum outro tipo de comorbidade, se há mais algum fator associado que poderia impedir ou diminuir a eficácia dessa vacina”, diz a especialista.

O esquema vacinal e a recomendação da vacina nos pequenos são definidos com base na idade no momento da primeira dose da vacina influenza e no número de doses da vacina recebidas em temporadas anteriores (pelo menos uma dose).

A infectologista é categórica ao afirmar que a proteção vacinal é necessária e pode evitar que a criança adoeça e tenha sua rotina de tratamento interrompida. Para ela, ainda que produza uma resposta menos eficiente, “é melhor ter uma criança imunossuprimida imunizada do que ter zero de proteção contra o vírus Influenza”. “O fato da criança ser vacinada vai diminuir o risco de internação, de idas ao pronto-socorro e de adiar o tratamento oncológico”, conclui Dra. Fabianne Carlesse.

Queda histórica na imunização infantil

Segundo dados coletados pela organização Repórter Brasil, via Lei de Acesso à Informação, o governo federal cortou mais da metade do valor investido em propaganda para a vacinação. Em 2021, houve uma queda histórica na imunização de crianças e adolescentes, resultando na pior cobertura vacinal em mais de 30 anos. Com este cenário, amplia-se o risco de retorno de doenças erradicadas há anos, como a poliomielite (paralisia infantil).

Autistas têm direito ao acesso integral à educação e transporte escolar gratuito

Escolas não podem recusar matrícula nem negar que alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentem a instituição de ensino; advogada especializada em Saúde comenta garantias no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, no dia 2 de abril

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo (02/04), é uma oportunidade para divulgar, além das informações sobre o transtorno, também os direitos dos autistas. No Brasil, desde 2012, a Lei nº 12.764, prevê que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) devem ter o direito de acesso à educação e ao ensino profissionalizante.
 

“Por lei, o autista tem direito, não somente à modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, como à adaptação da forma como esse conteúdo é transmitido a ele, mas não à adaptação do conteúdo em si. O aluno com TEA tem direito, inclusive, à adaptação das provas e avaliações”, explica a advogada especializada em Saúde e em Transtorno do Espectro Autista Tatiana Viola de Queiroz.
 

Além disso, de acordo com a especialista, a criança dentro do espectro autista tem direito ao professor auxiliar ou acompanhante terapêutico, ou ainda terapeuta sombra somente se o médico determinar, ou se na escola ficar constatado que há essa necessidade. Esse profissional terá o objetivo de “traduzir” o conteúdo para uma linguagem que o autista possa compreender. “Não é porque o aluno é autista que terá o direito ao acompanhante de forma automática, é preciso que haja a determinação médica ou o pleito da própria escola”, esclarece ela.
 

A advogada ressalta que, se o médico prescrever o acompanhante e a escola se negar, a instituição de ensino deverá provar que não há essa necessidade. “Não basta a recusa e, caso não consiga comprovar, deverá fornecer o acompanhante, sob pena de multa e ação por danos materiais e morais”, afirma a Dra. Tatiana.
 

Vale reforçar que o direito inclui tanto as escolas públicas quanto as privadas, que devem fornecer o professor auxiliar para os casos em que houver indicação, sem a cobrança de nenhuma taxa ou valor adicional. “Se os pais do autista forem cobrados por algum valor à parte, devem denunciar”, orienta a especialista.
 

Embora poucos saibam, o estudante autista também tem o direito ao transporte gratuito do seu endereço até a escola. Na cidade de São Paulo, a Lei nº 16.337, de 30 de dezembro de 2015, que trata do serviço Atende+ determina em seu artigo 1º o atendimento aos estudantes autistas por meio de transporte em veículos do tipo van, similares ou táxis, devidamente adaptados para o transporte confortável e seguro de seus usuários e seus acompanhantes.
 

“O Serviço Atende disponibiliza atendimento regular de transporte, realizado por meio de uma programação de viagens fixas e regulares. Ou seja, os pais do estudante que precisar o transporte devem entrar em contato com a SP Trans, por meio do telefone 156 e solicitar o serviço”, ensina a advogada especializada.
 

Discriminação e bullying
 

Embora os autistas já tenham inúmeros direitos garantidos por lei, ainda há muito por fazer, especialmente quanto ao preconceito e ao efetivo cumprimento da legislação vigente. “Um grande problema enfrentado pelas crianças autistas é a discriminação no âmbito escolar. Muitas instituições de ensino, inclusive, se recusam a matricular tais crianças, por isso é imprescindível lembrar que, para as escolas que recusarem tais matrículas, a Lei 12.764 prevê multa de 3 a 20 salários mínimos”, alerta a Dra. Tatiana.
 

Além disso, limitar o número de vagas em razão da deficiência caracteriza conduta discriminatória e ilegal. “O Estatuto da Pessoa com Deficiência determina em seu artigo 27 que um sistema educacional inclusivo constitui um direito da pessoa com deficiência. E o artigo 4º da Lei 12.746/2012 dispõe que a pessoa autista não sofrerá discriminação por motivo da deficiência”, explica a especialista.
 

Outra grande dificuldade enfrentada pelos autistas é o bullying, que é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. “O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Estas situações devem ser comunicadas à coordenação e à direção da escola, que irão definir as estratégias de intervenção a partir de seu projeto pedagógico e das diretrizes apontadas pela Secretaria Estadual de Educação”, finaliza a advogada.

Outono chegou: cuidados para manter a saúde…

Especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial orienta sobre as doenças mais comuns na troca de estação

A chegada do outono traz queda da temperatura e da umidade do ar, fatores que contribuem para o aumento de pacientes em unidades de saúde com problemas que afetam as vias respiratórias.


Há dois grupos de enfermidades que pode se intensificar nesta estação: as doenças infecciosas, causadas por vírus ou bactérias, como gripes, resfriados, otites, amigdalites, faringites, sinusites e as rinites, e as alergias respiratórias, desencadeadas pelo contato com substâncias que provocam alergia, como rinite alérgica, sinusite e bronquite alérgica.


A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) alerta para cuidados a serem adotados para auxiliar que a saúde não seja impactada com problemas que costumam ficar em evidência nessa época. Segundo o especialista da ABORL-CCF e professor da USP, João F. Mello Júnior, alguns hábitos podem agravar o contágio das doenças. “Com o frio se aproximando, a tendência é que as pessoas se aglomerem mais em lugares fechados, facilitando a transmissão de agentes infecciosos”, diz.


O otorrinolaringologista explica que de maneira geral as doenças infecciosas são autolimitadas, ou seja, duram poucos dias, ainda assim, alguns grupos podem ser mais impactados, como idosos, crianças, pacientes imunossuprimidos, pacientes com doenças tumorais, diabéticos, e aqueles com comorbidades sendo imunológicas ou não.


Com relação às alergias, o médico otorrinolaringologista esclarece que, no Brasil, o ácaro é o principal agente que desencadeia o problema. “As roupas mais quentes que ficaram guardadas no armário nesses meses, geralmente estão contaminadas com esses microorganismos, causando uma piora importante dos sintomas do quadro de alergias”, explica Mello Júnior.

Sintomas
É necessário ficar atento aos sintomas para procurar tratamento específico. No caso das infecções, os principais indicativos de agravamento são: dor no local, como por exemplo: no caso da otite a dor de ouvido, no caso da sinusite dor de cabeça, tosse, secreção, ou obstrução do nariz, e a presença de febre junto com mal-estar são sinais de atenção.


Já nas alergias, o paciente tende a espirrar mais vezes, além de sintomas como coriza, lacrimejamento dos olhos, congestão nasal, tosse e dor de garganta. Nesses casos, o indicado é que o paciente procure um médico otorrinolaringologista para a realização do diagnóstico e tratamento mais adequado.


Coronavírus

A covid-19 é uma infecção viral que se assemelha à gripe, mas pode apresentar um quadro mais intenso. Mello Jr. revela que as doenças típicas das estações mais frias não se comportam com a mesma gravidade vista na pandemia, já que os sintomas tendem a desaparecer em poucos dias. “Em caso de sintomas de suspeita de Covid-19 é importante procurar atendimento médico para entender o quadro clínico. Os vírus das infecções respiratórias são autolimitados, e também há vacinas que são eficazes e ajudam a diminuir o impacto da doença,” informa o médico.


Dicas do especialista

De acordo com o especialista da ABORL-CCF, pessoas que mantêm a rotina de forma saudável têm menos risco de sofrer com essas doenças ou ter quadros mais intensos dessas enfermidades. Entre as dicas do médico para combater as infecções respiratórias virais estão:

  • Manter uma alimentação saudável;

Manter uma rotina saudável contribui para o fortalecimento do sistema imunológico, é importante prezar por uma dieta que agregue vitaminas e nutrientes para o corpo.

  • Beber bastante água;

Ao manter o corpo hidratado, as mucosas do nariz, boca e garganta ficam úmidas, dificultando o contágio de doenças infecciosas e alergias.

  • Dormir bem;

É durante o sono que se regenera as células de defesa no organismo, assim, contribuindo para o fortalecimento do sistema imunológico.

  • Estar com a carteira de vacinação em dia;

As vacinas ajudam o organismo a se blindar contra as doenças em todas as idades, é um método eficaz para a prevenção de agentes infecciosos.

  • Usar máscaras, caso esteja em ambientes fechados;

Em ambientes fechados é mais fácil das pessoas ficarem mais próximas, a máscara funciona como uma barreira que evita a transmissão de doenças vindas por gotículas expelidas pelo nariz ou boca de uma pessoa contaminada.

  • Higienizar bem as mãos, e evitar levá-las ao rosto;

A higienização das mãos reduz a presença de microrganismos, tornando o risco de contaminação e transmissão de doenças menor, e ao evitar o contato das mãos no rosto a chance de contato com perdigotos e secreções corporais é também reduzida.

  • Evitar o compartilhamento de objetos pessoais;

Objetos de uso coletivo podem conter mais agentes infecciosos, facilitando a propagação do vírus ou bactéria, com o uso individual cada um fica responsável pela limpeza do próprio objeto.

  • Limpar superfícies e objetos;

Para eliminar microrganismos causadores de doenças é importante realizar a higienização frequentemente em lugares onde possa existir muito contato.

  • Outras orientações;

Ter um sono repousante e reparador ajuda a manter-se disposto para as atividades do dia a dia. Evitar o tabagismo direto e indireto contribui para o funcionamento adequado dos mecanismos de defesa das mucosas que recobrem o nariz.
 

“Para as alergias respiratórias, a recomendação é lavar, o quanto antes, as roupas de frio que estão no armário e depois de secas, guardá-las dentro de sacos plásticos. Assim conseguimos diminuir a contaminação pelos ácaros. Quando o frio chegar, o agasalho não estará contaminado, e, com isso, o paciente evita os sintomas,“ orienta João F. Mello Jr.

Saiba as diferenças entre Gripe, Covid e Resfriado

Infectologista do São Cristóvão Saúde ressalta principais características de cada doença e esclarece se é possível distingui-las em casa

Começou o outono e, com a chegada da estação, o ar tende a ficar mais seco, favorecendo crises alérgicas e doenças respiratórias. Dúvidas com relação a sintomas como febre, dor de cabeça, mal-estar e coriza são cada vez mais frequentes; afinal, muitas doenças respiratórias incluem queixas como essas. Porém, seria possível identificar diferenças entre essas infecções? Desde o aparecimento dos primeiros sinais, a intensidade e duração dos sintomas devem ser observados, como alerta para reconhecer as principais diferenças entre COVID-19, Gripe e Resfriado.
 

As três doenças são transmitidas por gotículas de secreções respiratórias de uma pessoa infectada; porém, seus agentes causadores são distintos. Dr. Jorge Garcia Paez, infectologista pelo São Cristóvão Saúde, esclarece que não há um “sintoma especial” para particularizar os quadros clínicos e, em tempos de pandemia, é preciso pensar em Covid, independentemente dos sinais de seu corpo.  “A Covid após as vacinas se apresenta com mais sintomas da via respiratória alta, como coriza, espirros e dor de garganta, podendo apresentar também, dor de cabeça, dores musculares, cansaço, falta de ar, dor abdominal, diarreia e febre”, observa o especialista.
 

Já a gripe causada pelo vírus da Influenza, de acordo com Dr. Jorge, geralmente é de início rápido, apresentando dor de cabeça, coriza, febre, tosse, dor de garganta, dores musculares, articulares e mal-estar geral. “O resfriado comum é mais leve e se apresenta geralmente sem febre, com coriza, nariz entupido e espirros”, ressalta o especialista. 
 

Para compreender melhor a manifestação dos sintomas, acompanhe em tabela comparativa as semelhanças e diferenças entre cada uma das doenças:
 

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Uma coisa é certa: ninguém gosta de ficar doente. Seja qual for o sintoma, o mais importante é a prevenção contra os vírus e o autocuidado. O momento pede segurança; assim, o contato físico, como beijos e abraços, deve ser deixado para o futuro, além de evitar aglomerações e principalmente evitar ambientes fechados e mal ventilados. Além disso, as doenças não seguem um padrão, então podem ocorrer de maneira diversa em cada pessoa.

As máscaras devem estar presentes, como aliada de sua saúde: “Essas máscaras devem ter uma filtração adequada como PFF2, N95 ou KN95 e devem estar sempre bem colocadas no rosto. Devemos ter uma higiene adequada das mãos, principalmente após colocar a mão na boca, nariz ou na superfície externa da máscara”, salienta Dr. Jorge Paez.
 

Lembre-se: Caso tenha tido contato com alguém próximo diagnosticado com Covid e, dentro de 14 dias, você apresente sintomas respiratórios, isso pode ser Covid. “Atualmente, se apresentamos quadro de sintomas respiratórios, temos que pensar sempre em Covid, principalmente caso não tenha contraído a doença nos últimos 3 meses”, orienta o médico.
 

“Por fim, é muito importante é seguir as recomendações da vacina, por ser atualmente a medida mais efetiva de prevenção. Seguindo todas essas dicas, você cuida de sua saúde e garante o bem-estar das pessoas que ama. Faça sua parte!

Idosos 70+ começam a receber quarta dose contra a Covid-19 na próxima terça

Estão elegíveis para a segunda dose adicional no momento 450.347 cidadãos nessa faixa etária

A partir da próxima terça-feira (29), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) começa a aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 (segunda dose adicional) em idosos a partir de 70 anos de idade que tomaram a terceira dose (primeira dose adicional) há pelo menos quatro meses. A vacinação será feita com os imunizantes disponíveis.

A imunização acontecerá em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que funcionam das 7h às 19h, além dos megapostos e drive-thrus, das 8h às 17h. Além da vacinação nos postos, a Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), vai imunizar os idosos nas Instituições de Longa Permanência (ILPIs) e em domicílio para aqueles acamados e impossibilitados de se locomoverem até as unidades.

Dos 556 mil idosos com mais de 70 anos que residem na capital, 450.347 estão elegíveis no momento para receber a segunda dose de reforço. Para se vacinar, é necessário apresentar um documento de identificação, preferencialmente Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), além da carteirinha com o registro das doses recebidas anteriormente.

Desde a última sexta-feira (18), a SMS está vacinando com a quarta dose os idosos a partir de 80 anos.

Já foram aplicadas 23.153 segundas doses adicionais nesse público. Todos os dados podem ser acompanhados diariamente no Vacinômetro.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, adiantar a segunda dose de reforço é proteger ainda mais os idosos contra o coronavírus nesta fase da pandemia. “A logística de vacinação construída pela gestão municipal permanece para imunizar toda a população contra a Covid-19 na cidade de São Paulo.”

Resultados da vacinação

Até ontem (21), a capital aplicou 29.228.750 doses de vacina contra a Covid-19, sendo 11.693.918 primeiras doses (D1), 10.715.918 segundas doses (D2), 347.946 doses únicas (DUs), 6.440.878 primeiras doses adicionais (DA1) e 30.090 segundas doses adicionais (DA2), incluindo adultos imunossuprimidos com mais de 18 anos. A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos está em 110,1% para D1, em 106,1% para D2, 69,7% para DA1 e 0,3% para DA2.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas 972.534 D1, representando uma cobertura vacinal de 115,2%. Também foram aplicadas 850.422 D2 alcançando 100,8% do público elegível. Já em crianças de 5 a 11 anos, foram aplicadas 905.236 D1, representando uma cobertura vacinal de 83,6%. Também foram aplicadas 419.672 D2 alcançando 38,7% dessa parcela da população.

Vacina tetravalente contra a gripe já está disponível na rede privada

Para evitar que o surto de gripe de 2021 se repita, a rede privada já oferece os imunizantes; com o relaxamento das medidas contra Covid-19, os vírus respiratórios deverão voltar a circular mais intensamente

Medidas de combate à Covid-19 também se tornaram uma maneira de prevenir a transmissão da gripe. Com o relaxamento dessas práticas anunciadas recentemente por alguns estados do país, os vírus respiratórios devem voltar a circular. Para se proteger contra a gripe, a solução é a vacinação. O Labi Exames, laboratório que tem como proposta oferecer exames de análises clínicas e vacinas com conveniência e preços justos, e que foi o primeiro do Brasil a vender exames pela internet pela internet, já recebeu sua primeira remessa de vacinas da gripe para começar a campanha de 2022.

Com o afrouxamento das medidas com relaçãoa aglomeração de pessoas e a flexibilização do uso de máscaras, os vírus respiratórios de transmissão pessoa a pessoa voltarão a circular mais intensamente“, acredita o Dr. Octavio Fernandes, médico infectologista e vice-presidente do Labi. Em 2021, por conta das dúvidas com relação à vacinação simultânea de Covid-19 e gripe, muitas pessoas priorizaram se proteger contra a Covid-19, gerando um surto de gripe no final do ano.

A cada ano, as cepas do vírus influenza são identificadas pela Organização Mundial da Saúde. Com base nessas informações, os imunizantes são desenvolvidos pelos laboratórios. Para 2022, a fórmula da vacina da gripe terá a proteçãocontra o novo vírus Darwin (cepa tipo A), responsável pela epidemia entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022.Os imunizantes do Labi disponíveis para a campanha de 2022 são quadrivalentes, protegendo contra quatro sorotipos diferentes da gripe: H1N1 (circulante desde 2019), H3N3 (desde 2021), Austria tipo B (desde 2021) e Phuket tipo B (desde 2013).

“Não podemos deixar que o surto de gripe 2021 se repita, por isso, já temos vacinas disponíveis tanto em nossas unidades físicas quanto para atendimento em domicílios e comercialização para as empresas”, diz Marcelo Noll Barboza, presidente do Labi. As pessoas podem procurar uma das unidades do Labi para se vacinar — sem a necessidade do agendamento — ou solicitar o atendimento em casa. A idade mínima para se vacinar contra a gripe é de seis meses. A partir dos nove anos de idade, a vacina é dose única anual. Por ser uma vacina inativada, não causa a doença.

A influenza provoca surtos anuais com picos no outono e no inverno, causando de mil a três mil óbitos e cerca de seis mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma das formas graves que também se manifesta na covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas contra a Covid-19 podem ser administradas simultaneamente aos demais imunizantes ou em qualquer intervalo na população acima de 12 anos de idade. Crianças entre 5 e 11 anos devem aguardar um período de 15 dias entre uma vacina e outra.

Endemia: você sabe o que significa?

Especialistas falam sobre a reclassificação da pandemia por Covid-19 após Ministério da Saúde estudar rebaixar a classificação da doença e alguns estados aderirem a desobrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados

No decorrer de um longo período vivendo sob a pandemia do covid-19, surge a esperança de dias melhores. A vacinação em massa com certeza foi um fator influenciador para a diminuição nos casos graves e óbitos, além de impactar diretamente na diminuição do contágio, caminhando para o fim da classificação pandêmica do coronavírus.

Após o Ministério da Saúde estudar a possibilidade de reclassificar a pandemia, rebaixando-a para um nível menos grave, e alguns estados já aderirem à desobrigatoriedade do uso das máscaras tanto ao ar livre, quanto em ambientes fechados, devido à melhora de praticamente todos os indicativos de covid, alguns especialistas, sobretudo médicos, dividem opiniões sobre ser precipitado julgar como situação endêmica, quando ainda ocorrem cerca de 400 óbitos por dia. Mas afinal, você sabe o que significa endemia?

“A endemia representa apenas a estabilidade dos casos, se tornando uma doença comum que ocorre constantemente, na mesma proporção quando da gripe, dengue e várias outras endemias que enfrentamos atualmente. Pessoalmente acredito que ainda é cedo para falar sobre isso, quando, mesmo com a melhoria significativa, ainda temos um número expressivo de mortes e hospitalizações, principalmente quando levamos em conta os cálculos baseados no tamanho da população” aponta o Dr. César Carranza, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília.

Com a imprevisibilidade da doença, provavelmente não será possível erradicar a presença desse vírus. No entanto, os avanços tecnológicos e imunológicos fazem com que a convivência se torne cada vez menos fatal, e isso traz um grande alívio mental para milhões de pessoas ao redor do mundo.
 

Segundo o psicólogo Fernando Machado, o avanço da vacinação e a retomada progressiva das obrigações e momentos de socialização, fez com que houvesse maior conforto e segurança psicológica, assim, o sentimento de apreensão, antes vivenciado por inúmeras pessoas, passou a ter um sentido mais leve por toda a sociedade.

Mas afinal qual seria o impacto positivo?
 

Devido o aumento na imunidade da população, essa reavaliação traria de volta a esperança de poder retornar as atividades que antigamente eram vistas como normais, de uma forma ainda mais segura e sem o sentimento de medo ou culpa que algumas pessoas têm enfrentado durante esses quase dois anos.
 

O Covid-19 deixaria de ser uma emergência de saúde mundial e suas medidas restritivas também se tornariam opcionais, como o uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte de vacinação, em todo o país.
 

“Por esses motivos, ainda há uma insegurança muito grande ao despender de tais hábitos adquiridos ao longo dos meses, o melhor a se fazer seria ampliar o alcance vacinal da 3º dose e o acesso aos tratamentos efetivos contra covid e, então pensar em denominar tal estabilidade” lembra o psicólogo do Hospital Anchieta de Brasília ao falar sobre a readaptação social.

Sono de qualidade é fundamental para a saúde mental e a felicidade

Estudos internacionais mostram que dormir bem melhora a qualidade de vida e o humor. Sob o tema “Sono de qualidade, mente sã e mundo feliz”, o Instituto do Sono promove uma semana de atividades para celebrar o Dia Mundial do Sono, comemorado em 18 de março.

Vital para o descanso e o equilíbrio do corpo, o sono restaura o organismo, repõe energia e regula o metabolismo. Pessoas que não dormem bem podem ter irritabilidade, falta de atenção, fadiga e até desenvolver transtornos psiquiátricos. A pandemia contribuiu para piorar a qualidade de sono da população em todo o mundo. No Reino Unido, a Universidade de Oxford realizou uma pesquisa online com 18.642 crianças e adolescentes, entre 8 e 19 anos, de 230 escolas para avaliar o impacto das restrições da covid-19 na qualidade de sono, felicidade e relações pessoais

Segundo o estudo, publicado em fevereiro em 2022 na revista Sleep Advances, os participantes que relataram ter boas noites de sono foram os disseram estar felizes (49%) e se relacionar bem com outras pessoas em casa (42%).

Pesquisadores da Central Queensland University, na Austrália, examinaram a relação entre o humor de adolescentes e a duração de sono manipulada em laboratório. Jovens entre 15 e 17 anos passaram por 3 fases. Na primeira, dormiram 5 horas por 5 noites. Na segunda, tiveram 7,5 horas de duração de sono por 2 noites. Na última, dormiram 10 horas também por 2 noites. Ao ter apenas 5 horas de sono, os adolescentes declararam estar deprimidos, confusos, ansiosos com medo e raiva. Já quando tiveram ficaram 10 horas na cama relataram estar mais felizes.

Embora a felicidade seja algo imaterial, a médica Helena Hachul, pesquisadora do Instituto do Sono, afirma que vários estudos mostraram que dormir bem contribui para manter a mente sã e regular o humor.” Além da boa qualidade de sono, a pessoa deve ter uma vida equilibrada, que combina alimentação balanceada, exercícios físicos, lazer, convívio com amigos e família”, explica.

“Sono de qualidade, mente sã, mundo feliz” é o tema de uma série de ações do Instituto do Sono para comemorar o Dia Mundial do Sono, celebrado em 18 março. Entre elas estão ações em redes sociais, 3 lives dadas por especialistas da entidade, o sorteio de 5 exames de polissonografia basal com consulta pré e pós-exame e a concessão de 10% sobre os cursos do Instituto para os alunos que se matricularem entre 18 a 24 de março.

Veja abaixo a programação completa.

O Sono em nossas vidas

O Dia Mundial do Sono é uma oportunidade importante para examinar o papel do sono na vida das pessoas. Noites mal dormidas comprometem a regulação emocional e do humor, contribuindo para o desenvolvimento de distúrbios como ansiedade e depressão. Do ponto de vista físico, a privação de sono provoca a queda da imunidade, ganho de peso e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

As três edições da pesquisa EPISONO, realizadas entre 1986 e 2007 pelo Instituto do Sono, revelaram que mais de 60% da população paulistana têm problemas de sono, sendo os principais a insônia (45%), o ronco (42%) e a apneia obstrutiva do sono (33%). A insônia atinge mais as mulheres e o ronco mais os homens.

Durante a noite, ocorrem de 4 a 5 ciclos de sono completos: sono superficial (estágios 1 e 2), profundo (estágio 3) e sono REM.O sono profundo tem a função de restaurar o corpo. Já o REM restaura a parte psíquica do organismo. É neste estágio que acontecem os sonhos. De acordo com a médica Helena Hachul, para uma boa qualidade de sono é preciso ter uma duração de sono adequada, estabelecer uma rotina com horários definidos para dormir e acordar, manter uma alimentação equilibrada, evitar refeições pesadas e bebidas estimulantes próximo ao horário de ir para cama e não usar celulares e tablets 2 horas antes de dormir.

Confira agora as atividades programadas pelo Instituto do Sono:

Ação nas mídias sociais — Nas mídias sociais, os especialistas da entidade darão dicas de como dormir melhor, abordarão os principais distúrbios de sono e também esclarecerão dúvidas do público.

· Lives — Pelo Instagram do Instituto do Sono, serão transmitidas 3 lives, entre 19 e 20 horas:

o Dia 21 — Sono e jogos eletrônicos. Moderador: Dr. Gabriel Pires (biomédico). Palestrante: Prof. Fulvio Scorza (neurofisiologista).

o Dia 22 — Como o sono das crianças influencia no sono dos pais e cuidadores. Moderadora: Dra. Sandra Doria (otorrinolaringologista). Palestrante: Dra. Letícia Soster (neuropediatra).

o Dia 23 — Sono e produtividade: efeitos da privação de sono. Moderadora: Dra. Erika Treptow (pneumologista). Palestrante: Dr. Marcio Zanini (psiquiatra).

 Sorteio de 5 exames de polissonografia basal com consulta pré e pós-exame — Para participar, basta seguir o perfil do Instituto do Sono pelo Instagram e marcar 3 amigos ou parentes que têm dificuldades para dormir. De 18 a 24 de março, haverá sorteios diários. Cada um contemplará uma consulta (teleconsulta), um exame de polissonografia basal e um retorno (teleconsulta).

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Dor na coluna? Veja 5 dicas para evitar o incômodo

Dor na coluna afeta 41% dos brasileiros e o problema pode ser causado por má postura, estresse, problemas do home office

O estudo da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em 2020, mostrou que a dor na coluna entre os brasileiros aumentou 41% durante a pandemia do novo coronavírus. Antes o percentual era bem menor, de 18,5%. De acordo com a pesquisa, o sedentarismo, a redução das atividades físicas e o estresse são os principais fatores para a piora. A dor na coluna na maioria das vezes não é grave, mas gera muito desconforto no dia a dia.
 

O trabalho remoto é outro fator que também pode ter contribuído para este aumento, justamente pela má postura provocada pela ausência de um ambiente ergonômico. Ou seja, local e equipamentos, como mesa e cadeiras adequados para a realização do trabalho.
 

Os fisioterapeutas e sócios da Clínica Forgas & Monteiro, Carlos Forgas e Cláudio Monteiro, afirmam que as principais causas da dor são a má postura, muito tempo na mesma posição e retrações e fraquezas musculares. Dependendo do caso, podem provocar danos à saúde, como lesões musculares, discopatias (desgaste do disco intervertebral), artrose, artrite e compressões nervosas. Além disso, a diminuição da mobilidade de tronco e membros, perda da sensibilidade e dores irradiadas pelo corpo.
 

Carlos e Cláudio elencam 5 dicas para evitar dor na coluna, que são:

  1. Sentar na posição correta, mantendo a coluna ereta e os pés apoiados.
  2. Levantar da cadeira a cada 30 ou 40 minutos.
  3. Realizar caminhadas.
  4. Realizar mobilizações de todas as articulações.
  5. Realizar alongamentos dos membros inferiores e superiores e do tronco.
     

Para as pessoas que trabalham a maior parte do tempo sentadas é importante que os equipamentos utilizados contribuam para manter a postura, como utilizar uma cadeira não muito macia, com apoio total dos pés no chão, o encosto deve “encaixar” no quadril e manter a coluna ereta. A altura da mesa deve permitir que fique com a coluna ereta (tronco), cotovelos a 90° e mãos e punhos em posição neutra.

Carlos ressalta que se o problema for muscular, os relaxamentos e alongamentos da musculatura envolvida contribuem para a melhora. Posteriormente, fortalecer com exercícios físicos para adquirir maior resistência muscular. Com uma intervenção precoce de um especialista é possível obter alívio imediato.