PROTESTE alerta consumidor da Black Friday para evitar golpes

O que parece barato pode custar caro no bolso do consumidor

Criada com o objetivo de aumentar as chances de limpar estoques das lojas, a fim de receber os produtos para vendas de Natal, a Black Friday é marcada por muita propaganda e ofertas de lojas com anúncios de produtos a preços bastante atrativos. Com expectativa de movimentar R$ 2,2 bilhões este ano em vendas online, segundo dados do Google, a incidência de golpes ainda é grande embora não existam dados oficiais sobre o lado negativo da Black Friday. Diante disso, a PROTESTE, Associação de Consumidores, trás novas ferramentas e dicas que os consumidores devem tomar na hora de fazer suas compras.

Pesquise

Cheque os preços em diversos estabelecimentos antes do início da promoção.

Planeje
Evite as compras por impulso e lembre-se de colocar o valor da compra no orçamento.

Dados da loja

Certifique-se que a loja informa CNPJ, endereço, telefone, canais de atendimento ao cliente, todos de forma bem clara, pois isso é uma exigência da legislação.

Reclamações

Verifique se há reclamações da loja nos órgãos de defesa do consumidor e sites de reclamações, veja quais os motivos dos casos e se foram resolvidos pelo fornecedor.

Segurança

Verifique se a loja possui conexão de segurança nas páginas em que são informados os dados pessoais do cliente como nome, endereço, documentos e número do cartão de crédito. Geralmente essas páginas são iniciadas por http://   e o cadeado está ativado (ícone visualizado em uma das extremidades da página).

Prazo de entrega

Leia as condições de prazos de entrega e a política de trocas e devoluções antes de finalizar a compra. Se tiver dúvidas, entre em contato com a loja para saná-las. Desconfie de prazos muito longos ou imprecisos.

Sistema de pagamento

Tome cuidado com lojas que possuem o seu próprio sistema de pagamento. Opte por sites que tragam serviços de pagamento de renome, tais como o PagSeguro ou Paypal, por exemplo.

Direito a desistência

As lojas virtuais são obrigadas por lei a aceitar o pedido de cancelamento da compra caso o consumidor desista em até sete dias, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor estabelece esse direito.

Ferramenta Black Fraude

A PROTESTE monitorou os preços de mais de 800 produtos nas principais lojas virtuais do Brasil durante o último ano para ajudar o consumidor a diferenciar as reais oportunidades da Black Friday daqueles descontos falsos praticados pelo mercado nessa época e criou uma ferramenta inovadora.

A ferramenta, que vai auxiliar o consumidor a tomar a melhor decisão de compra, vai funcionar da seguinte forma: o consumidor informa o nome e o preço encontrado para o produto, a ferramenta compara com nosso histórico de preços e retorna um dos três resultados possíveis:

  • Vale a pena comprar, pois o preço deste produto realmente está menor que o encontrado no último ano.
  • Vale a pena comprar, apesar deste produto já ter sido mais barato no último ano, pois o preço ainda é atrativo.
  • Não vale a pena comprar, pois o produto já foi encontrado mais barato.

A PROTESTE acredita que com mais informações, o consumidor consegue fazer escolhas melhores.

Confira http://www.proteste.org.br/black-friday

Além desta ferramenta o consumidor poderá aproveitar também o plug in, para localizar as lojas que estão aplicando os preços mais baratos do mercado.

Confira: https://maisbarato.proteste.org.br/

DENÚNCIA: PROTESTE descobre que medicamentos manipulados podem esconder substâncias perigosas

Encontramos substâncias controladas não prescritas em fórmulas para emagrecer

A PROTESTE – Associação de Consumidores – realizou um estudo de cenário com o objetivo de avaliar os medicamentos de emagrecimento prescritos por médicos e feitos nas farmáciasde manipulação, indicadas por eles. Esses medicamentos foram enviados para análise em laboratório, a fim de descobrir o seu real conteúdo.

Mais da metade da população está acima do peso, segundo o Ministério da Saúde, a obesidade atinge 34 milhões de pessoas no Brasil e é o fator contribuinte para gerar doenças e incapacidade. Números tão expressivos servem como terreno fértil para a proliferação de remédios que prometem o emagrecimento rápido.

No estudo, 5 pacientes consultaram-se com 11 “médicos de emagrecimento” (como esses profissionais se intitulam) em diferentes regiões da cidade do Rio de Janeiro. Logo após as consultas, as receitas foram encaminhadas para as farmácias de manipulação indicadas pelos médicos, ou seja, em tese, farmácias de confiança. Ao receber os medicamentos, a PROTESTE os encaminhou lacrados para análise em laboratório.

Com os resultados que a PROTESTE obteve, foi mapeado um cenário do que o consumidor interessado em emagrecer pode encontrar. Não se trata de um estudo estatístico, muito menos de uma generalização quanto à atuação das farmácias de manipulação ou dos médicos desse ramo. Nosso estudo nos conduziu a uma “fotografia” de um determinado momento sobre o tema em análise.

Segundo o Código de Ética Médica, é proibido ao médico interagir, depender ou indicar farmácias para compra de medicamentos recebendo vantagens sobre isso. Porém, de acordo com os resultados, observou-se que, em 90% dos casos, os médicos, através das suas secretárias, contataram diretamente as farmácias indicadas para solicitar o orçamento. Após isso, as farmácias ligaram para o paciente informando o custo. Em um caso específico, o paciente não teve acesso à receita prescrita, pois a mesma ficou retida com a secretária que contatou diretamente a farmácia, não dando oportunidade ao paciente de manipular em outro estabelecimento.

Das 29 fórmulas prescritas pelos médicos, 8 apresentavam substâncias que podem causar sérios efeitos colaterais e que não estavam prescritas nas receitas. Confira:

– Nos medicamentos manipulados na farmácia Formulife, localizada no bairro da Taquara, foi encontrado diazepam, em uma fórmula e sibutramina em outras duas.

– Nas duas fórmulas preparadas na farmácia Manipulando, na Penha, foi encontrado femproporex em ambas.

– Nos medicamentos da Essência Life, em Nova Iguaçu, foi encontrada sibutramina.

– Nas duas filiais da DNA Pharma (na Tijuca e na Barra), também foi detectada a presença de sibutramina, em três fórmulas distintas.

O diazepam é utilizado para tratamentos de ansiedade, podendo acarretar efeitos colaterais, como: sonolência, tonteira, prejuízo à memória, fadiga e leve queda da pressão arterial.

A sibutramina, embora sua venda seja permitida no Brasil, é usada como coadjuvante no tratamento da obesidade e está proibida na Europa e nos Estados Unidos. Seu uso pode levar ao aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de provocar distúrbios do ritmo cardíaco e infarto. Há também o risco de causar psicose e mania.

Já o femproporex é um inibidor de apetite. Ele pode causar dependência, tremores, irritabilidade, reflexos hiperativos, insônia, confusão, palpitação, arritmia cardíaca, dores no peito, hipertensão, boca seca, náusea, vômito, diarreia, alteração da libido, agressividade, psicose, transtorno de ansiedade generalizada e pânico. Esse medicamento, por ser perigoso e ter eficácia duvidosa, nunca foi registrado nos Estados Unidos e, em 1999, foi proibido na Europa.

No Brasil, de acordo com a ANVISA, até o dia 24 de abril de 2017, não existiam medicamentos registrados que continham femproporex. Portanto, enquanto não houver a concessão de registro de medicamentos com essa substância pela ANVISA, nenhum produto contendo femproporex, inclusive os importados, deve ser industrializado, exposto à venda ou entregue ao consumo.

Todas as 3 substâncias são de uso controlado e, naturalmente, o consumidor deve ter conhecimento do que está tomando, principalmente por conta dos graves efeitos colaterais que os medicamentos podem ocasionar. Além disso, para comprá-los, é necessária a apresentação de receita especial.

A PROTESTE enviou um ofício pedindo a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), uma adequada orientação aos médicos e aos estabelecimentos que manipulam medicamentos, destacando as penalidades a que estão sujeitos em caso de descumprimento das normas aplicáveis. A Associação também enviou o ofício para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e para a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro (VISA RJ), denunciando as farmácias e solicitando mais fiscalizações.

PROTESTE atesta falta de segurança em espaços infantis de três estados do País

Associação encontra espaços indoor que comprometem a segurança e diversão das crianças. Foram analisados estabelecimentos em SP, RJ e PE.

A PROTESTE, Associação de Consumidores, realizou um teste sobre o funcionamento dos parques infantis nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. A avaliação teve como objetivo analisar se as instalações seguiam as normas de segurança para evitar acidentes aos pequenos usuários e também aos pais e responsáveis.

O resultado mostra que entre os dez parques infantis avaliados nos quesitos de segurança, em 9 há problemas que podem comprometer a segurança dos seus frequentadores. Com exceção do Animasom (Shopping Leblon – RJ), todos os nove parques restantes tiveram problemas de segurança, como, por exemplo, a falta de indicação da faixa etária permitida para alguns brinquedos e a inexistência de sinalizações com rotas de fuga.

De uma forma o geral, os brinquedos foram classificados como “seguros”, porém, alguns pontos identificados podem colocar as crianças em risco. Em São Paulo, no Espaço Curumim (Shopping Iguatemi), foi encontrada uma mesa de madeira com farpas e chão molhado no estabelecimento. No espaço Magic Games (Shopping Santana), não havia instrutor exclusivo na piscina de bolinhas, que demandam especial atenção durante a diversão dos pequenos.

No Estado de Pernambuco, os espaços em que foram encontradas irregularidades são: Pingo Feliz e Pequenos Moleques (Shopping Recife), e Pequenos Moleques (Shopping Riomar). Durante a avaliação da PROTESTE, não havia qualquer proteção no pula-pula, a fim de proteger as crianças de eventuais acidentes.

Já no Rio de Janeiro, uma atração popular conhecida como “brinquedão”, localizada no Village Kids (Shopping Village Mall) apresenta uma chapa mal instalada na parte do escorregador, podendo causar acidentes a qualquer momento. No Kids Place (Shopping Tijuca) e Mundo Happy Bee (Ilha Plaza Shopping), as bolinhas da piscina estavam bastante deterioradas.

No teste, também foram identificados a falta de banheiros dentro de alguns espaços. Clubinho do Espirro (Shopping Santana – SP), Pingo Feliz (Shopping Recife – PE), Village Kids (Shopping Village Mall – RJ) e Espaço Kids Place (Shopping Tijuca – RJ) registraram problemas.  Apesar de não ser um item obrigatório, a falta de banheiro pode gerar transtornos com grandes multidões e alta demanda. É recomendável que todos os espaços tenham banheiros acessíveis e exclusivos das atrações.

Outro fator que contribui negativamente para o resultado da avaliação é a segurança do ambiente, e a PROTESTE notou a falta de câmeras de segurança nos parques Magic Games e no Clubinho do Espirro (Shopping Santana – SP) e também no Mundo Happy Bee (Shopping Ilha Plaza – RJ).

Em todos os parques avaliados é possível verificar a inexistência de sinalização de rota de fuga, o que dificulta uma desocupação emergencial, especialmente levando em conta o público infantil. Essas áreas devem ser mantidas livres de qualquer obstáculo, com o propósito de garantir a saída dos usuários do parque de uma forma tranquila e segura, com a devida sinalização. Apenas o Cidade Animasom (Shopping Leblon – RJ) possui a correta sinalização.

No Magic Games (Shopping Santana – SP), há teclas soltas no chão de uma atração que levantam uma ponta cortante ao pisar; No Pingo Feliz (Shopping Recife – PE), a porta de entrada e saída tem um limitador de altura, dificultando a entrada de adultos no recinto, especialmente em caso de emergência. Já no Kids Place (Shopping Tijuca – RJ) e no Pequenos Moleques (Shopping Recife – PE), as escadas não são antiderrapantes.

No que se refere à presença de extintores de incêndio, somente o Pingo Feliz (Shopping Recife – PE) não tinha o item obrigatório. No entanto, em cinco dos demais parques testados, havia algum tipo de problema, tais como número insuficiente de extintores na área recreativa e sem a devida sinalização e também local de difícil visualização. Vale ressaltar que, no Cidade Animasom (Shopping Leblon – RJ), o extintor que estava presente ao lado dos jogos eletrônicos, é do tipo recomendado para apagar fogo de papel e madeira.

Verificou-se ainda que o espaço Pingo Feliz (Shopping Recife – PE), é o único que não possui luzes de emergência, bem como os detectores de fumaça.

Visando evitar acidentes e proteger a integridade e segurança física dos pais e crianças, a PROTESTE pediu providências aos Bombeiros e ao Procon, para que o público esteja protegido e tenha seus direitos consumeristas assegurados.

Confira as dicas da PROTESTE para se divertir com segurança nos parques:

Alvará e certificado

Certifique-se de que o espaço possui alvará e certificado do Corpo de Bombeiros, que devem estar expostos em local visível como as bilheterias.

Câmeras de segurança

Veja se há câmeras, extintores, sprinklers, detectores de fumaça e iluminação de emergência, entre outros itens no local, que sejam de fácil compreensão para as crianças por meio de imagens e símbolos.

Proteção dos brinquedos

Verifique se brinquedos em altura, como passarelas e escadas, possuem tela de proteção para evitar quedas dos pequenos.

Banheiros no local

Se não há banheiro, pergunte qual será o procedimento com a criança, se ela precisar usar.

Proteção elétrica

Preste atenção se não há fios elétricos soltos no ambiente, especialmente nos jogos eletrônicos como vídeo games e veja se as tomadas estão com tampas de proteção.

Desocupação emergencial

Avalie a facilidade de evacuação, reparando se o trajeto até a saída se encontra livre de obstáculos e está devidamente sinalizado.

Monitores exclusivos

Observe se a piscina de bolinhas, o pula-pula, e o escorrega possuem normas de utilização e monitores exclusivos para cada atração.

 

Pacotes de tarifas das contas correntes subiram até 50,87%, constata PROTESTE

Pagar tarifas avulsas ou contratar conta digital pode ser saída para se livrar de até R$ 1.188 por ano em pacotes de serviços que podem ser reajustados a cada seis meses

Manter pacotes de tarifas bancárias está pesando até 50,87% mais para os consumidores, conforme constatou pesquisa feita pela PROTESTE Associação de Consumidores. É o caso do Banco do Brasil, onde a cesta Bom Pra Todos Pleno, passou de R$ 40,40 para R$ 60,95. Essa modalidade está suspensa para novas adesões, mas é cobrado o novo valor para quem mantém o pacote.

Neste mês de junho, os clientes do Santander passaram a pagar 10% a mais no pacote Padronizado IV e no Citibank 11,66% a mais no pacote Classic, os que mais tiveram variação em relação ao reajuste anterior.

Três bancos reajustaram os valores em maio. Na Caixa Econômica Federal, o pacote que mais subiu foi o Simples, com alta de 25,56%. No Itaú, o reajuste foi de 12,34%, no Multiconta. No Bradesco houve alta de 5,88%, no Padronizado II.

No levantamento feito pela PROTESTE, foram comparados os valores cobrados nos pacotes ofertados pelos oito maiores bancos do país: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander, nos últimos anos  (2014, 2015 e 2016). Foram verificadas as tarifas das cestas disponíveis e informadas nas tabelas de tarifas das instituições bancárias.

Tarifas de até R$ 1.188 por ano

Há pacotes de serviços com valores de até R$ 99 mensais, como o do Santander no Plano Select Unique, que em um ano somam R$ 1.188. É importante ficar atento, pois os bancos tem obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.

A PROTESTE lembra que não há obrigação de contratar um pacote de serviços ao abrir uma conta. Alguns serviços devem ser obrigatoriamente disponibilizados para o consumidor que possui conta corrente, sem que haja qualquer cobrança de tarifas.

Os serviços essenciais garantidos pelo Banco Central são limitados a cartão de débito, 10 folhas de cheques por mês, segunda via do cartão de débito, até quatro saques por mês, consultas pela internet, duas transferências por mês entre contas na própria instituição e compensação de cheque.

O problema é que nem sempre é fácil convencer o gerente a aceitar a não contratação de um pacote de serviços. “Mas o consumidor precisa fazer valer o seu direito, se a solicitação não for atendia pelo banco, o ideal é reclamar à ouvidoria do banco e denunciar ao Banco Central e à PROTESTE”, aconselha Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação.

Conta eletrônica também é opção

Outra maneira de ficar livre das tarifas é contratar uma conta eletrônica, cujo uso é restrito à internet e ao caixa eletrônico. Ela é ideal para quem está acostumado a utilizar essas ferramentas e, no caso de contato via telefone ou agência, há cobrança de taxa. Dentre os bancos avaliados, apenas o Banco do Brasil, Bradesco e Itaú têm essa modalidade conta.

Opte pela conta que atende o seu perfil

Para saber qual a melhor opção de conta corrente, é preciso mais do que escolher o pacote com o menor preço, é preciso olhar cuidadosamente para o estilo de vida e para as necessidades para não acabar saindo no prejuízo. Pagando pelos pacotes mais caros, é possível fazer uma grande quantidade de transações e em alguns casos a quantidade de transações é ilimitada. Se o consumidor não faz muitas transações bancárias ao longo do mês, este tipo de pacote não é um bom negócio.  Por outro lado, se a movimentação bancária é grande, faz muitos saques e transferências ou precisa de muitas folhas de cheques, não adianta escolher um pacote mais barato se depois terá que pagar mais caro pelas transações excedentes.

Em alguns casos nem sequer vale a pena aderir a um pacote de serviços, se o consumidor não faz transações bancárias com tanta regularidade. E se necessitar de algum serviço que não está dentro da lista dos serviços gratuitos, é só pagar pelo excedente de cada transação.

A PROTESTE tem um simulador que ajuda a identificar qual o tipo de conta corrente ideal para o perfil do consumidor. Acesse: www.proteste.org.br/dinheiro/conta-corrente/simulador/contas-bancarias e descubra qual a melhor opção de conta corrente para você.